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Vinícius Nogueira Bastos


E3TI CEPETI
Introdução

 Negligência do intensivista em relação as experiências do
doente crítico, focados na correção das disfunções orgânicas.

 Pacientes “a beira da morte”, incapazes de falar, despidos,


sendo submetidos a procedimentos sem orientações com
relação a técnica e a necessidade dos mesmos, tubos inseridos
em diferentes orifícios, contenção mecânica, alarmes sugestivos
de situação hostil e principalmente privados do direito de
permanecer próximo das pessoas de confiança, familiares.
Introdução

 Esse comportamento do gestor dos cuidados e da equipe acaba
por prover péssimas memórias e experiências aos pacientes e
familiares.

 Pode produzir como efeito colateral perda da identidade,


respeito, privacidade, atentado contra a integridade e a honra
do indivíduo.
Desumanização

 A desumanização está relacionada a perda da identidade do
paciente, onde o indivíduo deixa de ser entendido conforme
sua cultura, personalidade, interesses e são reduzidos a número
do leito, suas doenças ou tratamento que estão recebendo.

 A perda de identidade também está relacionada a padronização


de uniformes, incapacidade de comunicação, higiene precária,
indisponibilidade de próteses auditiva, dentária ou óculos.

 O indivíduo perde a capacidade de advogar em causa própria.


Desumanização

 A equipe envolvida no cuidado muitas vezes não se identifica,
realizando avaliações diretamente no corpo do paciente,
invadindo a privacidade dos mesmos, discutindo entre si
termos técnicos sobre o caso, sem estabelecer COMUNICAÇÃO
com o principal sujeito envolvido.

 Pacientes com alteração do nível de consciência submetidos a


internação em UTI frequentemente apresentam experiências
traumáticas e o sentimento de perda do controle de seus
próprios corpos.
?

 Demasiada carga de trabalho e burnout são os principais
motivadores para esse comportamento desumano.

 A política de restrição das famílias promove a desumanização e


induz a sensação de controle da equipe sobre o paciente.

 Médicos que viveram a experiência de ser pacientes internados


em UTI, tendem a assimilar a importância da presença de
familiares, do estabelecimento de comunicação efetiva, da
necessidade de receber um tratamento humanizado.

Refletindo sobre a humanização a
beira leito

 O único sujeito com poder de restringir a presença de
familiares deve ser o próprio paciente.

 Visitas de familiares sem restrição estão cientificamente


associadas a diminuição de ansiedade, tempo de internamento,
agitação, satisfação do paciente/família e mais segurança ao
paciente.
Refletindo sobre a humanização
a beira leito

 É altamente recomendado estabelecer comunicação, conversa
com pacientes de UTI, mesmo quando em delirium, estado
comatoso ou quando incapazes de verbalizar.

 É necessário identificação, realizar explicações com relação ao


quadro que o trouxe a UTI e intenção de tratamento.

 Essas estratégias estão associadas com menor tempo de


ventilação mecânica, menos delirium e uso de sedativos.
Refletindo sobre a humanização
a beira leito

 Medidas para minimizar os efeitos deletérios de alterações do nível de
consciência e imobilidade, incluindo utilizar menos sedação, estão
associadas com menor incidência de delirium e melhor status funcional
neuromuscular e psicológico no pós internamento.
Refletindo sobre a humanização
a beira leito

 Possua interesse sobre seu paciente,
procure identificar medidas
individualizadas que possam trazer
conforto e bem estar para o doente.

 É importante tomar atitudes


vislumbrando o bem estar do doente
no pós internamento para fornecer
uma experiência menos traumática.
Eles agradecem!

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