E3TI CEPETI Introdução Negligência do intensivista em relação as experiências do doente crítico, focados na correção das disfunções orgânicas.
Pacientes “a beira da morte”, incapazes de falar, despidos,
sendo submetidos a procedimentos sem orientações com relação a técnica e a necessidade dos mesmos, tubos inseridos em diferentes orifícios, contenção mecânica, alarmes sugestivos de situação hostil e principalmente privados do direito de permanecer próximo das pessoas de confiança, familiares. Introdução Esse comportamento do gestor dos cuidados e da equipe acaba por prover péssimas memórias e experiências aos pacientes e familiares.
Pode produzir como efeito colateral perda da identidade,
respeito, privacidade, atentado contra a integridade e a honra do indivíduo. Desumanização A desumanização está relacionada a perda da identidade do paciente, onde o indivíduo deixa de ser entendido conforme sua cultura, personalidade, interesses e são reduzidos a número do leito, suas doenças ou tratamento que estão recebendo.
A perda de identidade também está relacionada a padronização
de uniformes, incapacidade de comunicação, higiene precária, indisponibilidade de próteses auditiva, dentária ou óculos.
O indivíduo perde a capacidade de advogar em causa própria.
Desumanização A equipe envolvida no cuidado muitas vezes não se identifica, realizando avaliações diretamente no corpo do paciente, invadindo a privacidade dos mesmos, discutindo entre si termos técnicos sobre o caso, sem estabelecer COMUNICAÇÃO com o principal sujeito envolvido.
Pacientes com alteração do nível de consciência submetidos a
internação em UTI frequentemente apresentam experiências traumáticas e o sentimento de perda do controle de seus próprios corpos. ? Demasiada carga de trabalho e burnout são os principais motivadores para esse comportamento desumano.
A política de restrição das famílias promove a desumanização e
induz a sensação de controle da equipe sobre o paciente.
Médicos que viveram a experiência de ser pacientes internados
em UTI, tendem a assimilar a importância da presença de familiares, do estabelecimento de comunicação efetiva, da necessidade de receber um tratamento humanizado. Refletindo sobre a humanização a beira leito O único sujeito com poder de restringir a presença de familiares deve ser o próprio paciente.
Visitas de familiares sem restrição estão cientificamente
associadas a diminuição de ansiedade, tempo de internamento, agitação, satisfação do paciente/família e mais segurança ao paciente. Refletindo sobre a humanização a beira leito É altamente recomendado estabelecer comunicação, conversa com pacientes de UTI, mesmo quando em delirium, estado comatoso ou quando incapazes de verbalizar.
É necessário identificação, realizar explicações com relação ao
quadro que o trouxe a UTI e intenção de tratamento.
Essas estratégias estão associadas com menor tempo de
ventilação mecânica, menos delirium e uso de sedativos. Refletindo sobre a humanização a beira leito Medidas para minimizar os efeitos deletérios de alterações do nível de consciência e imobilidade, incluindo utilizar menos sedação, estão associadas com menor incidência de delirium e melhor status funcional neuromuscular e psicológico no pós internamento. Refletindo sobre a humanização a beira leito Possua interesse sobre seu paciente, procure identificar medidas individualizadas que possam trazer conforto e bem estar para o doente.
É importante tomar atitudes
vislumbrando o bem estar do doente no pós internamento para fornecer uma experiência menos traumática. Eles agradecem!