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Cuidadores (in)formais:

envelhecer e cuidar
Ser cuidador
(sessão 2)

Formadora:
Maria Rodrigues
Braga| 11/07/2018
Objetivos: gerais e específicos

Objetivos
Gerais Específicos
1. Diferenciar o que é o ato de cuidar e ser cuidador;

2. Reconhecer o papel fulcral que os cuidadores


desempenham no ato de cuidar;

3. Reconhecer a importância do autocuidado dos

1. Promover a qualidade dos cuidados cuidadores informais;

4. Contribuir para a consciencialização da


informais.
importância do cuidar;

5. Contribuir para o desenvolvimento de


competências e técnicas na prestação de
cuidados.

6. No final da sessão o formando deverá ser capaz


de definir e diferenciar alguns dos aspetos
basilares no processo de cuidar, devendo ser
capaz de responder por escrito a pelo menos 60%
das questões apresentadas no teste.
Tópicos que serão abordados
nesta sessão:
 O cuidar e o cuidador;
 O papel do cuidador informal;
 Capacitar para o cuidado;
 Dificuldades do cuidador informal;
 Os impactos da dependência e da prestação
de cuidados no cuidador.
Cuidador informal vs. Cuidador formal
Tarefa que visa manter a vida satisfazendo um É aquele que exerce a função de cuidar, tendo
conjunto de necessidades a ela indispensáveis. como principais funções:

engloba
múltiplas
vertentes
sociocultural incentivar a cultura

terapêutica acompanhar em passeios

técnica demonstrar competências pessoais

(Durkheim, como citado em Sennet, 2004, como citado em Saraiva,2011)


Em síntese…

É um processo interativo entre o cuidador

e a pessoa cuidada. Deste modo, o

cuidador é a pessoa ou o sistema que

cuida, em geral a Família, ou cuidador

informal (Ricarte 2009, como citado em Saraiva,2011).


Porque razão se promovem os cuidados informais?
A palavra "Cuidador/a" -  principalmente, cuidador/a informal
- talvez não seja familiar. 

No entanto, se falarmos de pessoas que têm a responsabilidade


de cuidar de alguém querido veremos que já fomos, somos
e/ou conhecemos pessoas nestas circunstâncias.

E todos podemos vir a ser cuidadores/as. Será que estamos


preparados para o ser?
O papel do cuidador informal
Consciência

Responsividade CUIDAR Disponibilidade

Sensibilidade

 Para Cuidar é necessário reconhecer que o idoso é um todo, na sua face da


doença ou dependência. É necessário, ainda, possuir respeito a fim de
construir uma relação de confiança e segurança respeitando as suas escolhas.
Capacitar para o cuidado

1. O cuidador não pode ser insubstituível.


2. Deve aprender a organizar o seu tempo para
não deixar de dedicar-se ao autocuidado,
lazer e relações interpessoais.
3. Deve procurar adquirir novos conhecimentos
ao longo do ciclo de vida.
Dificuldades do cuidador
informal
 Cuidar de idosos não é a mesma coisa que cuidar de crianças ou jovens, pois o cuidador deve
estar consciente que o agravamento do estado de dependência irá comprometer o seu futuro
(Paúl,1997).

 Durante o cuidado existe uma inversão de papéis, antes era o pai que cuidava do filho(a) e
agora passa o filho(a) a cuidar do pai (Paúl,1997).

 Esta mudança pode gerar situações de conflito e rejeição do cuidado por parte do familiar
(Paúl,1997).

 O processo de cuidar de alguém necessita de esforço físico,

mental, psicológico e económico, daí a necessidade do cuidador

se reorganizar e ser capaz de encontrar alternativas através

dos recursos existentes (Brito, 2001, como citado em Lemos, 2012).


Os indivíduos muitas vezes não se sentem capazes e/ou competentes para o
desempenho deste papel .

stress/ansiedade

Como vou
O que esperam fazer?
de mim?

E eu?
O que é tudo
isto?
 Os cuidadores na prestação de cuidados sofrem várias alterações, no meio familiar,
económico, social, físico e psíquico, levando-os à exaustão e depressão. Estas
alterações ocorrem devido à falta de apoio e informação das redes sociais, familiares
e de saúde, ausência de recursos económicos, condições habitacionais,
competências pessoais, capacidade reflexiva e experiências de vida (Brito, 2001,
como citado em Lemos, 2012).
Os impactos da dependência e da
prestação de cuidados no cuidador
 Uma questão que parece ser negligenciada no sistema formal de
prestação de cuidados, pelos profissionais da saúde, segurança
social e emprego, por todos os que possam estar ligados à questão
dos cuidados, é saber se o cuidador principal e a família tem
capacidade para suportar as exigências do cuidar e mais encargos
do que os que já suporta e se é possível e ético exigir-lhes mais do
que já praticam. Parece ser generalizado que o cuidador só recebe
apoio quando por si solicitado e, na grande maioria das vezes, só
quando se encontra numa situação de desespero (Saraiva, 2011).
 A maioria das pessoas não está preparada para cuidar e
ajudar a cuidar, nem nunca sequer perspetivaram e
refletiram sobre esta problemática. Somente quando
confrontadas com uma situação real e concreta da sua
vida, se vêm necessitadas de desenvolverem
estratégias, adequadas ou não, para lidarem com a sua
nova condição de cuidadoras de um dependente, com
todas as condicionantes, dificuldades e riscos
associados (Saraiva, 2011).
http://www.eurocarers.org/
http://www.cuidadores.pt/
No próximo momento, poderão colocar as

vossas questões, ou partilhar connosco as

vossas experiências!
Próximas sessões:

12 de Julho – “Cuidando do Cuidador”


Referências Bibliográficas:
Lemos, A. J. (2012). Avaliação das dificuldades dos cuidadores informais de idosos
dependentes. Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Saúde –
Instituto Politécnico de Bragança – Bragança, Portugal.

Paúl, C. (1997). Lá para o fim da vida. Idosos, Família e Meio Ambiente. Coimbra:
Editora Almedina.

Saraiva, F. M. D. (2011). O olhar dos e pelos cuidadores: Os impactos de cuidar e a


importância do apoio ao cuidador. Tese de Mestrado em Intervenção Social,
Inovação e Empreendedorismo, apresentada à Faculdade de Psicologia e Ciências
da Educação e à Faculdade de Economia – Universidade de Coimbra – Coimbra,
Portugal.

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