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Modelos internos dinâmicos

 são representações socio-cognitivas emocionais que o individuo desenvolve desde a primeira


infância, sobre si, sobre o outro e sobre o mundo
 estes modelos organizam as experiências e expetativas por comportamentos dirigidos a objetivos
o assenta no caracter corretivo dos comportamentos em função dos objetivos
 são elementos que ao organizar a informação e a experiência têm a influencia dos resíduos neuro-
hormonais, cognitivos e emocionais  fazem a modulação da capacidade de regulação e
influenciam as relações interpessoais
o padrao seguro (situação estranha)
 representação de ter valor próprio
 é-se apreciado pelo outro
 está seguro na relação
 é capaz
 vê o outro como disponível e que satisfaz as suas necessidades
o padrao inseguro
 representação de não valor
 não prestação de cuidados/indisponibilidade
 o outro como não sendo confiável

organizações de vinculação
- seguro
- inseguro/ambivalente
- indisponível

 estratégias comportamentais condicionais


o primarias
 integram-se no sistema comportamental principal, são sensíveis ao contexto e as
suas especificidades
 visam procurar a proximidade coma figura parental
o secundarias
 envolver padrões comportamentais cujo objetivo já não é procurar a figura de
vinculação, mas sim minimizar as respostas não adaptativas do sistema
comportamental principal
 estratégias de minimização/desativação
o quando sentem rejeição da figura de vinculação
o permitem manter ainda alguma proximidade
 estratégias de hipervigilancia/maximização do sistema de vinculação
o quando não são cumpridos os objetivos das estratégias principais
o objetivo é garantir que há atenção de segurança a todo o custo
comportamentos de exploração complementam os comportamentos de vinculação

sistemas segregados (Bowlby)


segregado = não integrado de forma organizada
quando o sofrimento associado a experiências relacionais (principalmente perda e/ou abuso) é de
tal forma exacerbado estas podem ser codificadas num modelo representacional
- Daí existirem crianças estereotipadas

Organização da vinculação na idade adulta

 Seguro
 Preocupado
 Desligado

A segurança da vinculação não gera imunidade a nível de desadaptação

 Pert depressivas
 Pert ansiosas
 POC
 Pert de luto prologado
 Personalidade Borderline
 Pert Comportamento Alimentar
 Perturbações sexuais

Implicações para a prática clinica


- o papel do terapeuta é, a semelhança do da mae, proporcionar uma base segura para a exploração do
mundo
5 tarefas que Bowbly define para que a terapêutica se de num contexto seguro
1. Estabelecimento de uma base segura que permita à pessoa explorar um mundo exterior e interioro
2. Explorar as relações de vinculação passadas
3. Explorar a relação terapêutica e se esta se associa a outras relações estabelecidas pelo cliente
4. Relacionar experiencia passada com as atuais
5. Rever (reformular) modelos internos dinâmicos para permitir que o cliente consiga sentir, pensar e
agir de novos modos  é a tarefa mais improvável de ser realizada
Para que isto aconteça há comportamentos que devem estar presentes na intervenção

 Indivíduos seguros mais envolvidos e mais recetivos ao processo terapêutico, tendendo a beneficiar
mais do processo terapêutico
o Porque têm características que permitem de forma mais eficaz procurar/aceitar ajuda do
terapeuta
 Sinalização
 Manter sinalização com base na resposta do terapeuta
 Exploração mais eficaz (mais confortáveis com a exploração)
 Os indivíduos preocupados
o Procura de ajuda como sendo inconstante
o Narrativas avaliadas como incoerentes
o O indivíduo avalia o processo como tendo resultados positivos mas o terapeuta não o vê e o
próprio individuo não consegue dar evidencias
 Os indivíduos desligados
o Menor probabilidade de pedir ajuda
o Menor probabilidade de a valorizar
o Desativação na relação terapêutica
 Os indivíduos não-resolvidos
o Maior probabilidade de pedir ajuda em situação de crise

A aliança terapêutica não é o produto dos ganhos terapêuticos iniciais, ms sim como um processo que
contribui para os resultados (bidirecionalidade)
- 5 a 15% do outcome terapêutico advem da técnica especifica terapêutica, os restantes outcome vÊm de
outros aspetos (qualidade da relação)
O resultado do processo psicoterapêutico está muito associado a fatores intrínsecos ao próprio individuo e
tbm ao próprio terapeuta
 Fatores de cariz individual
 Fatores de cariz relacional
o Balanceamento entre estratégias de hiperativaçao e desativaçao do cliente e do terapeuta
(não numa logica de complementariedade, mas sim sublinhando a necessidade do
terapeuta recolher toda a historia clinica/desenvolvimental em contexto da interação), por
exemplo nas intervenções com alguém com estratégia de comportamento de desativaçao
não abordar de forma emocional à priori, pois pode ser percebido como intrusivo por parte
do cliente.

Aliança terapêutica definida em V


- no início é avaliada pelo cliente como sendo elevado, ao longo do processo diminui e depois volta a
aumentar
- começa a ser negativa quando são requeridos por parte do cliente movimentos de exploração
- quando começam a haver ganhos volta a ser avaliada como positiva

A vinculação do terapeuta via tbm impactar a qualidade da relação terapêutica


- cliente avaliam como menos sensíveis e ajustadas as respostas de prestação de cuidados de
terapeutas avaliados como inseguros
- implicações:
- ruturas terapêuticas (liotti)

Caso clinico do Duarte


- casa inseguro porque nunca sabia se havia jantar ou não
- reconhecimento por pares
- não sabe lidar com frustraçao

 Para estabelecer uma relação segura uma das componentes essenciais é diminuir a dificuldade do
Duarte
 Perceção de auto-eficácia
o A melhor forma de trabalhar o valor próprio é propor ao cliente que identifique os
momentos em que é capaz de fazer diferente, seja a nível de presente ou a nível de passado

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