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ÍNDICE

1. Processamento da Informação
2. Atenção e Vigilância
3. Atenção Distribuida
4. Percepção
5. Memória
6. Aprendizagem
7. Consciência Situacional
8. Erro humano e fiabilidade
9. Erro e comportamentos automáticos
10. Tomada de decisão
11. Comunicação
12. Conflito intra-pessoal e interpessoal
13. Liderança
14. Stress
15. Zeitgebers
16. Automatização avançada do cockpit
Human Performance & Limitations 1
1. PROCESSAMENTO DA
INFORMAÇÃO

Human Performance & Limitations 2


Processamento da Informação
• Detecção

• Percepção

• Tomada de Decisão

• Acção

• Feedback

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2. ATENÇÃO E
VIGILÂNCIA

Human Performance & Limitations 5


Atenção

Concentração de esforços mentais em


relação a situações sensoriais ou mentais.

Concentração deliberada dos recursos


cognitivos num item específico.

Human Performance & Limitations 6


Vigilância

Monitorização de uma determinada


situação por sinais ocasionais

Human Performance & Limitations 7


Factores negativos para a Vigilância
• Falta de sono reparador

• Fadiga

• Calor

• Ruído

• Ritmos Circadianos
Human Performance & Limitations 8
Factores positivos para a Vigilância

• Níveis moderados de Stress

• Ruído

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Hipovigilância
• Monotonia
• Redução da carga de trabalho
• Tarefas simples ou repetitivas
• Ruído simples e monótono
• Fraca iluminação
• Temperatura alta
• Isolamento
• Débito de sono
• Fadiga
• Após refeições mais pesadas

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Trabalho Mental
“Workload”

• Qualitative overload

• Quantitative overload

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Sintomas de Overload
• Degradação da performance

• Atenção afunilada ou focagem

• Regressão

• Bloqueio mental

• Alterações de humor

• Agitação

• Tremores

• Pânico

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Particularidades dos Recursos da Atenção

• Optimizam o processamento mental

• Implicam esforço

• São limitados

Human Performance & Limitations 13


Gestão dos Recursos da Atenção

• Atenção selectiva: capacidade para escolher uma


fonte de informação em detrimento de outras.

• Atenção distribuída: capacidade para incluir duas ou


mais fontes de informação e processá-las
simultaneamente.

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Atenção Selectiva

Canais

• Um canal é uma fonte potencial de informação;

• A visão e audição são canais.

Human Performance & Limitations 15


Atenção Selectiva perante várias fontes
• Não podemos dar atenção a todos os estímulos, temos que “escolher”;

• P (situação)>P (aquilo em que nos focamos);

• Eventos fora do habitual são influenciados pela estrutura amnésica;

• O stress estreita a quantidade de opções; são focadas por saliência.

Human Performance & Limitations 16


3. ATENÇÃO
DISTRIBUIDA

Human Performance & Limitations 17


Canais

• Num determinado canal a informação é processada sequencialmente;

• Em canais diferentes a informação é processada em paralelo;

A unidade padrão que define um canal é espaço:

• a localização define um canal (visão e audição);

• o stress estreita a extensão do canal.

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4. PERCEPÇÃO

Human Performance & Limitations 19


Percepção

• Conversão da informação sensorial numa

estrutura com sentido.

• Interpretação imediata da informação sensorial.

• A percepção é individual, única e particular.

Human Performance & Limitations 20


A Percepção é influenciada por:

• Experiência anterior

• Expectativas

• Desejos

• Necessidades

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Modelos mentais e Percepção

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Processamento “Bottom Up”/”Top Down”

Informação do ambiente externo (Data-driven Processing)

Informação constante na memória (Conceptually- driven Perception)

Interactive Processing

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Ilusões Perceptivas Básicas

• Ilusões visuais

• Autokinesia

• Expectativas falsas

• Chuva

• Falso horizonte
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Ilusões em Voo

• Inexistência de referências visuais estáveis

• Produção de modelos mentais errados

• Coping em relação à tridimensionalidade (ilusão mental e física)

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5. MEMÓRIA

Human Performance & Limitations 26


Processamento da Informação

Memória de
Longo Prazo

Percepção Centro de Acções


Tomada
Decisão
Estímulos

Receptores Memória de
Atenção Trabalho
Memória
Sensorial

Programas
Motores

Human Performance & Limitations 27


Três estádios da memória

• Codificação;

• Armazenamento;

• Recuperação.

Human Performance & Limitations 28


Tipos de Memória

• Memória sensorial

• Memória a curto prazo

• Memória a longo prazo

Human Performance & Limitations 29


Memória Sensorial

• Memória sensorial auditiva (ecóica)

• Memória sensorial visual (icónica)

Deterioração / Mascaramento

Human Performance & Limitations 30


Funcionamento da Memória a Curto Prazo
• Efeito de Primazia;

• Efeito de Recência;

• Efeito de Incongruência ou Saliência.

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Incrementar a Memória a Curto Prazo

• Chunking;

• Associação.

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Tipos de Memória a Longo Prazo

• Memória Episódica;

• Memória Genérica;

• Memória Procedimental.

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Esquecimento

• Falhas na Codificação;

• Falhas de Armazenamento;

• Falhas na Recuperação.

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Afectação da Memória de Longo Prazo

• Expectativas;

• Sugestão;

• Repetição;

• Amnésia.

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Aperfeiçoamento da Memória a Longo Prazo

• Atenção

• Organização

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6. APRENDIZAGEM

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Tipos de Aprendizagem

• Condicionamento Clássico/Operante

• Interiorização

• Modelagem

• Experiência

• Aprendizagem de Competências

Human Performance & Limitations 39


Diferenças individuais no Processo de Aprendizagem

• Aptidões

• Personalidade e Estilo de Aprendizagem

• Atitude e Motivação

• Processamento da Informação

• Experiência anterior

• Stress

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Qualidade da Aprendizagem
• Capacidade intelectual do aluno

• Qualidade da comunicação entre transmissor e receptor

• Aplicabilidade da informação

• Motivação tanto do transmissor como do receptor

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Retenção da Informação

• Mnemónicas

• Treino de Memória

• Repetição

• Revisão

• Investigação

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Natureza das Competências

• Percepção

• Processamento

• Acção

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Influências na Aprendizagem de Competências

• Ambiente no Cockpit

• Conversão nova aeronave, associado a comando inicial

• Nova aeronave, nova estrutura de rota, novo papel

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Conforme se desenvolve uma competência…
• A antecipação cresce

• O tempo de reacção fica mais rápido

• Reconhecimento de tendências mais cedo

• Julgamento melhorado

• Rigor aumenta

• Feedback mais significativo

• Resolução de problemas com maior sucesso

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Aprendizagem por múltiplos canais

• Aprendizagem verbal

• Percepção sensorial

• Aprendizagem conceptual

• Competências motoras

• Resolução de problemas

• Transferência

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Em simultâneo…
• Desenvolvimento de atitudes

• Competências de gestão

• Autoconfiança

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• Skill = Programa Motor =

• Memória Procedimental

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Skill

Padrão de actividade organizado e coordenado.

Human Performance & Limitations 49


Programas Motores

• Cognitiva – Conhecimento declarativo

• Associativa – Compilação de conhecimentos

• Automática – Conhecimento procedimental

Human Performance & Limitations 50


Erros associados aos Programas Motores

• Action slip

• Environment Capture (Habituation)

Human Performance & Limitations 51


Comportamento
Modelo SRK (Jens Rasmussen, 1980):

• Comportamento baseado em competências

• Comportamento baseado em regras

• Comportamento baseado em conhecimentos

Human Performance & Limitations 52


Comportamento baseado em competências

Baseia-se nos Programas Motores. Pode estar associado a erros:

• Action Slip

• Environment Capture

Human Performance & Limitations 53


Comportamento baseado em regras

Baseia-se numa rotina ou regra que foi aprendida. Pode estar associado a erros:

• Commission Error

• Departure from the rules

Human Performance & Limitations 54


Comportamento baseado em conhecimento
Baseia-se em conhecimento não associado a tarefa ou rotina. Os factores que podem conduzir a

erros:

•Modelos mentais incompletos ou com fraca acuidade;

•Excesso de confiança;

•Falta de Situation Awareness;

•Confirmação enviesada;

•Frequência enviesada;

•Fazer inferências em fç de desejos, expectativas ou motivações pessoais.

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Motivação

“ causa que leva determinada pessoa a agir de forma particular”


Dicionário Oxford

“ a motivação reflecte a diferença entre o que uma pessoa pode


fazer e aquilo que ela irá fazer”
Frank Hawkins

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Modelo das Necessidades Humanas Maslow

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Modelo básico de 2 fontes independentes de
Motivação (Herzberg)

Relação entre elementos motivacionais numa situação


de trabalho e performance:

• O valor percebido de uma recompensa;


• A probabilidade de a alcançar.

Human Performance & Limitations 58


Modelo básico de 2 fontes independentes de Motivação

Valor da Expectativa de
Recompensa Utilidade da Recompensa
Recompensa

Esforço
Aplicado

Competências
Habilidades Performance
Aprendidas
Naturais conseguida

Recompensas Recompensas
Intrínsecas Extrínsecas
Human Performance & Limitations 59
Aumentar a Satisfação no Trabalho

• Enriquecimento do trabalho - Participação na política e


processo de tomada de decisão concernente ao trabalho do próprio;

• Alargamento do trabalho - Aumento do nº e da variedade


das tarefas (alargamento horizontal) ou aumenta o controlo no planeamento
rotineiro das tarefas (alargamento vertical).

Human Performance & Limitations 60


Teoria dos 2 Factores de Motivação
• Teoria de Higiene;
• Motivação.

Human Performance & Limitations 61


Teoria dos 2 Factores de Motivação

Teoria de Higiene - Factores que não aumentam a motivação, mas


a sua ausência provoca insatisfação.

• Políticas da companhia e administração;

• Supervisão;

• Condições de trabalho e relações interpessoais:

• Salário, estatuto e segurança.


Human Performance & Limitations 62
Teoria dos 2 Factores de Motivação

Motivação - Factores de ganho pessoal interno

• Concretização;

• Reconhecimento pela concretização;

• Responsabilização por uma tarefa alargada;

• Evolução para níveis mais elevados de tarefas.


Human Performance & Limitations 63
Teoria dos 2 Factores de Motivação
Efeitos no Individuo
• Proporcionar a supressão das necessidades básicas vitais;
• Fomentar segurança;
• Proporcionar uma identidade individual;
• Interesse e liberdade em relação ao aborrecido;
• Propagar camaradagem;
• Consolidar a auto concretização;
• Aumentar a satisfação no trabalho;
• Fornecer um status ao individuo.

Human Performance & Limitations 64


Teoria dos 2 Factores de Motivação

Efeitos no Grupo
• Gestão de equipa para garantir que os objectivos do grupo são alcançáveis;

• Determinar se os sub grupos alcançam esses objectivos;

• Aumentar a moral do grupo;

• Angariar cooperação quer dentro quer fora do grupo;

• Motivar o grupo a dar o seu melhor;

• Contribuir para boas relações humanas dentro do grupo.

Human Performance & Limitations 65


7. CONSCIÊNCIA
SITUACIONAL

Human Performance & Limitations 66


Factores que Interferem na Consciência Situacional

• Stress

• Interrupções no processo de pensamento

• Fadiga

• Expectativas, desejos e necessidades

• Comunicações pobres

• Sub-carga mental

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Perda de Consciência Situacional
• Confusão
• Atenção afunilada
• Acções ou discurso apreensivo
• Apressar checks e procedimentos
• Perder-se nos procedimentos
• Fazer atalhos
• Impaciência e alterações de humor
• Declínio nas competências de voo
• Exigir liderança a outros membros da tripulação

Human Performance & Limitations 68


Incrementar a Consciência Situacional
• Reunir o máximo de informação de todas as fontes possíveis antes de tirar
conclusões.
• Rentabilizar todo o tempo possível antes de chegar a conclusões.

• Considerar todas as interpretações possíveis da informação e não somente


aquelas que “cabem” nas nossas ideias.
• A seguir a iniciar um curso de acção parar ocasionalmente para obter
feedback.

Human Performance & Limitations 69


Incrementar a Consciência Situacional
• Ir confirmando se a hipótese inicial continua a fazer sentido com o evoluir dos
acontecimentos;
• Considerar formas de testar as acções e confirmar a acuidade da teoria;

• Se novas informações não fazem sentido com a ideia inicial, tem que
disponibilizar tempo para reconsiderar a situação e se necessário voltar ao
início, aos primeiros sintomas do problema;
• Assegure-se de que interpreta o Mundo como ele é e não como você gostava
que fosse.

Human Performance & Limitations 70


8. ERRO HUMANO E
FIABILIDADE

Human Performance & Limitations 71


Erro

Designa as situações em que actividades mentais ou físicas não


alcançam o intencionado.

Human Performance & Limitations 72


Factores que afectam a Fiabilidade
• Extensão de tempo de exposição ao risco
• Grau de risco
• Saúde mental e física
• Características psicológicas inatas
• Características fisiológicas inatas
• Alterações da personalidade
• Factores de stress
• Experiência
• Motivação
• Nível de competência

Human Performance & Limitations 73


9. ERRO E
COMPORTAMENTOS
AUTOMÁTICOS

Human Performance & Limitations 74


Tipos de Erro

• Falha: acção satisfaz o operador, apesar do objectivo estar


incorrecto
• Lapso: o lapso não satisfaz o operador, apesar do objectivo estar
correcto
• Omissão

• Violação

Human Performance & Limitations 75


Geração de Erro

Human Performance & Limitations 76


Fontes Internas de Erro

• Percepção enganosa

• Má interpretação da informação

• Ideias pré-concebidas

• Experimentação

• Défice de memória

• Fadiga

• Falta de prática (deterioration effect)

Human Performance & Limitations 77


Fontes Externas de Erro

• Stressores

• Ergonomia

• Economia

• Meio social

Human Performance & Limitations 78


Contributo humano para Falhas/Erros
• Falhas/erros activos – cometidos na interface Homem/sistema
com um efeito imediato;

• Erros/falhas latentes – resultado de decisões de elementos


externos à interface; engenheiros, designers de sistemas.
Preparação displicente e incompleta.

Human Performance & Limitations 79


Erros induzidos por design

• Concretizados pela tripulação como resultado directo de


insuficiências ao nível do design dos sistemas
• Detectability

• Tolerance

• Recoverability

Human Performance & Limitations 80


Tolerância de erro

Todos os sistemas aeronáuticos deverão conter este conceito. O


objectivo será assegurar que nenhum erro tem implicações sérias
para a segurança total do sistema.

Human Performance & Limitations 81


Factor de Risco:

Qualquer factor que aumente a probabilidade da


ocorrência de um acidente.

Human Performance & Limitations 82


Categorias de Risco:
• Risco Objectivo Externo: risco de acidente na situação actual se não se
verificarem alterações ao padrão de voo ou ao operar dos sistemas.

• Risco Subjectivo Interno: inabilidade da tripulação em implementar uma


solução devido a falta de conhecimentos ou tempo insuficiente para aplicar
conhecimentos. O risco interno aumenta proporcionalmente ao limite
temporal para se tomar uma decisão/acção.

Human Performance & Limitations 83


10. TOMADA DE
DECISÃO

Human Performance & Limitations 84


Decidir

Pode ser arbitrário ou baseado em emoções. Não tem uma


estruturação lógica e uma abordagem analítica.

Tomada de Decisão

Processo analítico, passo a passo, que visa alcançar uma decisão


equilibrada e factual.

Human Performance & Limitations 85


Julgamento Perceptivo Automático

• Está relacionado com as decisões que são tomadas com o


mínimo de processamento de informação

• Baseia-se essencialmente nas percepções visuais

ex: Ajustar a velocidade, altitude

Human Performance & Limitations 86


Julgamento Cognitivo

Possui as seguintes características:


• A informação disponível é mais incerta

• Têm-se mais tempo para pensar

• Existem geralmente mais de duas alternativas

• Os riscos associados às alternativas são mais difíceis de estimar

• A decisão final é mais facilmente influenciada por factores externos ao voo


(stress, fadiga, factores económicos, ...)

Human Performance & Limitations 87


SOP – Standard Operating Procedures

Aplicam-se a problemas (na sua maioria técnicos)


considerados como possíveis por especialistas e em
relação aos quais, estão definidas as melhores soluções
aplicáveis assim como os cursos de acção.

Human Performance & Limitations 88


Processo de Tomada de Decisão
• Diagnóstico e definição de objectivos

• Coligir informação

• Avaliação de risco

• Desenvolvimento de opções

• Avaliação/ponderação de opções

• Decisão

• Distribuição de tarefas

• Implementação da decisão

• Consequências

• Revisão e feedback
Human Performance & Limitations 89
AVALIAR A RECONHECIMENTO
RESPOSTA DA NECESSIDADE

IDENTIFICAR
IMPLEMENTAR
E DEFINIR
A
O PROBLEMA
RESPOSTA

COLIGIR
FACTOS
SELECCIONAR
UMA
IDENTIFICAR
RESPOSTA ALTERNATIVAS
PESAR O IMPACTO
DAS ALTERNATIVAS

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AVALIAR A RECONHECIMENTO
RESPOSTA DA NECESSIDADE

IDENTIFICAR
IMPLEMENTAR
E DEFINIR
A
O PROBLEMA
RESPOSTA

COLIGIR
FACTOS
SELECCIONAR
UMA
IDENTIFICAR
RESPOSTA ALTERNATIVAS
PESAR O IMPACTO
DAS ALTERNATIVAS

Human Performance & Limitations 91


Modelo D.E.C.I.D.E.
• Detect - Detectar o acontecimento que provocou alterações no voo

• Estimate - Estimar a magnitude das consequências da alteração

• Choose - Escolher uma alternativa segura para o voo

• Identify - Identificar as acções possíveis e os seus riscos para controlar a


alteração
• Do - Efectua as acções decorrentes da opção tomada

• Evaluate - Avaliar o efeito da acção na mudança e no progresso do voo

Human Performance & Limitations 92


Fontes de Erro na Tomada de Decisão
• Erro de Confirmação (Modelos mentais)

• Probabilidades

• Saliência

• Excesso de confiança

• Fadiga

• Negação

Human Performance & Limitations 93


Limitações na Tomada de Decisão
• Atenção

• Stress

• Falta de Experiência

Human Performance & Limitations 94


Julgamento e Tomada de Decisão
Implicações do Stresse na Tomada de Decisão:

• A Tomada de Decisão em situações de elevado stresse implica que se tome a

melhor decisão e que se consiga reduzir o nível de stress.

• Quanto maior for o nível de stresse, mais importante se torna a sua

diminuição.

• O nível de stresse condiciona a escolha das estratégias de tomada de

decisão, bem como o potencial para ocorrem erros humanos.

Human Performance & Limitations 95


Julgamento e Tomada de Decisão
Estratégias para a Tomada de Decisão:

1. Minimizada: Recorre-se ao mínimo de informação possível

2. Moralizada: Recorre-se a obrigações morais

3. Confusa: Recorre-se aos sentidos, sem considerar o curso dos acontecimentos

4. Estudada: Analisa-se a informação e classifica-se de acordo com a sua importância

5. Negada: Elimina-se o problema, negando a sua existência

6. Optimizada: Consideram-se todas as hipóteses e respectivas consequências

Human Performance & Limitations 96


Julgamento e Tomada de Decisão

Estratégias para a Tomada de Decisão, Erros Humanos e Nível de Stress

Alto Minimizada Negada


Erros
Humanos
Confusa Moralizada
Moderado
Estudada Estudada

Optimizada
Baixo

Abaixo das Próximo das Acima das


capacidades capacidades capacidades

Nível de Stress

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4 Fases da Tomada de Decisão

• Distribuir tarefas

• Implementação da decisão

• Consequências

• Revisão e Feedback

Human Performance & Limitations 98


Conceito de Julgamento Aeronáutico

• Piloto

• Aeronave

• Condições ambientais

• Tempo disponível

Human Performance & Limitations 99


Factores Construtivos na Tomada de Decisão
• ANTECIPAR AS NECESSIDADES

• STANDARDIZAR AS SITUAÇÕES E OS PROBLEMAS

• TREINAR E PRATICAR

• MANTER UMA ATITUDE PROFISSIONAL

• COMUNICAR COM EFICÁCIA

• SER DISCIPLINADO E CONSULTIVO

Human Performance & Limitations 10


Personalidade

Característica relativamente estável e geral, da forma de ser


de uma pessoa, que se traduz na forma como reage às
situações em que se encontra.
Dic. Larousse

Human Performance & Limitations 10


Atitude
Forma como se sente/avalia em relação a
objectos ou classe de objectos.

Human Performance & Limitations 10


Comportamento

Resultado final da combinação entre


personalidade e atitude

Human Performance & Limitations 10


Extroversão / Ansiedade
Ansiedade

Introversão Extroversão

Estabilidade
Human Performance & Limitations 10
Extroversão/Ansiedade

• Ansioso extrovertido: agressivo e mutante

• Estável introvertido: ponderado e controlado

• Ansioso introvertido: sóbrio e pessimista

• Estável extrovertido: responsável e à vontade

Human Performance & Limitations 10


Modelo PEN (Hans Eysenck)

• Extroversão

• Introversão

• Estabilidade

• Neuroticismo

Human Performance & Limitations 10


Modelo PEN (Hans Eysenck)

• Estável introvertido = controlo egoico

• Neurótico extrovertido = psicoticismo

Human Performance & Limitations 10


Estilo Interactivo

Autoritário individual

As circunstâncias fazem
Paternalista
variar o estilo interactivo

Democrático

Human Performance & Limitations 10


Estilo interactivo

• Estilo direccionado para a tarefa (G)

• Estilo direccionado para as pessoas (P)

Human Performance & Limitations 10


Atitudes Perigosas

• Anti-autoridade

• Impulsivo

• Invulnerável

• Macho

• Resignado

Human Performance & Limitations 11


11. COMUNICAÇÃO

Human Performance & Limitations 11


Comunicação

Transmissão efectiva de uma mensagem

Human Performance & Limitations 11


Tipos de Comunicação

• Comunicação Digital

• Comunicação Analógica

Human Performance & Limitations 11


Requisitos básicos

• O transmissor e o receptor deverão utilizar a mesma língua;

• A construção frásica deverá ser correcta e sem ambiguidade;

• Os gestos e atitudes deverão “duplicar” o verbalizado e

fortalecer ou enfraquecer os conteúdos;

• Os níveis de interferência/ruído deverão possibilitar uma

comunicação clara.

Human Performance & Limitations 11


Componentes básicos (Berlo)
• Fonte – pessoa ou grupo de pessoas com um objectivo, razão para comunicar

• Mensagem – tradução de ideias, objectivos e intenções a partir de um código

• Codificador – mecanismos que permitem colocar as ideias de uma fonte num

código

• Canal – meio de passagem da mensagem

• Receptor – pessoa ou grupo de pessoas que se encontram do outro lado do canal

• Descodificador – aparelho sensorial do receptor

Human Performance & Limitations 11


Comunicação eficaz

Deverá ser sempre bi-direccional (two-way):

• A intenção do transmissor poderá ser clarificada se

necessário;

• Mesmo a comunicação bi-direccional pode permitir

erros o que deverá consciencializar-nos para a


importância do questionar.

Human Performance & Limitations 11


Níveis de Comunicação
• Nível Factual

• Nível de Solicitude

• Nível de Auto-publicação

• Nível de Relação

Human Performance & Limitations 11


Linguagem profissional

• Vocabulário

• Gramática

Human Performance & Limitations 11


Barreiras à Comunicação

• Comportamento não assertivo


• Interrupções
• Perda de confiança
• Diferenças de estatuto
• Frustração/raiva
• Distracções
• Excessiva orientação para a
• Prioridades inapropriadas
tarefa
• Fixação (tunnel vision)
• Enviesamentos
• Hábitos e rotinas
• Ruídos

• Respostas emocionais

Human Performance & Limitations 11


Briefings

• Curtos – menos de 10 ideias

• Individuais – para cada voo

• Compreendidos – por todos os tripulantes

Human Performance & Limitations 12


12. CONFLITO INTRA-
PESSOAL E CONFLITO
INTERPESSOAL

Human Performance & Limitations 12


Escalada de Conflito

Human Performance & Limitations 12


Estratégias de Resolução/Prevenção de Conflitos

• Investigação

• Escuta activa

• Feedback

• Metacomunicação

• Negociação

• Arbitragem

• Cultura

Human Performance & Limitations 12


Coordenação

Human Performance & Limitations 12


COORDENAÇÃO
=
Cooperação
+
Comunicações Eficazes

Human Performance & Limitations 12


Comunicação ► Coordenação

• Acções redundantes – a comunicação é utilizada para coordenar o

cumprimento da acção;

• Co-acção – trabalhar em paralelo com vista a um objectivo

comum;

• Cooperação – a comunicação é utilizada para alcançar uma

mesma imagem da realidade e para sincronizar acções futuras.

Human Performance & Limitations 12


Sincronização

• Sincronização cognitiva – duas pessoas tentam manter a mesma

imagem da realidade através do uso de briefings e checklists;

• Sincronização temporal – utilizada quer para despoletar acções

simultâneas, como para iniciar acções sucessivas.

Human Performance & Limitations 12


O que é uma equipa?

• Pequeno grupo

• Propósito comum

• Interacção

• Sinergia

Human Performance & Limitations 12


Vantagens do Trabalho em Equipa
• Maior soma de conhecimentos e de informação

• Facilidade na circulação da informação

• Pertença a um grupo coeso

• Diminuição das motivações individuais a favor do colectivo

• Diminuição das tensões

• Melhor compreensão das decisões

• Aumentos significativos de produtividade

Human Performance & Limitations 12


Atitudes Negativas no Trabalho de Equipa

• Confusão

• Desconfiança e ressentimento

• Conflitos não aceites

• Não utilização de skills

Human Performance & Limitations 13


Condições para o Bom Funcionamento de uma Equipa

• Caracterização bem definida como grupo • Comportamento de cooperação

• Consciência de grupo • Liberdade de comunicações internas

• Consciência de um propósito comum • Espírito de equipa

• Interdependência • Co-responsabilidade

• Interacção • Confiança interpessoal

• Capacidade para agir unitariamente • Aceitação de autoridade de coordenação e de


controlo

Human Performance & Limitations 13


Vantagens das Tripulações
• Produzir mais do que a soma das partes

• Esforço comum na execução de uma tarefa

• Promove o indivíduo e gera satisfação

• Convergência de todas as partes de um todo

Human Performance & Limitations 13


Desvantagens das Tripulações
• Pressão social

• Produção excessiva de informação

• Comunicação em todas as direcções

• Diminuição da criatividade

Human Performance & Limitations 13


Papeis na Situação de Grupo
• Inovador

• Prospector

• Coordenador

• Dinamizador

• Avaliador

• Conciliador

• Implementador

• Afinador

• Especialista
Human Performance & Limitations 13
Groupthink (redimensionamento atitudinal)

• Flexibilidade de pensamento (plasticidade)

• Capacidade de escuta activa

• Sentimento de pertença

• Identificação aos factores de mutua interdependência

Human Performance & Limitations 13


Eficácia de equipa

• Habilidades

• Status

• Papel

Human Performance & Limitations 13


Coesão

Sinergia de forças que une uma tripulação

Human Performance & Limitations 13


Coesão
Quando existe coesão a atitude das tripulações perante os
problemas baseia-se:

• Motivação mutua de todos os tripulantes perante o trabalho

• Inter apreciação/avaliação dos membros da tripulação

Human Performance & Limitations 13


Tomada de decisão em grupo
• Conformidade

• Complacência

• Status e obediência

• Persuasão

• Risky Shift

Human Performance & Limitations 13


Tomada de decisão em grupo (cont.)
• Tempo de constituição enquanto grupo

• Papel e norma

• Coordenação e Cooperação

Human Performance & Limitations 14


Optimização da Tomada de Decisão Grupal
• Evitar argumentar com base em julgamentos pessoais; abordar a tarefa a

partir de princípios lógicos;

• Evitar mudar de opinião somente para chegar a acordo ou evitar o conflito;

aceite somente soluções com as quais é capaz de concordar;

• Evitar técnicas de redução de conflito, tais como a “maioria” ou a “estratégia

de meio termo”;

• Perspectivar perspectivas diferentes como positivas em vez de obstáculos à

Tomada de Decisão

Human Performance & Limitations 14


13. LIDERANÇA

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Características dos Lideres

• Maturidade Social

• Auto-motivadores

• Orientação para a concretização

• Autoconfiança

• Competências de comunicação

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Funções da Liderança
• Iniciar

• Regular

• Informar

• Apoiar

• Avaliar

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Princípios para Líderes
• Evitar demonstrar de alguma forma as suas opiniões pessoais;

• Faça questão de solicitar abertamente a opinião de outros membros

da tripulação; encoraje-os, particularmente, a expressar quaisquer

dúvidas ou objecções em relação a um curso de acção particular;

assegure-se que problemas e perigos potenciais estão divulgados;

• Quando o líder toma uma decisão, as razões que basearam a mesma

deverão ser explicadas se houver tempo.

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Princípios para Líderes e Liderados
• Não atrasar a divulgação de incertezas e ansiedades, só para não “dar a parte

fraca”;

• Quando solicitado, forneça o seu ponto de vista na totalidade e claramente;

• Não verbalize a sua opinião num formato dominante e emocional;

• Não torne rígida a sua perspectiva; se foi tomada um decisão em grupo, aceite-

a (a não ser que contemple riscos não considerados por outros membros do

grupo).

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Princípios para Líderes e Liderados (cont)

• Não permita que outros desenvolvam padrões de acção errados e perigosos,

só para você se sentir inteligente;

• No cockpit não entre em competição, não fique zangado, não discuta e não

amue. Não exteriorize o seu mau humor. Trabalhe para a manutenção de um


ambiente de trabalho harmonioso, mesmo que não aprecie os outros
tripulantes.

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Gradiente de Autoridade e Estilos de Liderança

1. Cockpit Autocrático

2. Cockpit Laisser-faire

3. Cockpit Sinergético

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1. Cockpit Autocrático
Cockpit em que o Cmdt:
• Decide e impõe as suas decisões sem solicitar outras opiniões;

• Raramente delega;

• Faz comentários gerais sem ensinamentos objectivos;

• Não escuta e assume uma posição algo isolada em relação à tripulação;

• Interpreta sugestões como criticismo e insubordinação;

• Fomenta uma atmosfera tensa e de não comunicação no cockpit.

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1. Cockpit Autocrático - Causas
• A autoridade é usada para esconder fraquezas, inseguranças e
necessidades de auto-afirmação;

• Existe um distanciamento considerável entre a idade,


experiência, competências e conhecimentos técnicos do Cmdt e
o resto dos tripulantes;

• O Cmdt possui um carácter dominante e o co-piloto é um


indivíduo inseguro.

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1. Cockpit Autocrático
Reacções do Co-piloto:
• A agressividade gera agressividade, numa atitude de confrontação,
aumentando a tensão no cockpit;

• O co-piloto assume uma atitude de submissão e retirada da situação,


associada ao compromisso de “não dizer absolutamente mais nada”;

• A agressividade não evacuada é dirigida a uma 3ª pessoa, que poderá ser o


controlador ou restantes tripulantes;

• A agressividade é condensada e introjectada.

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2. Cockpit Laisser- faire
Cockpit em que o Piloto Cmdt:
• É um elemento passivo;

• Permite a outros membros da tripulação liberdade em termos de Tomada de Decisão;

• Sugere pouco;

• Não elabora julgamentos, quer positivos, quer negativos;

• Fomenta uma atmosfera no cockpit relaxada, com incidência de comunicação sobre


assuntos não profissionais;

• O seu objectivo primário é agradar aos restantes tripulantes.

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3. Cockpit Sinergético
Cockpit em que o Piloto Cmdt:
• Lidera a partir do exemplo;

• Motiva a tripulação;

• Desenvolve as competências da tripulação;

• Apoia o trabalho de equipa;

• Comunica claramente as suas intenções e os standards exigidos;

• Monitoriza a performance da tripulação e fornece conselho construtivo aos


mesmos.
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3. Cockpit Sinergético (cont.)
Cockpit em que o Piloto Cmdt:
• Coordena actividades de voo inter-relacionadas;

• Ouve os restantes tripulantes e considera as suas sugestões úteis;

• Toma decisões com o auxilio e participação activa dos outros tripulantes;

• Desenvolve um plano de acção definido pelo grupo;

• Delega responsabilidades e acções;

• Partilha informações e explica decisões;

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3. Cockpit Sinergético (cont.)
Cockpit em que o Piloto Cmdt:
• Esforça-se por não dominar totalmente as situações, para que a restante
tripulação tenha oportunidade de demonstrar mérito e capacidades;

• Empenha-se activamente na construção de um ambiente de trabalho positivo,


cordial e profissional;

• Demonstra abertamente reconhecimento por bons desempenhos;

• Realiza o debriefing e encoraja a tripulação a fornecer ideias para melhorias.

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14. STRESS

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Definições:

“Resposta inespecífica do corpo a uma exigência”


Hans Selye, 1946

Reacção fisiológica de stress: resposta do corpo a


qualquer mudança, ameaça ou pressão, exercida quer por
forças externas quer por forças internas.

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Stress:

É a reacção fisiológica e psicológica que ocorre sempre

que um indivíduo percebe um desequilíbrio entre o

grau de exigências que pesam sobre si e a sua

capacidade para lhes responder.

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Situação de indução de Stress
Exigência/ Potencial Capacidade para
fonte de stress responder a
exigências

Avaliação pelo indivíduo

Desequilíbrio = Stress

Resposta de stress

Resposta Fisiológica Resposta Psicológica

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Activação (Arousal)

Nível de prontidão para emitir uma resposta

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Activação (Arousal)
• Níveis baixos

• Nível óptimo

• Níveis altos

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GAS – General Adaptation Syndrome

Descreve o mecanismo de reacção individual a

uma ameaça real, percebida ou antecipada

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GAS – General Adaptation Syndrome

Sistema Nervoso Autónomo:

• Sistema simpático

• Sistema parassimpático

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GAS – General Adaptation Syndrome
3 Fases:

• Reacção de alarme

• Resistência

• Exaustão

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GAS – General Adaptation Syndrome

Contempla 3 tipos de reacção:

• Reacção psicológica – sentimentos de medo, alarme, etc.

• Reacção psicossomática – libertação de hormonas

• Reacção somática - reacção dos órgãos à libertação hormonal

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Stressores
Fisiológicos
Cognitivos
Não profissionais
Stresse imaginário
Stresse organizacional

Cumulativos
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Stressores Fisiológicos
• Factores fisiológicos externos: ruído, temperatura, vibrações, etc.

• Factores fisiológicos internos: fome, fadiga, falta de sono, etc.

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Factores fisiológicos externos
TEMPERATURA
• Temperatura confortável com roupa adequada = 20ºC

• 30ºC: aumento do batimento cardíaco, da pressão arterial e


suores.

• <15ºC: desconforto, alguma falta de controlo nas mãos


especialmente motricidade fina.

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Factores fisiológicos externos
RUÍDO (Acima de 90dbs)
• Irritabilidade

• Fadiga

• Perda ou afunilamento da atenção

• Dificuldades de concentração

• Degradação da recepção da informação na memória de trabalho e consequentemente


aumento da carga de trabalho

• Aumento de erros
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Factores fisiológicos externos
VIBRAÇÃO

Causa sempre fadiga e poderá afectar a visão e a performance motora

• Frequência de 1 a 4 Hz: interferência na respiração

• Frequência de 4 a 10 Hz: dores abdominais e no peito

• Frequência de 8 a 12 Hz: dor nas costas

• Frequência de 10 a 20 Hz: dor nas costas. Dores de garganta, dificuldades em


falar, tensão muscular e degradação da acuidade visual.

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Factores fisiológicos externos

HUMIDADE

TEMPERATURAS EXTREMAS

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Factores fisiológicos internos

Fome

Sede

Fadiga

Falta de sono reparador

Dor

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Stressores Cognitivos
Dependem do conhecimento, experiência e nível de competência do piloto:

• Situações inopinadas, para as quais não existe um procedimento para as


resolver.

• A solução para resolver o problema inopinado é descoberta, mas o piloto não


pode ou não tem tempo suficiente para a implementar.

• A solução é implementada mas os resultados não são os esperados e o


problema persiste.

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Stressores não profissionais
• Relações amorosas

• Filhos

• Obrigações financeiras

• Morte

• Divórcio

• Pressão escolar

• Relações com familiares

• Problemas legais

• Falta de suporte emocional (amigos)


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Stressores Organizacionais
• Trabalho excessivo

• Mudança de funções/Funções de supervisão

• Falta de apoio da chefia

• Mudança na carreira/Impossibilidade de progressão

• Formação insuficiente

• Falta de informação

• Prazos “apertados”

• Salário insuficiente

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Sintomas Físicos
• Palpitações • Cansaço
• Respiração pesada ou difícil • Aumento da tensão pré-menstrual
• Tonturas • Hipertensão arterial
• Perda ou ganho de peso • Roer as unhas
• Dor de cabeça • Eczema
• Dor de costas • Acidentes/descoordenação
• Dor no pescoço • Distúrbios sexuais
• Dor no peito • Distúrbios do sono
• Obstipação/Diarreia • Aumento de reacções alérgicas
• Problemas digestivos

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Sintomas Psicológicos
• Problemas ou insatisfação relacional
• Diminuição da energia
• Diminuição da qualidade do trabalho
• Aumento do consumo de álcool
• Diminuição da quantidade de trabalho
• “Festins” alimentares
• Não querer ir trabalhar
• Perda de apetite
• Sentir-se subjugado (circunstâncias)
• Pesadelos
• Preocupação e obsessão constantes
• Fobias
• Sentir-se constantemente apressado
• Raiva (expressa ou contida)
• Sentir-se isolado
• Perda do desejo sexual
• Distracção/esquecimentos
• Sentimentos de ansiedade
• Explosões emocionais
• Tiques
• Aumento das discussões
• Fumar em excesso
• Sentimentos de vitimização
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Mudança

Situação nova ou inesperada (desejada ou

não) que implica alteração das rotinas.

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A resposta de stress é adaptativa!

A pressão pode ser vista como positiva, conferindo

uma energia extra que permite ao indivíduo

responder adequadamente a exigências externas ou

auto-impostas.

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Erros Humanos e Nível. de Stresse

Alto

Erros
Moderado
Humanos

Baixo

Abaixo das Próximo das Acima das

capacidades capacidades capacidades

Nível de Stresse

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Consciencialização do Stresse
• Coping agido

• Coping cognitivo

• Coping dirigido a sintomas

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Estratégias ineficazes
• Fugir da situação “stressante” (evitamento)

• Negar a existência de stresse (recusa)

• Atribuir o problema aos outros (projecção)

• Ficar obcecado com trabalho rotineiro ou menos importante

• Trabalhar cada vez mais

• Tornar-se demasiado emotivo/reactivo

• Recorrer a “bengalas”

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Estratégias eficazes
Nível físico:

• Actividade física

• Dieta

• Repouso

• Respiração

• Relaxamento

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Estratégias eficazes
Nível psicológico:

• Meditação

• Partilha

• Gestão do tempo

• Resolução de problemas

• Criar distância emocional

• Visualização

• Pedir ajuda

• Aprender a rir
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Prevenção do Stresse Aeronáutico
• Não complicar

• Manter uma abordagem simples e pragmática às situações

• Utilizar TODOS os recursos da tripulação

• O Comandante é responsável pela Tomada de Decisão

• NUNCA desistir: existe SEMPRE uma solução

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Coping no Stress Aeronáutico
Individualmente:

• Abordagem profissional em relação ao treino

• Uso frequente do simulador

• Aprender com situações passadas

• Experiência aeronáutica

• Briefing de voo

Colectivamente:

• CRM

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Fadiga
• Falta de sono reparador

• Falta de boa forma física e mental

• Stress e ansiedade excessivos

• Dessincronização dos ciclos corporais

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Fadiga
• Fadiga de Curto Prazo

• Fadiga Crónica

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Sintomas de Fadiga
• Falta de consciência • Voo por instrumentos pobre

• Diminuição das competências motoras • Erros progressivos

• Cansaço óbvio • Irritabilidade e alteração do humor

• Visão diminuída • Scan reduzido

• Aumento do tempo de reacção • Reversão a hábitos antigos

• Problemas com a memória de curto • Diminuição da comunicação

prazo

• Concentração em canal

• Distracção fácil

Human Performance & Limitations 18


Atrasar os Sintomas de Fadiga
• Aceitar que a fadiga pode ser um problema

• Planear de forma pró-activa estratégias de sono

• Exercício físico

• Evitar o álcool

• Comer regularmente e de forma equilibrada

• Vida emocional e psicológica sobre controlo

• Assegurar-se do conforto do cockpit

• Comida e bebida em voos de longo curso

• Assento apropriadamente ajustado

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Ritmos Corporais e Sono
• Temperatura corporal

• Pressão sanguínea

• Batimento cardíaco

• Acuidade auditiva

• Excreção das glândulas adrenais

• Níveis de neurotransmissores cerebrais

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15. ZEITGEBERS

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Temperatura do Corpo e Sono

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Sistemas de Crédito/Débito

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Sistemas de Crédito/Débito
• Creditados 2 pontos por cada hora a dormir

• Debitado 1 ponto por cada hora que passa acordado

• Crédito máximo disponível são 16 pontos

• Uma redução gradual nos créditos de sono podem ir

construindo o “débito de sono cumulativo”

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Fases do Sono
• Fase 1: letárgico; 10min

• Fase 2: 20min; cerca de 50% do sono é passado nesta fase;

• Fase 3/4 - Sono Ortodoxo: reparação física e restauro dos

tecidos;

• Fase REM - Sono Paradoxal: repara o cérebro, organização da

memória.

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Disritmia Circadiana
• Pequena paragem: manter os horários habituais

• 24 Horas: fazer sessão curta de descanso à chegada e dormir no

horário de destino

• Mais de 24 horas: ajustar assim que possível à hora local.

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Sintomas de Disritmia Circadiana
• Dores de Cabeça

• Sono pobre

• Padrões de alimentação perturbados

• Tonturas

• Constipações

• Performance mental pobre

• Por vezes depressão

Human Performance & Limitations 19


16. AUTOMATIZAÇÃO
AVANÇADA DO
COCKPIT

Human Performance & Limitations 19


Modelo SHELL

H
S L E
L

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Modelo SHELL
Liveware
• Componente humana

Software
• Procedimentos
• Manuais
• Checklist layouts
• Simbologia
• Programas informáticos

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Modelo SHELL
Hardware
• Design of flight decks
• Estrutura física da aeronave
• Apresentação dos instrumentos
• Positioning and operating senses of controls

Environment
• Condições dentro e fora do cockpit

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Vantagens da Automatização
• Input da tripulação

• Fiabilidade técnica

• Redução de custos

• Diminuição do tamanho dos cockpits

• Melhoria na Consciência Situacional

• Menor Sobrecarga para a tripulação

• Controlo mais suave e apurado

• Maior possibilidade de escolha

• Segurança aumentada

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Desvantagens da Automatização
• Menor Consciência Situacional

• Maiores atrasos entre performance e efeitos

• Complacência

• Concentração intermitente
• Sistemas complexos
• Confusão
• Modo erro
• Monitores
• Controlo manual
• Pilotos mais velhos
• Sinal

• Dificuldades na coordenação e comunicação com a


tripulação

• Dificuldade em mudar de planos

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Adaptação à Automatização
• Operar a aeronave

• Erros de principiantes

• Envolvimento

• Voar com pilotos mais experientes

• Manter o alerta e a vigilância

• Configurar informação só quando há tempo/clearance

• Confirmar 2 vezes a configuração da informação

• Sempre em contacto com a restante tripulação

• Confirmar informação que não compreende

• Treino de simulador

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Fases 3 e 4 do sono

• O cérebro está semi activo, emitindo ondas longas e lentas (ECG) sendo desta

forma denominado de Onda lenta ou sono ortodoxo

• Os olhos estão atrás das pálpebras

• Os músculos estão relaxados

• Pesadelos

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Sono REM
• Sono paradoxal

• Cérebro activo (ECG semelhante ao de uma pessoa acordada)

• São detectados movimentos rápidos dos olhos atrás das pálpebras

• Contracção muscular

• Sonhos complexos, bizarros e coloridos emocionalmente.

Human Performance & Limitations 20

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