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DESENVOLVIMENTO

E ADAPTAÇÃO
MOTORA

Aprendizagem motora
Principais teorias
Abordagem Cognitivista
Ana Paulo
ana.paulo@ulusofona.pt
Sara Pereira
p6163@ulusofona.pt
Carla Santos
p7122@ulusofona.pt
Aprendizagem motora
Principais teorias

 Abordagem Cognitivista
 Abordagem Dinâmica Ecológica
Aprendizagem motora
Principais teorias

1) Conceitos-chave
2) Processo: “O que é aprender?”
3) Produto: ”O que é aprendido?”
4) “Como medir aprendizagem?”
5) Fases de aprendizagem
6) Métodos: ”Como aprendemos?”
“Como ensinar?”
Abordagem cognitivista
Aprendizagem motora
Abordagem cognitivista
1) Conceitos-chave

Estímulo SNC Ação


Sistema
Prescritivo

Fitts (1954)
Aprendizagem motora
Abordagem cognitivista
1) Conceitos-chave

• Tratamento da informação

• Programação – Programa Motor Generalizado (PMG)

• Planificação

• Feedback (FB)

Schmidt (1975)
Aprendizagem motora
Abordagem cognitivista
2) Processo: “O que é aprender?”

Aprender é diminuir o
ERRO no sistema.
Aprendizagem motora
Abordagem cognitivista
2) Processo: “O que é aprender?”

Tratamento da informação
segundo um caminho
hierarquizado.

Ativação de um PMG
específico, em função da
tarefa e do contexto, efetivado
pelo sistema efetor (musculo-
esquelético).

SNC comanda o sistema


músculo-esquelético.

Schmidt & Lee (2016)


2) Processo: “O que é
aprender?”

Feedback Antecipado:
• Músculos
(F. muscular, estiramento)
• Movimento
(posição articular/corpo)
• Contexto
(visão e audição)

Movimento
Schmidt & Lee (2016)
2) Processo: “O que é
aprender?”

As mesmas 3 fontes de FB
são comparadas à
REFERÊNCIA programada,
no sentido de regular o
movimento, durante e
após a ação.

Esta comparação permite


estimar a distância entre
o que era esperado e o
que se produziu – ERRO.
Movimento
Schmidt & Lee (2016)
Aprendizagem motora
Abordagem cognitivista
2) Processo: “O que é aprender?”
Aprendizagem

parte programada

variabilidade

Integração de fontes sensoriais


reaferentes… para correção do erro
Aprendizagem motora
Abordagem cognitivista
3) Produto: ”O que é aprendido?”

• Ao nível perceptivo e decisional: é coletar e processar


informações para desenvolver representações de acordo com
a situação.
• A otimizar os processos de tratamento da informação que
implicam a ativação e controlo do movimento.
• Ao nível motor: é relacionar as informações que o sistema
tem antes, durante e depois da execução e as consequências
do movimento.
• Aprende a parametrizar e a utilizar as informações sensoriais
para controlar a sua execução.
Aprendizagem motora
Abordagem cognitivista
4) “Como medir aprendizagem?”

Medidas do tempo de reação ao estímulo / Tempo


de resposta comportamental

Medida quantitativa: número de erros

Medida qualitativa: boa ou má correção dos erros


Aprendizagem motora
Abordagem cognitivista
5) Fases de aprendizagem

Ênfase na forma como os processos cognitivos


aplicados na performance motora mudam em
função da prática.

Schmidt & Lee (2016)


Aprendizagem motora
Abordagem cognitivista
5) Fases de aprendizagem

1º Estágio cognitivo

2º Estágio de fixação

3º Estágio autónomo

Schmidt & Lee (2016)


Aprendizagem motora
Abordagem cognitivista
5) Fases de aprendizagem

1º problema é cognitivo (verbalizável)


1º Estágio cognitivo
“O que fazer?” “Quando?” “Como?”
“O que é relevante?”
− Tentar é crucial
− Ganhos rápidos e grandes (descoberta das estratégias mais eficazes)
− Performance incerta, hesitante, errática, mal cronometrada
para o contexto
− Aproximação grosseira à habilidade

Schmidt & Lee (2016)


Aprendizagem motora
Abordagem cognitivista
5) Fases de aprendizagem

Organização de padrões de movimento


2º Estágio de fixação
mais eficazes

− Habilidades rápidas: início da “construção” do PMG


− Habilidades mais lentas: “construção” de maneiras de usar o FB
produzido pelo movimento
− Performance melhora de forma constante
− Inconsistência na tentativa de novas soluções diminui gradualmente
− Maior eficiência no movimento
− Melhor integração da informação contextual (temporização)
− Melhor uso do FB (auto-correção)
− Mais longo que o anterior
Schmidt & Lee (2016)
Aprendizagem motora
Abordagem cognitivista
5) Fases de aprendizagem

Performance especialista
3º Estágio Autónomo
Automatismo

− Alta previsão percetual


− Sistema programa sequências mais longas de movimento
− Mais disponibilidade para tomada de decisão de nível mais elevado
− “Auto-conversa” de aspetos estratégicos
− Mais autoconfiança
− Capacidade de auto-correção mais refinada
− Melhorias lentas

Schmidt & Lee (2016)


Aprendizagem motora
Abordagem cognitivista
6) Métodos: ”Como aprendemos?”
“Como ensinar?”

Organização da prática: facilitar a perceção e a tomada de


decisão

Manipular a disponibilidade das informações antes, durante e


após a ação: modelos, conhecimento do resultado (CR),
conhecimento do processo (CP), bioFB

O que é central são os PMG e os feedbacks do sistema que


permitem comparar o resultado com o que foi programado.
Referências

Fitts, P. M. (1954). The information capacity of the human motor system in controlling the
amplitude of movement. Journal of experimental psychology, 47(6), 381.
Gallahue, D. (2005). Conceitos para maximizar o desenvolvimento da habilidade de
movimento especializado. Revista da Educação Física/UEM, 16(2), 197-202.
Godinho, M., Barreiros, J., Melo, F., & Mendes, R. (2007). Aprendizagem e Performance. In
M. Godinho (Ed.), Controlo Motor e Aprendizagem. Fundamentos e Aplicações (3ª ed.,
pp. 9-18). Faculdade de Motricidade Humana.
Singer, R. N., Lidor, R., & Cauraugh, J. H. (1993). To be aware or not aware? What to think
about while learning and performing a motor skill. The sport psychologist, 7(1), 19-30.
Schmidt, R. A. (1975). A schema theory of discrete motor skill learning. Psychological
Review, 82(4), 225.
Schmidt, R. A., Lee, T. D., Rodrigues, D. C., & Petersen, R. (2016). Aprendizagem e
performance motora: dos princípios à aplicação. Artmed.
Tani, G., Júnior, C. D. M. M., Ugrinowitsch, H., Benda, R. N., Chiviacowsky, S., & Corrêa, U.
C. (2010). Pesquisa na área de comportamento motor: modelos teóricos, métodos de
investigação, instrumentos de análise, desafios, tendências e perspectivas. Journal of
Physical Education, 21(3), 329-380.

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