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Asneth Arnor, Wallace, Neifa, Windsom, Raimundo

Irritabilidade e violência
Obra “Triunfo pessoal”, cap. 3 Tormentos
psicológicos – item Irritabilidade e violência –
pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de
Divaldo Franco

- Irritabilidade consiste no aumento exagerado a estímulos do


ambiente e uma baixa tolerância a incômodos. Entre os
sintomas mais comuns relacionados à irritabilidade, temos
baixo controle dos impulsos e descontrole emocional.

somos antenas psíquicas irradiantes


precisamos cuidar com o que sintonizamos

- Bem se vê, que o problema não é do meio, mas do indivíduo

- Não confundir agressividade com violência

- Violência é "o uso intencional de força física ou poder,


ameaçados ou reais, contra si mesmo, contra outra pessoa ou
contra um grupo ou comunidade, que resultem ou tenham
grande probabilidade de resultar em ferimento, morte, dano
psicológico, mau desenvolvimento ou privação"
- Por um lado, a incidência da raiva é perfeitamente normal,
tornando-se grave a não capacidade de administra-la

Obra Luz Acima, cap. 31 Os maiores inimigos


Espírito Humberto de Campos

“Senhor, quais são os maiores inimigos?”

“A experiência, Simão, tudo revela no momento preciso”.

1-Alguém escondido atrás das figueiras / O MEDO

2-Levita desrespeitoso / A CÓLERA

3-Leproso curado espalhando calúnias / A INTRANSIGÊNCIA

4-Patrício orgulhoso e desdenhoso / A VAIDADE


5-Recriminando os desmandos de Tibério, imperador romano / A
MALEDICÊNCIA

“Nossos piores inimigos, Simão, moram dentro de nós mesmos.


Reconciliemo-nos”.

- E quando nós encontramos reforço disso do lado de fora, fica


mais difícil vencer a nós mesmos

- Estamos imersos na cultura do ódio, que, de um modo


destrambelhado, tem levado à desestruturação do homem.

- A intensa retorica do ódio presente na atual sociedade


brasileira

- Discurso de ódio que perpassa as relações sociais


- “As paixões movidas por instintos (pulsões) são mais fortes
que os interesses ditados pela razão” (Freud, 1930, em O
Mal-estar na cultura/civilização)

- Manifestações violentas e cruéis nos deixam estarrecidos – ou


pelo menos deveriam nos deixar perplexos

“Em face dos graves acontecimentos hodiernos: velocidade das


comunicações, sucessão intérmina de ocorrências
surpreendentes, tragédias do cotidiano, avanços científicos e
tecnológicos, ameaças contínuas de desgraças geradoras de
insegurança emocional, o ser humano apresenta-se
desestruturado psicologicamente”.

o Contra minorias, imigrantes, religiões, gêneros, ideias

- As redes sociais têm se tornado bolhas anti-sociais que


repercutem discursos violentos e absurdos
- Esses guetos virtuais fazem eco a este apelo desestruturante
que representam a grande tragédia do cotidiano: as faces de
violência que se mesclam ao comportamento geral

- Freud aborda em “O mal-estar na cultura/civilização” (1930) o


“narcisismo das pequenas diferenças”

o A hostilidade que em todos os vínculos humanos vemos


batalhar com êxito contra os sentimentos solidários

o A união dos indivíduos entre si passa a ser um bom


pretexto para exercício da destrutividade.

o Então, um grupo de pessoas se reúne num pequeno


gueto, por exemplo, num fórum ou grupo fechado, e
estabelece uma união pelo ódio (o laço comum é um
amor narcísico e o ódio projetado ao infamiliar) a ponto
de hostilizar quem não se afina e não pertence ao grupo

- “Percebe-se nele uma cômoda e relativamente inócua


satisfação de agressividade, através da qual é facilitada a
coesão entre os membros da comunidade” (FREUD, [1930],
em O Mal-estar na cultura/civilização)

- Do ponto de vista social, qual os fatores contribuintes para


isso?

o Desigualdade social alarmante

o Polarização politica intensa

o Confusão de justiça com vingança

o Inversão de valores

o Intolerância à frustração e ao contraditório


o Direitos (des)humanos como se parte do corpo social não
pertencesse à raça humana, como o publico LGBTQIA+,
negros, pobres

- Do ponto de vista psicológico:

o O ódio é mais antigo do que o amor e surge da primeira


rejeição externa ao Eu narcísico que quer ser satisfeito

o Esse narcisismo primário implica que o Eu ama a si


mesmo e busca em si fonte de prazer

“O ser humano sentindo-se aturdido, procura compensar-se no


exagerado culto ao corpo (...) como forma de compensação ao
ego insatisfeito, propiciador de prazer, mas perturbador às
emoções (...)”.
o Como se autosatisfazer nas demandas orgânicas – fome,
sede? Depende do outro, do objeto externo, da função
materna

o A tensão pela impotência gera desprazer

o O sujeito então passa da indiferença ao ódio

o É o instinto de preservação que está em jogo: a satisfação


implica em prazer, necessidade atendida; a privação, em
desprazer e ódio

o De alguma forma, a insegurança do próprio valor e o


temor de ser ultrapassado predispõe o sujeito à postura
armada contra tudo e contra todos, como se essa fosse a
melhor maneira de poupar-se a sofrimentos e a desafios
perturbadores

“Dietas muito rigorosas (...) que ameaçam o equilíbrio


psicofísico, instalando graves problemas emocionais como a
anorexia, a bulimia, a perda de memoria, a irritação e distonias
nervosas (...)”.

“(...) O sexo desvaira e ressuscita os níveis do primitivismo de


onde saiu para atender os modismos vigentes, embora a preço
de insanidade mental e de total relaxamento dos valores ético-
morais”.

- Por consequência, os instintos primários predominam orientando


as decisões, quando estas deveriam ser controladas pela razão, que
sempre discerne qual a melhor postura a assumir-se.

“O absurdo consumo dos alcoólicos e do tabaco, em mecanismos


escapatórios ao medo e à ansiedade, favorece o uso desregrado
de substancias alucinógenas e de outras drogas (...)”.

“A apologia da insensatez produzida pela mídia alucinada


perverte a identidade do indivíduo, massificando-o (...)”
o Em “O Livro dos Espíritos”, questão 784, Kardec chega a
especular:

o “Bastante grande é a perversidade do homem. Não


parece que, pelo menos do ponto de vista moral, ele,
em vez de avançar, caminha aos recuos?”

o E já temos a resposta: “Enganas-te. Observa bem o


conjunto e verás que o homem se adianta, pois que
melhor compreende o que é mal, e vai dia a dia
reprimindo os abusos. Faz-se mister que o mal chegue
ao excesso, para tornar compreensível a necessidade
do bem e das reformas.”

- Há quem se fixe nessa posição (do bebe não atendido)

“A perda de contato do ser humano com o Si-mesmo, esmagado


pelo desconcerto moral que grassa, (...) unida à falsa ideia que a
felicidade é conquista do poder para o prazer e do ter o dinheiro
para comprar o poder, completando o circulo vicioso da
ostentação e da queda (...)”
“Urge que se opere uma mudança ética, a fim de que o individuo
recupere a sua identidade de cidadão, não mais de vítima
explorada (...)”.

O discurso de ódio

- Ataques no campo da Internet e redes sociais virtuais

- Discurso agressivo, predominado pelo ódio (desejo de


aniquilamento do outro)

o Incitar ao dano e que ameaça ou encoraja atos violentos

o Mensagens preconceituosas, intolerantes, buscando


desumanizar
o Direcionado a um grupo, uma ideologia ou a indivíduos

“A criatura é o resultado das suas próprias experiências


adquiridas no imenso pélago do processo evolutivo,
transferindo de uma para outra existência as conquistas que lhe
caracterizam o desenvolvimento intelecto-moral”.

“(...) O indivíduo sente-se fragilizado na sua estrutura


emocional, produzindo moléculas cerebrais destrutivas que os
neurônios liberam sempre que a mente irrequieta e arbitraria
experimenta contrariedade (...)”.

- O discurso de ódio une e divide ao mesmo tempo (psicologia de


grupo)

- Monitorar, perseguir, denunciar “sem ser visto” (o falso


anonimato da internet)
- Pretexto de reivindicar direitos vestindo para isso a toga de
juiz (violência)

- Não se contentar em denunciar, quer culpabilizar

- Os conteúdos psicológicos do homem na atualidade


demonstram grande aturdimento, instabilidade emocional,
insegurança pessoal

- Qual a razão deste comportamento?

“Cultivando excessivo orgulho, que denota permanência na


infância psicológica responsável pela insegurança pessoal (...)”.

- Perda do senso trágico (do comportamento)


o Como se não fosse nada demais agir desse modo
desumanizado

o Modelos pré-fabricados facilmente introjetados

o Confundindo ilusão com realidade

o Compulsividade/agressividade/reatividade/anedoni
a (superestímulo)/avidez

o Desprezo pelas experiências pessoais naturais: a


conversação salutar, a leitura edificante, o habito de
orar e meditar

o Aumento de um vazio existencial, por considerar as


virtudes fora de moda
o Aceitação de um modelo extravagante de
autorrealização que não parte de uma convicção
interior

- Violência dominadora

- A exigência de Soluções rápidas

- Cultura consumista e desalmada

- Quando deveria viger o equilíbrio da justiça social,


fraternidade, deveres humanos, promoção dos indivíduos
“A tragédia do cotidiano se apresenta nas mil faces da violência
que se mescla ao comportamento geral, muitas vezes
disfarçando-se até em formas de submissão rebelde e
humildade-humilhante, que descarregam suas frustrações
adquiridas ao lado dos mais fortes, no dorso desprotegido dos
mais fracos” (Joanna de Ângelis)

- Os conteúdos psicológicos que são mantenedores do equilíbrio


e se encontram fragmentados (pelo choque do cotidiano)

- Desestruturação do homem que foge, se defende, reage


agressivamente, se aliena, não enfrenta a convivência

“(...) A sua sensibilidade torna-se altamente descompensada


como decorrência dos conflitos ancestrais que não foram
diluídos, a ponto de não conseguirem proporcionar a
consciência de paz no seu dia a dia”.

- Resultado: os indivíduos que fracassam, enfermam, atritam,


debandam
- Ressuscitam os mitos das velhas crendices de males feitos (o
trabalho contra mim, o mau olhado)

- Perseguições da inveja, delírios de ciúme, despeito

- Forçam justificativas para explicar os insucessos que não


consegue tolerar

“(...) Irritadiço, inseguro, temperamental, (...) apresenta-se


violento, porque oculta o transtorno íntimo, empurrando para
longe os perigos que imagina estaria ameaçando-o (...)”.

“Vários fatores ancestrais e atuais respondem por essa


psicopatologia, cujas nascentes se encontram no primarismo em
que estagia e ainda lhe governa as atitudes”.

Terapêutica eficaz
ü Quando invadido pelo desequilíbrio, reserve-se a coragem de
adiar decisões, sem pressa para responder nem discutir em
nome de uma pretensa “autodefesa”, evitando precipitar-se
numa postura inadequada de que irá se arrepender de
imediato ou mais tarde

ü Evitar gatilhos desencadeadores da explosão colérica

ü Silenciar diante de uma circunstancia perturbadora, ou pelo


menos tentar; se não conseguir, sair, distrair-se, focar em outra
coisa (descontaminação dos petardos mentais desferidos pelo
opositor)

ü Cultivar o habito autorreflexivo de considerar-se portador de


virtudes e deficiências plausíveis de corrigenda, predispondo-
se à vigilância, para ter melhor controle sobre as variações de
humor e comportamento
ü Exercitar a própria paciência, utilizando a analise racional para
o que é dito, esquecendo, temporariamente, de quem o diz, e
para quem fala

ü Procurar desfazer as pequenas contrariedades, utilizando os


princípios de comunicação não violenta (dialogo compassivo,
empata) - Marshall Bertram Rosenberg

ü Terapia da prece e meditação, leitura edificante (substituindo


clichês psíquicos viciosos)

ü Desenvolvimento do autocontrole pela disciplina da vontade,


educação dos sentimentos

ü Coragem de reconhecer as próprias fragilidades


ü Temos, cada um, nosso próprio “espinho na carne”, nos dizeres
do Apóstolo Paulo:

“E, para que não me exaltasse pela excelência das


revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber,
um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de
não me exaltar”.

2 Coríntios, XII:7.

ü Experimentar dificuldades é natural (estresse, frustrações)

ü Mas o controle emocional deve ser exercitado para não se reagir


desproporcionalmente
“O orgulho vos leva a vos julgardes mais do que sois, a
não aceitar uma comparação que vos possa rebaixar, e a
vos considerardes, ao contrário, de tal maneira acima de
vossos irmãos, que o menor paralelo vos irrita e vos
fere”.

O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IX – Bem-Aventurados os


Mansos e os Pacíficos, item 9 A cólera.

“A exaltação da personalidade leva o homem a se


considerar como acima dos outros, crendo-se com
direitos superiores, e se fere com tudo o que, segundo
ele, seja um golpe sobre seus direitos”.

Livro Obras Póstumas, Allan Kardec, Primeira Parte, O Egoísmo e o


Orgulho.

“Até mesmo as impaciências, que se originam de


contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da
importância que cada um liga à sua personalidade,
diante da qual entende que todos se devem dobrar”.

O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IX – Bem-Aventurados os


Mansos e os Pacíficos, item 9 A cólera.
“Não permita que suscetibilidades lhe conturbem o
coração. Dê aos outros a liberdade de pensar, tanto
quanto você é livre para pensar como deseja. Quem
vive de se ferir, acaba na condição de espinheiro”.

Livro Sinal Verde, por André Luiz, cap. 23 Melindres

“A timidez excessiva disfarça o orgulho dominador,


escamoteia temperamentos violentos, transformando-se em
cólera surda contra outras pessoas ou contra si próprio”

Algozes Psicológicos, em Amor, Imbatível Amor


Pelo Espírito Joanna de Ângelis

• Repetimos velhos padrões

• Temos medo de não sermos suficientemente fortes


“Me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim
habite o poder de Cristo. Porque quando estou fraco, então
sou forte”

2 Coríntios, 12:9-10

• Olhar com sinceridade para si mesmo, sem autopiedade

• Reerguer-se e prosseguir

• Recuperar o sentido da vida


• Nunca é tarde, enquanto estamos a caminho

“Uma proposta psicoterapêutica valida deve ser estruturada no


sentido da descoberta do ser integral e da finalidade existencial
que pode ser alcançada por todos”.

Livro Espírito e vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia


de Divaldo Franco, cap. 40 Fraternidade

• Narra-se uma historia

• Conhecido militante espirita, desencarnado, demandou na


noite evocativa do Natal, região pavorosa de angustia punitiva
e dor reparadora, no Mundo Espiritual, para evangelizar a
turbamulta ignara e obscena
• Abrindo pequeno Evangelho, nos apontamentos de Mateus no
Sermão da Montanha, começou a ler as anotações consoladoras
registradas pelo Discípulo Amado

• Enquanto a voz harmoniosa e calma vibrava amor fraternal no


reduto purgatorial, antigo sicário de consciências, turbulento e
impiedoso, agora entregue à própria rebeldia, explodindo ira,
solicitou o livro singular, e, diante do evangelizador,
despedaçou as paginas, que atirou sobre o charco nauseabundo
em que se revolvia

• Longe de revidar, o mensageiro da Palavra da Vida Eterna,


tomado de incomum sentimento fraternal, exclamou:

• - Perdoa-me não ter conseguido alcançar tua alma com o verbo


divino, considerando minha própria inferioridade!

• - Compreendo, meu irmão, tua revolta, no entanto, não


conheces Jesus. Reconheço-me indigno de apresenta-Lo;
todavia, recebendo-O o Médico do Amor por excelência não
consigo recuar...Recorda o Rei singular, nascido em
manjedoura e supliciado na Cruz, a balbuciar, em hora de
terrível soledade...Perdoa-os meu Pai!

• O verdugo se levantou em pranto, e acudiu, dizendo:


• - Fala-me dEle, esse Homem que te dá forcas para vencer a ira e
amar a ponto de chamar-me de irmão.

• Fraternidade!

• Começa agora mesmo o teu programa fraternal, tendo


paciência contigo próprio, no caminho evolutivo por onde
rumas...

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