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EPIDEMIA

SILENCIOSA
São condições/doenças não comunicáveis que afetam um grande
número de pessoas e não são reconhecidas ou tratadas.

Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs): As DCNTs, como


hipertensão, diabetes, obesidade, são referidas como uma “epidemia
silenciosa”.

Essas doenças são responsáveis por três em cada quatro mortes entre os brasileiro
segundo a Organização Mundial de Saúde.
ALCOOLISMO
O alcoolismo é um sério problema de saúde pública.
É uma doença crônica com aspectos comportamentais e socioeconômicos,
caracterizada pelo uso compulsivo do álcool. Levando ao desenvolvimento de sinais e
sintomas de abstinência quando ele é retirado.

A relação entre seu consumo e consequências depende da


quantidade, frequência de ingestão e da sua reação com o
organismo.

O consumo inapropriado do álcool pode causar malefícios para


a saúde bucal, e está relacionado com o aumento na severidade
da destruição periodontal.
CONSUMO
EXESSIVO DO
Estudos apontam que ÁLCOOL E
pacientes com problemas hepáticos apresentam
piores condições periodontais do que pacientes sem problemas hepáticos.
PERIODONTITE
O estilo de vida de usuários de álcool afeta a saúde bucal, atuando
como um fator de risco para o desenvolvimento da doença periodontal.

O uso do álcool pode modificar o processo saúde-doença periodontal pela


interferência na resposta do hospedeiro, alterando a função dos neutrófilos ,
macrófagos e células T, aumentando a probabilidade de infecções.
CONSUMO EXCESSIVO DO ÁLCOOL E
PERIODONTITE

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32592551/ Relationship between consumption of soft and alcoholic drinks and oral health problems
CONSEQUÊNCIAS
XEROSTOMIA: O álcool pode causar desidratação, reduzindo a produção de saliva. A
saliva é essencial para manter a saúde bucal, pois ajuda a neutralizar ácidos e proteger os
dentes.

RISCO DE CÁRIE: A falta de saliva pode levar ao aumento da formação de placa bacteriana e
ao desenvolvimento de cáries.
PERIODONTITE: O alcoolismo pode comprometer o sistema imunológico e tornar o
organismo mais suscetível a infecções.

MÁ HIGIENE ORAL: Indivíduos com problemas de alcoolismo muitas vezes negligenciam a


higiene oral, levando ao agravamento das doenças periodontais.
RELAÇÃO COM DOENÇAS
OSTEONECRÓTICAS
Apesar da diminuição das pessoas que relatam consumirem álcool no mundo, o número de
alcoólatras aumenta.

A associação direta do mal uso de bebidas alcoólicas e doenças periodontais ainda não está
bem estabelecida; porém, imunocomprometimento, desnutrição e higienização oral deficiente
são todos modificadores que estão interligados.

Altos níveis de patógenos periodontais tem sido observados em pacientes que abusam no
consumo do alcoól, assim como maiores níveis de interleucinas-1β e fatores de necrose
tumoral alfa.
RELAÇÃO COM DOENÇAS
OSTEONECRÓTICAS

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CURIOSIDADES
Entre os homens que relataram consumir vinho, houve uma chance significativamente menor de
apresentarem periodontite quando comparados a aqueles que relataram não consumir. Nas
mulheres a relação foi insignificante.

Vinho contém fitoquímicos e etanol, o primeiro tem efeitos protetores e o segundo tem efeitos
maléficos em carcinogênicos orais. Apesar das lacunas na literatura, pacientes com abuso no
consumo de vinho foram associados com aumento da chance de câncer oral quando
comparados com consumidores casuais ou aqueles que não consumem.
CONCLUSÃO
A maioria dos trabalhos revisados sugere que o uso de bebidas alcoólicas tem uma
associação de risco positiva com a gravidade da doença periodontal.

Portanto, mais investigações são necessárias para entender o real mecanismo do


envolvimento de bebidas alcoólicas na etiopatogenia da doença periodontal, seja esse
envolvimento em nível microbiológico, e/ou imunológico.
BIBLIOGRA
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FIA
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