Teve início por volta de 1950 no Japão, com o objetivo de
contribuir para a agilidade e flexibilidade das fábricas no atendimento das demandas de mercado sem desperdício e com qualidade. Entre várias opções de ferramentas, duas são utilizadas em qualquer programa de Lean Manufacturing: 5S • 5S, processo que visa a mudar a maneira de pensar e agir das pessoas em todos os níveis organizacionais, provocando transformações visuais nos aspectos ambientais e comportamentais a partir dos 5S: 5S • O Programa 5S foi desenvolvido por indústrias japonesas no período de recuperação do país após o término da Segunda Guerra Mundial. O sistema foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa, na década de 1950. • Ishikawa foi engenheiro de controle de qualidade e um dos mais notórios teóricos da administração, tendo elaborado conceitos usados até hoje na gestão das empresas, como o Diagrama de Causa e Efeito (também conhecido como Diagrama de Ishikawa) e o próprio programa 5S. • Na época em que o programa 5S foi criado, o Japão vivia uma crise, portanto, a eficiência empresarial era algo fundamental. Era preciso reduzir custos e elevar a produtividade para ajudar o país a crescer. Ishikawa idealizou um sistema baseado em cinco pilares: seiri (senso de utilização); seiton (senso de organização); seiso (senso de limpeza); seiketsu (senso de padronização); shitsuke (senso de disciplina). 5S
Cada um desses conceitos
abrange uma série de iniciativas que, na prática, Inicialmente, o programa 5S contribuem para que as foi aplicado para alcançar o empresas desenvolvam ritmo de produção Just in melhor seus processos, Time. Hoje, ele é uma ganhando eficiência e ferramenta utilizada dentro produtividade ao usar apenas da filosofia Lean (ou “gestão recursos necessários (seiri); enxuta”). O Programa 5S tem ao manter cada coisa em seu um forte impacto sobre a lugar (seiton); ao higienizar o qualidade, permitindo que a ambiente (seiso); ao empresa agregue valor e padronizar procedimentos otimize o desempenho em (seiketsu); e ao dar todos os seus processos. continuidade às boas práticas (shitsuke). Seiri, ou o “senso de utilização” • Na primeira etapa, é feita uma avaliação de todos os recursos disponíveis na empresa e do quanto esses recursos são relevantes. Eles são utilizados? Itens que não são utilizados são irrelevantes — usando as palavras de Lean, eles representam desperdício. Portanto, esses itens devem ser descartados. • Ao priorizar apenas o que é necessário, espera-se que a organização consiga: • ter mais espaços livres; • facilitar a locomoção de pessoas e produtos; • dar mais visibilidade aos materiais importantes; • aumentar o conforto e a segurança dos funcionários; • agilizar a limpeza do ambiente; • reduzir desperdícios e custos; • estimular a produtividade. Seiton, ou o “senso de organização” • Nesta etapa, avaliamos se os recursos estão organizados. Cada item deve ter seu lugar, de acordo com o papel que exerce nos processos da empresa, e deve ser colocado nesse lugar após o uso. • Recursos usados pela equipe de marketing não devem ficar armazenados no escritório do departamento financeiro, por exemplo. Além disso, itens que são usados com mais frequência devem estar em uma posição mais acessível, agilizando os processos de trabalho. • O senso de organização traz a ideia de que tudo tenha um lugar próprio e que todos os objetos estejam armazenados nos espaços corretos. Dessa forma, a empresa consegue: • diminuir o tempo de busca dos materiais; • agilizar processos; • melhorar a gestão dos estoques; • facilitar a higienização do ambiente; • reduzir perdas. Seiso, ou o “senso de limpeza” • Esta etapa abrange desde o espectro individual (a limpeza de cada estação de trabalho) até o coletivo (a limpeza de áreas como os banheiros e o refeitório da empresa). Vale a pena ressaltar que a limpeza é importante tanto para assegurar a qualidade do produto quanto a qualidade das condições de saúde e segurança do trabalho. • O senso de limpeza deve gerar nos colaboradores o espírito de coletividade, já que todos são responsáveis por manter a empresa limpa. Como efeito, haverá um esforço maior em não sujar o ambiente. Outros efeitos esperados são: • melhora na qualidade de vida; • redução de riscos de contaminação por agentes biológicos; • conquista de um ambiente mais agradável para todos; • aumento da segurança no trabalho. Seiketsu, ou o “senso de padronização” • Nesta etapa, a prioridade é a conscientização dos colaboradores — por meio de normas e regras, se preciso — sobre a importância de manter os padrões atingidos pela empresa. Alguns exemplos de padrões são o uso de uniformes e equipamentos de proteção individual (EPIs), a organização das mesas, a economia no consumo de suprimentos e as técnicas e métodos para execução das atividades. • A padronização é fundamental para o controle da qualidade e gera inúmeros benefícios para a organização. Entre as principais vantagens destacam-se: • maior controle sobre os processos; • aumento da qualidade, de maneira geral; • racionalização dos processos produtivos; • redução de erros e retrabalho; • ganho de eficiência e produtividade. Shitsuke, ou o “senso de disciplina” • Finalmente, na quinta etapa, o foco é o autogerenciamento. Através da disciplina, monitorando a si mesmos, os colaboradores darão continuidade às mudanças criadas pelo programa 5S. • Essa etapa é fundamental para que tais mudanças não sejam pontuais ou temporárias, mas tornem-se uma verdadeira filosofia de trabalho. É o senso de disciplina que permite que as empresas desenvolvam ciclos de melhoria contínua, nos quais as atividades são planejadas, executadas, mensuradas e aprimoradas continuamente. • Além do aprimoramento constante dos processos, o shitsuke gera outros ganhos para a organização, como: • aumenta o sentimento de responsabilidade entre todos; • permite ampliar a autonomia dada aos colaboradores; • reduz erros, retrabalho e atrasos nas entregas; • viabiliza a execução do planejamento; • eleva a qualidade, de maneira geral; • favorece o desenvolvimento profissional dos trabalhadores; • melhora a capacidade analítica sobre a organização e seus processos. Ciclo PDCA • É um método de controle que determina os procedimentos de melhoria a serem aprendidos por todos na empresa, pelo ciclo – Plan, planejamento e metas, Do, execução das tarefas planejadas, Check, verificação da execução comparando com o planejado, e Act, atuação corretiva para verificar e corrigir eventuais desvios ocorridos. Ciclo PDCA
• A qualidade dos serviços oferecidos pelas empresas é, cada vez mais,
um diferencial necessário para o sucesso e o destaque. Para isso, a eficácia dos processos se mostra como fator determinante no desenvolvimento do negócio. • Antes de construir um Ciclo PDCA, é importante saber que o CICLO PDCA tem como objetivo auxiliar a execução da estratégia. Portanto, a estratégia deve ser previamente desenvolvida, contando com uma equipe preparada e consciente. • Dessa forma, os objetivos da gestão poderão não somente sair do papel, mas como também ter seu processo de execução monitorado para que não se percam no caminho. Assim, a utilização do ciclo no ambiente organizacional é um caminho possível para melhorar os resultados e alavancar o desempenho da empresa Como o Ciclo PDCA surgiu?
• O Ciclo PDCA também é chamado de ciclo de Shewhart ou de Ciclo
de Deming, nomes que atribuem crédito aos seus idealizadores. • O engenheiro Walter Shewhart foi o criador do método do Ciclo PDCA, nos anos 1920. Mas o modelo do Ciclo PDCA foi se tornar famoso apenas nos anos 1950, principalmente no Japão, graças ao professor americano William Deming. Ele é considerado o pai do controle de qualidade nos processos produtivos. • Seus criadores foram inspirados principalmente pelos americanos Clarence Irving Lewis e John Dewey, que foram dois dos fundadores da escola filosófica do pragmatismo, além de outros diversos filósofos que escreveram sobre a geração de conhecimento. Ciclo PDCA • Dewey refletiu sobre a solução de problemas em cinco passos, os quais foram essenciais para a criação do Ciclo PDCA que hoje conhecemos, sendo eles: 1.Perceber a dificuldade; 2.Localizar o problema; 3.Definir o problema; 4. Sugerir possíveis soluções e desenvolver através do raciocínio as influências sugeridas; 5.Observar posteriormente as soluções aplicadas, que levam a sua aceitação ou rejeição. Ciclo PDCA • Inicialmente, o ciclo foi desenvolvido para ser aplicado na administração da qualidade da gestão, sendo a ferramenta de Qualidade PDCA um método recomendado para o aprimoramento contínuo da qualidade dos produtos e serviços da empresa. • Mas seu uso foi aprimorado. Assim, hoje a ferramenta do Ciclo PDCA é uma das principais para a compreensão do processo administrativo e para a solução de problemas. • O método do Ciclo PDCA passou por diversas alterações durante seus mais de 90 anos de existência. E pode ser adaptado para ser utilizado em qualquer tipo de empresa, independentemente do seu tamanho ou área de atuação.
Ciclo PDCA • O Ciclo PDCA na solução de problemas nas empresas é uma das metodologias mais usadas. Assim como para a melhoria contínua de processos. Esse método é utilizado para solucionar problemas que não são facilmente visualizados. • Geralmente, esses problemas também já sofreram diversas tentativas falhas de solução. Suas finalidades são acelerar e aperfeiçoar as atividades de uma empresa, por meio da identificação dos problemas, de suas causas e das possíveis soluções. • Ele é um método iterativo. Você deve estar se perguntando: o que é isso? É simples. É um tipo de processo que, a cada repetição, chega-se a um resultado diferente. Esses resultados, por sua vez, serão utilizados nas vezes seguintes de forma acumulativa. Ciclo PDCA • Dessa forma, pode-se dizer que o PDCA é um ciclo que traz resultados diferentes e complementares a cada utilização, o que faz com que ele seja um método de uso contínuo para maior sucesso na resolução de problemas. • Mas por que ele é importante? Porque possibilita a identificação de falhas, o que torna mais simples o processo de reparação das mesmas. Além disso, o Ciclo PDCA prioriza a medição, fator importante na gestão. • É essencial medir seus resultados estatisticamente, com dados concretos, para poder gerenciar e repetir os melhores processos ou evitar os que não geram resultados. • Ele pode ser usado tanto como método de implantação de novas ideias quanto para solução de problemas. O ciclo PDCA na identificação de problemas ou na melhoria contínua pode ser desdobrado em todos os níveis de uma organização, desde a direção até a operação. Lean Innovation Management
• O modelo de gestão Lean Innovation Management, é pautado nas premissas
básicas da Lean Manufacturing de qualidade, baixo custo, sem desperdício e envolvimento das pessoas, mas com agilidade, o que o rigor dos métodos do Lean Manufacturing dificulta. • A metodologia Lean Manufacturig se apoia nos pilares qualidade e produtividade, e na sua base temos a participação das pessoas nas questões de produção com qualidade e sem desperdício em todas as etapas de produção (CHIAVENATO, 2014). • Na Lean Innovation Management, a concepção é voltada para o conceito de mínimo produto viável e testagem rápida, priorizando as condições reais de mercado. Ou seja, a inovação é rápida, de custo baixo e vem da aprendizagem sobre o que os clientes querem (SCHERER, 2014). Lean Innovation Management
• Dentre muitos novos modelos de gestão da inovação, que você
verá oportunamente, a Lean Innovation Management, ou Gestão da Inovação Enxuta, é antes de tudo uma nova maneira de pensar para mudar “a forma como as empresas desenvolvem suas iniciativas inovadoras, criando um processo rápido de testagem e aprendizado”. • Esse modelo surgiu das startups (empresas nascentes e temporárias à procura de um modelo de negócios repetível e escalável), antes de conceberem marca, produtos e processos. Lean Innovation Management Comparando com o modelo tradicional de inovação, que é pautado em uma metodologia linear de planejamento extensivo e de perfeição até que o produto chegue ao mercado, no modelo Lean Innovation a concepção é voltada para o conceito de mínimo produto viável e testagem rápida, priorizando as condições reais de mercado. Isso significa que a inovação ocorre com velocidade e custo baixo, a partir da aprendizagem da interação com o mercado (o que os clientes querem). Lean Innovation Management Embora tenha surgido com as startups, o modelo Lean Innovation Management despertou o interesse de grandes empresas, as quais enfrentam dificuldades para a implantação em razão do medo de errar (e de arriscar), a burocracia do processo tradicional, pelos quais a comprovação dos processos segue rigorosamente o planejado, e questões de cultura organizacional, que se mostram inadequadas para o novo modelo (SCHERER, 2014). Lean Innovation Management Nesse sentido, para adotar o modelo Lean Innovation Management, o gestor deve preparar as condições para o sucesso de sua implantação, revendo ferramentas e processos, arriscando, sendo ágil e promovendo transformações na cultura organizacional, o seu maior desafio. Enfim, o modelo Lean Innovation Management demanda a utilização de ferramentas enxutas e o estímulo do envolvimento de todos da organização na melhoria contínua e, principalmente, nas inovações de sucesso (CAVALCANTI, 2015). Lean Innovation Management • Lean Innovation Management é uma metodologia de gestão que tem como objetivo introduzir o modelo de inovação, comum em startups, para empresas de maior porte.
• O Lean Innovation Management veio para ajudar a solucionar um dos
principais problemas de empresas grandes que têm pequena participação na inovação dos seus mercados.
• A inovação nas empresas mais consolidadas muitas vezes é restringida pelo
grande número de processos e dificuldades para conseguir aprovações para novas ideias. E o que era para ser um celeiro de criação e implementação para novos conceitos, já que tem mais recursos do que as pequenas empresas, acaba se tornando um local em que a criatividade não é valorizada. Como aplicar o Lean Innovation Management?
• As empresas que desejarem aderir ao Lean Innovation Management
precisam, além do desejo de mudança, ter um tamanho de colaboradores de tal modo que possa separar pelo menos um colaborador apenas para exclusivamente implementar a gestão enxuta. • Ter uma equipe dedicada à implementação desse novo modelo, caso seja possível, é melhor ainda, pois contribui para que o modelo seja implementado mais rapidamente e de forma correta, além de diminuir as resistências que por ventura venham a surgir. • Além disso, qualquer outra experiência sobre planejamento e gerenciamento estratégico anterior também contribui para aplicar a inovação enxuta nas empresas, pois as barreiras para implantar o Lean Innovation Management acabam sendo menores. Lean Innovation Management • As fases para a implementação do Lean Innovation Management costumam ser divididas em três: implementação do projeto, disseminação e consolidação.
• Os elementos fundamentais para a implementação, em resumo, são os
seguintes: • recursos humanos: pelo menos um colaborador dedicado; • processos: não só de implementação, mas também de revisão e feedback; • documentação: planejamento documentado. Lean Innovation Management
O Lean Innovation Management é um excelente modelo
para manter-se atual no mercado competitivo, pois facilita o aprendizado rápido, minimiza os riscos e pode trazer inúmeros benefícios para a gestão empresarial.
Uma boa forma de começar a pensar em como
implementar o Lean Innovation Management na sua empresa é fazer uma matriz de esforço x impacto, que ajudará a priorizar as tarefas de forma a potencializar os resultados. Strategically Thinking Skills
Chiavenato (2014, p. 560) define estratégia organizacional como “a
mobilização de todos os recursos no âmbito global da organização, visando a atingir objetivos situados em longo prazo. [...] Representa a resposta organizacional às condições ambientais que envolvem toda a organização”. É um esforço para obter vantagem competitiva. Strategically Thinking Skills A estratégia inicia com a definição de missão e objetivos organizacionais, para orientar a atuação dos gestores de todos os níveis. A estratégia acontece nos três níveis da estrutura organizacional, sendo concebida no nível institucional (na cúpula), a estratégia tática no nível intermediário (gerencial) e a estratégia operacional (na supervisão/liderança de equipe). Strategically Thinking Skills • Nos níveis tático e operacional, os gestores garantem que suas equipes contribuam para o alcance dos objetivos estratégicos definidos pelo nível institucional (CHIAVENATO, 2014). • A partir desse modelo, nasce a Administração por Objetivos (APO), proposta por Peter Drucker, que é uma “técnica gerencial que visa a motivar o desempenho de todos os envolvidos no processo, [...] por meio da participação ativa e da realimentação das informações (feedback) e é amplamente utilizada até hoje” (MORAES; FRANCO, 2009, p. 28) Strategically Thinking Skills • Assim, o modelo strategically thinking skills, ou pensar estrategicamente, parte das premissas de estratégia organizacional em um sentido mais amplo, o que requer estudos em múltiplos níveis de análise para superar a ideia do pensamento linear e para compreender a estratégia mais profundamente, para identificar sua essência. • “Essa orientação refinada em direção à estratégia como prática nos leva, no final das contas, a um processo de reducionismo”. Strategically Thinking Skills
• Para superar esse reducionismo, é necessário praticar a
estratégia em nível macro, indo além da análise do desempenho da empresa, buscando compreender amplamente a variável resultado. • Nesta discussão, entenda nível micro como discursos, atos, pensamentos e gestos, e como nível macro instituições sociais, economia e políticas, de forma que possibilite a concretização do pensamento estratégico (WILSON; JARZABKOWSKI, 2004). Strategically Thinking Skills O gestor dos novos tempos deve: [...] conduzir a organização como um todo e com foco no negócio e nos seus resultados, privilegiar objetivos organizacionais com uma visão e ação estratégica, construir equipes de elevado desempenho, tocar os processos organizacionais em sintonia mútua para obter efeitos sinergísticos, criar, agregar, entregar e capturar valor para a organização, assumir responsabilidade no sentido de garantir sustentabilidade financeira, social e ambiental para a organização, mudar e inovar sempre. (CHIAVENATO, 2014, p. 588-589) Strategically Thinking Skills
• Chiavenato (2014, p. 589) complementa comentando que a
atuação do gestor ficou bem maior e deve ser continuamente ampliada. A atuação do gestor para a prática da strategically thinking skills envolve diferenciar as metas alcançáveis mais rápido e facilmente daquelas que demandam mais tempo, de forma que o resultado seja mais importante do que o desempenho de objetivos isolados. • Para tanto, é necessário pensar macro, lançar mão de ferramentas de controle da evolução da estratégia, envolver a todos da organização pela ampla e clara comunicação da estratégia e iniciativas de motivação e estímulo para que a organização busque esses resultados como um todo. Associando Lean Innovation Management com Strategically Thinking Skills, o gestor deve empenhar esforços para que o pensamento estratégico possibilite as Exemplifican mudanças necessárias para a implantação de inovações enxutas. do Por exemplo, se uma empresa estabelece como estratégia que será criada uma nova linha de eletroportáteis por meio da inovação enxuta, o planejamento deve prever as mudanças necessárias a fim de abrir caminho para o alcance dos resultados esperados, principalmente quanto à adesão das pessoas, à ousadia e à agilidade, a partir de uma visão estratégica macro. Gestão Transparente • Ela surgiu em um contexto em que o conhecimento administrativo reconhece que as empresas dependem da ampla participação das pessoas na organização para garantir seu sucesso e sua sobrevivência. • Nesse sentido, não basta os gestores utilizarem todas as opções de tecnologias de gestão disponíveis sem que haja o envolvimento dessas pessoas e, para tanto, quanto mais transparentes forem as informações sobre a empresa, mais há clareza sobre os caminhos a seguir. Gestão Transparente
Uma tecnologia de gestão adequada à gestão
transparente é a Open-book Management (OBM), ou Gestão com o Livro Aberto, considerada uma metodologia de fácil aplicação e capaz de retornar resultados notáveis, porque facilita o envolvimento das pessoas para assumirem responsabilidade solidária com a empresa pelo sucesso organizacional (SANTOS; RODIGUES, 2009). Gestão Transparente A tecnologia de gestão OBM privilegia a comunicação ampla e transparente das informações sobre a empresa entre os funcionários, para que se envolvam e tenham clareza dos resultados a perseguir para o sucesso organizacional (SANTOS; RODRIGUES, 2009). OBM
Open-book Management foi concebido inicialmente nos Estados
Unidos na década de 1980, por um empresário de nome Jack Stack. Porém, foi com o livro de John Case, publicado em 1995, que a tecnologia adquiriu um formato e conteúdo mais aplicável. É certo que a aplicação do Open-book Management não encontrará disposição dos gestores na maioria das empresas, devido à desconfiança e ao medo de expor-se à concorrência, divulgando o que muitas vezes são considerados segredos do negócio. Contudo, [...] em época de mudanças, concorrências e pressões ambientais tão intensas, diversificar, inovar e diferenciar, poderão ser fatores críticos de sucesso, e isso não dá para fazer sozinho, toda organização deve caminhar em uníssono nesta direção. [...] quanto mais uma pessoa sabe a respeito do ambiente em que opera, o que está fazendo, qual sua importância, qual o resultado que precisa atingir, etc., mais ela passa a ter uma percepção diferenciada e mais aprofundada da realidade da organização e do ambiente em que está inserida, e isso lhe permite obter e produzir um resultado também diferenciado. (SANTOS; RODRIGUES, 2009, p. 133) Reflita
O quanto as empresas estão dispostas a
abrirem amplamente as informações sobre seus dados para todos os funcionários? Parece que os gestores têm outro grande desafio para superar. Pense nisso! OBM • A OBM é “uma teoria gerencial que aposta na abertura e na transparência total das informações, mesmo que até então foram, ou são, consideradas confidenciais" (Atps Empreendedorismo, 2014, [s.p.]). • Essa iniciativa está pautada na possibilidade real de fidelidade e comprometimento das pessoas, por estarem tendo acesso a questões organizacionais profundas e determinantes para o sucesso organizacional e, consequentemente, das pessoas participantes. • Deve ser ampla e verdadeira: sem meio termo. • É uma atitude equiparada à dos proprietários, originando uma percepção de grande responsabilidade pelo sucesso, sobrevivência e perpetuação da empresa. • Sendo assim, para praticar a gestão transparente por meio do OBM, os gestores devem atuar visando: OBM • Focar as pessoas, informando-as ampla e detalhadamente do funcionamento do OBM. • Diagnosticar os pontos fortes e fracos da organização, as oportunidades e ameaças. • Fixar as ações nos objetivos do negócio, com clareza de seus fatores críticos de sucesso, corrigindo rapidamente qualquer desvio. • Evitar análises precipitadas do que está correto ou errado. • Comunicar os objetivos organizacionais expressa e claramente, com linguagem compreensível. • Promover quebra de paradigmas e a ampliação da visão ao implantar as mudanças necessárias. • Delegar autoridade e responsabilidade com realidade e confiança, para que as pessoas realmente se envolvam no processo de tomada de decisão. OBM
• Criar canais que favoreçam a discussão de questões que devem
ser compartilhadas e resolvidas de forma a garantir o alto desempenho. • Criar canais para que as pessoas envolvidas manifestem sugestões e programas para recompensar os autores das melhores ideias. • Transformar as pessoas participantes em proprietárias do negócio, pelo capital intelectual. • Definir recompensas associadas ao atingimento de metas (SANTOS; RODRIGUES, 2009).