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O PAPEL DA ATENÇÃO BÁSICA NA REDE DE ATENÇÃO EM SAÚDE:

coordenadora do cuidado, ordenadora da rede e porta de entrada preferencial

Prof.a Me. Suyane Oliveira

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Informe de Dawson
• Um dos primeiros modelos de sistemas de
saúde que se tem notícia no mundo foi
concebido por uma comissão liderada pelo
médico Bertrand Dawson (1864-1945)
• O profissional era conhecido como Lord
Dawson, pois tinha o título “1º Visconde
Dawson de Penn”.
• Ele foi médico da Família Real Britânica,
tendo sido clínico de Edward VII, Edward VIII
e George V, em quem realizou eutanásia
com morfina e cocaína em 1936.
• Foi presidente da Royal
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College of
Physicians.
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Informe de Dawson

• O chamado Informe ou Relatório Dawson foi


traduzido para o espanhol pela Organização
Pan-americana da Saúde (OPAS).
• O sistema imaginado por Lord Dawson está
representado na figura central de seu
relatório, cujo nome completo é “Informe
Dawson sobre o futuro dos serviços médicos
e afins” e data de 1920, quando foi
apresentado ao Ministério da Saúde da Grã-
Bretanha pelo Conselho Consultivo de
Serviços Médicos e Afins
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Informe de Dawson

• Analisando o desenho e o relatório, pode-se


inferir que Dawson imaginou Centros de
Saúde Primários,[NA] com generalistas
próximos às casas das pessoas que
derivavam pacientes, caso fosse necessário,
a um centro de especialidades, e apenas
este referenciaria, se necessário, a um
hospital terciário, chamado “Hospital-
escola”. Lord Dawson ainda previu os
serviços chamados “suplementares”, que
seriam equipes multiprofissionais treinadas
para tratar tuberculose, pacientes terminais,
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pacientes com problemas mentais, 4


problemas ortopédicos, epilépticos,
Redes de Atenção a Saúde

• As redes de atenção à saúde são organizações poliárquicas de conjuntos de serviços de


saúde, vinculados entre si por uma missão única, objetivos comuns e uma ação
cooperativa e interdependente, que permitem ofertar uma atenção contínua e integral a
determinada população.
• As Redes de Atenção a Saúde devem prestar serviços de saúde no tempo certo, no lugar
certo, com o custo certo, com a qualidade responsabilidades sanitária e econômica por
certa e de forma humanizada -, e com esta população.

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Redes de Atenção a Saúde

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As Redes de Atenção a Saúde devem ser coordenada pela
atenção primária à saúde.

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Papel da atenção básica na rede de
atenção em saúde
• Portanto, o PAPEL DA ATENÇÃO BÁSICA NA REDE DE ATENÇÃO EM SAÚDE é funcionar
como coordenadora do cuidado, ordenadora da rede e porta de entrada preferencial
• McDonald et al. propõem que coordenar significa estabelecer conexões de modo a
alcançar o objetivo maior de prover/atender às necessidades e preferências dos usuários
na oferta de cuidados, com elevado valor e qualidade.

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Papel da atenção básica na rede de
atenção em saúde

• A coordenação do cuidado envolve elementos da


integração vertical e horizontal entre ações, serviços e
distintos profissionais de saúde, com utilização de
mecanismos e instrumentos específicos para planejamento
da assistência, definição de fluxos, troca de informações
sobre e com os usuários, monitoramento dos planos
terapêuticos e das necessidades de saúde, a fim de facilitar
a prestação do cuidado contínuo e integral, em local e
tempo oportuno.
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Papel da atenção básica na rede de
atenção em saúde
• Segundo Contandriopoulos et al., existem três tipos de coordenação:
• A coordenação sequencial: quando um usuário encontra sucessivamente os profissionais ou
organizações durante um episódio de doença (é o caso, por exemplo, de um paciente com
pneumonia que é encaminhado pelo médico da APS para um pneumologista);
• A coordenação recíproca: quando um usuário é tratado simultaneamente por diversos profissionais
ou organizações (por exemplo, usuário hipertenso que é acompanhado, ao mesmo tempo, pelo
Agente Comunitário de Saúde - ACS, pelo médico da APS e por um cardiologista);
• A coordenação coletiva: quando uma equipe de profissionais ou organizações assegura
continuamente a responsabilidade da tomada de decisão dos usuários segundo modalidades
decididas conjuntamente (por exemplo, no caso de um paciente com câncer que é acompanhado
concomitantemente por especialistas, como oncologista, fisioterapeutas, psicólogos, profissionais
de cuidado paliativo e médico da APS, que discutem o caso e compartilham decisões).
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Papel da atenção básica na rede de atenção
em saúde
• Portanto, o modelo ótimo de coordenação deve ser ajustado em função das necessidades do usuário,
contexto dos sistemas de saúde, com suas distintas competências e formas de organização, de acordo
com as necessidades e especificidades das populações.
• McDonald et al destacam a importância das perspectivas e participação de indivíduo/família e dos
profissionais de saúde na concepção, mensuração e processos de coordenação.
• Pode-se dizer que não há coordenação quando: o usuário acaba por ser o principal instrumento de
coordenação e a ausência de outros mecanismos representa, também, desperdício de tempo e
recursos, incorrendo em ineficiências do sistema de saúde.
• Usuários e suas famílias experienciam falhas de coordenação especialmente nos pontos de transição
entre um serviço e outro. É o que ocorre, por exemplo, quando o usuário precisa repetir sua história
ao procurar diferentes profissionais de saúde (em um mesmo ou em distintos serviços), ou quando
precisa repetir exames quando trafega entre diversos pontos de atenção.
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Papel da atenção básica na rede de atenção
em saúde
• Portanto, a coordenação surge como estratégia para superação da fragmentação assistencial também
expressa os objetivos fundamentais de sistemas de saúde em contextos diversos.
• No Brasil, coordenação é distinguida em função dos níveis de integração do sistema de saúde:
coordenação horizontal e vertical.
• Aqui, as iniciativas e arranjos que são necessários para integrar os serviços e ações de saúde em
um mesmo nível de atenção (coordenação horizontal) ou em distintos níveis do sistema
(coordenação vertical).
• A coordenação implica, portanto, o estabelecimento de relações entre organizações (do mesmo
ou de diferentes níveis, da mesma ou de diferentes instituições) e entre pessoas (do mesmo ou de
diferentes serviços, da mesma ou de diferentes instituições)

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Papel da atenção básica na rede de atenção
em saúde
• Para que a coordenação ocorra, é necessário que a rede assistencial esteja estabelecida
geograficamente, com população definida, papéis e funções determinados para todos os serviços de
saúde que compõem a rede de atenção, função esta que extrapola a capacidade de um nível
específico do sistema.
• A rede regionalizada é uma estratégia fundamental para os sistemas de saúde universais equitativos,
cujos princípios partem da noção de saúde como um bem público.
• A APS é parte dessa rede regionalizada, e o seu papel é favorecer o acesso oportuno e adequado aos
serviços diagnósticos e terapêuticos, sejam eles ambulatoriais ou hospitalares, de toda a população
circunscrita aos territórios regionalizados.

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Papel da atenção básica na rede de atenção
em saúde
• Desde Alma Ata, tem-se destacado a importância da APS na organização dos sistemas de
saúde; e os movimentos de reforma mais recentes têm assinalado a importância da APS
como ordenadora da rede e coordenadora do cuidado.
• Entende-se como ordenadora, aquele que ordena, põe em ordem, dispõe ou
regulamenta.
• Portanto, a APS é a principal porta de entrada dos serviços de saúde.

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Papel da atenção básica na rede de atenção
em saúde
• Parte-se da proposição que somente uma APS fortalecida como parte de uma rede
estruturada e conectada de serviços e ações de saúde, capaz de mobilizar apoio,
recursos políticos, econômicos, financeiros e humanos, pode ser responsável pela
coordenação dos cuidados entre níveis assistenciais.
• O reconhecimento de sua posição na rede representa elemento técnico e simbólico
fundamental para a assunção das funções de guia do percurso terapêutico dos usuários
em suas trajetórias assistenciais.

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REFERÊNCIA

McDonald KM, Schultz E, Albin L, et al. Care Coordination: Atlas Version. Rockville: AHRQ
Publication; 2014.
Leatt P, Pink G, Guerriere M. Towards a Canadian model of integrated healthcare. Health
Papers [internet]. 2000 [acesso em 2018 out 3]; 1(2):13-55. Disponível em:
http://hospitalquarterly.com/content/17216
» http://hospitalquarterly.com/content/17216

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