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PORTUGUÊS

INSTRUMENTA
L NA
ENFERMAGEM

ORIENTADORA:
ENF. MIRELLE MEDEIROS
INTRODUÇÃO
O que é português Instrumental?
O estudo da língua portuguesa, que
objetiva a capacitação para a
compreensão, a interpretação e para
a composição de textos.
Comunicar-se bem, exige
objetividade, clareza e coesão.
Devemos evitar: modismos e gírias.
DIFERENÇA ENTRE LINGUAGEM, LÍNGUA E
DIALETOS
• Linguagem: é a representação do pensamento por meio de sinais;
• Língua: é um conjunto organizado de elementos (sons e gestos) que possibilitam a
comunicação
• Dialetos: são variedades originadas das diferenças de região, idade, sexo, classe e grupos
sociais.
CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO:

• Conotação: Predomina-se o sentido figurado


Ex: O carro voava pelas ruas da cidade;
• Denotação: é predominante o sentido real da linguagem
Ex: O pássaro voava pelo céu da cidade.
NÍVEIS DE LINGUAGEM

• São as variações no uso da língua que ocorrem em função das diferentes situações sociais
em que estamos inseridos;
• Tendo como objetivo principal reconhecer as diferenças entre a linguagem padrão e a
linguagem coloquial.
Ex:
• coloquial: “me espere às 18 hrs no metrô”;
• Padrão (culta): “espere-me às 18 hrs, no metrô”.
ELEMENTOS DA LÍGUAGEM PORTUGUESA

A gramatica esta dividida em 3 campos de estudos são eles:


• A fonética: que estuda os sons;
• A morfológica: as formas das palavras ou seja a representação gráfica, o vocábulo.
• A semântica: preocupa-se não só com representação gráfica mas também com o seu
significado.
FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO

• Frase:
1. Deve ter sentido completo;
2. Pode ou não conter verbo ou locução verbal;
3. Deve apresentar pontuação final (ponto final, de exclamação ou de interrogação).
• Oração:
1. Não precisa ter sentido completo;
2. Deve apresentar verbo ou locução verbal;
3. Não precisa ter pontuação final;
4. Contamos o numero de orações pelo numero de verbos ou locuções verbais.
Ex: “Temo pela sua saúde” ( verbo temer)
• Período:
1. Período simples: apresenta apenas, uma oração, ou seja um verbo ou uma locução
verbal;
Ex: “os cavaleiros aprederam uma importante lição
2. Período composto: apresenta mais de uma oração, isto é mais de um verbo ou locução
verbal.
Ex: “o dervis mostrou aos cavaleiros que ambos tinham razão”.
COESÃO E COERÊNCIA

• Coesão: diz respeito à ligação ou a relação entre os elementos linguísticos ou internos de


um texto.
• Coerência: é a construção de sentido de um texto que ocorre por meio de recursos
linguísticos (coesão) ou extralinguísticos.
• Ex: coerência correta: “ele só compra leite de soja, pois é intolerante a lactose”.
Erro de coerência: “ele só compra leite de vaca, pois é intolerante à lactose”.
FUNÇÕES DE LINGUAGEM:

1. Emotiva ou expressiva: emissor;


2. Apelativa ou conotativa: receptor;
3. Poética; mensagem;
4. Referencial ou denotativa: contexto- assunto;
5. Metalinguística: código – língua.
6. Fatica – ou de contato: canal.
EMOTIVA OU EXPRESSIVA:

O comunicador transmite transmite infomação de modo subjetivo, ou seja, ele expõe o seu
ponto de vista com o intuito de impressionar o receptor.
APELATIVA OU CONOTATIVA:

• Nesse caso, os textos são enfáticos, envolventes e persuasivos. O emissor procura atuar
fortemente sobre o receptor da mensagem, por meio de palavras, da imagem, da emoção,
do emprego dos verbos no hiperativo, etc.
FUNÇÃO POÉTICA:

• Ocorre quando o emissor revela seu mundo subjetivo. Embora nela a função emotiva e
expressiva também estejam presentes, o que aflora predominantemente a função poética
REFERENCIAL OU DENOTATIVA:

• O comunicador utiliza quando tem a inteção de apenas transmitir alguma informação,


alguma noticia, descrever um objeto ou relatar e explicar um aspecto cientifico da
realidade permitindo mais de uma interpretação.
FUNÇÃO METALINGUISTICA:

• Tem como principal incidência o código, isto é, sua preocupação opera em trabalhar a
“linguagem da linguagem”.
• Ex: um enfermeiro vai conversar com outro enfermeiro ou alguém da área da saúde em
termos técnicos que só quem é da área entende.
FÁTICA OU DE CONTATO:

• Geralmente o emissor utiliza frases que mantem o dialogo entre os personagens e que
servem para testar se o receptor esta realmente entendendo a mensagem.
ORTOGRAFIA

• A ortografia é um sistema convencionado de representar, grafar a fala. Foi estabelecida


como forma de padronizar a grafia das palavras, pois, conforme Faraco e
Terezza(2010,p.56) “[...] a escrita portuguesa pretendia imitar a fala das pessoas [...], que
não falam de modo uniforme”.
• Tivemos 3 grandes reformas: a de 1943, alterou os encontros consono tais;
• A de 1971 com a queda de quase todos os acentos diferenciais;
• E a de 2009 com a inclusão no alfabeto das letras (K, W e Y)
POR QUE ESTUDAR PORTUGUÊS NO CURSO
TÉCNICO DE ENFERMAGEM?
• As aulas de Português no Técnico em Enfermagem vão além das regras da Língua. O
conhecimento da língua portuguesa é essencial para o bom profissional seja de que área for.
• Na Enfermagem, a comunicação escrita faz parte do processo de enfermagem e é fundamental
em dois momentos: no que diz respeito aos aspectos éticos e legais dos registros de assistência e
o segundo está relacionado com a qualidade assistencial. O domínio do Português vai além da
ortografia correta; é interpretação de texto, clareza de ideias, concisão e precisão do assunto.
• Estes registros de enfermagem possibilitam obter informações sobre a assistência prestada e
garantir a continuidade do cuidado.
PRONTUÁRIO:

• O prontuário médico é um documento que contém o histórico de atendimentos de saúde


de um paciente.
• Ele é elaborado pelo profissional de saúde e contém informações como histórico familiar,
anamnese, descrição e evolução de sintomas e exames, além das indicações de
tratamentos e prescrições.
• O prontuário é um meio de comunicação entre os profissionais de saúde e um
instrumento eficaz para assegurar a continuidade do atendimento médico.
FUNÇÕES DO PRONTUÁRIO:

• Apoiar o processo de atenção, servindo de fonte de informação clínica e administrativa e


meio de comunicação entre todos os profissionais de saúde;
• É o registro legal das ações realizadas pela equipe;
• deve apoiar a pesquisa, estudos clínicos, epidemiológicos avaliação de qualidade etc.
O QUE SE ENCONTRA EM UM PRONTUÁRIO:

1. Identificação do paciente
2. Anamnese e exame físico;
3. Evolução e prescrição da equipe multidisciplinar
4. Exames complementares e seus resultados;
5. Formulário de descrição cirúrgica;
6. Parto grama( em obstetrícia);
7. Ficha de anestesia;
8. Formulário de débitos do centro cirúrgico ou obstétrico (gasto de sala);
9. Formulário de interconsulta.
REGISTROS DE ENFERMAGEM

• Segundo o Cofen 2020 é um acervo documental padronizado, organizado e conciso


referente ao registro dos cuidados prestados ao paciente por todos os profissionais
envolvidos na assistência.
• Devemos registrar pois é a prova legal do atendimento prestado, e é a fonte de
informação entre os profissionais da equipe.
• Contribui também para as atividades de pesquisa e educação em saúde.
QUEM DEVE REGISTRAR?

• Enfermeiros;
• Técnicos de enfermagem;
• Auxiliares de enfermagem;
• Estudantes de enfermagem.
• Onde registrar? No prontuário do paciente;
• O que registrar?

1. Anotações referentes as ações de enfermagem;


• Cuidados realizados;
• Medidas de segurança;
• Preparo pré operatório

2. Anotações referentes as manifestações físicas/ocorrências:


• Sinais vitais e sintomas apresentados
• Exames ou cirurgias realizados/ou suspensos
• Intercorrências e providencias tomadas
3. Anotações referentes a satisfação;
• Eliminações fisiológicas;
• Sono e repouso;
• Condições de locomoção;
4. Anotações referentes aos aspectos psicossociais;
• Condições emocionais
• Queixas e preocupações
5. Anotações referentes a movimentação do paciente:
• Transferências
• Altas
• Encaminhamentos.
6. Anotações recentes a ocorrência diversas/situações e providencias tomadas como registrar
obedecendo os critérios de: identificação
• Deve constar em impresso devidamente identificado com dados do paciente- nome e
sobrenome, numero do leito, numero do prontuário.
• O profissional deve assinar seu nome em todos registros realizados, seguido da sigla COREN/MA, do numero e da
inscrição e cargo profissional (enf, TE, AE).
• Os fatos devem ser anotados com precisão e veracidade, de modo claro, exato, completo, objetivo e conciso;
• Após a data, iniciar com horário e terminar com assinatura;
• Não deixar espaço em branco legibilidade;
• O registro deve ser feito de forma nítida, com letra legível;
• Não rasurar ou se cometer erros, utilizar o método de correção adotado pela instituição ex: digo, sem efeito.
• Não utilizar corretivo nem marca texto.
• Utilizar termos científicos e por extenso;
• Usar abreviaturas padronizadas e convencionadas
ATIVIDADE EM GRUPO PARA CASA

• Elaborar 3 anotação de enfermagem com os seguintes temas:

• G1: Higienização:
Tipo de banho (imersão, aspersão/banho no chuveiro, no leito);
Tempo de permanência no banho de imersão, tolerância e resistência do paciente/cliente;
Se realizado banho de aspersão/banho no chuveiro, registrar a forma de encaminhamento (deambulando com auxílio,
deambulando sem auxílio, cadeira de banho) e se foi necessário auxílio, bem como queixas apresentadas;
Se realizado banho no leito, registrar se foi realizada a higiene do couro cabeludo durante o banho, higiene oral, queixas
apresentadas durante o procedimento, a presença de lesões de pele e hiperemia nas proeminências ósseas.
Em casos de higienização íntima, registrar a presença de urina ou fezes, bem como a presença e características de lesões;
• Em casos de higienização oral, registrar a presença de prótese total/parcial (caso seja necessário
sua retirada, identificar o invólucro e entregar ao responsável da família ou do hospital),
condições da higiene, produtos utilizados, necessidade de auxílio para a realização do
procedimento, sinais e sintomas observados (hiperemia, lesões, condição da arcada dentária, etc.).
• Ex: 02/06/2022. 10:00 – Auxiliado em banho de aspersão/banho no chuveiro em cadeira de
banho. Auxiliado na higienização do corpo, realizou sozinho a higiene oral e intestinal. Sem
queixas durante e após o banho. Auxiliado na hidratação da pele de membros inferiores.
Posiciono na poltrona e reoriento o paciente e o acompanhante a chamar a equipe de enfermagem
quando desejar ir para a cama. Arlete Silva COREN-SP-000.000-TE Arlete Silva
G2 DRENO:

• Dreno:
• Data e hora do procedimento;
• tipo de dreno – dreno de sucção, dreno tubular, penrose, etc.;
• aspecto do local da inserção;
• volume e aspecto de secreção drenada;
• material utilizado para higienização e cobertura da inserção; 40
• troca de bolsa coletora, se houver, e o motivo da troca;
• intercorrências e providências adotadas.
• Ex: 25/03/2022 - 18h50 - Dreno tubular em mediastino, óstio de inserção sem sinais
flogísticos ou sangramento. Realizado curativo com soro fisiológico 0,9%, clorexidine
alcoólica 0,5%, gaze e fita microporosa. Apresenta 150mL de secreção serosanguinolenta
em reservatório. Arlete Silva COREN-SP-000.000-TE Arlete Silva
G3 CURATIVO:

• Tipo de lesão (lesão por pressão, ferida operatória, escoriações ou outros);


• tamanho da lesão: descrever largura, comprimento e profundidade em cm;
• localização da lesão;
• leito da ferida com tecido de: granulação, granulação pálido, epitelização, necrose,
esfacelo, espaço morto (túnel), descolamento em parte da lesão ou em toda a sua extensão;
• quantidade de exsudato: pequena, média, grande;
• aspecto do exsudato: seroso, sanguinolento, serosanguinolento, piosanguinolento, purulento,
purulento pútrido;
• pontos de: necrose acastanhada, necrose esverdeada, necrose escura, esfacelo;
• pele perilesão: integra, hiperemiada, macerada, queratose;
• bordos da ferida com contorno: regular, irregular;
• em casos de ferida operatória, registrar as condições dos pontos cirúrgicos, aspecto das bordas da
ferida operatória e a presença de exsudato;
• produto e cobertura utilizados para a realização do curativo, conforme prescrição de enfermagem.
• Ex: 09/06/2022. 10h. Realizado curativo em ferida operatória do quadrante inferior
direito abdominal com soro fisiológico 0,9%. Mantida sem cobertura, conforme
prescriçãao de enfermagem. Cobertura prévia com exsudato seroso em pequena
quantidade. Bordas aproximadas, em processo de epitelização, pontos íntegros, sem
hiperemia. Região perilesão com pele íntegra, sem enrijecimento. Sem dor ao
procedimento. Maria de Lourdes Fávero COREN-SP-000.000-TE
G4 DIETA:

• Indicar dieta oferecida (geral, leve, branda, pastosa, hipossódica, para diabéticos,
hiperproteica, dieta por sonda);
• Aceitação da dieta (total ou parcial);
• Nos casos de dietas administradas por cateteres e alimentação em geral, registrar os
cuidados prestados antes e após a administração, conforme prescrição de enfermagem
e/ou protocolo institucional (teste de refluxo gástrico, posicionamento no leito antes da
administração da dieta, volume de água infundido após a administração da dieta e queixas
apresentadas).
• Jejum e especificação do motivo;
• Necessidade de auxílio ou não;
• Recusa – indicar o motivo (disfagia, mastigação dolorosa, inapetência, náusea, etc.);
• Ex: 01/06/2022. 8h. Posiciono paciente sentado para desjejum. Aceitou 200 ml de café
com leite, pão com manteiga e uma fatia de mamão. Sem necessidade de auxílio, sem
engasgos. Arlete Silva COREN-SP-000.000-TE.

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