Você está na página 1de 19

Contextualizando a

adolescência
Concepções da adolescência
Muitas concepções, mitos...
Fases de conflitos, de energia, desequilíbrios,
emergências da sexualidade...
Teorias e concepções diferentes, na medida em que os
processos históricos imprimem sentidos distintos de
conceber a adolescência.
A Palavra ADOLESCENCE surgiu em 1430 referente a
idade de 14 a 21 para homens e 12 a 21 para mulheres.
Adolescência
ADOLESCENTE : origem do latim.
AD- Para +OLESCERE – Crescer para.
Inicia-se na puberdade com as mudanças físicas.

ADOLESCÊNCIA: Fase preparatória para a vida adulta,


caracterizada por alterações corporais e hormonais,
psicológicas, cognitivas e sociais que permitem
amadurecimento.
Adolescência
Amadurecimento:
1. Sexual: capacidade de reprodução.
2. Produtivo: capacidade de trabalhar.
3. Cognitivo: capacidade de pensar abstratamente.
4. Político: capacidade de decidir e agir por conta
própria.

* Ao final do processo, o jovem passa a reconhecer-se


como ADULTO, ser social e autônomo.
Adolescência
A adolescência como fase localizada entre a infância e
a fase adulta surge no século XX.
Condição individual e universal entre a puberdade
fisiológica (Condição natural) e a fase adulta
( Condição social).
Período entre a dependência infantil e a plena inserção
social.
Marcada por crises e conflitos e determinadas pela
natureza da espécie humana( concepção naturalista).
Estagio inevitável do desenvolvimento.
Adolescência
Stanley Hall
- Pioneiro no estudo da adolescência (1904).
- Estudos na área da psicologia do desenvolvimento e
educação.
- Segundo nascimento marcado por surgimento de
características humanas (físicas e mentais).
- Crises e tormentas, período conturbado, devido a
“retirada dramática das crianças do paraíso da infância”.
- Período de transição entre a selvageria (infância) e a
civlização( adulto).
Adolescência: relatos e concepções
anteriores a contemporaneidade.
Século XVII a. C: reclamações e lamentos sobre a
conduta dos jovens.

Pré- História: relatos de conflitos de gerações.

Esparta:
- 7anos, educação cívica.
- 16 anos podiam falar em assembleia.
- 20 anos: Rituais de iniciações a vida adulta.
Adolescência: relatos e concepções
anteriores a contemporaneidade.
Atenas:
- 7anos : saída de casa e frequentavam a escola.
- 18 anos: maturidade civil , direitos e deveres.
- As moças aos 15/16 anos casamento e maternidade.
- Aristóteles e Platão: Turbulência, impulsividade e paixões.

Império Romano:
- 14 anos: púbere, deixavam as roupas de crianças.
- Cortava o bigode.
- Iniciação da vida sexual.
- 16anos: opção pelo exército ou carreira pública.
Adolescência: relatos e concepções
anteriores a contemporaneidade.
Idade Média:
- Não existia sentido de infância.
- Criança seria uma adulto reduzido ou em miniatura.
- Não existia adolescência como categoria social.
- A partir dos 14 anos o indivíduo estaria grande para
procriar.
Adolescência como período de
desenvolvimento
 Século XVIII:
- estágio final do desenvolvimento.
- Caracterizado pela aquisição de racionalidade e
pensamento abstrato, da identidade e
autodeterminação, semelhante as concepções atuais.
A industrialização potencializa a valorização da
infância e adolescência.
A adolescência nasce com a revolução industrial.
Adolescência como período de
desenvolvimento
Rousseau ( Emílio)
- Inventa o jovem.
- Segundo nascimento,metamorfose interior.
- Desperta o sentido social, a emotividade e consciência.
- Conflito emocional, instabilidade devido a maturação
física, mudanças sociais e capacidade de pensar.

* Influenciou as teorias modernas sobre educação de


jovens, separar os jovens do adulto.
Adolescência como período de
desenvolvimento
Século XX:
- No inicio do século, Hall descobre a adolescência.
- Durante o século XX, ocorre a proeminência da cultura
jovem e segregação etária ( linguagem própria- gírias,
roupas, comportamentos).Diferenciam dos adultos.
- Profissionalização maior para o mercado de trabalho.
- Maior tempo na dependência dos pais.
- Importante consumidor.
Adolescência como período de
desenvolvimento
Rebeldia como anormalidade.
Jovens vistos como perigosos.
Necessário criação de leis e instituições para puní-lo.
principalmente os jovens pobres.
Duas adolescências: burgueses e proletários.
Contradições: jovem considerado imaturo X cobrança
dos jovens serem adultos.
Prolongamento da adolescência devido a cultura, que
valoriza este status.
Adolescência como período de
desenvolvimento
Bock:
- Adolescência variáveis, depende do grupo e da cultura.
- O significado da adolescência depende da cultura.
- Questiona as teorias que não contextualizam a
adolescência no social.
- Adolescência: fase difícil de transição, transformação.
Usa a cultura como expressão.
Adolescência e vulnerabilidade no
desenvolvimento.
Diferentes adolescências no Brasil.

UNICEF: diferentes experiências de ser adolescentes,


físicas, sociais ou psíquicas podem definir o direito a:
- Educação
- Saúde
- Proteção integral.
Adolescência e vulnerabilidade no
desenvolvimento.
Fatores que influenciam nestes Direitos
1 - Lugar onde se vive
2- Relações com comunidade, escola e família
3- ser pobre, rico, branco, negro ou indígena.
4- Região que vive ( nordeste, norte, grandes centros
urbanos...)
5 – Ser deficiente
6- Ser menino ou menina.
Adolescência e vulnerabilidade no
desenvolvimento.
Fatores sociais, econômicos , políticos e culturais que
comprometem o desenvolvimento de adolescentes ( 12 a 17
anos) brasileiros:
- Pobreza
- Baixa escolaridade
- Exploração no trabalho
- Privação da convivência familiar e comunitária
- Violência
- Gravidez precoce
- Exploração e abuso sexual
- Abuso de drogas
Adolescência e vulnerabilidade no
desenvolvimento.
 Agravantes para a vulnerabilidade de adolescentes:
1. Cor da pele
2. Gênero: ser homem ou mulher
3. Deficiência
4. Local que vive

• Desigualdades que determinam que os adolescentes deixem de


usufruir de seu direitos. Interferem no desenvolvimento.
- Índios são 3 vezes mais analfabetos que brancos.
- As taxas de homicídios entre adolescentes negros são 2 vezes maiores
que entre os brancos.
* Necessário redução da vulnerabilidade para melhor
desenvolvimento.
Referências:
PILETTI,Nelson. Psicologia do desenvolvimento. São
Paulo, Contexto, 2014.

Você também pode gostar