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CUIDADOS PALIATIVOS

Prof. Dr. Jorge Leandro Monteiro


INTEGRALIDADE EM SAÚDE
A atenção integral à saúde das pessoas idosas é, necessariamente,
intersetorial, uma vez que o setor Saúde é apenas um dos aspectos que
compõem o cuidado, considerando a necessidade de ações em todos os
campos que promovam e protejam o envelhecimento saudável.
Através da rede do Sistema Único de Assistência Social (Suas), é possível
viabilizar o acesso aos cuidados de longa duração, a tecnologias assistivas, à
reabilitação em saúde, à reabilitação profissional e a benefícios
previdenciários e socioassistenciais.
INTEGRALIDADE EM SAÚDE
A integralidade do cuidado indica, em muitos casos, a necessidade de
planejamento e ação conjunta com as políticas de Educação,
Trabalho, Previdência Social, Direitos Humanos, Habitação,
Transporte, Cultura, viabilizando a proteção dos direitos, bem como o
acesso à moradia, à mobilidade urbana, à cultura, ao lazer, entre
outros.
CUIDADOS PALIATIVOS
O direto à saúde prevê a atenção integral por meio do SUS, assegura
o acesso universal e gratuito aos serviços de prevenção, promoção,
proteção, recuperação da saúde e cuidados paliativos.
Quando cuidamos de alguém em cuidados paliativos, a oferta do
cuidado precisa considerar o bem-estar e a minimização do sofrimento
do indivíduo. Nesse contexto, surge o conceito de cuidados paliativos.
CUIDADOS PALIATIVOS
A Atenção Básica também tem um papel importante a desempenhar
junto às pessoas idosas com perda significativa de capacidade,
incluindo o tratamento contínuo de doenças, reabilitação, cuidados
paliativos e de fim de vida.
De acordo com a OMS (2002), cuidados paliativos são abordagens que
proporcionam qualidade de vida tanto para o paciente, quanto para os
familiares frente a uma doença que ameace a vida. Isso acontece por
meio de ações que promovam a prevenção e o alívio do sofrimento.
CUIDADOS PALIATIVOS
CUIDADOS PALIATIVOS
CUIDADOS PALIATIVOS
De acordo com o Estatuto da Pessoa Idosa, pessoas idosas têm o direito de
ter acesso ao atendimento domiciliar (inclusive internação domiciliar)
quando houver a impossibilidade de locomoção e estiver necessitando desses
serviços. O artigo em questão ainda prevê a atenção domiciliar tanto no
contexto urbano quanto no rural.
Para essas pessoas, o foco do cuidado deve estar na prevenção terciária e
quaternária, gerenciando as condições crônicas e ofertando cuidados
prolongados. O acompanhamento domiciliar deve ser planejado, visando à
reabilitação possível, os cuidados paliativos e o suporte à família e aos
cuidadores.
CUIDADOS PALIATIVOS
Cuidados Paliativos podem se tornar a prioridade da assistência na fase
avançada de evolução de uma doença incurável ou, ainda, tornar-se o foco
exclusivo do cuidado na fase final de vida ou durante o processo ativo de
morte. Para tal, o cuidado deve ser adaptado às necessidades dos pacientes e
suas famílias, acompanhando a progressão da doença até sua eventual fase
final. E pode continuar após a morte do paciente por meio do apoio às
famílias em seu processo de luto.
CUIDADOS PALIATIVOS
Para alcançar maior eficácia, a oferta de cuidados paliativos deve ser
integrada ao sistema de saúde em todos os níveis de atenção, especialmente
nos serviços de Atenção Básica e Domiciliares, como também devem ser
adaptados à realidade cultural, social, econômica e ambiental de cada região.
Quando a prática da atenção paliativa
focada nas necessidades do cuidado ao
paciente é ofertada desde o diagnóstico
de uma doença grave ou ameaçadora da
vida, pode-se investir para melhorar sua
qualidade de vida e sua capacidade de
lidar com a situação de maneira mais
adaptativa (OMS, 2002).
CUIDADOS PALIATIVOS
No contexto de terminalidade, deve-se primar pelo controle dos
sintomas e pelo investimento em cuidados que tragam bem-estar,
qualidade de vida e dignidade para o paciente e sua família nessa fase
da vida, por meio de uma abordagem multidisciplinar, que inclui as
dimensões físicas, psíquicas, sociais e espirituais do ser humano,
respeitando as características individuais de cada pessoa.
CUIDADOS PALIATIVOS e PLANO
TERAPÊUTICO SINGULAR
Recomenda-se que os cuidados paliativos sejam integrados ao PTS
desde o diagnóstico, o qual deverá ser construído de forma conjunta
com a pessoa e, se possível, incluindo seus familiares e cuidadores, os
quais são fundamentais nesse processo e também necessitam de
atenção especial para lidarem com a deterioração e a possibilidade de
perda de um ente querido.
Cuidado Paliativo não é um
diagnóstico, não é uma
fase da vida, tampouco é
sinônimo de cuidado de fim de
vida.
Requer identificação precoce,
avaliação e tratamento da dor e
outros
problemas de natureza física,
psicológica, social e espiritual.
Os Cuidados Paliativos podem ser
oferecidos por qualquer profissional
capacitado que cuide de pacientes graves,
concomitante ou não ao Cuidado
Paliativo especializado, o qual é oferecido
por especialistas na área (Global atlas for
PC) (WHO, 2014).

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