INTEGRALIDADE EM SAÚDE A atenção integral à saúde das pessoas idosas é, necessariamente, intersetorial, uma vez que o setor Saúde é apenas um dos aspectos que compõem o cuidado, considerando a necessidade de ações em todos os campos que promovam e protejam o envelhecimento saudável. Através da rede do Sistema Único de Assistência Social (Suas), é possível viabilizar o acesso aos cuidados de longa duração, a tecnologias assistivas, à reabilitação em saúde, à reabilitação profissional e a benefícios previdenciários e socioassistenciais. INTEGRALIDADE EM SAÚDE A integralidade do cuidado indica, em muitos casos, a necessidade de planejamento e ação conjunta com as políticas de Educação, Trabalho, Previdência Social, Direitos Humanos, Habitação, Transporte, Cultura, viabilizando a proteção dos direitos, bem como o acesso à moradia, à mobilidade urbana, à cultura, ao lazer, entre outros. CUIDADOS PALIATIVOS O direto à saúde prevê a atenção integral por meio do SUS, assegura o acesso universal e gratuito aos serviços de prevenção, promoção, proteção, recuperação da saúde e cuidados paliativos. Quando cuidamos de alguém em cuidados paliativos, a oferta do cuidado precisa considerar o bem-estar e a minimização do sofrimento do indivíduo. Nesse contexto, surge o conceito de cuidados paliativos. CUIDADOS PALIATIVOS A Atenção Básica também tem um papel importante a desempenhar junto às pessoas idosas com perda significativa de capacidade, incluindo o tratamento contínuo de doenças, reabilitação, cuidados paliativos e de fim de vida. De acordo com a OMS (2002), cuidados paliativos são abordagens que proporcionam qualidade de vida tanto para o paciente, quanto para os familiares frente a uma doença que ameace a vida. Isso acontece por meio de ações que promovam a prevenção e o alívio do sofrimento. CUIDADOS PALIATIVOS CUIDADOS PALIATIVOS CUIDADOS PALIATIVOS De acordo com o Estatuto da Pessoa Idosa, pessoas idosas têm o direito de ter acesso ao atendimento domiciliar (inclusive internação domiciliar) quando houver a impossibilidade de locomoção e estiver necessitando desses serviços. O artigo em questão ainda prevê a atenção domiciliar tanto no contexto urbano quanto no rural. Para essas pessoas, o foco do cuidado deve estar na prevenção terciária e quaternária, gerenciando as condições crônicas e ofertando cuidados prolongados. O acompanhamento domiciliar deve ser planejado, visando à reabilitação possível, os cuidados paliativos e o suporte à família e aos cuidadores. CUIDADOS PALIATIVOS Cuidados Paliativos podem se tornar a prioridade da assistência na fase avançada de evolução de uma doença incurável ou, ainda, tornar-se o foco exclusivo do cuidado na fase final de vida ou durante o processo ativo de morte. Para tal, o cuidado deve ser adaptado às necessidades dos pacientes e suas famílias, acompanhando a progressão da doença até sua eventual fase final. E pode continuar após a morte do paciente por meio do apoio às famílias em seu processo de luto. CUIDADOS PALIATIVOS Para alcançar maior eficácia, a oferta de cuidados paliativos deve ser integrada ao sistema de saúde em todos os níveis de atenção, especialmente nos serviços de Atenção Básica e Domiciliares, como também devem ser adaptados à realidade cultural, social, econômica e ambiental de cada região. Quando a prática da atenção paliativa focada nas necessidades do cuidado ao paciente é ofertada desde o diagnóstico de uma doença grave ou ameaçadora da vida, pode-se investir para melhorar sua qualidade de vida e sua capacidade de lidar com a situação de maneira mais adaptativa (OMS, 2002). CUIDADOS PALIATIVOS No contexto de terminalidade, deve-se primar pelo controle dos sintomas e pelo investimento em cuidados que tragam bem-estar, qualidade de vida e dignidade para o paciente e sua família nessa fase da vida, por meio de uma abordagem multidisciplinar, que inclui as dimensões físicas, psíquicas, sociais e espirituais do ser humano, respeitando as características individuais de cada pessoa. CUIDADOS PALIATIVOS e PLANO TERAPÊUTICO SINGULAR Recomenda-se que os cuidados paliativos sejam integrados ao PTS desde o diagnóstico, o qual deverá ser construído de forma conjunta com a pessoa e, se possível, incluindo seus familiares e cuidadores, os quais são fundamentais nesse processo e também necessitam de atenção especial para lidarem com a deterioração e a possibilidade de perda de um ente querido. Cuidado Paliativo não é um diagnóstico, não é uma fase da vida, tampouco é sinônimo de cuidado de fim de vida. Requer identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicológica, social e espiritual. Os Cuidados Paliativos podem ser oferecidos por qualquer profissional capacitado que cuide de pacientes graves, concomitante ou não ao Cuidado Paliativo especializado, o qual é oferecido por especialistas na área (Global atlas for PC) (WHO, 2014).