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Desenvolvimento da

Linguagem e Aquisição da
Leitura e Escrita e suas
Implicações na
Aprendizagem
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. Linguagem e Desenvolvimento
1.1 Conceitos e fatores de influencia: ambientais e
biológicos
1.2 As múltiplas linguagens
2. Alfabetização
2.1 Histórico, conceitos e fundamentos
2.2 Alfabetização e seus processos
3. Letramento
3.1 Histórico, conceitos e fundamentos
3.2Alfabetizar letrando
4. Implicações e Intervenções Pedagógicas no processo
de alfabetização
4.1Contribuições da Psicopedagogia
1. LINGUAGEM ORAL
E
DESENVOLVIMENTO
O PENSAMENTO E A LINGUAGEM COMO
OBJETO HISTÓRICO- CULTURAL
• Lev S. Vigotsky
• Teoria sociocultural dos Processos Psicológicos
Superiores
• Uma aplicação do materialismo histórico e dialético
relevante para a psicologia
• Marx - mudanças históricas na sociedade e na vida
material produzem mudança na “natureza humana”
(consciência e comportamento)
• Principais seguidores: Leontiev e Luria
ORIGEM DO DESENVOLVIMENTO
• Rejeitou tanto as teorias inatistas, segundo as quais
o ser humano já carrega, ao nascer, as características
que desenvolverá ao longo da vida, quanto as
empiristas e comportamentais, que veem o ser
humano como um produto dos estímulos externos
• A formação do ser humano se dá numa relação
dialética entre o sujeito e a sociedade a seu redor .
TIPOS DE DESENVOLVIMENTO

• que está sujeito às leis biológicas


Desenvolvimento da maturação.
elementar • Funções psicológicas
elementares

Desenvolvimento • tem como base a aprendizagem


das funções realizada no cotidiano, sendo a
tipicamente maturação um fator secundário.
humanas • Funções psicológicas superiores
AS FUNÇÕES PSICOLÓGICAS
SUPERIORES
Evoluem a partir das funções psicológicas elementares
(reações automáticas, ações reflexas e associações
simples);

São mecanismos e ações intencionais e


conscientes, controladas e voluntárias

Desenvolvidas na interação do sujeito com o meio


social
INTERAÇÃO SOCIAL

Sujeito
Mediação
Objeto
Simbólica

Realidade Histórico- Cultural

Instrumen- Signos
tos
O USO DE INSTRUMENTOS
•Elementos externos ao indivíduo,
voltados para fora dele, com a função
INSTRUMENTOS de provocar mudanças nos objetos,
controlar processos da natureza.

• Os outros animais
– usam instrumentos de maneira rudimentar.
– não produzem instrumentos deliberadamente, com objetivos
específicos,
– não guardam instrumentos para uso futuro,
– não ensinam a outros membros do grupo social.

• O SER HUMANO TRANSFORMA A NATUREZA PELO


TRABALHO
O USO DE SIGNOS

SIGNOS- • orientados para o próprio sujeito,


dirigem-se ao controle das ações
REPRESENTAM
OUTRO OBJETOS, OU psicológicas, do indivíduo ou de
SITUAÇÕES, outras pessoas.
PALAVRAS

• O uso de signos conduz os seres humanos a uma


estrutura específica de comportamento que se destaca
do desenvolvimento biológico e cria novas formas de
processo psicológicos enraizados na cultura”;
(VIGOTSKY, 1998 p.54)
LINGUAGEM ORAL

• Sistema simbólico dos grupos humanos, representa um


salto qualitativo na evolução da espécie.
• É ela que fornece os conceitos, as formas de organização
do real, a mediação entre o sujeito e o objeto do
conhecimento.
• É por meio dela que as funções psicológicas superiores
são socialmente formadas e culturalmente transferidas
QUAL A RELAÇÃO ENTRE O
PENSAMENTO E A LINGUAGEM?
A LINGUAGEM PERMITE
• DESIGNAR OBJETOS, AÇÕES, DESCREVER QUALIDADES E
ESTABELECER RELAÇÕES
• MUDANÇAS ESSENCIAIS NOS PROCESSOS PSÍQUICOS DO HOMEM
– Lidar com objetos ausentes
– Processo de abstração e generalização
– Comunicação entre os homens
– Organizar o real em categorias conceituais

A linguagem, como atividade discursiva, tem um papel


muito anterior à sua função expressiva: um papel
constitutivo – “ela é força fundante, é condição para a
significação e para o nascimento do sujeito”
( CORDEIRO, 2000)
A EVOLUÇÃO DO INDIVÍDUO E DA ESPÉCIE
IIIII
OR PENSAMENTO IIIII
IG IIII
INTERNALIZAÇÃO
EM FASE PRÉ-VERBAL DO DA LINGUAGEM
GE PENSAMENTO
NÉ • Utilização de
TIC instrumentos DISCURSO INTERIOR
A • Inteligência prática PENSAMENTO VERBAL
LINGUAGEM LINGUAGEM RACIONAL
FASE PRÉ-INTELECTUAL
DA LINGUAGEM
•Alívio emocional
•Função social

BIOLÓGICO HISTÓRICO CULTURAL


LINGUAGEM LINGUAGEM LINGUAGEM
EXTERIOR (L.E) EGOCÊNTRICA INTERIOR (L.I.)
2 a 7 anos

• Tem por função • Fala alto consigo •Um discurso sem


denominar e mesma, acompanha a vocalização, um
comunicar atividade infantil. pensamento em
palavras
•É a primeira • Semelhante à L. E.
linguagem que surge por sua estrutura e à L. •Voltada para si
I. por sua função.
•Voltada para os •Função Planejadora
outros. • Seu destino é •Possui uma estrutura
transformar-se em L. I diferenciada da fala
•Função socializadora
•Serve para orientação exterior(fragmentado,
•Não tem função intelectual tomada de abreviado, contendo
planejadora da ação. consciência, reflexão e núcleos de
superação das significados)
dificuldades.
O PENSAMENTO NÃO SE EXPRIME NA
FALA, MAS NELA SE REALIZA

Nesse processo, O uso da


É um processo,
a relação entre o linguagem como
um movimento
pensamento e a instrumento de
contínuo de
palavra passa por pensamento
vaivém do
transformações supõe um
pensamento para
consideradas um processo de
a palavra, e vice-
desenvolvimento internalização
versa.
funcional. da linguagem.
COMO SE DÁ O
DESENVOLVIMENTO DA
LINGUAGEM?
DESENVOLVIMENTO
• PRIMAZIA
PSÍQUICO DO SOCIAL

“Assim, não é a idade da criança, enquanto tal,


que determina o conteúdo de estágio do
desenvolvimento; os próprios limites de idade de
um estágio, pelo contrário, dependem de seu
conteúdo e se alteram parI passu com a mudança
das condições sócio-históricas”. (LEONTIEV,
1988, 66)
A PRIMAZIA DO SOCIAL NO
DESENVOLVIMENTO
• “O que determina, diretamente o desenvolvimento
da psique da criança é a sua própria vida e o
desenvolvimento dos processos reais dessa vida.”
• Processos, condições que determinam as atividades
(internas e aparente) que realiza
Ao estudar o desenvolvimento da psique infantil,
nós devemos, por isso, começar analisando o
desenvolvimento da atividade da criança, como
ela é construída nas condições concretas de
vida”. (LEONTIEV, 1988, P. 63)
A CRISE COMO PROPULSORA DO
DESNVOLVIMENTO
• Nos casos comuns, a mudança do tipo de atividade e
transição da criança de um estágio do
desenvolvimento para outro correspondem a uma
necessidade interior que está surgindo
• Necessidades decorrente do fato da criança estar
enfrentando a educação com novas tarefas
correspondentes a suas potencialidades em mudança
e a uma nova percepção;
• Esses momentos de crise, portanto, não são
absolutamente acompanhantes do desenvolvimento
psíquico
A LINGUAGEM NA INTERAÇÃO
(DE LEMOS, 1989)
• Analisou a linguagem, enfatizando o caráter
dialético da interação adulto/criança e seu papel
constitutivo do processo de construção da
linguagem pela criança;

• Estudando, portanto, o diálogo inicial entre mãe e


criança, a pesquisadora visualizou três processos
presentes nessa atividade conjunta: especularidade,
complementaridade e reciprocidade.
PROCESSO DE ESPECULARIDADE

Se inicia pelo movimento do adulto no sentido de


espelhar a produção vocal da criança

O adulto atribui forma, significado e intenção à produção


vocal da criança

Reversão pelo movimento da criança no sentido de


espelhar (ou ecoar) a forma produzida pelo adulto
PROCESSO DE COMPLEMENTARIEDADE

O adulto, em um primeiro momento, e a criança em


um momento posterior, retoma o enunciado ou
parte do enunciado do outro e o complementa ou
expande com outro elemento.

Produtos desse processo são tanto as primeiras


combinações de palavras – ou uma 'sintaxe inicial' –
quanto a própria progressão e coesão dialógicas,
marcadas por uma intertextualidade primitiva”.
PROCESSO DE RECIPROCIDADE

reciprocidade ou reversibilidade

é aquele através do qual "a criança passa


a assumir os papéis dialógicos antes
assumidos pelo adulto”

“...instaurando o diálogo e o adulto


como interlocutor”.
O DESENVOLVIMENTO DA NARRATIVA
LIER ( 1985)

JOGOS INTERACIONAIS:
A estrutura dos jogos é caracterizada por dois tipos de
movimento, chamados de mecanismos de

SIMETRIZAÇÃO E ASSIMETRIZAÇÃO

responsáveis pela transformação do objeto de permuta


em objeto de conhecimento
A CONSTRUÇÃO DA LINGUAGEM

Está na interpretação do outro, que propicia os


ajustes nas produções linguísticas da criança,
em relação às suas produções linguísticas.

Com o tempo, a posição da criança no diálogo


começa a se deslocar, apresentando uma fala
que não precisa ser apropriada plenamente
pelo outro; de interpretado para intérprete
A CONSTRUÇÃO DA LINGUAGEM

Sua escuta começa a identificar sua própria fala,


inserida na cadeia textual da estrutura discursiva pelo
sentido/efeito das relações entre significantes.

Ao se escutar a criança começa a se subjetivar, como


que se percebendo enquanto pessoa capaz de dar
origem ao som e a ideia, a dar sentido ao ambiente
externo e conhecer os objetos que a cercam.
RETARDO DE LINGUAGEM - DEFINIÇÃO

Atraso no de desenvolvimento da linguagem


de crianças pequenas, caracterizado pela
(1) (2)
desenvolvimento (3)
emergência também tardio,
tardia das lento ou peculiar 0 organização da
chamadas das primeiras chamada
primeiras combinações de estrutura frasal
palavras ou pelo palavras ou da

(FREIRE, P.9)
RETARDO DE LINGUAGEM – ORIGEM
Se, na compreensão PALLADINO (1986)
da origem e natureza
da linguagem, :
CONDIÇÃO
Função constitutiva ( é
construída e constrói o “PATOLÓGICA”
sujeito);
COM ORIGEM
Origem nas relações, INTERACIONAL
desde o nascimento, entre
o adulto e a criança

Natureza processual de Podendo ou não haver


partilhação mútua de comprometimentos paralelos em
nível neurológico, sensorial ou
conhecimento
psíquico (FREIRE, 37)
TODAS AS INTERAÇÕES
PROMOVEM A AQUISIÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DA
LINGUAGEM?
DEPENDE DA REPRESENTAÇÃO DO OUTRO
SOBRE A CRIANÇA
• A atividade interpretativa da mãe é fundamental para a
construção da linguagem e para a constituição do sujeito.
• É um processo baseado na imagem ou representação que
a mãe faz de seu bebê enquanto interlocutor.
• Esta imagem , antes ainda do seu nascimento, é
determinada pela cultura em que estão inseridos mãe e
bebê
• Numa sociedade normativa e prescritiva como a nossa,
geradora de vários preconceitos sociais, as diferenças
entre os seres humanos tendem a ser interpretadas de
forma negativa, interferindo e até mesmo cerceando o
desenvolvimento da linguagem.
PARA O DESENVOLVIMENTO DA
LINGUAGEM

Interações
Eficazes
Interações
Ineficazes
EXEMPLO DE INTERAÇÕES INEFICAZES
• Criança com síndrome de Down:
– Sintomas: alterações físicas gerais e de tônus
muscular, além de deficiência intelectual
– Necessidades: participação mais intensa de
situações dialógicas e atividades motoras
– Situação geral: prejuízo dessas atividades pela
representação de menos capazes
– O que acaba sendo o ponto de partida para a
manutenção dos sintomas e nãopara a sua
eliminação
ESTUDO DE CASO
In: FREIRE, R. M. (1997) – A linguagem como processo
terapêutico: sócio-contrutivismo, interações eficazes
ANÁLISE SITUACIONAL
• Queixa principal: atraso na fala;
• M. S., observada pela 1ª vez com 1 ano e 9 meses, com
fissura palatina transforamen unilateral total, operada aos 3
anos e aos 10 meses;
• Interação basicamente gestual, acompanhada de
vocalizações, ora de formas fonológicas semelhantes aos
vocábulo adultos “mamãe” e “papai”, mas que também
acompanhavam solicitações de atenção ou de ação,
lamentos e descrição ou nomeação de ações e objetos;
• Apresentava atenção seletiva aos sons da fala, respondia a
chamados, mantinha contato ocular com seus interlocutores
que a compreendiam e realizavam o que lhes era solicitado.
PROPOSTA INICIAL DE TRABALHO

• OBJETIVOS DO ACOMPANHAMENTO
FONOAUDIOLÓGICO:
– Buscar outro lugar para a compreensão de seu
retardo de linguagem, que não somente a fissura
labiopalatal;
– Observar a evolução do quadro no sentido de
prevenir possíveis consequências e conscientizar a
mãe de seu papel estruturador na construção do
sistema comunicativo-linguístico de sua filha
– Estratégia de trabalho: visitas mensais à casa de M.S.
e a observação entre mãe e filha seguidas de
orientações à mãe.
ANÁLISE DE INTERAÇÕES
DIALÓGICAS ENTRE MÃE E FILHA
Transcrições de gravações
FRAGMENTO INTERACIONAL 1
FRAGMENTO INTERACIONAL 1
(CONTINUAÇÃO):

• Diálogo acentuadamente assimétrico


• Cristalização dos papéis
FRAGMENTO INTERACIONAL 2:
FRAGMENTO INTERACIONAL 3:
FRAGMENTO INTERACIONAL 3
( CONTINUAÇÃO)
FRAGMENTO INTERACIONAL 4:
PRIMEIRAS CONSIDERAÇÕES APÓS 6
MESES DE TRABALHO
• As orientações da fonoaudióloga, com a apresentação
dos fatos dialógicos, não consegue mudar a
representação que subjaz a conduta da mãe com
relação á sua filha;
• Quem irá mudar essa representação da mãe será a
sua própria filha, ao configurar-se como falante;
• No caso da patologia, cabe ao fonoaudiólogo o papel
de coautoria da linguagem de seu paciente, porque
consegue adotar simultaneamente os papéis de
interlocutor e observador. Ensinar é aprender com o
aprendiz.
ANÁLISE DE INTERAÇÕES DIALÓGICAS
ENTRE TERAPEUTA E CRIANÇA
Transcrições de gravações
FRAGMENTO INTERACIONAL 1:
( criança brincando com o posto de gasolina)

Põe o carro,
Isso aí,
Empurra, isso!
Pera lá, senão ele cai ,menina!
Ih, deu uma trombada!
Agora põe ele lá, isso! E enrola.
Estratégia de descrição
Isso! Agora ele sai, ó! da ação da criança. A
Vai! Ó lá! Saiu o bibi! ação é traduzida
linguisticamente
FRAGMENTO INTERACIONAL 2:
Cê tá desenhando a bolinha ? (apaga a lousa)
Ahn? (desenha uma bolinha)
Que é isso?
a + ( gesto indicativo realizado com
a aproximação do polegar com o
indicador)
Uma bolinha pequenininha, é?
Mai (desenha algo semelhante a
Mais boa, outra bola? bola)

Pequenininha também, é? (mesmo gesto de pequeno)

(gesto afirmativo com a cabeça)


Pagô, acabô a bolinha. Repetição
(apaga vocabular especular ao gesto
a lousa)
Acabô a bolinha... e ao desenho
FRAGMENTO INTERACIONAL 3 :
Outro nenê Ó, ó, ó
Esse nenê tá de roupa, ta? (pegando a chupeta do nenê)
Um pá á pá
Tá de chupeta
(tocando outro bebê que está sem
chupeta)
Um pá pá pá
É a chupeta.
Ó
É a chupeta M. S.
Im, im, im, é
Ah? Que tem o nenê, hein?
M.S., fala pra mim o que foi que complementariedade
vc falou?
FRAGMENTO INTERACIONAL 4:
Falando ao telefone de brinquedo após ter visto F. fazer o mesmo)

U, ma, ma, mamãe

O quê?
Tiá
Cê vai falar com a mamã, e?
(dedilhando o dico do telefone) um
um
Um, um, um Um, um, um
Pronto
Mamãe, imão
Fala ali, ali. Oi
mão
Falá com o irmão?
FRAGMENTO INTERACIONAL 4:
Mão? (som de beijo) ? Au
Mandou beijo e falou tchau só?
Falou com o irmão?
Iau?!
Manda um beijo!
(Faz som de beijo)
Isso!
(virando o rosto para F e apontando a
própria boca)
Mão, a?, au!
Cê falou tchau? Muito bem
FRAGMENTO INTERACIONAL 5:
Aonde vc vai hoje?
Ô u ieiê, a a, um , ré
Ahn?
Ô, e ieiê um um arrá
Cê vai co o nenê aonde, vai levá
o nenê no médico?
É
É? Po vai levar nenê passiá?
Iêiê au u oói
Tá com dodói
É
Coitadinho! Aonde que ele tá
com dodói?
E u, ê ( aponta as costas)
FRAGMENTO INTERACIONAL 5:
Nas costas?
É
Ah, citado M. S. e aí?
I, um, au, um, um, au, tau, um, um,
tá, um, um (rí)
Bôba! Cê num tá...
Tá me enrolando, viu?
Num tá falando nada!
Eu aqui prestando atenção
Pra vê se eu entendo você e
você tá
Enunciados formados por mais de um
Inventando... vocábulo
REFLEXÃO FINAL
• O Interacionismo proposto auxilia no melhor
entendimento do processo aquisitivo da linguagem,
tomando como foco a díade mãe-criança, superando
estudos anteriores cujo foco era a mãe ou a criança
em separado. Também produziu uma mudança de
olhar sobre o erro na fala da criança, não como algo
a ser higienizado, mas como evidência do processo
de apropriação do sistema linguístico, no qual o
outro tem papel estruturante.
REFERÊNCIAS
• FREIRE, Regina Maria. A linguagem como processo terapêutico
socioconstrutivismo, interações eficazes. Plexus Editora, 1997.
• LEONTIEV, Alexis N. Uma contribuição à teoria do desenvolvimento
da psique infantil. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem,
p. 59-83, 1988.
• LIER, M. F. A. F. O jogo como unidade de análise. Série estudos, v.
11, p. 45-55, 1985.
• PALLADINO, Ruth. Reflexões sobre a investigação de linguagem em
crianças pequenas. Distúrbios da Comunicação. ISSN 2176-2724, v.
1, n. 1, 1986.
• VYGOTSKI, Lev Semenovitch. A formação social da
mente. Psicologia, v. 153, p. V631, 1989.
• VIGOTSKI, Lev S. A construção do pensamento e da linguagem.
2001.

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