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APRENDIZADO
social era um aspecto basilar para o processo de aprendizagem, uma vez que o
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Segundo Johnson (1995, p.174-175), “os interacionistas estudam a maneira como usamos e
interpretamos símbolos não apenas na comunicação recíproca entre seres humanos, mas para
criar e manter impressões de nós mesmos, forjar o senso de SELF, e criar e manter o que
experimentamos como a realidade de uma dada situação social. Desse ponto de vista, a vida
social consiste em grande parte de um tecido complexo, formado por incontáveis interações,
através das quais a vida assume forma e significado. Uma das questões mais importantes da
teoria interacionista é a relação entre indivíduos e sistemas sociais. Manford Kuhn, por exemplo,
argumentava que a vida social consistia principalmente de redes de status e papéis, que
funcionam como limitações externas aos indivíduos e que, como resultado, molda suas
experiências e comportamentos. Herbert Blumer, contudo, sustentava que sistemas sociais
existem apenas através da interação entre indivíduos, sem os quais não há sociedade. [...] De
fato, experimentamos sistemas sociais, como a sociedade, como externos a nós e nos sentimos
[...] o processo de internalização consiste numa série de
transformações: a) Uma operação que inicialmente representa
uma atividade externa é reconstruída e começa a ocorrer
internamente. É de particular importância para o
desenvolvimento dos processos mentais superiores a
transformação da atividade que utiliza signos, cuja história e
características são ilustradas pelo desenvolvimento da
inteligência prática, da atenção voluntária e da memória. b) Um
processo interpessoal é transformado num processo
intrapessoal. Todas as funções no desenvolvimento da criança
aparecem duas vezes: primeiro, no nível social, e, depois, no
nível individual; primeiro, entre pessoas (interpsicológica), e,
depois, no interior da criança (intrapsicológica). Isso se aplica
igualmente para a atenção voluntária, para a memória lógica e
para a formação de conceitos. Todas as funções superiores
originam-se das relações reais entre indivíduos humanos. c) A
transformação de um processo interpessoal num processo
intrapessoal é o resultado de uma longa série de eventos
ocorridos ao longo do desenvolvimento. O processo, sendo
transformado, continua a existir e a mudar como uma forma
externa de atividade por um longo período de tempo, antes de
internalizar-se definitivamente. Para muitas funções, o estágio
de signos externos dura para sempre, ou seja, é o estágio final
do desenvolvimento. Outras funções vão além no seu
desenvolvimento, tornando-se gradualmente funções interiores.
Entretanto, elas somente adquirem o caráter de processos
internos como resultado de um desenvolvimento prolongado.
Sua transferência para dentro está ligada a mudanças nas leis
que governam sua atividade; elas são incorporadas em um novo
sistema com suas próprias leis. A internalização de formas
culturais de comportamento envolve a reconstrução da atividade
psicológica tendo como base as operações com signos. Os
limitados por suas culturas e estruturas. Mas também é verdade que as decisões que tomamos
como indivíduos não podem ser previstas simplesmente na base do conhecimento de nossos
status e papéis, e que, como indivíduos, temos o potencial criativo de afetar a forma dos sistemas
sociais, por menores que sejam esses efeitos.”
processos psicológicos, tal como aparecem nos animais,
realmente deixam de existir; são incorporados nesse sistema de
comportamento e são culturalmente reconstituídos e
desenvolvidos para formar uma nova entidade psicológica. O
uso de signos externos é também reconstruído radicalmente. As
mudanças nas operações com signos durante o
desenvolvimento são semelhantes àquelas que ocorrem na
linguagem. Aspectos tanto da fala externa ou comunicativa
como da fala egocêntrica "interiorizam-se", tornando-se a base
da fala interior. A internalização das atividades socialmente
enraizadas e historicamente desenvolvidas constitui a aspecto
característico da psicologia humana; é a base do salto qualitativo
da psicologia animal para a psicologia humana. Até agora,
conhece-se apenas um esboço desse processo.
Apesar de Vygotsky ter morrido cedo demais para sistematizar suas ideias (tal
a relação estabelecida entre seres humanos e o mundo, que seria mediada por
sistemas simbólicos.
estudos de modelagem sobre agressão no qual ele usou um boneco João Bobo
pautado na ideia de que a crença que o indivíduo tem sobre sua capacidade de
níveis de performance influenciam os fatos que afetam suas vidas. Assim, tais
comportariam.
algo e a maneira como é sentida ao fazer esse algo. O teórico percebeu que a
humana.
problemas econômicos das nações2. A busca por uma sociedade mais justa (no
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De acordo com Johnson (1995, p.173-174), “em sociologia, a perspectiva funcionalista retroage
principalmente ao trabalho pioneiro de Émile Dukheim, sociólogo francês do século XIX e, neste
século, ao sociólogo americano Talcott Parsons e seus alunos. Suas raízes antropológicas
estendem-se à obra de Bronislaw Malinowski e A. R. Radcliffe-Brown. Esse enfoque estuda
sistemas sociais como um todo, a forma como funcionam, como mudam e as conseqüências
sociais que produzem. Ao analisar ou tentar explicar qualquer aspecto de um sistema social e
suas conseqüências, o funcionalismo formula várias perguntas básicas: de que maneira esse
aspecto se relaciona com outros do sistema? Qual o seu lugar no funcionamento geral do sistema
social? Que tipos de conseqüência dele resultam? De que modo essas conseqüências
contribuem ou interferem no funcionamento do sistema e na realização dos valores sociais sobre
os quais se baseia? Ao estudar a vida familiar, por exemplo, o funcionalista pensa na família
como um sistema social organizado em torno de determinados valores culturais, tais como a
importância de cultivar e socializar os jovens, de prover amor e proteção a seus membros, de
regular o comportamento social, de transmitir a riqueza acumulada na família e, claro, de
perpetuá-la como sistema social. Como qualquer outro sistema, a família pode exibir uma grande
variedade de características que, individual e coletivamente, produzem conseqüências tanto para
membros individuais quanto, mais importante para os funcionalistas, para o sistema como um
todo. As diferenças em características familiares geram grande número de efeitos sobre a família
como sistema. A menos que a esposa tenha meios independentes para se sustentar e aos filhos,
por exemplo, é provável que o divórcio a lance na pobreza, supondo-se que ela fique com a
custódia dos filhos, como em geral acontece. Do ponto de vista funcionalista, essas
conseqüências são avaliadas em termos de seus efeitos sobre o funcionamento e os valores do
sistema. Conseqüências que interferem no sistema e em seus valores são denominadas de
disfuncionais, enquanto que as que contribuem para sua manutenção recebem a designação de
funcionais. Como acontece com o divórcio, aspectos do sistema têm freqüentemente
conseqüências funcionais e disfuncionais. O divórcio, por exemplo, muitas vezes acarreta a
conseqüência disfuncional de interferir nas necessidades materiais dos membros da família, mas
pode produzir também a conseqüência funcional de prover uma solução para condições
destrutivas, como a violência no lar. Os funcionalistas estabelecem ainda uma distinção entre
conseqüências manifestas, que são esperadas, e conseqüências latentes (ou não-antecipadas),
que não são. Uma conseqüência manifesta do modelo de família nuclear fechada, por exemplo,
é que ela pode fortalecer a intimidade emocional, a interdependência e o apoio mútuo,
especialmente entre os cônjuges. Uma conseqüência latente seria que, ao isolar a família das
redes de apoio de parentesco, os fardos emocionais postos sobre cada cônjuge são muito
aumentados, situação esta que pode levar à tensão, ao conflito e à violência. O isolamento
produz o efeito adicional de tornar menos visível o que acontece no seio da família e, portanto,
torná-la menos sujeita ao controle social. Isso pode também tornar mais provável que ocorram
violência e maus-tratos. O funcionalismo sociológico está intimamente relacionado com a
perspectiva estrutural-funcionalista em antropologia, que procura explicar as várias formações
sociais encontradas em sociedades tribais em termos de suas contribuições para a coesão
social. Essa perspectiva tem sido criticada por dar pouca atenção ao conflito e à mudança social
e pela tendência de supor que todos os aspectos dos sistemas sociais têm que estar, de alguma
maneira, ligados às necessidades ou requisitos desse sistema, tais como estabilidade e coesão
sociais ou defesa contra ameaças externas. Esse fato, porém, sobretudo hoje em dia, reflete
uma visão relativamente estreita do potencial do funcionalismo para ampliar o pensamento
sociológico. A duradoura contribuição do funcionalismo e de Durkheim é a concentração nos
sentido meritocrático), moderna (focada no conhecimento científico), e
a escola pública e gratuita seria tida como uma instituição essencialmente neutra
Todavia, a partir dos anos 60, observamos uma crise no paradigma funcionalista
sistemas sociais e na maneira como funcionam, o que nos permite ver que até os aspectos mais
indesejáveis da vida social tais como guerra, racismo, sexismo e outras formas de opressão
estão ligados ao funcionamento, de outras maneiras normal, das sociedades e de suas
instituições. Esses insights são de importância crucial, em especial para indivíduos interessados
em promover a mudança social.”
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Segundo Johnson (1995, p.113-114), o “estruturalismo é um ponto de vista sobre linguagem
que supõe haver uma ligação direta entre as palavras e o que acreditamos que as palavras
representam. Sexualidade, por exemplo, é um símbolo que indica alguma coisa real e concreta
no mundo externo. Em linguagem sociológica, termos como estrutura social ou cultura indicam
alguma coisa real e concreta que, embora não possamos observar diretamente, afeta
profundamente a vida social, em especial ao limitar e restringir o que pessoas pensam, sentem
e fazem. Combinando os dois termos, a sociologia é uma perspectiva que defende a existência
de estruturas subjacentes inobserváveis, que modelam a vida social e podem ser rotuladas e
compreendidas mediante o uso da linguagem. O pós-estruturalismo, por outro lado, é uma
perspectiva baseada na crença em que palavras indicam não alguma realidade externa concreta,
mas simplesmente outras palavras que usamos para construir a realidade social. Cometemos o
erro de acreditar que essa realidade construída é mais do que é, que tem uma realidade concreta
além das palavras que usamos para construir idéias sobre o que é real. Uma vez que são as
pessoas que inventam e usam palavras, elas trabalham ativamente para construir a realidade
social na qual vivem, em vez de ser meramente limitadas e controladas por uma realidade
externa e subjacente. Há também uma tese intermediária que pede a inclusão de elementos de
ambas as posições, como, por exemplo, que indivíduos tanto modelam como são modelados
pelo ambiente social.”
institucionalizadas de interconhecimento e de
interreconhecimento ou, em outros termos, à vinculação a um
grupo, como conjunto de agentes que não somente são dotados
de propriedades comuns (passíveis de serem percebidas pelo
observador, pelos outros ou por eles mesmos), mas também são
unidos por ligações permanentes e úteis (BOURDIEU, 1998, p.
28).
também da origem social dos alunos. Fazendo uma análise do pessimismo dos
de 1968.
NOGUEIRA, 2002).
Em sua obra Escritos sobre a Educação (1998, p. 232), Bourdieu afirma que
cultural, ela não seria condição suficiente para o êxito dessa operação, a qual
está subordinada aos ditames das instituições de ensino. Estas, por sua vez,
socioculturais.
teriam mais fluência e desenvoltura com o saber escolar. Tal situação resultaria
Herdeiro da tradição bourdieusiana, mas sem nunca ter sido aluno de Pierre
os quais influenciam o meio social. Deste modo, para compreender a vida social
seria necessário fazer uma observação mais fina do meio associada a uma
Lahire, estava imerso na luta política por uma educação democrática, o teórico
elas podem realocar, para mais ou menos, o papel da própria família como
aprender, mas quanto mais ele tem isso interiorizado, menos necessidade de
advertência externa quanto ao assunto ele terá; as famílias com pais portadores
de um capital cultural condizente com a cultura escolar nem sempre conseguem
o próprio fazer das Ciências Sociais que, muitas vezes, está centrado nas
subjetivismo/objetivismo.
O percurso teórico demonstrou que tivemos muitos avanços quanto aos estudos
que dialoguem de maneira crítica com os enfoques teóricos aqui tratados, a fim
Referências
1995.
1393-1404.