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DPC III – AULA

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TEORIA GERAL DOS
RECURSOS
DPC III – AULA 3
1) Conceito e justificativa de recurso.

Recurso “é o remédio voluntário idôneo e apto a ensejar, dentro de um mesmo processo, a reforma, a
invalidação, o esclarecimento ou a integração da decisão que se impugna.” José Carlos Barbosa
Moreira

Justificativas para os recursos: i) falibilidade humana

ii) Sentimento de injustiça

iii) Julgamento por um colegiado

iv) Inconformismo humano

v) Controle da atividade judicial

vi) Controle contra o arbítrio do julgador – necessidade de fundamentação das decisões


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2) Natureza jurídica do recurso: é uma decorrência do direito de ação; extensão


do direito de ação. Inaugura uma nova fase do procedimento, em segundo grau
de jurisdição. É um prolongamento da ação originária.

3) Objetivos do recurso: i) reforma da decisão – error in judicando

ii) Invalidação da decisão – error in procedendo

iii) Esclarecimento ou integração da decisão judicial * polêmica

4) Distinção entre recurso, ação autônoma de impugnação e sucedâneos recursais

5) Reexame necessário ou remessa oficial: art. 496, do CPC. Natureza jurídica;


hipótese de cabimento e limites.
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6) Objeto dos recursos: quais os pronunciamentos passíveis de recurso?

Decisões monocráticas ou colegiadas

7) Legitimidade para recorrer: art. 996, do CPC

8) Classificação dos recursos: a) quanto ao âmbito – recurso total e recurso parcial

b) Quanto à fundamentação – recurso de fundamentação livre e de


fundamentação vinculada

C) Quanto ao momento – recurso independente/principal e recurso adesivo

d) Quanto ao objeto – recursos ordinários e extraordinários


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9) Princípios dos recursos: i) duplo grau de jurisdição – é expresso? É fundamental?

ii) Proibição da reformatio in pejus – s. 45 do STJ

iii) Taxatividade – art. 22, I da CF; art. 994, do CPC; recurso inominado – art. 41, Lei
9.099/95; embargos infringentes de alçada – art. 34, Lei 6.830/80

iv) Singularidade, unirrecorribilidade ou unicidade (RESP e RE – S. 126, do STJ)

v) Fungibilidade – art. 1.024, § 3º, do CPC. Requisitos?

vi) Instrumentalidade recursal – art. 932, parágrafo único, do CPC

vii) Colegiado – o que fazer com as decisões monocráticas?

viii) Irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias – as decisões interlocutórias


somente seriam recorríveis nas hipóteses do art. 1015, do CPC.
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10) Juízo de admissibilidade e juízo de mérito dos recursos

11) Requisitos de admissibilidade dos recursos: i) genéricos; ii) específicos

Genéricos se dividem em intrínsecos (dizem respeito à própria existência do direito de


recorrer) e extrínsecos (se referem ao exercício do direito de recorrer)

Requisitos genéricos intrínsecos: a) cabimento

b) Legitimidade para recorrer

c) Interesse em recorrer

d) Inexistência de fatos extintivos – renúncia / aquiescência à decisão judicial -ou


impeditivos do direito de recorrer – desistência do recurso / renúncia ao direito em que
se funda a ação / reconhecimento da procedência do pedido
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Requisitos genéricos extrínsecos: i) regularidade formal

ii) Tempestividade

iii) preparo: taxas judiciárias + porte de remessa e retorno dos autos.


Problemas: a) falhas na comprovação do preparo; b) ausência de preparo (art.
1007, §§ 4º e 5º, do CPC); c) preparo insuficiente (art. 1007, § 2º, do CPC).
Casos de dispensa: art. 1007, § 1º, do CPC. Recursos que dispensam preparo:
embargos infringentes de alçada; agravo em Resp/RE; recursos no ECA; agravo
interno; embargos de declaração; ações coletivas
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12) Consequências da inadmissibilidade de um recurso

13) Efeitos dos recursos: i) efeito obstativo ou impeditivo

ii) Efeito devolutivo: transfere a apreciação da questão já examinada ao órgão competente para o seu
reexame, seja ele o mesmo órgão ou outro, hierarquicamente superior. Possui duas dimensões:
horizontal (regra do “tantum devolutum quantum appellatum”) e vertical (extensão da análise pelo
Tribunal)

iii) Efeito suspensivo

iv) Efeito substitutivo (art. 1.008, do CPC)

v) Efeito translativo

vi) Efeito extensivo subjetivo

vii) Efeito regressivo

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