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Serviço de Controle de Aproximação (APP)

Renato Zampelin
Serviço de Controle de Aproximação (APP)

• O APP, chamado de “Controle” nas comunicações via rádio, tem a atribuição de


emitir autorizações de tráfego às aeronaves que estiverem voando ou que se
propuserem voar dentro de TMA ou CTR, com o objetivo de:
• Manter as separações mínimas estabelecidas entre as aeronaves
• Disciplinar, acelerar e manter ordenado o fluxo de tráfego aéreo
• Orientar e instruir as aeronaves na execução dos procedimentos de espera,
chegada e saída, estabelecidos pelo DECEA.
Jurisdição e Subordinação
• Um APP terá jurisdição dentro de uma TMA e/ou CTR e, quando por delegação, em
CTA e/ou UTA.
• Os limites laterais e verticais das TMA e das CTR são estabelecidas pelo DECEA e
publicados nas cartas e manuais pertinentes.
• Os APP são subordinados operacionalmente ao ACC responsável pela FIR na qual
estiverem situados.

• Quando a aeronave não conseguir contato rádio com o APP respectivo, deverá
chamar um dos órgãos relacionados, na seguinte ordem:
• TWR do aeródromo principal
• Outra TWR dentro da TMA
• ACC, caso esteja localizado naquela TMA
Separação de aeronaves
• Os APPs deverão proporcionar separação vertical ou horizontal aos vôos nos
espaços aéreos de sua jurisdição.
• A separação vertical mínima entre aeronaves aplicada por um APP será de 300
metros (1.000 pés).
Procedimento para ajuste de altímetro
• O piloto deverá ajustar o altímetro em determinadas fases do vôo para que as
indicações sejam corretas e proporcionem uma separação segura entre obstáculos
e as demais aeronaves em vôo. Basicamente há dois ajustes que o piloto deverá
fazer ao longo do vôo, o QNH e o QNE.

• QNH: Para que o piloto consiga a correta indicação da altitude em relação ao nível
médio do mar, o altímetro deverá estar ajustado em QNH. Este ajuste é utilizado
nas fases de decolagem, aproximação e pouso, para que o piloto tenha a
indicação correta da altitude da aeronave, corrigida para os erros de pressão.

• QNE: Também conhecido como ajuste padrão (1013,2 hPa ou 29,92 inHg ou 760
mmHg). Ajustado em QNE, o altímetro informará a altitude em nível de vôo, e
devido a erros de pressão e temperatura. Num vôo de cruzeiro em rota, o
altímetro deve estar ajustado em QNE, para que a separação entre as aeronaves
em nível de vôo se mantenha constante.
• A troca de QNH para QNE se dará na altitude de transição, durante a subida. E a
troca de QNE para QNH ocorrerá no cruzamento do nível de transição, durante a
descida, conforme ilustrado abaixo.

• A pressão para o ajuste do altímetro QNH comunicado as aeronaves será


arredondado para o hectopascal inteiro inferior mais próximo.
• Altitude de transição: A altitude de transição de cada aeródromo é a constante
nas cartas de aproximação por instrumentos (IAC) e/ou das cartas de saída por
instrumentos (SID).

• Nível de transição: Nível de transição será definido pelo órgão de controle de


tráfego, ou pelo piloto, quando o órgão apenas prestar o serviço de informação de
vôo, sempre de conformidade com a tabela abaixo e de acordo com o QNH do
momento.
Informação de ajuste nas fases
de decolagem e subida
• A pressão para o ajuste de altímetro QNH será informado às aeronaves na
autorização para taxi antes da decolagem. O altímetro será ajustado em 1013,2
hPa (QNE), durante a subida, ao passar pela altitude de transição do local de
partida.
• A posição vertical de uma aeronave durante a subida será expressa em termos de
altitude até atingir a altitude de transição, acima da qual a posição vertical será
expressa em termos de nível de vôo.
Informação de ajuste nas fases
de aproximação e pouso
• A pressão para o ajuste QNH de altímetro será informada às aeronaves que
chegam, tão logo assim estabelecidas as comunicações. As aeronaves executando
procedimento de descida, que contenha em sua representação gráfica uma
trajetória de penetração, terão seus altímetros ajustados para o ajuste QNH ao
iniciarem a descida na trajetória de penetração.
• As aeronaves em descida sob controle radar, que estejam sendo vetoradas para
interceptação do segmento final do procedimento de descida ou para aproximação
visual, terão seus altímetros ajustados para o ajuste QNH, quando o órgão de
controle de tráfego assim o autorizar ou determinar.
• As aeronaves descendo para a altitude de início de procedimento, em local não
servido por órgão de controle de tráfego, terão seus altímetros ajustados para o
ajuste QNH ao passarem pelo nível de transição.
• As aeronaves sob controle convencional, descendo para a altitude de início de
procedimento, terão seus altímetros ajustados para o ajuste QNH, ao passarem
pelo nível de transição ou quando assim determinado ou autorizado pelo órgão de
controle de tráfego.
Velocidade máxima
• A velocidade máxima para aeronaves ingressando em TMA ou CTR nos espaços
aéreos Classe C, D, E, F e G abaixo dos 10.000 pés é de 250kt.
Vôo VFR Especial
• Quando as condições de tráfego o permitirem, os vôos VFR especiais poderão ser
autorizados pelo APP, sujeitos as seguintes definições:
• Serão mantidas separações entre os vôos IFR e VFR especiais e entre estes de
acordo com os mínimos de separação estabelecidos nesta instrução
• Poderão ser autorizados vôos VFR especiais para que as aeronaves entrem ou
saiam de uma CTR ou TMA, com pouso ou decolagem em aeródromos localizados
dentro dos limites laterais desses espaços aéreos. Nestes casos, os vôos serão
conduzidos como VFR especiais somente nos trechos compreendidos dentro
desses espaços aéreos.
• Adicionalmente, o APP poderá autorizar vôos VFR especiais para operação dentro
de uma CTR, com decolagem e pouso no mesmo aeródromo
• Somente poderão ser realizados vôos VFR especiais no período diurno
• As aeronaves deverão estar equipadas com transceptor VHF em funcionamento
para estabelecer comunicações bilaterais com os órgão ATC apropriados
• As condições metereológicas predominantes nos aeródromos envolvidos deverão
ser iguais ou superiores a 3000 metro de visibilidade e 1000 pés de teto.

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