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Bases Físicas do

Radiodiagnóstico
Profa. Ana Figueiredo Maia

2017/1
Aula de Hoje:
Fluoroscopia
Para que fluoroscopia?

• Procedimento com alta resolução temporal


(“tempo real”).

• Possibilita a aquisição digital de uma sequência de


imagens que podem ser posteriormente vistas
como um vídeo

Profa. Ana F. Maia (afmaia@ufs.br) 2017 Bases Físicas do Radiodiagnóstico


Histórico da fluoroscopia
• Thomas Edison (1896): Tela de sulfeto de zinco-cádmio
colocada sobre o paciente

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Fuoroscopia

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Componentes de um equipamento de fluoroscopia

Câmara de vídeo

Lentes Diafragma

Intensificador de imagens

Grade anti-difusora

Paciente

Mesa

Colimador
Filtro
Tubo de raios X

c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of Medical Imaging, 2 nd ed., p. 232.

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Intensificador de imagens: Raios X –Luz visível

Raios X
ampola de • TUBO PARA VÁCUO
vácuo
• CASCA METÁLICA (Proteção)
• ELEMENTO CINTILADOR DE
Luz
ENTRADA (Raios X/Luz)
• FOTOCÁTODO (Luz/Elétrons)
• LENTES ELETROSTÁTICAS
(Focalização eletrônica)
• ELEMENTO CINTILADOR DE
SAÍDA (Elétrons/Luz)

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Tela ou placa de entrada

Composta por 4 camadas


diferentes:
elétrons
1. Janela para vácuo (1 mm fotocatodo
de Al): Para manter o
vácuo necessário para
aceleração dos elétrons cristais de luz
CsI
no interior do base
intensificador; feita de
janela para vácuo
curvatura apropriada
para resistir a pressão do raio X
ar contra ela.

c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of


Medical Imaging, 2nd ed., p. 233.

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Tela ou placa de entrada

Composta por 4 camadas


diferentes:
elétrons
2. Base (0,5 mm de Al): fotocatodo
deve ser grossa o
suficiente para dar
suporte ao material cristais de luz
CsI
cintilador (ou fósforo), base
mas fina o suficiente
janela para vácuo
para não atenuar os
fótons de raios X; feita raio X
com curvatura
apropriada para focalizar
os elétrons. c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of
Medical Imaging, 2nd ed., p. 233.

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Tela ou placa de entrada

Composta por 4 camadas


diferentes:
elétrons
3. Fósforo de entrada (CsI):
Para converter os raios X em fotocatodo
luz; com formato de agulha
para direcionar melhor a luz
cristais de luz
ao fotocátodo minimizando
CsI
as perdas por espalhamento; base
o formato agulha permite a
utilização de espessuras janela para vácuo
maiores, aumentando a raio X
eficiência de detecção; o CsI
é higroscópico, mas isto não
é um problema por causa do
c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of
vácuo. Medical Imaging, 2nd ed., p. 233.

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Tela ou placa de entrada

Composta por 4 camadas


diferentes:
elétrons
4. Fotocátodo: Fina camada fotocatodo
de antimônio e metais
alcalinos (baixo Wextração)
que emitem elétrons ao cristais de luz
CsI
absorver luz visível (10- base
20% eficiência de
conversão). Diâmetro do janela para vácuo

Campo de Visão (ou raio X


FOV) de 23-35 cm.

c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of


Medical Imaging, 2nd ed., p. 233.

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Conversão de energia no fósforo de entrada

Suporte de alumínio

Fotocatodo

Agulhas de CsI
Jonathan Tucker, Brooke Army Medical Center, SA, TX

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Conversão de energia no fósforo de entrada
Raio X de 60 keV

Suporte de alumínio

Fotocatodo

Agulhas de CsI
Jonathan Tucker, Brooke Army Medical Center, SA, TX

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Conversão de energia no fósforo de entrada

Suporte de alumínio

3.000 fótons de luz


 ≈ 420 nm

Fotocatodo

Agulhas de CsI
Jonathan Tucker, Brooke Army Medical Center, SA, TX

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Conversão de energia no fósforo de entrada

Suporte de alumínio

Fotocatodo

≈ 400 elétrons
Agulhas de CsI Ao
Ânodo Jonathan Tucker, Brooke Army Medical Center, SA, TX

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Óptica-eletrônica Tela de Tela de
entrada saída
curva plana
• Os elétrons são acelerados
por um campo elétrico,
sendo aumentada a
energia de cada elétron
por um dado fator de
ganho eletrônico.
• A focalização é atingida
com lentes eletrônicas,
elas requerem que a tela
de entrada seja curva, o
que resulta na chamada
pincushion distortion da
c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of Medical
imagem. Imaging, 2nd ed., p. 235.

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Óptica-eletrônica

• A tela de entrada, os eletrodos


G1, G2, G3 e o ânodo próximo
do fósforo de saída constituem
os 5 componentes do sistema
de lentes eletrônicas.
• Os elétrons, sob a influência de
campos elétricos (DV≈25-
35kV), são acelerados e chegam
ao ânodo com elevada energia
cinética.
• Após atravessar o fino ânodo, os
c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of Medical
elétrons energéticos impactam Imaging, 2nd ed., p. 235.
no fósforo de saída.

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Fósforo de saída

• Feito de sulfeto de zinco e


cádmio, dopado com prata
(ZnCdS:Ag).
• O ânodo é uma fina
camada de alumínio do
lado do vácuo no fósforo
de saída.
• Cada elétron causa a
emissão de ≈ 1000 fótons c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of Medical
de luz Imaging, 2nd ed., p. 235.

• ≈2,5 cm diâmetro.

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Fósforo de saída

• A redução no diâmetro da
imagem leva a uma
amplificação na
intensidade
• O ganho por redução de um
intensificador de imagem é
a razão entre a área do
fósforo de entrada e fósforo
de saída.
• Exemplo: Se a entrada tem c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of Medical
Imaging, 2nd ed., p. 235.
9’’ e a saída 1’ de diâmetro, o
ganho por redução será de
81.
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Fósforo de saída

• O fósforo de saída é fixado


na janela de saída.

• Uma fração da luz emitida


pelo fósforo de saída é
refletida pelo vidro da
janela.

• O brilho próximo da janela


de saída (veiling glare) pode
reduzir o contraste na c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of Medical
Imaging, 2nd ed., p. 235.
imagem (diminuído pelo
uso de laterais pretas que
absorvem a luz refletida).

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Questão (Raphex 2001): Diagnóstico
D24-D28. Para o intensificador de imagem
mostrado, relacione os itens:
A. Fótons de luz.
B. Fótons de raios X.
C. Microondas.
D. Elétrons.
E. Fótons de infravermelho.

D24. I representa
D25. II representa
D26. III representa
D27. IV representa
D28. V representa
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Performance do Intensificador de Imagem

• O intensificador de imagem tem como função


converter uma imagem de raios X em uma imagem
reduzida de luz.
• Alguns características descrevem quão bem o II
executa esta função, como, por exemplo:

– Fator de Conversão
– Ganho de Brilho
– Campo de Visão

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Performance: Fator de conversão

Luz de saída do intensificador (cd/m2)


Fator de conversão =
Taxa de exposição no intensificador (mR/s)

• Representa uma medida do ganho do


intensificador de imagem.
• Razão entre a luz de saída e a taxa de exposição de
entrada.
• 100 a 200 para um intensificador de imagem novo
• Degrada com o tempo, sendo necessária sua troca

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Performance: Ganho de brilho (GB)
• GB= ganho por redução x ganho eletrônico

• Ganho por redução= (di/do)2, di diâmetro de entrada normalmente


variável (pode ser 16, 14, 12, 9 ou 7”) e d o diâmetro de saída
tipicamente 2,5 cm (1”)

Exemplo 1: Para 30 cm, ganho por redução = 144


Exemplo 2: Se a entrada tem 9’’ e a saída 1’’ de diâmetro, o ganho por
redução será de 81.

• Ganho eletrônico (ou de fluxo) tipicamente 50.

• Ganho de brilho de 2500-7000.

• Menor diâmetro de entrada, menor ganho de brilho.


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Performance: Campo de visão (FOV)
• FOV especifica as dimensões do fósforo de entrada.
• Ex.: 18 cm (7”), 23 cm (9”), 30 cm (12”), 35 cm (14”), 40 cm (16”)
• A ampliação é acompanhada eletronicamente pelas lentes
focalizadoras.
• Como o brilho decresce, a taxa de exposição deve ser aumentada
em (12/9)2 = 1,8 ou (12/7)2 = 2,9.

Operação normal Modo de ampliação


c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of Medical Imaging, 2 nd ed., p. 237.
Profa. Ana F. Maia (afmaia@ufs.br) 2017 Bases Físicas do Radiodiagnóstico
Acoplamento óptico: Mecanismo de distribuição

• Raios paralelos de luz


entram na câmara óptica e
são focalizados por lentes e
incidem numa câmara de
vídeo onde é gerada uma
imagem eletrônica.

• Um espelho parcialmente
prateado permite que parte
da luz passe para uma porta
auxiliar.
c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of Medical
Imaging, 2nd ed., p. 239.

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Câmara de vídeo: Princípio de operação

• Sistemas de vídeo analógicos operam com 30 quadros/s.


• O sistema olho-cérebro humano pode detectar
flutuações temporais de até 47 imagens/s, sendo assim 30
quadros/s seria perceptível.
• É usado um sistema de intercalar, onde cada quadro é
formado por dois campos (o mais atual e o anterior),
sendo que cada um deles é trocado com uma taxa de 60
quadros/s para evitar a percepção de pestanejo.
• Desta forma cada nova imagem contém parte da anterior,
suavizando o ruído, mas aumentando a penumbra pelo
movimento e gerando um pouco de retardo.

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Câmara de vídeo: Resolução espacial

• A resolução espacial de um vídeo na direção vertical (de cima


para baixo) da imagem de TV é definida pelo número de
linhas de varredura
• Por convenção, 525 linhas na TV (EUA)
– 490 linhas são usadas de fato
– Nos inícios da TV, Raymond Kell determinou que
aproximadamente 64 % da resolução teórica do vídeo é
apreciada visualmente, este efeito psicofísico é quantificado
no chamado fator Kell, atualmente 0,7.
– 490 x 0,7 = 343 linhas ou 172 pares de linhas úteis para a
resolução.
– Campo de 9”, Resolução = 172 pl/229 mm = 0,75 pl/mm
– Campo de 17 cm ou 7”, resolução 1,0 pl/mm
– Campo de 12 cm ou 5”, resolução 1,4 pl/mm
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Câmara de vídeo: Resolução espacial
• A resolução horizontal é determinada pela rapidez com
que a eletrônica do vídeo possa responder às variações na
intensidade de luz.
• Ela é influenciada pela câmara, o cabo, o monitor, mas
determinada pela largura de banda do sistema.
• O tempo necessário para varrer cada linha de vídeo (525
linhas em 30 quadros/s) é de 63 ms.
• 11 ms são necessários para o traçado horizontal, assim
somente 52 ms estão disponíveis.
• Para atingir 172 ciclos em 52 ms, a largura de banda
necessária é de 172 ciclos/52 x 10-6 s = 3,3 x 106 ciclos/s = 3,3
MHz.
• Maiores larguras de bandas são requeridas em sistemas de
maior definição.

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Questão (Raphex 2001): Diagnóstico
D29. A resolução máxima de imagens de fluoroscopia mostrada
numa TV com um campo de visão de 6” (~152,4mm) com um
sistema de 1024 linhas (considere um fator de Kell igual a 0,7)
é de aproximadamente _ pl/mm

A. 0,7
B. 1,2
C. 1,8
D. 2,4
E. 2,9
1024 x 0,7 = 717 linhas ou 358 pares de linhas úteis para a resolução
Para um campo de 6”, resolução = 358 pl/6’’*25,4 mm = 2,35 pl/mm

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Resumo

 Fluoroscopia é um procedimento de imagem ao vivo


 O principal componente é o intensificador de imagens que
é formado por: fósforo de entrada, sistemas de lentes
eletrônica e fósforo de saída.
 Fósforo de entrada – Iodeto de césio, converte raios X em
luz.
 Fotocátodo – converte luz em elétrons.
 Fósforo de saída – Sulfeto de zinco e cádmio, converte
elétrons em luz.
 Artefatos – distorção pincushion, veiling glare, retardo.

Profa. Ana F. Maia (afmaia@ufs.br) 2017 Bases Físicas do Radiodiagnóstico


Resumo

 Ganho de brilho = ganho por redução x ganho eletrônico

 Vários modos de ampliação são disponíveis, normalmente


a taxa de exposição aumenta com a ampliação.

 Câmara de vídeo produz uma imagem eletrônica que pode


ser visualizada num monitor de TV.

 Resolução do vídeo: horizontal (determinada pela largura


de banda) e vertical (determinada pelo numero de linhas
de varredura)

Profa. Ana F. Maia (afmaia@ufs.br) 2017 Bases Físicas do Radiodiagnóstico


Fluoroscopia digital de painel plano
• O painel plano possui um arranjo
retangular de transistores de filme
fino (TFF) usado como detectores
dos raios X.
• CsI é o material cintilador mais
usado para converter o feixe raio X
incidente em luz.
• Nos sistemas de TFF, cada elemento
detector tem um fotodiodo que
converte a energia luminosa num
sinal elétrico.
• Os detectores de painel plano
podem substituir o intensificador
de imagem, a câmara de vídeo e Painel plano Intensificador de imagem
outros dispositivos periféricos.
c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of
Medical Imaging, 2nd ed., p. 242.

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Tecnologia de painel plano: Conv. indireta
Contato para
eletrônica de Arranjo de
leitura fotodiodos
Fótons de raios X

Iodeto de Césio

Fótons de luz
Substrato
Fotodiodos de Si
Cintilador
Elétrons
Raio X
Eletrônica de leitura
Cintilador Dados digitais
Elementos detectores
c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics
Substrato de vidro of Medical Imaging, 2nd ed., p. 242.

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Fluoroscopia digital de painel plano

• Os sistemas de painel plano podem


executar duas funções: -Com pixels
pequenos para radiografias (150-
200 mm),
–Combinando pixels num pixel
maior para fluoroscopia (200-300
mm).
• A eficiência de detecção quântica é
bem superior em relação ao
intensificador de imagem
convencional, assim como a
resolução temporal e a faixa de
c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of Medical
contraste. Imaging, 2nd ed., p. 242.

• Porém é bem mais caro na


aquisição e na manutenção.
Profa. Ana F. Maia (afmaia@ufs.br) 2017 Bases Físicas do Radiodiagnóstico
Fluoroscopia digital de painel plano

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Modos de operação

• Fluoroscopia contínua
– Feixe continuo de raios X, 0,5 – 4 mA ou maior
– Visualiza 30 quadros/s, tempo de aquisição 33
ms/quadro
– Borrosidade presente devido ao movimento do
paciente, aceitável
– Exposição máxima (EU) 10 R/min

• Fluoroscopia de alta taxa de dose


– Ou fluoroscopia especialmente ativada
– Exposição máxima (EU) 20 R/min
– Um sinal audível é escutado durante sua operação.
– Usada em pacientes obesos
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Modos de operação

• Fluoroscopia pulsada:
– Série pulsos curtos de raios X, 30 pulsos/s, ~10 ms por pulso
– Tempo de exposição curto, reduzindo a borrosidade devido ao
movimento.
– Pode ser usado no caso de objetos com movimento
considerável, ex. Posicionamento de cateteres em vasos
muito pulsáveis
– 15 quadros/s, ou ainda, 7,5 quadros/s
– A variação de velocidade dos quadros é usada para reduzir a
dose. Exemplo: No cateterismo, no percurso da femoral à
aorta, não é necessária alta resolução temporal, assim usa-se
7,5 quadros/s em vez de 30 quadros/s.
– 7,5 quadros/s no lugar de 30 quadros/s, reduze a 25% a dose
de entrada (7,5/30).
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Modos de operação

• Em fluoroscopia, as imagens
são relativamente ruidosas,
sendo interessante estabelecer
um compromisso entre a
resolução temporal e o ruído.
• É feita uma média de uma série
de imagens ou quadros.
• Geralmente feita em “tempo
real” na memória do
computador para posterior
visualização.
• Pode ser notado um certo
c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of Medical
retardo, mas também uma Imaging, 2nd ed., p. 245.
redução do ruído.

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Modos de operação

• Congelamento da última imagem (Last-frame hold)


- Quando o fluoroscopista não pressiona o pedal a última
imagem adquirida permanece no monitor
- Útil para treinamentos

• Road mapping
– Variante melhorada por software do congelamento da
imagem.
– Usada para mostrar duas imagens ao mesmo tempo,
em monitores separados ou sobrepostas (angiografia).
– Útil em cateterismo em vasos tortuosos.

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Controle automático do brilho

• Este controle é para manter constante o brilho da imagem


no monitor.
• Feito mediante a regulagem da taxa de exposição (controle
do kVp e/ou mA).
Curvas de controle automático de brilho

• Este controle dispara Alta dose, Paciente gordo

automaticamente ao Melhor contraste

mudar as dimensões do
paciente e/ou os modos
de operação.
Baixa dose,
Menos contraste
Paciente magro
c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of
Medical Imaging, 2nd ed., p. 247.

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Questão (Raphex 2003): Diagnóstico

D36. Um intensificador de imagem multimodal é mudado do


modo de 9” para o de 6”. Neste caso, a imagem no monitor
será ________ , e o controle automático de brilho _________ a
exposição no paciente.

A. ampliada, diminuirá
B. ampliada, aumentará
C. reduzida, aumentará
D. ampliada, não mudará
E. reduzida, diminuirá

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Questão (Raphex 2000): Diagnóstico

D30. A Fluoroscopia pulsada em 15 quadros/s, em


comparação com a de 30 quadros/s, é utilizada
principalmente para ___________.

A. Reduzir a borrosidade pelo movimento.


B. Incrementar a potência nominal.
C. Incrementar a estabilização do kVp.
D. Reduzir as dimensões do ponto focal.
E. Reduzir a dose no paciente.

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Alguns equipamentos de fluoroscopia

Gastro Portáteis
Arco C

Mesa giratória

Gerador de X

Fluoroscopia
remota

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Alguns equipamentos de fluoroscopia

Angiografia periférica Sistema angiográfico


e cateterismo bi-planar

Injetor
Gerador 2

Gerador 1

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Dose de radiação: Paciente
• Taxas máximas de exposição de
entrada permitidas nos EU (CFR): 10
R/min para fluoroscopia normal e 20
R/min para fluoroscopia especial.

• Taxas de exposição de entrada


comum em imagens de fluoroscopia:
• 1 e 2 R/min para regiões delgadas (10
cm)
• 3 a 5 R/min para pacientes médios
• 8 a 10 R/min para pacientes pesados

• A máxima dose reportada pelos


fabricantes é estimada, geralmente, c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of
Medical Imaging, 2nd ed., p. 252.
em 120 kVp

Profa. Ana F. Maia (afmaia@ufs.br) 2017 Bases Físicas do Radiodiagnóstico


Dose de radiação: Pessoal
• Aqui é representado o campo de
radiação espalhada incidente no
radiologista durante um exame
de fluoroscopia, ilustrando a
taxa de dose em função da
altura do solo para diferentes
distâncias entre o radiologista e
o paciente.
• Um radiologista de altura média
178 cm está sobreposto no
gráfico indicando diferentes
regiões anatômicas.
• Um feixe de 80 kVp e um
paciente de 20 cm de espessura
c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of
é usado nos cálculos. Medical Imaging, 2nd ed., p. 253.

Profa. Ana F. Maia (afmaia@ufs.br) 2017 Bases Físicas do Radiodiagnóstico


Dose de radiação: Pessoal
• Ficando a 1 m do paciente o
fluoroscopista recebe de
radiação espalhada
aproximadamente 1/1000 da
radiação incidente no paciente.
• Movimentação para trás do
campo de radiação ajuda a
reduzir a dose recebida pelo
radiologista.
• Produto Roentgen-Area (RAP)
ou Produto Dose-Area (DAP)
pode ser usado para uma
estimativa em tempo real da
quantidade de radiação recebida
c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of
pelo paciente. Medical Imaging, 2nd ed., p. 253.

Profa. Ana F. Maia (afmaia@ufs.br) 2017 Bases Físicas do Radiodiagnóstico


Resumo

• A tecnologia mais moderna em uso é a fluoroscopia digital


de painel plano.
• Existem diferentes modos de operação em fluoroscopia:
contínua, alta taxa de dose, pulsada, congelada, road
mapping, média dos quadros.
• A média dos quadros é usada para diminuir o ruído, porém
aumenta o retardo.

Profa. Ana F. Maia (afmaia@ufs.br) 2017 Bases Físicas do Radiodiagnóstico


Resumo

• O controle automático do brilho mantém o brilho na


imagem do monitor constante, ajustando
automaticamente com as dimensões do paciente.
• O valor máximo legalmente permitido (EU) de taxa de
exposição de entrada é de 10 R/min em modo normal e 20
R/min em modo de alta dose.
• Ficando a 1 m do paciente, o fluoroscopista recebe 1/1000
da exposição incidente no paciente.

Profa. Ana F. Maia (afmaia@ufs.br) 2017 Bases Físicas do Radiodiagnóstico


Referências
STEWART, B.K. Diagnostic Physics Imaging Physics
Course Topics, DABMP, 2005/2006
BUSHBERG, J.T. et al. The essential physics of medical
imaging. 2nd ed, Philadelphia, PA: Lippincott
Williams & Wilkins, 2002.
SPRAWLS P. Jr. Physical Principles of Medical
Imaging, 2ª ed., Medical Physics Publishing
Corporation, 1995. http://www.sprawls.org/ppmi2/
BUSHONG, S.C. Radiologic science for technologists:
Physics, biology, and Protection. 9a ed., Mosby
Elsevier, 2008.

Profa. Ana F. Maia (afmaia@ufs.br) 2017 Bases Físicas do Radiodiagnóstico

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