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DEPARTAMENTO DE FÍSICA
São Cristóvão/SE
Fevereiro de 2023
ANDREYSON DA SILVA ARAUJO
São Cristóvão/SE
Fevereiro de 2023
Dedico esta tese à minha namorada, pois
sempre que eu pensava em desistir, ela
me dava forças para continuar. Sendo
uma pessoa especial na minha vida, me
ensinou muitas coisas, uma delas foi que
por mais que o caminho esteja difícil e
doloroso, devo prosseguir, pois lá na
frente, quando esse caminho já estiver no
final, olharei para trás e me sentirei
vitorioso. Obrigado por sempre estar ao
meu lado, me dando forças. Eu amo você.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por todos os momentos. Porque sem ele não
poderia estar usufruindo desse momento.
Aos meus pais, Ivonilde Pereira da Silva Araujo e Adalberto Chaves Araujo, por
toda a educação, dedicação e incentivo que me proporcionaram alcançar mais esse
título.
Ao Dr. Rogerio Matias Vidal da Silva, pela ideia para transformar este trabalho em
uma tese de doutorado, pela paciência, pelo incentivo, pelos momentos de
descontração, pela atenção e pela companhia nas muitas horas de planejamentos
do tratamento em que deixou de estar aproveitando sua folga.
Aos Radio-oncologistas Dr. Renato Pierre Lima, Dr. Liêvin Matos Rebouças, Dra.
Conceição Aparecida Machado de Souza Campos, Dr. Carlos Heli Bezerra
Leite, Dra. Sahah Barros Leal, Dr. José Fernando Bastos de Moura, pela
contribuição nesta tese, pela convivência e ensinamentos.
Aos meus amigos, Nicolas, Felipe e Ana Thyara, pelo incentivo e apoio de sempre.
The European Society for Therapeutic Radiology and Oncology Advisory Committee
in Radiation Oncology Practice (ESTRO-ACROP) recently released new target
volume contour guidelines for post-mastectomy radiotherapy after implant-based
reconstruction. Compared to previous ESTRO guidelines, the new guidelines
recommend that in radiotherapy planning the implant volume is not included in the
clinical target volume (CTV), in order to reduce radiotherapy-related complications.
The aim of this study was to evaluate the usability of conventional templates in
planning based on the new ESTRO-ACROP contour guideline. For this, intensity
modulated radiotherapy and volumetric modulated arc therapy plans performed in
two different treatment planning systems (TPS) were analyzed. Computed
tomography images obtained in the initial planning of six patients aged between 35
and 54 years, who, due to cancer of the left breast, underwent mastectomy, breast
reconstruction with silicone implant and radiotherapy, were retrospectively selected.
Six radio-oncologists from the Ceará Cancer Institute (ICC) and three medical
physicists from the ICC contributed to the preparation of the plans. Each of the
physicians contoured the CTV according to the conventional guidelines and the new
contouring guidelines, and the medical physicists carried out the respective plans. As
a result of this study, it was found that plans based on the new outline guideline
proposed by ESTRO-ACROP, CTV dose coverage worsened, and offered plans with
a higher probability of developing a secondary cancer with monitor unit values
significantly higher when compared to planes based on conventional contouring. In
addition, the planes with the new contour indicated a tendency towards an increase
in the mean dose in the contralateral lung. After these analyses, it can be concluded
that the radiotherapy planning strategy based on the new contour proposed by
ESTRO-ACROP could not be used in a similar way to conventional planning,
requiring further studies for its use.
LISTA DE FIGURAS
CA – Área cardíaca.
CB – Mama contralateral.
CL – Pulmão contralateral.
CT – Tomografia Computadoriza.
IL – Pulmão ipsilateral.
IV – Volume irradiado.
MR – Ressonância magnética.
MU – Unidade Monitora
OARs – Órgãos em risco.
TV – Volume tratado.
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................... 1
1.1- Considerações Gerais .................................................................................................. 1
1.2- Revisão da Literatura.................................................................................................... 3
1.3- Justificativa........................................................................................................................ 4
1.4- Objetivo Geral .................................................................................................................... 6
1.4.1- Objetivos Específicos ................................................................................................ 6
5- CONCLUSÕES .................................................................................. 84
1. INTRODUÇÃO
1.3- Justificativa
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Se a energia do fóton incidente for superior a 1,022 MeV, ele pode produzir
pares de cargas elétricas ao interagir com a matéria. Neste processo, o fóton
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𝑑𝐸
𝑫= (𝟏)
𝑑𝑚
A unidade de dose é Gray (Gy), sendo 1 Gy = 1 J/kg.
𝑑𝑫
𝑫̇ = (𝟐)
𝑑𝑡
𝑑𝑁
Φ= (𝟑)
𝑑𝐴
Para o Brasil, a estimativa para cada ano do triênio 2023 a 2025 é de que
ocorrerão 704 mil casos novos de câncer (483 mil, excluindo os casos de câncer de
pele não melanoma). Nessa estimativa, o câncer de pele não melanoma é o mais
incidente (220 mil), seguido pelos cânceres de mama (74 mil) e próstata (72 mil),
cólon e reto (46 mil), pulmão (32 mil) e estômago (21 mil) [1].
raios X foram usados por Emil Herman Grubbe para tratar uma paciente com câncer
de mama [23].
2.3.3.1- Introdução
2.3.3.4- Setup
Figura 8: Representação dos volumes alvos definidos pelos relatórios ICRU 50 e 62.
Adaptado de [41] e [42].
Além do mais, o relatório ICRU 83 [43] sugere também que se avalie o índice
de homogeneidade da dose (HI, sigla originada do termo em inglês “Homogeneity
Index”) e o índice de conformidade da dose (CI, sigla originada do termo em inglês
“Conformity Index”). O índice de homogeneidade da dose caracteriza a uniformidade
da distribuição da dose absorvida dentro do volume alvo. O índice de conformidade
da dose caracteriza o grau em que a região de alta dose se conforma ao volume
alvo, geralmente o PTV.
𝐷2 − 𝐷98
𝐻𝐼 = (𝟒)
𝐷50
Sendo,
HI = Índice de Homogeneidade;
D2 = Dose em 2% do volume;
Sendo,
CI = Índice de Conformidade;
De acordo com o relatório ICRU 83, quanto mais próximo o valor de CI estiver
de 1 melhor representa a conformidade da dose no volume alvo.
Os limites de dose, ou constraints, são valores de dose para cada órgão; eles
estabelecem um limiar entre a ocorrência ou não de efeitos colaterais da radiação
ionizante. Os constraints são importantes para assegurar o sucesso do tratamento
[44,45].
2.5.1- Introdução
Os MLCs podem ser usados com grande facilidade e conveniência para moldar
campos automaticamente. Os esboços de campo BEV são geralmente transmitidos
eletronicamente do sistema de planejamento para o acelerador para programar o
MLC. Como os campos com o MLC podem ser definidos no console de controle
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Após definir a abertura ideal do feixe, por meio da escolha dos campos, a
próxima etapa do planejamento do tratamento 3D é otimização e avaliação de um
plano de tratamento. Normalmente, a otimização do plano é feita usando vários
campos, modificadores de feixe (por exemplo, filtros e compensadores, MLC etc.),
intensidade do feixe e direções do feixe apropriadas. A avaliação de um plano de
tratamento é realizada por meio da visualização da distribuição de dose dentro do
volume alvo e da dose nos OARs com auxílio das curvas de isodoses. As curvas de
isodose são uma série de linhas conectando pontos que recebem a mesma dose em
um gráfico que mostra uma distribuição de dose em certo meio (normalmente água).
P á g i n a | 33
2.6.1- Introdução
Figura 17: Seguindo a indicação das setas: ponto de partida com inserção de
dados no TPS; processo de otimização com algoritmo computacional; fluência
resultante dos campos de irradiação; configuração da movimentação das lâminas
dos MLCs e; representação da dose para aprovação do planejamento. Fonte [49].
A técnica de IMRT pode ser utilizada de dois modos distintos conforme o modo
de utilização do MLC é utilizado [49-51], o modo chamado “step-and-shoot” (modo
estático) e o modo “sliding-window” (modo dinâmico). No modo “step-and-shoot” o
gantry mantém-se estático e o formato das lâminas do MLC do segmento (ou
subcampo) é mantido constante durante a irradiação. Entre um passo e outro, o
feixe é desligado enquanto as lâminas do MLC ajustam-se ao formato do próximo
segmento. De forma resumida, o modo estático consiste em formatar o MLC,
entregar uma fração de dose, desligar o feixe e reformatar o MLC, entregar outra
fração da dose e assim sucessivamente. A soma de incrementos de dose entregue a
cada subcampo cria a intensidade do feixe modulado conforme planejado no TPS
[49]. A Figura 18 mostra um exemplo do modo “step-and-shoot”.
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2.6.3.1- Introdução
Sendo:
di = dose no voxel i
Figura 20: Tela do Eclipse TPS para definição dos objetivos de otimização do plano.
A seta amarela, indica que ao clicar neste botão adicionamos o objetivo inferior de
um determinado órgão. Já para a seta em vermelho adicionamos o objetivo superior.
Fonte o autor.
dose de radiação para fora da pele usando uma ferramenta especial chamada Skin
Flash Tool. Nesse método, a otimização do tratamento é realizada com o PTV não
se estendendo além da pele. Em seguida, a intensidade do feixe de radiação é
estendida para fora da pele usando a ferramenta Skin Flash para levar em conta os
movimentos do órgão durante o tratamento e os erros de configuração entre as
sessões [61].
A ferramenta Skin Flash é um pincel especial que permite que o físico médico
estenda a dose de radiação para fora da pele na configuração de BEV. O valor da
intensidade do Skin Flash é selecionado usando um parâmetro de faixa de corte
disponível na ferramenta. A partir desse valor, a ferramenta Skin Flash passará
pelas intensidade dentro do campo de tratamento, a partir da borda, e estenderá
esse valor para fora da pele. É importante escolher cuidadosamente o valor do
parâmetro da faixa de corte para evitar regiões de sobredose ou subdose na
extensão da dose de radiação [61]. Um exemplo do uso da ferramenta Skin Flash no
Eclipse TPS para um planejamento de tratamento para o câncer de mama é
mostrado na Figura 21. Neste exemplo, o físico médico selecionou a ferramenta
Skin Flash com um valor de parâmetro de faixa de corte de cinco milímetros para
estender a dose uniformemente em dois centímetros fora da pele. Em seguida,
começa a pintar a área estendida com o pincel em cor cinza (Figura 21A). Após a
pintura, é obtido a fluência estendida fora da pele (Figura 21B). Depois, o TPS
calcula o movimento necessário das lâminas do MLC para cobrir a área estendida
fora da pele (Figura 21C).
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2.7.1- Introdução
A forma anterior de terapia de arco, denominada terapia em arco de
intensidade modulada (IMAT, sigla originada do termo em inglês “Intensity
Modulated Arc Therapy”) foi descrita pela primeira vez por Yu em 1995 [62]. A
técnica IMAT nunca foi amplamente utilizada, em grande parte porque a maioria dos
fornecedores não incorporou a otimização IMAT em seus algoritmos TPS. Como o
IMAT oferecia pouca ou nenhuma melhoria nas distribuições de isodose ou
eficiência de entrega do feixe em relação a outras formas de IMRT, a maioria dos
centros implementou as técnicas de IMRT com gantry estático (gantry-static) ou
gantry dinâmico (gantry-dynamic) em suas rotinas clínicas [17].
Uma solução para superar isso foi encontrada por Otto (63), que empregou
uma técnica chamada amostragem progressiva para aliviar esse problema. A Figura
22 mostra um exemplo de como a amostragem progressiva é usada para otimizar
uma entrega da dose em VMAT.
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Figura 22: Ilustração da rotação do gantry (em arco) e das sequências de amostras
para entregar a dose em VMAT. Adaptado de [64].
Nesta abordagem, o arco é subdividido em um pequeno número de amostras
inicial de ângulo do gantry (neste exemplo da Figura 22 são 6 amostras), cujas
formas e/ou intensidades de feixe são variadas durante as primeiras iterações da
otimização. Há pouca ou nenhuma restrição na posição das MLC para esses
campos, uma vez que as amostras iniciais são espaçadas. Após várias iterações,
uma nova amostra de arco é adicionada com uma forma de campo interpolada entre
as amostras iniciais 1 e 2 (visto na numeração 1 em azul, na Figura 22) e a
otimização continua. Após mais iterações, outra nova amostra de arco é adicionada
da mesma forma no meio do caminho entre as amostras iniciais 2 e 3, e assim
sucessivamente. Caso precise de mais amostras para alcançar a angulação
desejada do gantry, pode-se adicionar amostras extras entre a amostra inicial 1 e a
nova amostra 1[65].
Contorno O mesmo
comparação dos planos foi feita em termos de dose nos OAR, índice de
homogeneidade da dose (HI), índice de conformidade da dose (CI), cobertura alvo,
volumes de dose baixa, MU e tempo de tratamento.
Para dose nos OARs: As doses médias, doses máximas e os volumes de dose
V10Gy, V20Gy, V40Gy, V50Gy, V65Gy e V70Gy (volume percentual do órgão que
recebe a respectiva dose em Gy) foram comparados entre IMRT e VMAT. Os
volumes de dose baixa foram de 10%, 20%, 50% e 70%. O HI foi calculado como:
IMAX/IR, onde IMAX é a isodose máxima dentro do volume alvo e IR é a isodose de
referência (curva de isodose de 95%). Idealmente, o HI deve ser o mais próximo de
zero, indicando uma dose no alvo mais homogênea. O CI foi calculado como:
VR/VT, onde VR é o volume de isodose de referência (volume da linha de isodose
de 95% em centímetros cúbicos) e VT é o volume do alvo (em centímetros cúbicos).
Idealmente, CI deve ser o mais próximo de 1. Ambos os planos IMRT e VMAT foram
normalizados de forma que pelo menos 95% do volume alvo recebesse pelo menos
95% da dose prescrita. O tempo de tratamento (feixe ligado para feixe desligado) foi
calculado em minutos (medido por um cronômetro) [67].
Como resultado desse estudo de Ali et al. [67], observou-se que para a
preservação dos OARs, o VMAT é comparável ao IMRT para a maioria dos OARs;
no entanto, o plano VMAT foi melhor que IMRT para “parótida menos PTV”,
preservação da medula espinhal (Figura 23) e da cabeça femoral (Figura 24). Para
casos da parede torácica, IMRT foi melhor que VMAT para pulmão ipsilateral V10Gy
(Figura 25), dose média no pulmão contralateral, dose média na mama contralateral
e dose corporal média, porém VMAT foi melhor que o IMRT para pulmão ipsilateral
V40Gy (Figura 26).
Como foi apresentado no estudo de Ali et al. [67], a técnica de VMAT resulta
em uma melhor distribuição da dose. No entanto, tem pior controle da dose em
órgãos ipsilaterais. A observação mais significativa desse estudo foi a diferença nas
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Figura 25: Comparação do plano da parede torácica: IMRT vs VMAT, imagem axial
do planejamento com dose em colour wash mostrando o volume de isodose de
10 Gy no pulmão ipsilateral. Adaptada de [67].
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Figura 26: Comparação do plano da parede torácica: IMRT vs VMAT, imagem axial
do planejamento com dose em colour wash mostrando o volume de isodose de
V40Gy e preservação do pulmão ipsilateral. Adaptada de [67].
2.9.1- Introdução
No entanto, um estudo realizado por Razdan et. al. [80], que analisou
tendências a partir de estudos relatados no banco de dados nacional de câncer dos
EUA, demonstrou que procedimentos de reconstrução mamária imediata
aumentaram de 13% para 33% em mulheres recebendo PMRT entre 2004 e 2013.
reconstruídas, mostrou que não foi a presença de uma reconstrução por si só, mas a
inclusão dos gânglios linfáticos mamários internos na região a ser irradiada que
aumentou significativamente as doses para o coração e pulmões. Portanto, uma
colocação geométrica precisa dos feixes tangentes é particularmente crucial para
minimizar a dose nos OARs e no lado contralateral sem comprometer a cobertura da
parede torácica ipsilateral reconstruída e dos gânglios linfáticos. Um exemplo desses
feixes tangenciais é apresentado na Figura 28A e na Figura 28B que mostra a
distribuição de dose típica da técnica convencional.
(A) (B)
Figura 28: (A) Arranjos de feixes tangenciais em uma mama reconstruída baseada
em implante. (B) A radioterapia convencional que consiste em feixes tangenciais
largos está cobrindo a parede torácica reconstruída e os nódulos mamários internos;
no entanto, a curva de isodose de 100% (laranja) inclui uma seção do pulmão
normal e a curva de isodose de 48 Gy (verde) inclui parte do ventrículo esquerdo e
tecido mamário contralateral. Adaptada de [3].
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2.10.1- Introdução
Em 2019, a ESTRO-ACROP publicou uma nova diretriz para o contorno do
volume alvo no cenário da PMRT após IBRi em paciente com câncer de mama em
estágio inicial [5]. Em comparação, com as diretrizes convencionais [86] para o
contorno do volume alvo para PMRT após IBRi, essa diretriz recomenda excluir o
implante do CTV com o objetivo de reduzir a toxicidade do tratamento.
Figura 30: Contorno de CTV de caso com reconstrução imediata de mama esquerda
com implante. (A) pelos autores da diretriz do DBCG (5 especialistas); (B) por outros
radio-oncologistas (18 radio-oncologistas); (C) por cirurgiões de mama (2 cirurgiões).
Fonte [5].
contorno do CTV seja realizado em conjunto com o cirurgião para que tal contorno
seja personalizado de acordo com o local do tumor primário e o grau de extensão do
tumor [5].
Figura 31: Contorno do CTV da parede torácica com apenas uma parte ventral
(linha vermelha) nos casos em que apenas o plexo linfático subcutâneo deve ser
irradiado. Contorno dos músculos peitorais (linha amarela) e do implante (linha
verde). Fonte [5].
Para pacientes com fatores adversos, como quando o tumor estava localizado
em áreas dentro da mama perto da fáscia dorsal, a ESTRO-ACROP recomenda
contornar o tecido entre a parede torácica e o implante caudal da posição pré-
cirúrgica do músculo peitoral maior, que pode ser feito como um CTV dorsal
separado, como pode ser visto na Figura 32.
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Figura 32: Contorno do CTV da parede torácica com uma parte ventral (linha
vermelha) e dorsal (linha azul) nos casos em que o plexo linfático subcutâneo deve
ser irradiado, bem como a parte da parede torácica que inicialmente não estava
coberta pelos músculos peitorais (linha amarela). Contorno da prótese mamária
(implante retro peitoral) em verde. Fonte [5].
3. MATERIAIS E MÉTODOS
A) B)
Figura 33: A) Acelerador linear Varian Trilogy. B) Acelerador linear Elekta Precise.
Fonte o autor.
3.2 - Unidade Monitora
Figura 34: (A) Exemplo de contorno convencional: contorno em branco para PTV-
CONV e em roxo claro para CTV-CONV. (B) Um exemplo do novo contorno baseado
nas novas diretrizes ESTRO: contorno laranja para PTV-ESTRO e vermelho para
CTV-ESTRO. Os órgãos em risco são: pulmão ipsilateral (contorno em verde),
pulmão contralateral (contorno em azul), área cardíaca (contorno em ciano) e mama
contralateral (contorno em amarelo).
3.6.1- Introdução
Três físicos médicos com experiência em técnicas de planejamento baseadas
em IMRT e VMAT contribuíram para este estudo. Cada físico médico era livre para
escolher o arranjo que considerasse mais adequado, baseados em aspectos como
ângulos do gantry, ângulos do colimador, número de campos de radiação etc.,
levando em conta o que resultaria na melhor cobertura do volume alvo em cada
paciente. Depois que esses profissionais desenvolveram os planos iniciais, os
arranjos foram discutidos com os radio-oncologistas para definição dos objetivos de
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Para cada um dos seis pacientes, os físicos médicos geraram quatro planos
com CTV-CONV e quatro com CTV-ESTRO, o que resultou em 48 planos, assim
distribuídos:
Figura 35: Um exemplo de Template utilizado nos planos de IMRT de uma das
pacientes no CTV-ESTRO.
O template padrão de planos VMAT foi definido com um arco coplanar duplo. A
angulação do gantry do primeiro arco variou de 290 a 311º e vai até 110 a 131º no
sentido horário, enquanto o segundo é girado apenas no sentido anti-horário do
primeiro arco. Cada ângulo do colimador foi definido individualmente para limitar as
doses aos OARs. A Figura 36 mostra um exemplo de template usado para os
planos de VMAT no CTV-ESTRO. Neste exemplo, pode-se observar em destaque
vermelho que o primeiro arco começa em 309º e vai até 129º, enquanto o segundo
arco começa em 129º e termina em 309º.
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Figura 36: Exemplo de um template usado para planos de VMAT em alvo CTV-
ESTRO.
● Prioridade 4 – IL: V5Gy < 50%, V10Gy < 35% e V20Gy < 20%. No caso, por
exemplo de V5Gy < 50%, significa que 50% do volume do IL receba uma dose
menor que 5Gy.
Figura 37: Tabela dos objetivos de otimização das principais órgãos para o Eclipse
TPS: A esquerda é o alvo CTV-CONV (CTV NORMAL) e PTV-CONV (PTV-
NORMAL) e na direita é o alvo CTV-ESTRO e PTV-ESTRO.
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Figura 38: Tela do Monaco TPS com objetivos de otimização dos principais órgãos.
(A) área cardíaca, (B) pulmão ipsilateral, (C) pulmão contralateral e (D) mama
contralateral.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para o Monaco TPS (Tabela 3), os valores em média dos parâmetros D2, D98,
D50 e HI foram semelhantes entre o CTV-ESTRO e o CTV-CONV. Para o IC e MU,
o CTV-ESTRO foram estatisticamente maior do que o CTV-CONV.
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Eclipse
Parâmetro avaliado CTV-ESTRO CTV-CONV p
CTV (cm³) 341,01 ± 125,51 703,95 ± 167,06 0,001*
D2 (Gy) 41,90 ± 0,60 41,09 ± 0,78 0,010*
D98 (Gy) 37,09 ± 0,43 37,47 ± 0,28 0,092
D50 (Gy) 39,91 ± 0,62 39,46 ± 0,41 0,073
HI 0,12 ± 0,02 0,09 ± 0,02 0,013*
CI 1,71 ± 0,38 1,10 ± 0,04 0,012*
MU 1305,85 ± 229,16 1093,83 ± 273,88 0,034*
Monaco
Parâmetro avaliado CTV-ESTRO CTV-CONV p
CTV (cm³) 341,01 ± 125,51 703,95 ± 167,06 0,001*
D2 (Gy) 43,22 ± 1,54 42,33 ± 1,29 0,148
D98 (Gy) 36,60 ± 0,94 37,47 ± 0,28 0,743
D50 (Gy) 41,37 ± 1,23 40,81 ± 0,99 0,245
HI 0,16 ± 0,04 0,14 ± 0,04 0,396
CI 1,89 ± 0,38 1,14 ± 0,07 0,007*
MU 688,33 ± 86,09 584,66 ± 44,35 0,017*
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Com relação à cobertura do PTV para planos de VMAT gerados com o Eclipse
TPS (Tabela 4), os valores em média do parâmetro D2 foram estatisticamente
maiores para o CTV-CONV do que o CTV-ESTRO. Para o D98, D50 e HI os valores
médios foram semelhantes entre o CTV-ESTRO e CTV-CONV. Para o CI e MU, o
CTV-ESTRO foi estatisticamente maior do que o CTV-CONV.
Para o Monaco TPS (Tabela 5), os valores em média dos parâmetros D2, D98,
D50, HI e MU foram semelhantes entre o CTV-ESTRO e o CTV-CONV. Já para o IC,
o CTV-ESTRO foram estatisticamente maior do que o CTV-CONV.
Eclipse
Parâmetro avaliado CTV-ESTRO CTV-CONV p
CTV (cm³) 341,01 ± 125,51 703,95 ± 167,06 0,001*
D2 (Gy) 42,37 ± 1,10 41,42 ± 0,95 0,010*
D98 (Gy) 36,69 ± 0,55 37,01 ± 0,47 0,092
D50 (Gy) 40,79 ± 0,96 40,14 ± 0,87 0,073
HI 0,14 ± 0,03 0,11 ± 0,03 0,123
CI 1,76 ± 0,33 1,11 ± 0,06 0,005*
MU 795,16 ± 142,30 712,50 ± 122,58 0,036*
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Monaco
Parâmetro avaliado CTV-ESTRO CTV-CONV p
CTV (cm³) 341,01 ± 125,51 703,95 ± 167,06 0,001*
D2 (Gy) 42,92 ± 1,71 42,24 ± 1,71 0,147
D98 (Gy) 36,62 ± 0,67 37,10 ± 1,32 0,428
D50 (Gy) 41,01 ± 1,41 40,59 ± 1,48 0,309
HI 0,15 ± 0,04 0,13 ± 0,05 0,168
CI 2,02 ± 0,44 1,20 ± 0,10 0,007*
MU 954 ± 119,83 916,16 ± 48,76 0,573
Para os planos de IMRT gerados com Eclipse TPS (Tabela 6 e Figura 39), os
valores dos parâmetros V5Gy e Dmean da CA para CTV-ESTRO foram em média
maiores do que para CTV-CONV. Para IL, os valores de V20Gy e Dmean foram em
média semelhantes. Em relação à Dmean do CL, os valores do CTV-ESTRO foram
significativamente maiores do que os do CTV-CONV (Tabela 6, Figura 39, p=0,026).
Para CB, os valores médios também foram maiores para CTV-ESTRO do que para
CTV-CONV, mas sem diferença estatística.
Para os planos de IMRT gerados com o Monaco TPS (Tabela 7 e Figura 40),
os valores dos parâmetros de CA, IL e CB foram em média semelhantes, com
exceção de CL, que foi significativamente maior para o CTV-ESTRO.
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Tabela 6: Doses nos OARs calculadas com os planos IMRT gerados com o Eclipse
TPS. CA= área cardíaca; IL= pulmão ipsilateral; CL= pulmão contralateral; e CB=
mama contralateral. V5Gy, V10Gy e V20Gy = volume de dose baixa; Dmean= dose
média. O asterisco indica uma diferença significativa, com valor de p menor que
0,05. Os valores estão expressos em média ± desvio padrão.
Figura 39: Doses nos OARs calculadas com planos IMRT baseados em CTV-
ESTRO e CTV-CONV gerados com o Eclipse TPS. CA= área cardíaca; IL= pulmão
ipsilateral; CL= pulmão contralateral; e CB= mama contralateral. A linha que cruza a
caixa indica a mediana, enquanto o ponto indica a média.
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Tabela 7: Doses nos OARs calculadas com os planos IMRT gerados com o Monaco
TPS. CA= área cardíaca; IL= pulmão ipsilateral; CL= pulmão contralateral; e CB=
mama contralateral. V5Gy, V10Gy e V20Gy= volume de dose baixa; Dmean= dose
média. O asterisco indica uma diferença estatisticamente significativa, com valor de
p menor que 0,05. Os valores estão expressos em média ± desvio padrão.
Figura 40: Doses nos OARs calculadas com planos de IMRT baseados em CTV-
ESTRO e CTV-CONV gerados com o Monaco TPS. CA= área cardíaca; IL= pulmão
ipsilateral; CL= pulmão contralateral; e CB= mama contralateral. A linha que cruza a
caixa indica a mediana, enquanto o ponto indica a média.
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Nos planos de VMAT gerados com Eclipse TPS (Tabela 8, Figura 41), a dose
na CA calculada através dos volumes V10Gy e V20Gy e o parâmetro Dmean foi em
média menor para CTV-ESTRO quando comparado com CTV-CONV. No entanto,
essa modesta redução não foi estatisticamente significativa.
Para IL, o V20Gy foi em média menor para CTV-ESTRO com Dmean
semelhante. Em relação ao Dmean do CL, os valores para CTV-ESTRO foram em
média significativamente maiores do que para CTV-CONV (Tabela 8, Figura 41,
p=0,017). Por outro lado, os valores de CB foram menores para CTV-ESTRO.
Tabela 8. Doses nos OARs calculadas com planos VMAT gerados com o Eclipse
TPS. CA= área cardíaca; IL= pulmão ipsilateral; CL= pulmão contralateral; e CB=
mama contralateral. V5Gy, V10Gy e V20Gy = volume de dose baixa; Dmean = dose
média. O asterisco indica uma diferença significativa. Os valores estão expressos
em média ± desvio padrão.
Figura 41: Doses nos OARs calculadas com planos VMAT baseados em CTV-
ESTRO e CTV-CONV gerados com o Eclipse TPS. CA= área cardíaca; IL= pulmão
ipsilateral; CL= pulmão contralateral; e CB= mama contralateral. A linha que cruza a
caixa indica a mediana, enquanto o ponto indica a média .
Para planos VMAT gerados com Monaco TPS (Tabela 9, Figura 42), os
valores dos parâmetros do CA, IL e CB foram em média semelhantes. Para o CL, o
CTV-ESTRO apresentou em média valores superiores ao CTV-CONV, mas sem
diferença estatística.
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Tabela 9: Doses nos OARs calculadas com planos VMAT gerados com o Monaco
TPS. CA= área cardíaca; IL= pulmão ipsilateral; CL= pulmão contralateral; e CB=
mama contralateral. V5Gy, V10Gy e V20Gy = volume de dose baixa; Dmean = dose
média. O asterisco indica uma diferença significativa. Os valores estão expressos
em média ± desvio padrão.
Figura 42: Doses nos OARs calculadas com planos VMAT baseados em CTV-
ESTRO e CTV-CONV gerados com o TPS de Mônaco. CA= área cardíaca; IL=
pulmão ipsilateral; CL= pulmão contralateral; e CB= mama contralateral. A linha que
cruza a caixa indica a mediana enquanto o ponto indica a média.
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alvo. Esses ajustes podem ser feitos usando novas estratégias de planejamento com
objetivos de otimização diferentes.
Neste trabalho não comparamos o tempo gasto para realizar planos de IMRT
ou VMAT baseados no novo contorno com o contorno convencional. Apesar disso,
na literatura existem vários trabalhos que mostram que a média de tempo para
realizar um plano ideal de IMRT ou VMAT para o tratamento convencional de câncer
de mama varia de 10 a 30 min [92-95]. Sabendo disso, nossos resultados para o CI
sugerem que precisaríamos de um tempo maior do que esses relatados na literatura
para refinar os planos de IMRT e VMAT baseados no novo contorno CTV-ESTRO.
Foi avaliado o impacto nas doses nos OARs quando os mesmos objetivos de
otimização para o contorno convencional foram usados no novo contorno do alvo
proposto pela ESTRO. Verificamos que em ambos os planos para o CTV-ESTRO e
o CTV-CONV as doses absorvida para os órgãos CA, IL e CB foram semelhantes
respeitando os constraints deste estudo (Tabela 6 a 9, Figuras 39 a 42). Já para o
CL, os planos baseados no novo contorno foram estatisticamente superiores quando
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Portanto, a equipe clínica do ICC que participou deste estudo, composta por
radio-oncologistas, dosimetristas e os físicos médicos, concordou que são
necessários mais estudos para o desenvolvimento de novas estratégias de
planejamento especificamente para a técnica de contorno do CTV proposta pela
ESTRO-ACROP para PMRT após IBRi. Dessa forma, a equipe médica do ICC optou
pela não implementação das novas diretrizes de contorno do volume alvo da
ESTRO-ACROP na rotina clínica do hospital.
5- CONCLUSÕES
Este estudo discute a utilização de templates convencionais em planejamento
do tratamento com as novas diretrizes ESTRO-ACROP para o tratamento de mama
reconstruída com implante.
Para as doses nos OARs, em geral não houve diferenças significativas entre os
planos considerando o novo contorno CTV-ESTRO ou o contorno convencional
(CTV-CONV), exceto para as doses no CL, que foram maiores quando calculadas
com os planos baseados em CTV-ESTRO.
Embora o número de casos estudados neste estudo tenha sido pequeno, pode-
se concluir que o planejamento baseado no novo contorno de ESTRO não pode ser
realizado de forma semelhante ao planejamento convencional. Isso porque o novo
contorno do alvo proposto pela ESTRO-ACROP requer novas estratégias de
planejamento, que demandam mais tempo da equipe clínica, composta por radio-
oncologista, físico médico e dosimetrista, para refinar os planos de tratamento de
mamas reconstruídas com implante. Este fato, impediria que a implementação desse
nova forma de contorno do alvo em um hospital de grande fluxo de pacientes como
o ICC.
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