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REFLETINDO SOBRE A PRÁTICA

DE AULA DE PORTUGUÊS:
ORALIDADE
(ANTUNES, 2003, p. 19-25)
Sinais de mudança
A persistência de uma prática pedagógica que, em muitos
aspectos, ainda mantém a perspectiva reducionista do estudo da
palavra e da frase descontextualizadas;
Com as enormes dificuldades de leitura, o aluno se vê frustrado
no seu esforço de estudar outras disciplinas/ou conteúdos;
A escola, como qualquer outra instituição social, reflete as
condições gerais de vida da comunidade em que está inserida.
Um querer já legitimado
Os PCN já privilegiam a dimensão interacional e discursiva da
língua e definem o domínio dessa língua como uma das condições
para a plena participação do indivíduo em seu meio social;
Os conteúdos da Língua Portuguesa devem se articular em torno
de dois grandes eixos: o do uso da língua oral e escrita e o da
reflexão acerca desses usos;
Nas avaliações externas (SAEB e SPAECE), as habilidades e
competências são avaliadas em textos, de diferentes tipos,
gêneros e funções.
Num olhar de relance
O trabalho com a oralidade
No que se refere às atividades em torno da oralidade, ainda se
pode constatar:
Uma quase omissão da fala como objeto de exploração no
trabalho escolar;
Uma equivocada visão da fala, como o lugar privilegiado para a
violação das regras da gramática
Num olhar de relance
O trabalho com a oralidade
Uma concentração das atividades em torno dos gêneros da
oralidade informal, peculiar às situações da comunicação privada,
nesse contexto, predominam os registros coloquiais.
Uma generalizada falta de oportunidades de se explicar em sala
de aula os padrões gerais, da conversação, de se abordar a
realização dos gêneros orais da comunicação pública, que pedem
registros mais formais, com escolhas lexicais mais especializadas e
padrões textuais mais rígidos.
Explorando a oralidade
Considerar a concepção de língua como prática discursiva,
inserida numa determinada prática social, envolvendo dois ou
mais interlocutores, em torno de um sentido e de uma intenção
particular.
Explorando a oralidade
Implicações pedagógicas
 Uma oralidade orientada para a coerência global;
 Uma oralidade orientada para a articulação entre os diversos
tópicos ou subtópicos da interação;
 Uma oralidade orientada para a suas especificidades;
 Uma oralidade orientada para a variedade de tipos e de gêneros
de discursos orais;
 Uma oralidade orientada para facilitar o convívio social;
Explorando a oralidade
Implicações pedagógicas
 Uma oralidade orientada para se reconhecer o papel da entonação,
das pausas e de outros recursos suprassegmentais na construção do
sentido do texto;
 Uma oralidade orientada que inclua momentos de apreciação das
realizações estéticas próprias da literatura improvisada, dos
cantadores e repentista;
 Uma oralidade orientada para desenvolver a habilidade de escutar
com atenção e respeito os mais diferentes tipos de interlocutores.

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