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FICHAMENTOa
1. Obra: FILHO, José Camilo dos Santos & GAMBOA, Silvio Sanches (org.).
Pesquisa Educacional: quantidade-qualidade. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2000 –
(Coleção Questões de Nossa Época; v.42).
Comentários:
1.1 Autor:
Para maior clareza este tópico foi subdivido para tratar dos capítulos de cada
livro da obra.
A. Citaçõesc
“[...] o cientista social de Durkheim deve ser neutro e objetivo como o cientista
físico.”
(FILHO & GAMBOA, 2000. página 21)
d
SMITH, J.K. (1983) Quantitative versus interpretive: the problem of conducting social inquiry. In: HOUSE,
E.R. (ed.). Philosophy of evaluation. (New Directions for Program Evaluation, n° 19). San Francisco, Jossey-Bass.
e
Refere-se à lei dos três estágios da sociedade: o teológico, o metafísico e o positivo. Segundo Comte, a
humanidade teria passado por estes estágios na busca da compreensão do mundo e da sociedade.
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“[...] Dilthey esbarrou num impasse: como se pode distinguir uma interpretação
correta de uma incorreta? Segundo sua teoria, não há um padrão estabelecido
para resolver o conflito de interpretações. [...] Esse problema é recorrente nas
discussões da perspectiva interpretativo-idealista.“
(FILHO & GAMBOA, 2000. página 28)
f
Refere-se à Dilthey.
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B. Resumo
• Dilthey:
o Atacou a separação entre sujeito-objeto de pesquisa, afirmando que
a teia de subjetividade, emoções e valores existentes nas relações
humanas não permitiria o distanciamento entre sujeito e objeto (os
seres humanos são ao mesmo tempo sujeitos e objetos de
investigação nas ciências sociais);
o Atacou, também, a busca de regularidades, pois, a complexidade da
vida social, as contínuas mudanças ao longo do tempo e as
diferenças culturais não permitem a construção de leis imutáveis e
gerais;
o Elaborou a idéia de hermenêutica como forma de se conhecer o
contexto necessário para a interpretação dos eventos. No entanto
ele não estabeleceu uma forma de determinar se um julgamento
feito com base na hermenêutica é correto ou incorreto.
• Rickert:
o As diferenças entre as metodologias quantitativas e qualitativas se
devem aos diferentes interesses dos pesquisadores. Em uma
abordagem se deseja a busca por regularidade, generalizações e,
na outra, o interesse se dá pela compreensão do indivíduo;
o Expôs a influência dos valores na escolha das pesquisas,
colocando, assim, um desafio à idéia da abordagem livre de valores
para a vida social.
• Weber:
o Tentou uma síntese entre as duas abordagens, aceitando
argumentações e teorias de ambas;
o A diferença fundamental entre as ciências naturais e as ciências
sociais está mais no interesse do pesquisador no objeto do que no
objeto em si;
o O uso de valores na pesquisa deve se restringir à fase de escolha
do objeto a ser pesquisado, não devendo, em hipótese alguma se
fazer presente na fase de análise e de inferências;
o Para resolver o problema do relativismo das interpretações,
desenvolveu uma nova interpretação da causalidade, onde o
pesquisador deveria desenvolver hipóteses passíveis de
confirmação ou rejeição empírica.
Ao finalizar o texto o autor deixa claro que a “briga” continua e que a volta aos
clássicos (Durkheim, Weber e Marx) sempre deve ser um processo contínuo. No
entanto, alerta aos leitores que se deve conhecer as novas tendências a fim de se
situarem frente às diferentes teses sobre o problema da incompatibilidade,
complementaridade ou unidade dos paradigmas de pesquisa.
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