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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES


DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA

O ARGUMENTO ONTOLÓGICO NO PROSLÓGICO

Aluno: Marciel da Silveira Felix Matrícula:11216112

João Pessoa
2017
O argumento ontológico na obra proslógico

O argumento ontológico é um dos argumentos para existência de Deus mais


debatido na história da filosofia. Esse argumento conta com uma longa lista de
defensores como de detratores, entre os seus defensores temos Anselmo, Descartes,
Leibnz e na atualidade o filósofo analítico Alvin Plantinga. Entre os seus críticos temos
Gaunilo, Tomás de Aquino, David Hume e Kant.
O argumento surge a partir de uma reflexão de Anselmo se não seria possível
fornecer um argumento sem ajuda de nenhum outro que pudesse demonstrar a
existência de Deus. Partindo do mesmo método que ele utiliza no monológico, que era
tentar demonstrar a existência de Deus e dos seus atributos apenas pela razão, isto é,
sem nenhum auxílio da revelação especial de Deus. O argumento que ele apresenta é o
seguinte:
P1. Deus é o maior ser que pode ser concebido.
P2. Se Deus não existe na realidade, então podemos conceber um ser maior que
Deus.
C. Logo, Deus existe tanto na mente como na realidade.

Em defesa de P1 Anselmo argumenta que mesmo as pessoas que negam a


existência de Deus entendem que o que está sendo enunciado, mas se isso acontece,
então essas pessoas tem essa ideia pelo menos na mente, mesmo que não concebam
Deus como existente na realidade.
Ele também explica que compreender um objeto qualquer na inteligência e
compreender que objeto existe são coisas distintas. Anselmo cita o exemplo do pintor,
um pintor quando imagina a obra que vai fazer, sem dúvida, possui na sua mente a
ideia dessa obra, porém nada compreende da existência real da mesma, pois ela ainda
não executou a obra. Quando ele tiver pintando a obra, então ela não a possuíra apenas
na mente, mas também pensará ela como existente, porque já executou. Da mesma
forma aquele o que nega a existência de Deus, pois quando ouve a frase O ser maior que
pode ser concebido, ele consegue compreender e tudo que se compreende se existe na
mente.
Em defesa de P2 Anselmo argumenta que o ser maior que pode ser concebido
não pode existir apenas mente, pois se ele existisse apenas mente nós poderíamos
pensar num ser maior do que ele que fosse existente tanto na mente como na realidade.
E isso implicaria numa contradição lógica, pois é impossível afirma a existência de um
ser que seja maior do que o maior ser que pode ser concebido. Logo, Anselmo
argumenta que essa premissa é inegável. Disso ele conclui que a existência Deus é
logicamente inegável e que por isso o insipiente não
Portanto, na minha pesquisa eu pretendo analisar até que ponto esses passos
dados por Anselmo foram bem sucedidos em provar a existência de Deus, bem como
analisar as críticas feitas por Gaunilho.

BIBLIOGRAFIA:

ANSELMO, Santo. Proslógio. Tradução: Angelo Ricci e de Ruy Afonso da Costa


Nunes. São Paulo: Abril cultural, 1979.

ANSELMO, Santo. Monológio. Tradução: Angelo Ricci e de Ruy Afonso da Costa


Nunes. São Paulo: Abril cultural, 1979.

PLANTINGA, Alvin. Deus, liberdade e o Mal. Tradução: Desidério Murcho. São


Paulo Vida Nova, 2012.

CLARK, Gordon. De tales a Dewey: uma história da filosofia. Tradução: Wadislau


Gomes. São Paulo: Cultura Cristã, 2012.

CLARK, Gordon. Três tipos de filosofia religiosa. Tradução: Carlos Nogué. Brasília,
DF : Monergismo, 2013.

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