Você está na página 1de 17

Caixa de Ferramentas para Empreendedores 1.

FERRAMENTA: DIAGNÓSTICO DA INOVAÇÃO PARA EMPREENDEDORES

FERRAMENTA:
1. DIAGNÓSTICO DA INOVAÇÃO
PARA EMPREENDEDORES
OBJETIVO: Obter diagnóstico sobre o rendimento e potencial do empreendedor
para inovar, ao mesmo tempo criar ou ampliar a visão para uma cultura inovadora
em tudo que realizar.

Tendo clareza da situação atual, quanto a inovação, o empreendedor poderá


desenvolver diferenciais competitivos de mercado e facilitam o entendimento do
processo de inovação.

A FERRAMENTA:
Elaboradas pela 3M, a partir de questões sobre inovação que são avaliadas pelo
empreendedor com notas de 1 (discorda totalmente) a 10 (concorda totalmente).

UTILIZAÇÃO:
A utilização da ferramenta é dividida em três fases

1) Fase de Coleta: um questionário, cujo modelo encontra-se anexo, deve ser


respondido por todos envolvidos com a empresa/negócio.

2) Fase de Análise:
2.1. Visão geral das médias: a análise das médias obtidas em cada questão
oferece uma primeira impressão sobre como o tema inovação é percebido por
todos na empresa. Mas, mais do que obter uma média geral alta, é preciso
analisar se as questões consideradas críticas foram avaliadas com notas altas
(entre 8 e 10):

MANUAL CRIS ARCANGELI 01


Caixa de Ferramentas para Empreendedores 1. FERRAMENTA: DIAGNÓSTICO DA INOVAÇÃO PARA EMPREENDEDORES

1 2

Eu e todos envolvidos no negócio A visão de futuro está


sabemos definir inovação? alinhada com a inovação?

A primeira questão é a mais crítica de todas, pois, se os envolvidos


(empreendedor e todos os demais) não souberem o que é inovação, todas as
outras questões ficam comprometidas, uma vez que haverá diferentes
percepções sobre o que é inovação.

A segunda questão também é importante porque permite entender se o rumo da


empresa/negócio aponta para a inovação como prioridade.
Ainda na visão geral das médias, é possível detectar os critérios que tem suas
piores falhas: notas médias abaixo de 5.

2.2. Visão geral por nível hierárquico (ou por função): talvez isso não funcione para
empresas muito pequenas, mas o objetivo é perceber se há discrepâncias de
percepções entre os níveis hierárquicos e/ou funções. Por exemplo, o
empreendedor pode acreditar que tem liderado para estimular o ambiente de
inovação, enquanto os funcionários e/ou parceiros, fornecedores e até clientes,
não.

2.3. Análise comparativa histórica: caso já tenha feito esta pesquisa


anteriormente, este é o momento de comparar o resultado obtido com os
anteriores para perceber se há melhorias nas notas.

2.4. Conclusões: a partir destas análises, é possível tirar as conclusões sobre as


questões mais críticas e que deverão ser trabalhadas no plano de ação.

3) Plano de ação:
No plano para melhorar o ambiente e cultura inovadora a partir da ferramenta
DIAGNÓSTICO DA INOVAÇÃO PARA EMPREENDEDORES, é preciso analisar cada
questão e compreender se aquela nota baixa é um problema de existência,
deficiência ou percepção.

O problema de existência diz respeito à existência, por exemplo de uma definição


de inovação na empresa/negócio. Se sim, é preciso avaliar se a definição é
deficiente (muito vaga, aberta, complexa, longa, etc) ou, ainda, se ela é realmente
compreendida por todos.

MANUAL CRIS ARCANGELI 02


Caixa de Ferramentas para Empreendedores 1. FERRAMENTA: DIAGNÓSTICO DA INOVAÇÃO PARA EMPREENDEDORES

Dessa forma, para elaborar um plano de ação, é necessário avaliar cada questão
com nota baixa e apontar respostas para os seguintes tópicos:

• Questão?: incluir a questão;

• Qual de problema?: existência, deficiência ou percepção;

• Causa Raiz do problema: explicar a causa provável. É fundamental conversar


com todos sobre as reais causas da nota baixa para esta questão específica.

• Ações:
Enumerar as ações que serão executadas com os respectivos responsáveis,
prazos, escopos e custos/investimentos (quando necessários).

Leia atentamente as questões e DISCORDA


DISCORDA INDIFERENTE NÃO SABE CONCORDA
CONCORDA
dê a nota (marque X) de acordo TOTALMENTE TOTALMENTE
com o contexto da sua situação
atual 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Eu e todos envolvidos no negócio


sabemos definir inovação?

A visão de futuro está alinhada


com a inovação?

Sou um líder preparado para


estimular o ambiente de
inovação?

Os objetivos para o negócio são


desafiadores e ambiciosos?

Existe tolerância ao erro quando


correr riscos para atingir esses
objetivos?

Existe reconhecimento
significativo para resultados
inovadores?

De alguma forma cultivo e


estimulo funcionários, parceiros,
fornecedores e até clientes a
aprender e praticar inovação?

A inovação é mensurada e
avaliada de algum forma?

Utilizo plataformas tecnológicas?

Quando em contato com clientes


sempre identifico oportunidades,
tendências e proponho novos
projetos?

Existe troca de informação,


conhecimento e experiência entre
funcionários, parceiros,
fornecedores e até clientes?

Eu me sinto motivado para inovar


mais em meu negócio?

Meu negócio é inovador?

SERAFIM, LUÍS. O PODER DA INOVAÇÃO: COMO ALAVANCAR


A INOVAÇÃO NA SUA EMPRESA. SÃO PAULO: SARAIVA, 2011 Baixe aqui a planilha em xls

MANUAL CRIS ARCANGELI 03


Caixa de Ferramentas para Empreendedores 2. FERRAMENTA: CHECK-UP DE GESTÃO PARA EMPREENDEDORES

FERRAMENTA:
2. CHECK-UP DE GESTÃO PARA
EMPREENDEDORES
OBJETIVO: Para o empreendedor avaliar seus sistemas de gestão.

A FERRAMENTA: Esta ferramenta foi desenvolvida a partir do trabalho dos


professores George Foster, da Universidade Stanford (nos Estados Unidos),
Antonio Dávila, do IESE, e Ning Jia, da Universidade Tsinghua (na China). Eles
analisaram o papel dos sistemas de gestão para o desenvolvimento das
empresas nascentes. Esses autores encontraram uma correlação entre a adoção
de sistemas de gestão e o crescimento da empresa. Companhias que adotaram
29 ou mais sistemas foram classificadas como de “alta adoção” e cresceram bem
mais do que aquelas que adotaram 14 sistemas ou menos (baixa adoção).

Apesar de não ser possível generalizar o resultado para todas as empresas, a lista
de sistemas de gestão avaliados pelos autores pode ser um check list útil para que
o empreendedor faça um check-up de seus sistemas de gestão.

UTILIZAÇÃO: Esta ferramenta apresenta uma lista de sistemas de gestão. A


primeira atitude a tomar é definir quais deles já são usados pela empresa. Esta
primeira tarefa aponta se a empresa analisada seria classificada como de alta
adoção (acima de 29 sistemas), média adoção (15 a 28) ou baixa adoção (abaixo
de 14).

MANUAL CRIS ARCANGELI 04


Caixa de Ferramentas para Empreendedores 2. FERRAMENTA: CHECK-UP DE GESTÃO PARA EMPREENDEDORES

Em seguida, é possível fazer uma análise de quais sistemas ainda não foram
adotados. A partir dessa constatação, é preciso avaliar quais deles seriam
realmente úteis para a empresa e qual será o cronograma de priorização da
implementação dos sistemas ausentes. Para isso, assinale “A” para alta
prioridade (nos próximos 30 dias), “M” para média (nos próximos 90 dias) e “B”
para os sistemas de baixa prioridade (que serão discutidos após 90 dias).

Depois dessa avaliação inicial, é possível partir para a análise dos sistemas de
gestão que a empresa já usa. Nesse caso, cabe ao empreendedor fazer sua
avaliação pessoal, dando notas de 1 (sistema não funciona) a 5 (sistema funciona
bem).

Esta ferramenta apresenta sistemas de gestão mais “genéricos”, usados pela


maioria das empresas. Os sistemas de gestão mais específicos para cada setor
de atuação não estão listados. Em casos assim, recomenda-se que o
empreendedor faça uma lista com os sistemas de gestão do seu segmento, para
conduzir as mesmas análises de presentes x ausentes, cronograma de
priorização e implementação dos sistemas ausentes e avaliação dos presentes.

É importante refletir que, em alguns casos, o excesso de sistemas de gestão cria


barreiras para que a empresa seja operacionalmente eficiente. Cabe ao
empreendedor buscar apoio de executivos e empreendedores mais experientes
para definir a evolução ideal dos sistemas de gestão para o seu negócio. Muitos
empreendedores são avessos a sistemas de gestão. Isso pode ser considerado
um erro grave, pois impede a discussão de como tornar seu negócio mais
eficiente e mais competitivo.

Nesse contexto, este tipo de check-up pode ser feito anualmente para que a
empresa não só tenha um bom sistema de gestão, mas em número adequado à
sua realidade e a seus desafios.

MANUAL CRIS ARCANGELI 05


Caixa de Ferramentas para Empreendedores 2. FERRAMENTA: CHECK-UP DE GESTÃO PARA EMPREENDEDORES

4=Funciona, 5=Funciona bem)

1 2 3 4 5

Orçamento das atividades operacionais

Planejamento financeiro

Valores

Organograma

Planejamento de RH

Metas de desempenho

Meritocracia

Programas de incentivo

Plano de desenvolvimento de mercado (clientes)

Plano de desenvolvimento de pessoas

Plano de novos produtos

Orçamento de novos investimentos

Cronograma de resultados

Processo de teste de produto

de produto
Mapa da carteira de produtos (RoadMap)

Orçamento para desenvolvimento do projeto

Diretrizes para compor a equipe do projeto

Projetos de pesquisa de mercado

vendas

Manual do processo de vendas

Programa de treinamento

Plano de desenvolvimento de parcerias

DAVILA, A.; FOSTER, G. (2007). MANAGEMENT CONTROL SYSTEMS IN EARLY-STAGE STARTUP COMPANIES.
Baixe aqui a planilha em xls

MANUAL CRIS ARCANGELI 06


Caixa de Ferramentas para Empreendedores 3. FERRAMENTA: MATRIZ DE GESTÃO DO TEMPO

FERRAMENTA:
3. MATRIZ DE GESTÃO DO TEMPO
OBJETIVO: Organizar as atividades a executar, considerando aquilo que é
importante e urgente.

É uma ferramenta visual, de fácil entendimento, e bastante eficaz para que as


pessoas organizem melhor seu tempo de acordo com suas verdadeiras
prioridades.

A FERRAMENTA: Dwight Eisenhower foi o 34º presidente dos Estados Unidos,


entre os anos de 1953 a 1961. Entre seus feitos estão a criação da DARPA, que
viria a ser o que é a internet atualmente, e a NASA, agência espacial americana.
Antes disso, seguiu carreira militar no exército até se tornar general. Mas, o que
mais chamava a atenção dos que o conheciam era sua capacidade produtiva.

Mesmo lidando com uma intensa agenda diária, conseguia priorizar aquilo que
era realmente importante. Sua receita de priorização, anos depois, se tornaria
mundialmente famosa por meio do livro Os sete hábitos das pessoas altamente
eficazes, de Stephen Covey. Eisenhower classificava suas atividades em duas
categorias iniciais: importante e não importante. E em seguida, em urgente e não
urgente. Para cada atividade, tomava uma atitude padronizada. Se fosse
importante e urgente, executava aquilo imediatamente. Se fosse importante e não
urgente, planejava e agia de acordo com o pensado, impedindo que se tornasse
algo urgente. Se não fosse importante, mas urgente, delegava para outras
pessoas. E não fosse importante nem urgente, simplesmente eliminava a
atividade. Com esta lógica simples, conseguia investir seu tempo apenas no que
era realmente importante. Empreendedores que, em geral, reclamam da falta de
tempo, podem se beneficiar ao adotar esta prática como rotina diária.

MANUAL CRIS ARCANGELI 07


Caixa de Ferramentas para Empreendedores 3. FERRAMENTA: MATRIZ DE GESTÃO DO TEMPO

UTILIZAÇÃO: O uso da Matriz de Gestão do Tempo é bastante simples e pode ser


feito em diversos formatos. A próxima página pode ser impressa e o
empreendedor pode fazer suas anotações nos quadrantes. Também pode replicar
os quadrantes e fazer suas anotações em planilhas eletrônicas ou editores de
texto. Ou ainda, pode usar aplicativos para smartphones. Há soluções gratuitas,
como o Priority Matrix ou pagas, como o Do Matrix ou Eisenhower. Para o
empreendedor, o primeiro passo para o bom uso desta ferramenta é definir os
objetivos, os indicadores e as metas do seu negócio para o próximo trimestre e
para o ano corrente. Os objetivos realmente importantes para os
empreendedores, em geral, podem ser classificados em quatro categorias:

1) Aumento de entradas de caixa (vendas);


2) Redução de saídas de caixa (despesas, custos etc.);
3) Aumento do valor da empresa (inovação, branding, parcerias etc.);
4) Aumento do significado da empresa (missão, propósito, sustentabilidade,
admiração dos consumidores etc.).

Qualquer ação importante a ser executada pelo empreendedor deveria estar em


uma ou mais categorias acima. Essas ações importantes podem ser críticas, ou
seja, caso não sejam executadas, há uma grande perda de vendas, um aumento
volumoso de saída de caixa, uma enorme perda no valor da empresa ou em seu
significado. A ação também pode ser classificada como necessária. Não se
tornou crítica ainda, mas é necessária para garantir o aumento de entradas de
caixa, reduções de saídas de caixa etc.

Tudo aquilo que não é importante para o empreendedor em relação ao negócio


deveria ser delegado para outro colaborador se for urgente ou simplesmente
eliminado se não for urgente, útil ou ainda atrapalhar o foco no que é realmente
relevante.

Outra categoria que deve ser tratada com cuidado é a das ações urgentes. As
ações urgentes e importantes devem ser executadas imediatamente pelo
empreendedor se o prazo for o mesmo dia ou a mesma semana, caso permitam
um prazo maior de realização.

O ideal é que o empreendedor concentre suas ações no que é importante, mas


ainda não urgente. Em situações assim, sempre terá tempo para planejar da
forma mais eficiente e executar com maior eficácia. Em casos assim, o
empreendedor sempre será um estrategista, um maestro e nunca um
improvisador e um bombeiro.

MANUAL CRIS ARCANGELI 08


Caixa de Ferramentas para Empreendedores 3. FERRAMENTA: MATRIZ DE GESTÃO DO TEMPO

Importante e urgente

(DELEGUE PARA OUTRA PESSOA)


realizado hoje?
realizado essa semana?

(ELIMINE) (PLANEJE)
e pode ser feito nesse mês?

COVEY. STEPHEN R. OS SETE HÁBITOS DAS PESSOAS ALTAMENTE EFICAZES . 7ª ED. SÃO PAULO: EDITORA BEST SELLER, 2004 Baixe aqui a planilha em xls

MANUAL CRIS ARCANGELI 09


Caixa de Ferramentas para Empreendedores 4. FERRAMENTA: FLUXO DE CAIXA BÁSICO

FERRAMENTA:
4. FLUXO DE CAIXA BÁSICO
OBJETIVO: Ajudar empreendedores que estão começando a jornada possuem
pouco ou sem conhecimento de finanças/contabilidade. Estimar a evolução das
entradas e saídas de caixa da empresa e analisar em que momento a empresa
atingirá o ponto de equilibro (fluxo líquido de caixa positivo).

Permite ainda que o empreendedor estime receitas, custos, despesas, gastos,


tributos e impostos que a empresa terá no futuro.

A FERRAMENTA: Esta ferramenta foi elaborada a partir de uma planilha


desenvolvida pelo Sebrae, que está disponível neste link:
http://www.voceeodono.sebraesp.com.br/arquivos/Fluxo_de_Caixa_planilha_con
troles_financeiros.xls

De forma resumida, o fluxo de caixa básico para empreendedores é uma planilha


com as estimativas de entradas e saídas de caixa.
Devido às peculiaridades de cada negócio, esta planilha pode ser ajustada com a
modificação do nome do campo (por exemplo: de combustíveis para
combustíveis e estacionamento) ou com a inclusão de outras linhas e campos
(como internet, por exemplo).
A planilha do SEBRAE também é útil porque permite estimar a necessidade de
retiradas do empreendedor, considerando suas despesas pessoais.

MANUAL CRIS ARCANGELI 10


Caixa de Ferramentas para Empreendedores 4. FERRAMENTA: FLUXO DE CAIXA BÁSICO

UTILIZAÇÃO: A planilha considera entradas e saídas diárias de caixa.

Nesta situação é preciso, inicialmente, digitar suas estimativas para:


• Saldos: É o saldo inicial que a empresa tem em caixa. Para os negócios
nascentes, provavelmente ele é igual a zero ou aos saldos que, por ventura, a
empresa tenha em bancos.

• Entradas de caixa: São as estimativas para vendas à vista, com cheque


pré-datado, “fiadas” com boletos bancários ou cartões. Dependendo do caso, é
necessário abrir mais uma linha e separar as vendas de cartão de crédito das de
débito, já que as taxas de administração são diferentes.

• Impostos sobre vendas: São as estimativas sobre as vendas ou a prestação de


serviços. Empreendedores individuais ou empresas que optam pelo Simples
devem ajustar o nome deste campo na planilha.

• Pagamentos: Estimativas de todos os pagamentos que a empresa vai fazer,


considerando fornecedores, prestadores de serviços, serviços públicos (água, luz),
aluguel, impostos, tarifas, contribuições. A lista é longa.

Em seguida, esta ferramenta apresenta uma sub- planilha em que o


empreendedor pode estimar o fluxo de caixa semanal.

Por fim, o empreendedor também pode fazer uma estimativa das suas despesas
pessoais e estimar suas retiradas (pró-labore). Caso a empresa ainda não tenha
fluxo de caixa suficiente, cabe ao empreendedor planejar de onde sairão os
recursos financeiros necessários para manter seu padrão de vida.

Modificações da planilha original:


• É provável que o empreendedor em começo de jornada não precise desse nível
de detalhe e tenha conhecimento e paciência para fazer tantas estimativas diárias.
Se esse for o seu caso, faça um ajuste na planilha considerando estimativas
mensais por coluna. Nesse caso, altere o campo de dia para mês (por exemplo: de
Dia 1 para Mês í).

• No caso acima, a sub-planilha de fluxo de caixa semanal pode ser ajustada para
semestral ou mesmo anual.

Com o domínio da planilha básica, cabe ao empreendedor adaptar para


representar melhor o seu negócio dentro do seu contexto atual.

MANUAL CRIS ARCANGELI 11


Caixa de Ferramentas para Empreendedores 4. FERRAMENTA: FLUXO DE CAIXA BÁSICO

Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dial |

1.1 Saldo inicial 0,00 0,00 0,00 o.ooj


1.2 Saldo banco
1.3 Saldo outro banco.
1 Saldo total inicial disponivel 0,00 0,00 0,00 0,00 0,001
2.1
2.2
2.3 Fiados
2.4
2.5
2.6 Receitas financeiras
2 Total de entradas 0,00 0,00 0,00 0,00 o,oo|
3.1 Impostos sobre vendas
3.2 Pagamentos a fornecedores
3.3
3.4
3.5 Encargos
3.6
3.7 Luz
3.8 Telefone
3.9 Propaganda e Marketing

3.10
3.11 Despesas financeiras
3.12
3.13
3.14 Pagamentos de serviços a terceiros
3.15
3.16
3.17
3.18 Compra de

3.19 Material de limpeza


3.20 Compra para a loja

3.21 Aluguel da loja

3.22
3.23 Copa/cozinha

3.24 Vale-transporte

3.25 FGTS
3.26 Segurança

3.27 GPS

3.28 DAS
3.29 Juros

3.30
3.31 IOF
3.40 Outras despesas

3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,001

Saldo operacional/DIA (2-3) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,001


4 Saldo final (1+2-3) 0,00 0,00 0,00 0,00 o,ooj

MANUAL CRIS ARCANGELI 12


Caixa de Ferramentas para Empreendedores 5. FERRAMENTA: PITCH PARA INVESTIDORES

FERRAMENTA:
5. PITCH PARA INVESTIDORES
OBJETIVO: Auxiliar empreendedores em busca de capital de investidores ou
participantes de competições de empreendedorismo. Criar apresentações mais
persuasivas, atrair a atenção e organizar as informações que devem ser
transmitidas ao investidor (ou à banca de avaliação) e principalmente aumentar
as chances do agendamento de uma reunião.

A FERRAMENTA: É mais um termo em inglês que está se consolidando no Brasil


por não haver uma palavra que consiga transmitir a mesma ideia. Pitch é uma
apresentação rápida, normalmente feita para “vender” algo ou uma ideia para
uma pessoa específica. O “rápido” pode variar de 30 segundos/um minuto (é
chamado de elevator pitch, pois deveria ser feito no tempo que um elevador
demora para ir de um andar a outro) a 15 minutos.

O tempo mais comum gira em torno de cinco a dez minutos. O empreendedor que
busca investimento precisa ter seu elevator pitch sempre pronto para o caso de
realmente encontrar o “investidor dos seus sonhos” em uma situação cotidiana,
como um shopping, um parque ou mesmo um elevador. O pitch de cinco ou dez
minutos é usado em rodadas de negócio ou eventos em que empreendedores se
apresentam para investidores. Também é muito comum em competições em que
empreendedores se apresentam para uma banca que escolhe o melhor negócio.

É importante ficar claro que um pitch atinge seu objetivo quando o investidor se
interessa pelo negócio apresentado e pede para o empreendedor entrar em
contato para agendar uma reunião.

MANUAL CRIS ARCANGELI 13


Caixa de Ferramentas para Empreendedores 5. FERRAMENTA: PITCH PARA INVESTIDORES

Como usar: Um pitch de sucesso pode ser estruturado seguindo duas lógicas
principais:

1) Quando o empreendedor é “alguém”


2) Ou quando o empreendedor é um “ninguém”

Quando você é um “alguém” que já tem muita experiência comprovada e


reconhecida no negócio que você vai apresentar, o pitch começa com a sua
apresentação pessoal. É importante que isso não pareça presunçoso, arrogante
ou narcisista. O papel dessa introdução pessoal inicial é legitimar tudo aquilo que
você vai apresentar dali em diante. Dessa forma, o pitch deve seguir a seguinte
lógica:

Passo 0: Apresentação pessoal do(s) empreendedor(es).


Mas se a sua experiência no negócio for irrelevante ou nula, pule para o passo 1.

Passo 1: Apresente o contexto em que sua ideia de negócio se insere e explique


que neste contexto há um “grande” problema que ainda não foi (bem) resolvido.
Nos pitches mais longos (10 ou 15 minutos), você pode dar mais detalhes,
explicando como o problema vem sendo resolvido e por que ainda não está sendo
(bem resolvido). O objetivo desse passo é conseguir quatro “sim’s” do investidor:

Sim, o contexto existe. Sim, o problema existe neste contexto.

Sim, o problema é “grande” Sim, o problema não está (bem) resolvido. Até aqui, o
investidor vai “pensar” nesses “sims” sem o ponto de exclamação. Ele(a) pode
pensar: Está bom. Eu sei disso.

Passo 2: Apresente seu produto ou serviço. O objetivo desse passo é conseguir


outro “sim”: Sim, o seu produto (serviço) é ideal para resolver (bem) o problema! O
elevator pitch é uma versão bem resumida dos passos 1 e 2.

Passo 3: Apresente a estratégia do seu negócio para vender o produto (serviço) da


forma mais rentável possível. Mais dois “sims” do investidor devem entrar aqui:
Sim, a estratégia faz sentido. Sim, o negócio parece bastante rentável!

Passo 4: Apresente os resultados financeiros (receitas, lucro, fluxo de caixa


líquido) esperados para os próximos cinco anos. Para parecer que “pensou em
tudo” apresente três cenários para os resultados financeiros: um mais otimista,
um realista e outro pessimista. O intuito é conseguir mais um sim de: Sim, as
projeções fazem sentido. Que na verdade, deve significar: Sim, parece ser uma
ótima oportunidade de investimento!

MANUAL CRIS ARCANGELI 14


Caixa de Ferramentas para Empreendedores 5. FERRAMENTA: PITCH PARA INVESTIDORES

Passo 5: Apresente sua necessidade de investimento e como pretende aplicar os


recursos. Reforce que o dinheiro é importante, mas que as competências que o
investidor trará para o negócio também serão fundamentais para o
desenvolvimento da empresa. O objetivo é conseguir outro sim do investidor: Sim,
o investimento faz sentido!

Passo 6: Guarde suas vantagens competitivas/comparativas para o final.


Apresente informações para deixar o investidor com “água na boca” Explique que
ainda há outros “detalhes” como um time de empreendedores com competência
para executar a estratégia de negócio, patentes, parcerias já fechadas, clientes
renomados que poderão facilitar novas vendas etc. O objetivo é fechar a
apresentação demonstrando que a empresa está no caminho certo e ganhar mais
um sim do investidor: Sim, é uma ótima oportunidade de investimento e quero
falar com esses caras pessoalmente!

Encerre a apresentação com seus dados de contato.

Espero que este material realmente traga bons resultados pra você.
Envie comentários no meu e-mail infocontato@crisarcangeli.com
Obrigada e até a próxima!

MANUAL CRIS ARCANGELI 15

Você também pode gostar