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Conclusão

Ateísmo nietzschiano- uma abordagem pressuposicionalista


Cornelius VanTil foi um filósofo cristão do século XX (nascido em Grootegast, Holanda em
1895). Ele é mais conhecido por sua defesa de um método apologético (defesa da fé)
chamado de pressuposicionalismo (método defendido por outros filósofos como Gordon H.
Clark e John Frame). Para Van Til, o apologista cristão, ao invés de ignorar os
pressupostos¹ do incrédulo que norteiam a sua cosmovisão, ele deve expô-los e desafiá-los
diretamente com seus próprios pressupostos cristãos.

¹ Pressupostos ou pressuposição: são as crenças mais básicas e gerais que alguém tem
sobre Deus, sobre o homem e sobre o mundo
Nessa breve análise, observaremos os pressupostos niilistas do pensador Friedrich
Nietzsche
O absurdo de um mundo sem Deus
Pense em Friedrich Nietzsche, o filósofo alemão do século 19 que era contra a religião. Sua
frase mais famosa é a “Deus está morto” que significava a morte da crença significativa em
Deus. Nietzsche reconheceu que colocar Deus de lado não é uma questão trivial. Mas que
tem profundas implicações. Você não pode destruir o Sol e depois esperar que você viva sem
calor e luz. Da mesma forma, depois que você tira Deus do mundo, reconheceu Nietzsche,
você deve tirar todas as coisas que dependem de Deus. Como significado e propósito da
vida, moralidade objetiva (ética) , a racionalidade e a inteligibilidade do mundo, e até mesmo
a ideia de verdade objetiva.
Então Nietszche era um bom vantiliano fora de época, pelo menos nesse sentido dito, que se
você nega a realidade de Deus você nega tudo o que vem com ele. Portanto, os pressupostos
niilista anulam qualquer senso de moralidade, de modo que uma pessoa que assume essa
posição não é coerente quando repudia um assassinato, um estupro, uma mentira, um roubo
ou um delito qualquer. Isso reflete claramente a filosofia existencialista do romancista russo
Fiódor Dostoiévski que em sua declaração disse: Se Deus não existe, tudo é permitido.
Ademais, o niilismo anula também qualquer sentido da vida, de modo que um niilista tem um
imenso vazio existencial e em sua concepção sua vida não tem importância, como a de um
peixinho dourado que vive num aquário. Por fim, a filosofia de Nietzsche infere que a vida
está "sustentada no nada" e nega qualquer missão ou sentido, pois somos frutos do acaso e
os seguidores dessa cosmovisão, geralmente, sofrem significativas depressões e
melancolias como resultado de tirar Deus de sua cosmovisão, logo esse fato corrobora, a
posteriori, a filosofia vantiliana que se sustenta na não trivialidade de retirar Deus de uma
mundividência.

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