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R. H. Schmidt
Departamento de Ciência dos Alimentos e Nutrição Humana
Universidade da Flórida, Gainesville
I. INTRODUÇÃO
1. Salmonella
Tomates
Suco de laranja natural (não-pasteurizado)
A descoberta surpreendente que esse organismo consegue crescer
em alimentos com alto teor de ácidos.
2. Listeria monocytogenes
Em 1994, a pesquisa do Food Marketing Institute (FMI) com consumidores mostrou que
89% dos domicílios americanos consideravam que a segurança alimentar era importante na
seleção de alimentos (1). Dados da pesquisa ainda indicavam que 73% dos domicílios confiavam
que o alimentos nos supermercados eram seguros. A tabela 1 mostra a classificação feita pelo
consumidor na pesquisa realizada pelo FMI
Pesticidas 79
Antibióticos em criação 55
Nitritos em alimentos 35
Alimentos irradiados 35
Aditivos/Conservantes 23
Cocção artificial 19
Estima-se que o número de casos de doenças transmitidas pelos alimentos varia de 6,5
milhões a 33 milhões por ano (3,4). Estimativas do número anual de óbitos causados pelas DTA
podem chegar a 9.000. É interessante que os agentes causais (i.e., bactérias, vírus, parasitas ou
produtos químicos específicos) são confirmados em menos que 40% dos surtos
(aproximadamente 7.500 envolvendo 238.000 pessoas) notificados ao Centro de Doenças
Transmissíveis (Communicable Disease Center - CDC) por ano. Os surtos e casos confirmados
tem como agentes causais típicos aqueles apresentados na Tabela 2. Esses dados resumidos
mostram claramente a predominância de riscos microbiológicos como agentes causais para casos
confirmados de DTA.
Diversos pesquisadores tentaram reunir dados de distribuição dos surtos da DTA com
relação ao tipo de estabelecimento no qual houve manipulação errônea. A tabela 3 apresenta os
dados resumidos por Bryan (6). Outros pesquisadores (3) sugeriram que a categoria de food
service (alimentação fora do lar) é responsável por mais de 70% dos surtos de DTA a cada ano e
que a indústria de processamento de alimentos é responsável por menos que 10%.
Tabela 2. Surtos confirmados de DTA e casos agrupados por agente causador (6).
Como se vê, a segurança alimentar e a prevenção das doenças transmitidas por alimentos resumem-se
ao bom senso, controle da temperatura e às práticas higiênicas de manipulação dos alimentos. Não há
nenhuma pílula mágica e nenhuma fórmula especial e, com certeza, nada de novo. Apenas mantenha o
alimento limpo, frio e não o guarde por muito tempo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Tabela 4. Fatores que contribuem para os surtos de doenças transmitidas pelos alimentos 1973 – 1982 (7).
Crescimento
Resfriamento inadequado 22 56 15
Intervalo de tempo 13 31 1
Manutenção à quente inadequada 3 16 3
Bruce Tompkin Ph.D.
Armour Swift-Eckrich
________________________________________________________________________
Salmonellae1 7C 44,6F
E. coil patogênica 7-8C 44,6-46,4F
L. motocytogenes -0,4C 31,3F
Y. enterocolica -1,3C 29,7F
Campylobacter jejuni 32C 89,6F
Staphylococcus aureus 7C 44,6F
Bacillus cereus2
Cepas psicrotróficas 4C 39,2F
Clostridium perfringens 12C 53,6F
Clostridium botulinum
Não-proteolítica 3,3C 38F
proteolítica 10C 50F
_________________________________________________________________________
• Parasitas (e.g., Trichinella spiralis, Taenia spp., Toxoplasma gondii) e vírus não se multiplicam em
carnes, aves e seus derivados.
Tabela 2. Tempo estimado (horas) para um aumento de 10 vezes a 10, 15,6 e 21,1° C (50, 60 e 70° F).
_____________________________________________________________________________
L. monocytogenes
aeróbica 38 16 8
anaeróbica 58 27 16
Y. enterocolitica 68 31 16
______________________________________________________________________________
Tabela 3. Impacto em saúde pública de carnes e/ou aves mantidas a 4,4 to 10°C (40-50°F) durante
o armazenamento e/ou distribuição.
_____________________________________________________________________________________
Patógeno1 No. de casos Alimentos Impacto da
estimados de Custo com maior temperatura
doenças estimado probabilidade de 4,4 a 10°C
provenientes por ano de estarem no crescimento
de carnes/aves2 (bilhões de envolvidos 4
de patógenos5
dólares) 3
_____________________________________________________________________________________
T. gondii 2.056 2,7 carne suína crua Nenhum
Este parasita não
consegue multiplicar-se
em carnes, aves e seus
derivados
Campylobacter 1.031.000- 0,5 – 0,8 aves Nenhum
1.313.000 C. jejuni/coli
não conseguem se
multiplicar em
temperaturas
abaixo de
aproximadamente32°C
(90°F)
S. aureus 756.000 0,6 carnes/ Nenhum
aves cozidas S. aureus é um
mau competidor e
não cresce em carnes e
aves cruas a
temperaturas iguais ou
menores que 10°C
(50°F). A maioria dos
surtos envolve alimentos
cozidos que foram
contaminados e
mantidos a 24 - 38°C
(75 - 100°F) na presença
de ar.
L. monocytogenes 808-837 0,1-0,2 alimentos Pouco, se algum.
prontos A listeriose não foi
para ligada à carnes ou aves
consumo cruas. Existe um
potencial para
seu crescimento em
alguns alimentos
prontos para consumo.
C. perfringens 50.000 0,1 produtos Nenhum
cozidos O C. perfringens não
consegue crescer
em temperaturas
abaixo de 12 °C
(54°F)
____________________________________________________________________________________
1,2,3
Fonte: Department of Agriculture, FSIS, Proposed Rule. 1995. Federal Register 60:
6881-6881. (Esta fonte foi usada para “patógenos,” “casos estimados”, and “custo
estimado/ano”)
4,5
Os “alimentos com maior probabilidade de estarem envolvidos” e o “impacto dos “4,4
a 10°C” (40-50°F) baseiam-se na literatura científica.
Observações: • O registro de notificação federal listou 50-75% dos casos de salmonelose como sendo
causados por carnes/aves. O valor de 75% foi usado para a estimativa acima do número
de casos.
Bruce Tompkin Ph.D.
Armour Swift-Eckrich
• Estimativas recentes do Centro para Controle de Doenças (Center for Disease Control
– CDC) indica que o número total de casos de listeriose é de aproximadamente
1100/ano. Dessa maneira, o número de casos provocados por carnes/aves (50% do total)
nos dariam uma estimativa atual de aproximadamente 550/ano.
Bruce Tompkin Ph.D.
Armour Swift-Eckrich
Tabela 4. Tempo estimado (horas) para o aumento de um log de bactérias típicas de deterioração
a 4,4; 10 e 14-15°C (40, 50 e 57-59°F). Aplicáveis a carnes e aves cruas.
_____________________________________________________________________________________
Tempo estimado (horas) para aumentar de
______________________________________10 to 100 CPU/ mL_______________________________
N°e isolado da cepa 4-5°C (39,2-41°F) 10°C (50°F) 14°-15°C (57°F-SPF) ___
Pseudomonas (92) 39 15 8
Pseudomonas (69) 49 22 9
Ps. fluorescens 27 12 7
Ps. fluorescens (P-200) - 13 7
Ps. fluorescens 22 - -
Ps.fragi 17 9 -
Pseudomonas (21-3c) 24 11 7
Pseudomonas (1-3b) 23 9 8
Enterobacter aerogenes (Ps48) 40 14 7
Bacilos gram negativos
Aeróbicos 14 - -
Anaeróbicos 32 - -
Bacilos gram negativos 251 - -
Achromobacter (7) 18 8 5
Achromobacter (438) 20 8 4
Achromobacter (5) 24 10 5
Pseudomonas (451) 32 13 4
_____________________________________________________________________________________
1
Dados obtidos a 6°C.
A. Aves 0 32 18
3 37 11
5,5 42 8
8 47 6
20 68 2
___________________________________________________________________________________
B. Carne suína 0 31 14
2 36 9
5 41 5
___________________________________________________________________________________
Temperatura (C ) (F)
Nível inicial de Nível inicial de
100 UFC/cm² 100.000 UFC/cm²
______________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Tabela 7. Fatores que influenciam o teor microbiano de carnes, aves e seus derivados prontos para
consumo desde a produção até a distribuição/armazenamento.
_______________________________________________________________________________________
Fator Avaliação (ões)
_______________________________________________________________________________________
Ingredientes Tipos e teores de microorganismos em ingredientes nos quais esses
conseguem se multiplicar e/ou sobreviver durante o
processamento, distribuição e armazenamento seguintes.
Fonte: Adaptado de Tompkin, 1995. The use of HACCP for producing and distributing processed
meat and poultry products. pp. 72-108. In A.M. Pearson and T.R. Dutson (eds.), HACCP in
Meat, Poultry and Fish Processing. Blackie Academic & Professional, New York.
Bruce Tompkin Ph.D.
Armour Swift-Eckrich
II. Distribuição/Armazenamento
A. Todas as carnes e aves perecíveis que exigirem refrigeração para promover a segurança
alimentar
C. revise as informações
A lei federal que rege Alimentos, Medicamentos e Cosméticos (Federal Food, Drug and
Cosmetic Act) apresenta diversas definições diretamente relacionadas aos riscos químicos. A
lei declara que “ um alimento deverá ser considerado adulterado (1) se portar ou contiver
qualquer substância venenosa ou nociva que possa causar problemas à saúde, ou (2) se
portar ou contiver qualquer substância tóxica ou nociva à saúde.” Os produtos químicos
costumam ser classificados em seis categorias de acordo com seu uso comum. Essas
categorias são: corantes, aditivos alimentares diretos, aditivos alimentares indiretos,
substâncias anteriormente aprovadas, substâncias reconhecidas como seguras (GRAS -
substances general recognized as safe) e pesticidas.
Os riscos químicos podem surgir de quatro fontes gerais: (1) produtos químicos usados na
agricultura (inclui pesticidas, herbicidas, resíduos de antibióticos etc.); (2) produtos
químicos usados na fábrica (inclui produtos de limpeza, agentes de sanitização, óleos,
lubrificantes, tintas, pesticidas etc.); (3) substâncias tóxicas que ocorrem na natureza
(inclui produtos do metabolismo de vegetais, animais ou micróbios, tais como as aflatoxinas
etc.; e (4) produtos químicos alimentares (inclui conservantes, ácidos, aditivos alimentares,
sulfitos – agentes redutores, produtos que auxiliam a industrialização etc. A tabela 11
identifica as fontes adicionais de riscos químicos. Referências adicionais são apresentadas
na Seção VI que pode ser utilizada pela equipe de Análise de Perigos e Pontos Críticos de
Controle - APPCC durante a avaliação dos riscos químicos associados ao seu produto ou
processo.
TABELA 11. TIPOS DE RISCOS QUÍMICOS
__________________________________________________________________________
LOCALIZAÇÃO RISCO _________________________________
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Human Nutrition. In Nutritional Toxicology. Vol. I. J. N. Hathcock, ed.
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for Disease Control and Prevention, U.S. Department of Health and Human
Services, Washington, DC.
Tompkin, R. B. 1997. HACCP Plan (in press) J. Food Prot.
Aqueles defeitos esteticamente desagradáveis devem ser gerenciados, via de regra, por meio
de controle das “Boas Práticas de Manufatura – BPM)
Os riscos físicos em produtos acabados podem surgir de diversas fontes, tais como matéria-
prima contaminada, mal-projetada ou instalações e equipamentos com manutenção
deficiente, procedimentos com falha durante o processamento e treinamento e práticas
inadequadas do funcionário. A tabela 12 identifica alguns dos riscos físicos mais comuns e
suas causas ou origens.
____________________________________________________________________________
RISCO FONTE OU CAUSA ___________________________
Pedras Matéria-prima.
Resumo…………………………………
Como parte do esforço para garantir suprimento alimentar seguro, o Food and Drug
Administration mantém um sistema de vigilância passivo para o relato e seguimento de queixas
relacionadas a alimentos e produtos alimentícios. Esse sistema de vigilância, denominado Complaint
Reporting System (Sistema de Notificação de Queixas), registra e investiga as queixas de
consumidores sobre a qualidade de um produto alimentício específico, sua embalagem ou efeitos
inesperados após o consumo desse alimento.
Esse estudo baseia-se em dados coletados de 2.726 notificações de descoberta de um objeto
estranho em um produto alimentício durante o ano fiscal de 1989, desenvolve um perfil das queixas
do consumidor e concentra-se naqueles associados à lesão ou doença resultante.
Catorze porcento de todos os casos notificados de exposição a objetos estranhos mencionaram
doença ou lesão em conseqüência disso. O objeto estranho mais comumente relatado em alimentos é
o vidro, e a lesão mais comum é a laceração ou abrasão de tecidos moles da área perioral, incluindo a
garganta. Havia uma desproporção de crianças menores que 3 anos de idade com doença ou lesão
documentada.
Apenas 3% das queixas eram provenientes de profissionais da saúde atuantes; 82% eram auto-
relatos. A conscientização do profissional do sistema de saúde é limitada principalmente porque a
literatura nessa área é escassa.
Tabela 2. Queixas de objetos estranhos em alimentos, notificados ao FDA no ano fiscal de 1989,
categorizados pelo setor de alimentos
Distribuição de 2.726 notificações de objetos estranhos
___________________________________________
Setor Número Porcentagem Classificação
Confeitaria 277 10,2 1
Bebidas não-alcóolicas 228 8,4 2
Verduras/Legumes 226 8,3 3
Alimentos para lactentes 187 6,9 4
Frutas 183 6,7 5
Cereais 180 6,6 6
Peixaria 145 5,3 7
Chocolate 132 4,8 8
e achocolatados _____________________________________
1
Não são apresentados dados para classificação acima de 8
Tabela 3. Relatórios confirmados de doenças ou lesões causadas por objetos estranhos em alimentos
mencionados nas queixas ao FDA durante o ano fiscal de 1989 categorizados pelo setor de alimentos
Produtos envolvidos nas queixas sobre objetos estranhos por pessoas que apresentaram doenças
ou lesões que visitaram um profissional da saúde estão listados na tabela 3. As bebidas não-
alcóolicas apresentaram o maior número de queixas associadas (23, ou 19%); alimentos para
lactentes foi a segunda categoria mais comum, com 19 queixas (15%).
Tabela 4. Objetos estranhos em alimentos mencionados nos 123 casos confirmados de doença ou
lesão notificado ao FDA durante o ano fiscal de 1989
_____________________________________
A natureza e a gravidade da lesão ou doença. A tabela 4 lista os objetos estranhos presentes nos
produtos alimentícios ingeridos por 123 pessoas que apresentaram uma lesão provocada pela
ingestão de alimentos e que buscaram cuidados do profissional de saúde. A queixa física mais
comum dentro desse mesmo grupo foi a de lesão na região perioral, incluindo cortes no palato,
gengiva, mucosa bucal, lábios ou garganta (tabela 5).
Numa tentativa de analisar a gravidade das doenças ou lesões associadas, essas 123 pessoas que
se consultaram com um médico ou dentista foram divididos em categorias de acordo com o
tratamento. Setenta e um indivíduos foram examinados por um profissional da saúde e liberados sem
nenhum tratamento (58%). Tratamento apenas paliativo, tais como debridamento das abrasões
superficiais ou a prescrição de medicação antiemética foi oferecido a outros 19 indivíduos (15%).
Vinte e cinco pacientes necessitaram de procedimentos de pequeno porte tais como remoção
ambulatorial de pedaços de vidro presentes na boca ou na garganta, ou tratamento dentário de
tecidos orais moles ou duros (20%). Oito pessoas tiveram que ser internadas 97%).
Das oito pessoas, três eram lactentes que estavam em observação após a ingestão de pedaços de
vidro e os demais eram adultos internados para exame e observação após exposição a objetos
estranhos. Um paciente permaneceu hospitalizado até que conseguisse eliminar os grampos e outro
foi internado por uma noite após apresentar falta de ar após ingerir um objeto estranho cortante. Uma
garota de 12 anos permaneceu hospitalizada por uma noite após consumir chiclete com textura
diferente porque apresentou náuseas e dor de cabeça. Um paciente com história de acidente vascular
cerebral recente foi hospitalizado por 24 horas para observação de queixas de náuseas e falta de ar
após a ingestão de massa semi-sólida desconhecida presente em suco de laranja. Uma mulher
permaneceu internada por 7 dias após a laceração de sua língua, apesar de os sintomas que ela
apresentou, tais como náuseas, febre e convulsões, não terem sido relacionados à ingestão de objeto
estranho. Não houve notificação de óbitos por causa de lesão com objetos estranhos.
Informações demográficas. Estudamos as notificações para distribuição de idade e sexo dos que
apresentaram as queixas e para observar tendências seculares na notificação de 117 ocorrências de
objetos estranhos causando lesão ou doença na qual se pudesse identificar o sexo do consumidor: 62
pessoas que apresentaram queixa (53%) eram do sexo feminino e 55 (47%) do masculino. Dos 123
casos notificados de lesão ou doença, 19 eram crianças com idade inferior a 3 anos (15%). Uma
contagem do número de casos reportados de objetos estranhos recebidos mensalmente não mostrou
nenhum padrão aparente, com aumentos e reduções acontecendo aleatoriamente (ver figura).
A freqüência das queixas relatadas variava por distrito, com uma variação de 1,8 queixas por
milhão de pessoas residindo em Porto Rico a 20,8 queixas por milhão de habitantes no estado de
Nova Iorque, no ano fiscal de 1989. A incidência mediana de queixas foi de 9,5 queixas por milhão,
que ocorreu na área contendo os estados de Washington, Alasca, Montana, Idaho e Oregon. Não
houve evidências de nenhum padrão geográfico.
As origens das queixas foram examinadas para as 123 pessoas que apresentaram lesão ou doença
provocada por exposição a objeto estranho e que visitaram um profissional da saúde. Desses 123,
101 (82%) foram auto-relatados, 16 (13%) foram notificados pela agência local de saúde ou pela
polícia, 2 (2%) foram notificados por uma fonte comercial e 4 (3%), por profissionais da saúde ou de
departamento jurídico. Duas dessas quatro notificações foram realizadas por enfermeiros em nome
de médicos que atenderam os pacientes; uma foi uma chamada feita por um supervisor de laboratório
hospitalar e um por um advogado representando um querelante. Dos 123 queixosos que referiram o
recebimento de cuidados médicos, 22 visitaram um dentista. Nenhum profissional de odontologia foi
listado como fonte de qualquer notificação.
Dois casos típicos de notificação de doença ou lesão resultante da exposição a objeto estranho em
alimentos são apresentados a seguir:
No dia 4 de maio de 1989, uma mulher que vive no Arizona notificou encontrar pedaços granulares
de vidro em um doce de amendoim recoberto de chocolate que ela comprara de uma máquina de
venda de alimentos em seu local de trabalho. Ela sentiu irritação na garganta e apresentou dores
estomacais duas horas depois da ingestão do doce. Foi para o pronto socorro do hospital local e lá foi
examinada e liberada. Ela também afirma que duas outras pessoas com quem ela estava trabalhando
encontraram doces que pareciam conter vidro em seu interior; um desses doces também era
recoberto. Ambos os doces foram apresentados à polícia para exame, e a querelante solicitou que seu
advogado mantivesse o doce na posse dele. No dia 5 de maio de 1989, o investigador do FDA da
delegacia local de campo visitou o advogado e examinou o doce. Um pedaço de doce suspeito que
continha material vítreo foi colocado em vinagre e o material suspeito foi dissolvido. O investigador
concluiu que apesar de o doce conter material endurecido e potencialmente afiado, não se tratava de
vidro. Os resultados foram apresentados à queixosa e nenhuma outra ação foi tomada com relação à
queixa.
“O Complain Reporting System é um sistema de vigilância passivo que recebe queixas sobre
produtos alimentícios a partir de quatro fontes: consumidores que entram em contato direto
com o FDA, profissionais da saúde ou de departamento jurídico que fazem a notificação em
nome dos consumidores, departamentos locais e estaduais de saúde, e grupos de comércio ou
manufatura.”
Discussão
Como o sistema é passivo por natureza, ele é completo apenas na medida em que notificações
voluntárias ocorram. O total de 2.726 queixas de objetos estranhos reportados no ano fiscal de 1989
provavelmente subestima o número correto de tais ocorrências. Diferentemente do FDA’s Advent
Drug Reporting System (sistema de notificação de chegada de drogas do FDA), que exige que os
fabricantes insiram os dados e que confia fortemente nos relatórios gerados pelos profissionais da
saúde, a informação sobre queixas de alimentos é fornecida quase que exclusivamente pelos
consumidores (4). Para aumentar o número e a confiabilidade das notificações, os provedores de
cuidados à saúde deveriam ser conscientizados sobre o sistema de vigilância de alimentos e
incentivados a notificar as lesões ou doenças veiculadas por alimentos que eles tratam. Essas podem
ser notificadas na delegacia distrital do FDA mais próximo ou à Divisão de Emergência e Operações
Epidemiológicas, Room 13-62, HFC-160, 5600 Fishers Lane, Rockville, MD 20857; telefone (301)
443-4667.
A divisão da origem da queixa mostra um índice muito baixo de relatos por profissionais da saúde.
Um total de 123 indivíduos relataram ter visitado um médico ou dentista para exame ou tratamento
de uma doença ou lesão resultante da exposição de um objeto estranho em um alimento. Dois desses
relatos foram feitos por médicos e um pelo supervisor de um laboratório hospitalar. Nenhum caso foi
notificado por dentistas.
Dados obtidos do sistema passivo de vigilância baseados principalmente nos relatórios iniciados
pelo consumidor são difíceis de serem avaliados em termos de desenvolver valores significativos
para incidência, associações e conclusões por causa do viés intrínseco ligado à seleção (5). O sistema
de monitoramento oferece, ao FDA, uma amostra dos problemas do consumidor com o suprimento
de alimentos; entretanto, é incerto que essa amostra seja representativa da distribuição real da
natureza e gravidade dos problemas. Esse tipo de sistema de queixas tende a promover maior
resposta quando se perceber que as conseqüências à saúde são mais sérias (6). Pode-se esperar que
essas pessoas que apresentaram lesão ou doença são mais propensas a iniciar um relatório que
aqueles sem nenhum resultado adverso da sua experiência. Notificações de lesão ou doença
provocada por exposição a objetos estranhos tais como a porcentagem de todos os objetos estranhos
reportados (14%) é, com toda probabilidade, uma superestimativa das conseqüências médicas da
descoberta de objetos estranhos.
A ampla maioria das notificações envolvendo lesão seguida de visita a um médico por
crianças menores que 3 anos de idade estava relacionada a relatos de descoberta de vidro em potes
de produtos de alimentos para bebês. A correspondência entre consumidor e fabricantes dos produtos
em questão transmite um forte desejo por parte dos pais em fazer com que os fabricantes estejam
cientes da seriedade com que eles vêem o problema. Tanto a gravidade da lesão quanto a dificuldade
em se comunicar com o bebê ou crianças muito novas geralmente criam a necessidade do exame
clínico e da observação médica. A super-representação desse segmento da população (15 % de
notificações comparados a 5% da população dos EUA – [7]) provavelmente deve-se a combinação
da gravidade potencial da ingestão de vidro, da incapacidade de se comunicar com o bebê, e uma
relação pai-filho altamente protetora.
Estudou- se a classificação dos setores de alimentos de acordo com a freqüência das queixas varia de
acordo com o tipo de queixa, notificação de todos as fontes, queixas totais envolvendo objetos
estranhos e notificações averiguadas de doença ou lesão veiculada por objetos estranhos. É
interessante observar que bebidas não-alcóolicas e alimentos para bebês ocorrem com baixa
freqüência no total de queixas alimentares apresentadas e no total de queixas relativas a objetos
estranhos (4-8%). Nas queixas referentes a objeto estranho com lesão ou doença seguida por um
exame médico, entretanto, essas bebidas (19%) e alimentos para bebês (15%) apresentaram as
freqüências significativamente mais elevadas. Ou os perigos de lesão ou doença são maiores nesses
produtos que em outros notificados por causa de algum perigo intrínseco, tais como a alta
porcentagem de recipientes de vidro, ou eles são percebidos como elevados e portanto apresentam
um índice mais alto de consultas ao médico. Apesar de as frutas serem alvo mais comum entre os
alimentos para todas as queixas, elas são a quinta mais comum para objetos estranhos. Isso pode
indicar que as frutas são mais suscetíveis a outros tipos de contaminação e que provavelmente não
contenham tanto objetos estranhos como outros alimentos. O fato de que itens de confeitaria passem
de quarto mais comum entre todas as queixas para a principal queixa entre aquelas de presença de
objeto estranho pode refletir a tendência de produtos de confeitaria estarem contaminados com
objetos estranhos em proporção maior que outros tipos de adulteração.
Esses dados não são ajustados para o consumo per capita anual de cada categoria de alimento
listado. É impossível chegar a qualquer conclusão sobre o controle de qualidade em cada setor
alimentício, visto que grande número das queixas de um determinado setor pode simplesmente
refletir o consumo global mais elevado daquele grupo de alimentos.
Conclusão
Cada uma das 2.726 queixas de lesão ou doença causada por objeto estranho notificado ao FDA foi
amplamente investigada. A maioria das pessoas não foi procurar um profissional da saúde por causa
disso e daqueles que assim o fizeram, uma proporção muito pequena precisou de tratamento além
dos cuidados menores oferecidos no ambulatório. Apesar de os dados sugerirem que a lesão grave
provocada pela ingestão de objeto estranho é rara, o monitoramento continuado é garantido.
Incentivamos profissionais da saúde a notificarem essas lesões por meio do sistema existente.
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GUIA DE CONFORMIDADE À DIRETRIZ DO FDA/ORA*
* - Office of Regulatory Affairs - Secretaria de Assuntos Regulamentares
É improvável que os componentes naturais rígidos ou cortantes de um alimento (ex. partes ósseas de
frutos do mar, casca de nozes) causem lesões por causa da conscientização do consumidor de que o
componente é um elemento natural e intrínseco de um produto particular. A exceção ocorre quando
o rótulo do alimento diz que o componente rígido ou cortante foi removido do alimento, ex.:
azeitonas sem caroço. A presença de objetos rígidos ou cortantes que ocorrem naturalmente (ex.
fragmentes de caroços em azeitonas sem caroço) é inesperado nessas situações e pode causar lesões.
O FDA definiu os Defect Action Levels (Níveis de Ação de Defeitos) para muitos desses tipos de
defeitos inevitáveis em outros Guias de Conformidade às Políticas e portanto eles não estão sujeitos
às orientações deste documento.
A seguir apresentamos os critérios para recomendar ação legal ao CFSAN Office of Field Programs,
Division of Enforcement and Programs - HFS-605 (Delegacia de CFSAN de Programas de Campo,
Divisão de Cumprimento e Programas).
ou
ou
Uma amostra contendo objeto estranho que atenda o critério c., d., ou e. acima mencionados deve
ser considerada adulterada de acordo com a 21 U.S.C 342 (a) (1) se um risco à saúde for definido
pela revisão do CFSAN. A revisão de risco à saúde do CFSAN nesse caso irá considerar diversos
fatores inclusive o uso pretendido do produto, as etapas subseqüentes do processamento, orientações
e exigências oficiais relacionados a defeitos naturais inevitáveis e outros fatores de atenuação que
poderiam eliminar, invalidar ou neutralizar o risco antes do consumo do produto alimentício.
COMENTÁRIOS:
Se a revisão do CFSAN não observar nenhum risco à saúde associado à amostra contendo o objeto
estranho rígido ou cortante que atende o critério c., ou d. acimas, a amostra deve ser considerada
adulterada de acordo com a U.S.C 324 (a) (3) se uma revisão de CFSAN considerar o artigo
inadequado como alimento. A revisão de CFSAN nesse caso irá considerar os diversos fatores
incluindo as etapas subseqüentes do processamento, extensão da contaminação e uso pretendido do
produto.
A CPG 515.350 trata de objetos inseridos na confecção, que também podem causar a adulteração
dos alimentos de acordo com a 21 U.S.C. 342 (d) (1).
ACUSAÇÕES APRESENTADAS CONTRA A AMOSTRA
As seguintes alegações são adequadas para um produto que satifaz os critérios a. e b. para apreensão
direta do produto.
A peça (foi adulterada quando inserida em e durante comercialização interestadual) (é adulterada
enquanto mantida para vendas após a expedição em comercialização interestadual), de acordo com a
21 U.S.C. 342 (a) (1), que diz que o alimento porta ou contém uma substância nociva que pode
tornar o alimento prejudicial à saúde.
A peça está sujeita a ser rejeitada no recebimento de acordo com o Artigo 801 (a) (3) que diz que a
peça parece portar ou conter uma substância nociva que pode comprometer a saúde.
Publicado: 23/3/1999
Capítulo 28: Objetos rígidos ou cortantes
Atualizado: 9/21/00
o Objetos não-metálicos
o Inclusão de metais
o Inclusão de vidro
Medidas de controle
o Inclusão de metal
o Inclusão de vidro
o Objetos não-metálicos
Diretrizes do FDA
o Objetos rígidos ou cortantes
o Inclusão de metal
o Inclusão de vidro
Procedimentos analíticos
o Determinação rápida de vidro em produtos alimentícios livres de
partículas (HC)
o Outros procedimentos analíticos
Inclusão de Vidro
Fragmentos de vidro podem causar lesões ao consumidor. O FDA's Health Hazard
Evaluation Board sustentou a ação regulamentar contra produtos contendo fragmentos
de vidro de 7 a 25 mm (0,3 a 1,0") de comprimento. Veja a Compliance Policy Guide
555.425.
Problemas com fragmentos de vidro de outras fontes devem ser tratados, quando
aplicável, em um programa de higienização pré-requisito. A regulamentação do APPCC
de frutos do mar exige esse tipo de programa (FDA, 2001b).
Medidas de Controle
Inclusão de Metal
Medidas de controle para “inclusão de metal” podem incluir:
Diretrizes do FDA
Objetos rígidos ou cortantes
Os alimentos são considerados adulterados se:
Sem vidro quebrado nos PCCs para “inclusão de vidro” (FDA, 2001b).
Procedimentos Analíticos
Determinação rápida de vidro em produtos alimentícios livres de partículas (HC
ExFLP-7)
Outros procedimentos analíticos
Ossos e escamas em atum ralado (Freeman, 1978)
Contaminação de alimentos com presença de vidro (Gecan et al., 1990)
Vidro em aparas de carne (AOAC, 1995a)
Sujidades em camarão (Olsen, 1988)
Conchas em mariscos e ostras (AOAC, 1995b)
Casca de caranguejo presente na carne desse (AOAC 1995c)
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RESUMO DA VIGILÂNCIA DO FDA SOBRE O PAPEL DE OBJETOS
ESTRANHOS NAS LESÕES CAUSADAS POR ALIMENTOS
(ANO FISCAL DE 1989)
Produtos(n = 123)
Bebidas não-alcóolicas 19%
Alimentos de bebês 15%
Confeitaria 14%
United States Dept. http://www.fda.gov Livro texto do FDA Bad Bug Book
and Drug Adm. APPCC em Frutos do Mar
Agriculture & Agri http://aceis.agr.ca Agri Web Canada, FSIS - Federal Food
Food Canada Inspection System, Informações sobre o
APPCC, lista de publicações
I. OBJETIVO
II. CANCELAMENTO
RESERVADO
O FSIS está publicando esta diretiva para apresentar instruções para os funcionários
do programa de inspeção para verificar se os estabelecimentos estão tratando da
possibilidade da presença de material estranho em seu produto de maneira adequada,
de acordo com os requerimentos das regulamentações do APPCC – Análise de Perigos
e Pontos Críticos de Controle (Hazard Analysis and Critical Control Point – HACCP),
da lei de Inspeção Federal da Carne (Federal Meat Inspection Act) e da lei de Inspeção
de Produtos de Aves (Poultry Products Inspection Act)
IV. REFERÊNCIAS
Material Estranho: Materiais estranhos são objetos inanimados, tais como metal, plástico,
borracha, madeira, aço ou projétil de chumbo. OBSERVAÇÃO: materiais como ferrugem
ou pó de grades ou trilhos não são contemplados nesta diretiva. O FSIS espera que o
estabelecimento controle a presença de ferrugem e pó de grades ou trilhos como parte da
conformidade com os padrões de desempenho de higienização.
Envie suas
perguntas para o
Centro de Serviços
Técnicos
Vice-
Administrador
Secretaria de
Desenvolvimento
de Políticas e de
Programas