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Formadora
Sandra Morais
Junho 2013
Gestão de Conflitos
Índice
A Génese do Conflito....................................................................................................................4
Definição de Conflito................................................................................................................4
Formas de Conflito.......................................................................................................................5
Conflitos Intrapessoais.............................................................................................................5
Conflitos Interpessoais.............................................................................................................6
Conflitos Intragrupo.....................................................................................................................7
Conflitos Intergrupo....................................................................................................................7
Comunicação Assertiva................................................................................................................8
Competição............................................................................................................................10
Acomodação...........................................................................................................................11
Evitamento.............................................................................................................................11
Compromisso.........................................................................................................................12
Colaboração...........................................................................................................................12
Conceito de emoção...............................................................................................................14
Inteligência Emocional...........................................................................................................15
O que é a Negociação?...........................................................................................................20
Características da Negociação................................................................................................21
Ações Cofinanciadas pelo FSE
e Estado Português 2
Tipos de Negociação...............................................................................................................24
Consequências da Negociação...............................................................................................25
Eficácia Negocial.....................................................................................................................30
ENCERRAMENTO........................................................................................................................33
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Gestão de Conflitos
A Génese do Conflito
Definição de Conflito
Conflito é uma situação em que dois
ou mais objetivos pertencentes a uma
ou mais pessoas, são mutuamente
exclusivos, por serem incompatíveis,
gerando assim, atitudes de
hostilidade. Entende-se por conflito a
exacerbação de divergências entre
duas pessoas com envolvimento
emocional das partes.
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Formas de Conflito
Um grupo compõe-se de indivíduos com características de personalidade
diversas e por isso mesmo é natural que a vida em grupo provoque tensões,
que se podem revestir de formas diferentes, conforme os casos:
• Conflitos Intrapessoais
• Conflitos Interpessoais
• Conflitos Intragrupo
• Conflitos Intergrupo
Conflitos Intrapessoais
Os conflitos intrapessoais estão relacionados com a interioridade do indivíduo e
a sua necessidade de dar uma só resposta entre duas, que se excluem
mutuamente. Podemos identificar três variantes destes tipos de conflito:
1. Conflito Atracção-Atracção
Existe quando a pessoa está perante dois objetivos ou situações atraentes e ao
escolher uma, terá que renunciar a outra, uma vez que ambas não podem ser
concretizadas simultaneamente.
Exemplo:
A necessidade de trabalhar e de ter uma carreira brilhante pode entrar em
conflito com o desejo e a necessidade de ter um filho e de ficar em casa para
cuidar dele.
2. Conflito Repulsão-Repulsão
A pessoa está colocada entre duas alternativas desagradáveis e tem
dificuldade em escapar, simultaneamente, das duas. Trata-se de uma escolha
difícil porque, não optar, implica automaticamente que qualquer uma das
situações se imponha.
Este tipo de conflito está relacionado com os valores pessoais e com os
comportamentos que o indivíduo exige e teme de si mesmo, porque envolve
toda a problemática da clarificação dos valores pessoais.
3. Conflito Atracção-Repulsão
A pessoa encontra-se perante dois aspetos da mesma situação e qualquer
decisão tem vantagens e desvantagens. Estes, talvez sejam os conflitos mais
comuns, porque se referem à existência de um objeto ou situação que tem
características positivas e agradáveis mas que, também, tem características
negativas e desagradáveis.
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Conflitos Interpessoais
Este tipo de conflito surge entre indivíduos, devido a diferenças individuais de
sexo, valores, crenças, nível social, estatuto, cultura, etc., podendo ter, de
modo geral, as seguintes razões:
• Diferenças Individuais
As diferenças de idades, sexos, atitudes, crenças, valores e experiências
contribuem para que as pessoas vejam e interpretem as situações de múltiplas
maneiras. Em situações onde se demarque a diferença individual, as situações
de conflito são inevitáveis.
• Diferenciação de Papéis
Os conflitos interpessoais podem também surgir da dificuldade em determinar
quem pode dar a ordem a outro. Se a autoridade de uma pessoa não é aceite
pelo outro, surge o conflito. Quando a entidade patronal e o colaborador estão
de acordo quanto a determinado trabalho que é preciso realizar, mas se a
entidade patronal fala em tempo suplementar para o realizar, o empregado
pode não estar de acordo. O empregado poderá não dizer que não, somente
porque daí poderiam, posteriormente, advir problemas para o seu desempenho
profissional.
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Conflitos Intragrupo
A forma dos trabalhos e estrutura organizativa do grupo deve ser coerente e
sempre que possível reduzir as ambiguidades existentes no grupo, quanto a
papéis e estatutos, tendo que ser estes últimos devidamente definidos e
coerentes entre si e o grupo.
Conflitos Intergrupo
Muitas das causas de tensões surgem de forma externa ao grupo, tensões
intergrupos que se manifestam nas relações com outros grupos dentro da
mesma organização, por vezes com natureza diferente.
O conflito tem um papel positivo na organização. Cabe ao gestor ou líder geri-lo
de forma eficaz para a sua organização.
• Disputa de papéis
• Escassez de recursos
• Distorção e manipulação da informação
• Diferenciação de tarefas
•Orientação diferente quanto ao tempo necessário para a tarefa ou
concretização dos objetivos
• Estrutura e relações efetuadas
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• Manifesto
• Desfecho
Comunicação Assertiva
A Atitude Auto-Afirmativa
A atitude de auto-afirmação também pode ser chamada «assertividade». Este
termo tem origem no verbo «to assert» que significa afirmar.
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Através de:
- Estabelecendo a sua própria escala de prioridades;
- Dizendo “não” sem ter necessidade de se justificar;
- Procurar aquilo que realmente deseja;
- Pedir explicações sempre que não percebeu alguma coisa;
- Tentar saber qual a imagem que os outros têm de si próprio.
A assertividade leva a:
- Exprimir o que se pensa ou se sente, sem ambiguidades;
- Ser objetivo, elogiar os outros sempre que mereçam, elogiar-se a si próprio
mesmo na presença de terceiros;
- Exprimir o que se sente e pensa através da palavra, postura e gesto;
- Discordar. Contradizer e refutar as ideias do outro sempre que não se
concorde com as mesmas;
- Falar de forma direta;
- Improvisar sempre que necessário, desde que a opinião corresponda a ideias
e sentimentos honestos e verdadeiros;
- Manter com os outros, relações assentes na confiança mútua;
- Estar mais à vontade nas relações com os outros.
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Vantagens:
Desvantagens:
Ações Cofinanciadas pelo FSE
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Desmotivante
Solução temporária
Vantagens:
Garante a harmonia
Evita ruturas
Evita a competição
Desvantagens:
Vantagens:
Adia a tensão
Desvantagens:
Ações Cofinanciadas pelo FSE
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Restritiva
Solução temporária
Vantagens:
Torna as perdas mais toleráveis por se saber que atingem todas as partes
Desvantagens:
Vantagens:
Aprofundamento mútuo
Solução mútua
Fomenta a motivação
Ganha/Ganha
Desvantagens:
Demorada
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Fases do Conflito
Para tentar solucionar os conflitos, deve sempre ter em linha de conta:
• A análise de cada situação é importante para encontrar a solução para o
problema.
• Deve-se evitar que os conflitos ou as causas que mantêm os conflitos não se
arrastem.
• Analisar os factos que estão na sua origem.
• O mesmo problema pode ter interpretações diferentes e cada um dos
interlocutores pode atribuir também valores diferentes, por isso é importante
analisar os processos de comunicação entre os elementos do grupo.
• Analisar os objetivos de cada interlocutor e os seus desacordos e métodos
para atingir as suas metas.
• Qual a natureza e discussão dos métodos.
• Os valores que cada elemento apresenta sobre os mesmos factos e realidade
do problema.
Fases do Conflito
Um conflito tem as seguintes fases:
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possui a mesma raiz que a palavra “motor”. Podemos dizer que as nossas
emoções nos põem em movimento, que elas nos fazem agir, em suma, que
elas são o motor dos nossos comportamentos
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Inteligência Emocional
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•Gestão das suas metas e dos seus objetivos: fixar metas realistas em todas
as esferas da sua vida;
•A Auto motivação: motivar-se a si próprio na prossecução das suas metas,
ser capaz de criar energia interna;
•A atitude positiva: manter uma atitude positiva e realista mesmo quando nos
momentos mais difíceis.
Conclusão:
A um elevado QE corresponde maior sucesso profissional e satisfação.
A um elevado QE corresponde também um sistema imunitário mais resistente,
mais saúde e bem-estar.
Examinemos a estratégia:
- Perceber a emoção do indivíduo;
- Reconhecer a emoção como uma oportunidade de intimidade e transmissão
de experiência;
- Escutar com empatia, legitimando os sentimentos do indivíduo;
- Ajudar o indivíduo a nomear e verbalizar as emoções;
- Impor limites e, ao mesmo tempo, ajudar o indivíduo a resolver os seus
problemas.
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1. Competência Pessoal
Estas competências determinam como nos gerimos a nós próprios.
• Autoconsciência
Conhecer os nossos estados internos, impulsos, recursos e intuições.
- Autoconsciência emocional: Reconhecer as próprias emoções e os seus
efeitos
- Auto-avaliação precisa: Conhecer as próprias forças e limitações
- Autoconfiança: Confiança nas capacidades e valores próprios
• Auto-regulação
Gerir os próprios estados internos, impulsos e recursos.
- Autodomínio: Gerir emoções e impulsos negativos
- Inspirar confiança: Conservar padrões de honestidade e integridade
- Ser consciencioso: Assumir responsabilidades pelo desempenho pessoal
- Adaptabilidade: Flexibilidade em lidar com a mudança
- Inovação: Sentir-se à vontade e aberto a novas ideias, abordagens e
informação.
• Motivação
Tendências emocionais que orientam ou facilitam o cumprimento de objetivos.
- Vontade de triunfar: Lutar por se aperfeiçoar ou atingir um padrão de
excelência.
- Empenho: Alinhar com os objetivos do grupo ou organização
- Iniciativa: Estar preparado para aproveitar oportunidades
-Otimismo: Persistência na continuação dos objetivos apesar dos obstáculos e
contrariedades.
2. Competência Social
Estas competências determinam a forma como lidamos com as relações.
• Empatia
Consciência dos sentimentos, necessidades e preocupações dos outros.
- Compreender os outros: Ter a perceção dos sentimentos e das perspetivas
dos outros e manifestar um interesse ativo nas suas preocupações
- Desenvolver os outros: Ter a perceção das necessidades de
desenvolvimento dos outros e fortalecer as suas capacidades
- Orientação para o serviço: Antecipar, reconhecer e ir ao encontro das
necessidades dos outros
- Potenciar a necessidade: Cultivar oportunidades com diferentes tipos de
pessoas
- Consciência política: Ler as correntes emocionais e as relações de poder
num grupo
Ações Cofinanciadas pelo FSE
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3. Competências sociais
Capacidade de induzir respostas favoráveis nos outros.
- Influência: Exercer táticas eficazes de persuasão
- Comunicação: Ouvir com abertura e enviar mensagens convincentes
- Gestão de conflitos: Negociar e resolver desacordos
- Liderança: Inspirar e guiar grupos e pessoas
- Catalisador da mudança: Iniciar e gerir a mudança
- Criar laços: Alimentar relações
- Colaboração e cooperação: Trabalhar com outros para objetivos comuns
- Capacidade de equipa: Criar sinergias de grupo no desenvolvimento de
objetivos coletivos
“ Quando os homens fracassam, o que lhes faltou não foi inteligência: foi
paixão”
Struther Burt
O
que é a Negociação?
É um processo de decisão conjunta existente numa situação de conflito de
interesses, num contexto de interação, implicando no mínimo dois
participantes. Com efeito, a negociação ocorre para resolver conflitos estando-
lhe subjacente a “ideia” da troca. A necessidade de negociar verifica-se assim,
sempre que numa dada situação, os interesses de várias entidades se chocam
na medida em que, cada uma procura satisfazer as suas necessidades.
Através de negociação as partes procuram encontrar, via diálogo, uma solução.
Na melhor das hipóteses, essa solução satisfaz inteiramente as partes
envolvidas e, na pior, produz dissonâncias e, eventualmente, conflito.
A Negociação ocorre nos mais diversos planos da vida de um indivíduo, a nível
pessoal, económico, social e organizacional. Trata-se do processo através do
Ações Cofinanciadas pelo FSE
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Características da Negociação
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e Estado Português 23
Tipos de Negociação
Negociação Distributiva
Negociação Integrativa
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e Estado Português 25
Consequências da Negociação
• Ganho-Ganho
Numa negociação ganho/ganho ambas as partes pensam que conseguirão o
que pretendem. Por outras palavras, encontrou-se uma via que permite às
duas pessoas atingirem os seus objetivos. Nem sempre é possível que o
conflito seja resolvido numa perspetiva de vencedor/vencedor, no entanto os
resultados estimulam que se aponte nesse sentido, não só porque ambas as
partes ficam satisfeitas, mas porque melhora o seu nível de entendimento e
relação.
• Ganho-Perda
Alguns conflitos não podem ser resolvidos a não ser por uma via de ganho-
perda. Conflitos em torno de factos levam a um vencedor. Similarmente,
quando está em jogo um resultado indivisível que é procurado por ambas as
partes, (por exemplo uma promoção) muito raramente se verificará outro
desenvolvimento que não uma posição de vencedor/vencido.
• Perda-Perda
Ocorre sempre que um conflito tem resultados negativos para ambas as partes.
Como a designação implica, as situações de vencido/vencido não satisfazem
ninguém, contudo não são tão invulgares como se poderia supor.
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Compromisso
O Compromisso é uma estratégia alternativa ‘default’, quando não se obtém
sucesso com as demais estratégias: tentou-se competir, colaborar ou evitar e
não foi possível. Até mesmo a Acomodação às vezes não é garantia de
sucesso. Além de uma alternativa a outras estratégias, o Compromisso pode
ser usado quando uma verdadeira Colaboração não parece ser possível: a
situação pode ser muito complexa ou difícil, ou o relacionamento pode estar já
desgastado impedindo que as partes possam trabalhar juntas num verdadeiro
ganha-ganha. Quando as partes têm pouco tempo ou pouco de algum outro
recurso crítico para atingir a Colaboração, o Compromisso é geralmente rápido
e eficiente. E esse seria outro motivo para adotar essa estratégia. O
compromisso permite o atingimento de acordos provisórios ou temporários para
problemas complexos. Poderemos assim concluir, que esta solução é
geralmente aplicada em situações em que não se chega a um acordo
satisfatório para as partes, mas que cada uma se compromete com
determinados aspetos em benefício de uma resolução rápida do problema
Compromisso
Negoceia
Procura por acordos e trocas
Procura encontrar soluções aceitáveis ou satisfatórias
Acordo
A maior garantia de que qualquer acordo será cumprido é ser celebrado de livre
vontade e corresponder à vontade real dos seus celebrantes. Ora,
possibilitando a mediação a salvaguarda de todas as expectativas em jogo e o
alcançar de uma solução justa e equilibrada para todos os intervenientes,
baseada em soluções encontradas pelos próprios – que são quem melhor
conhece os motivos e os contornos do seu conflito – o entendimento a que se
chega no final do processo de mediação é a maior garantia do seu
cumprimento por satisfazer as necessidades de todos os envolvidos.
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Power – Para se ter poder é preciso acreditar que se tem poder. O poder de
decisão, de escolha, de influenciar, de buscar e de construir alternativas, etc. O
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Na Negociação:
• Escuta ativa
- Estabeleça contacto visual
- Vá mostrando interesse na conversa
- Não use gestos que sirvam de distração
- Faça regularmente perguntas
- Tente parafrasear o seu interlocutor
- Não interrompa nem fale ao mesmo tempo
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ENCERRAMENTO
Era uma vez um ancião que passava os dias sentado junto ao poço na entrada
da aldeia onde morava...Um dia, um jovem aproximou-se e perguntou-lhe:
- Nunca estive por aqui... Como são os habitantes desta terra?
O ancião respondeu-lhe com outra pergunta:
- Como eram os habitantes da cidade de onde vens?
- Egoístas e maus, por isso fiquei feliz por ter saído de lá.
- Assim são os habitantes desta cidade, respondeu-lhe o ancião.
Pouco depois, outro jovem aproximou-se e fez a mesma pergunta:
Como da primeira vez, o ancião devolveu a pergunta:
- Como eram os habitantes da cidade de onde vens?
Eram bons, generosos, hospitaleiros, honestos e trabalhadores.
Tinha tão bons amigos que me custou muito separar-me deles.
Os habitantes desta aldeia também são assim, respondeu o ancião.
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