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Paralisia Cerebral
Denise Cipriano
Docente do curso de fisioterapia
UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá
De_cipriano@yahoo.com.br
Resumo:
Paralisia Cerebral (PC) é uma lesão que atinge o cérebro quando este é
imaturo, e interfere no desenvolvimento motor normal da criança. É o
resultado de uma lesão ou mau desenvolvimento do cérebro, de caráter
não progressivo, existindo desde a infância.
A abordagem fisioterapêutica teria a finalidade de preparar a criança
para uma função, manter ou aprimorar as já existentes, atuando
sempre de forma a adequar a espasticidade.
Apresentação: oral
1. Introdução
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Em crianças com necessidades especiais, com déficit motor, ou ainda,
especificamente, a paralisia cerebral, é possível perceber atrasos
motores devido ao fato de que, geralmente, elas têm menos
oportunidades de se movimentar. Crianças com paralisia cerebral
apresentam menor proficiência de movimento com claras dificuldades
no seu controle motor, pois a paralisia cerebral caracteriza-se por um
distúrbio motor não progressivo, que inclui alterações de tônus, postura
e movimento, sendo freqüentemente mutável e secundário à lesão do
cérebro imaturo que pode vir a ocorrer nos períodos pré, peri ou pós-
natal.
2. Etiologia
Pré-natais
diminuição da pressão parcial de oxigênio
diminuição da concentração de hemoglobina
diminuição da superfície placentária
alterações da circulação materna
tumores uterinos
nó de cordão
cordão curto
malformações de cordão
prolapso ou pinçamento de cordão
Perinatais
Fatores maternos
idade da mãe
desproporção céfalo-pélvica
anomalias da placenta
anomalias do cordão
anomalias da contração uterina
narcose e anestesia
Fatores fetais
primogenidade
prematuridade
dismaturidade
gemelaridade
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malformações fetais
macrossomia fetal
Fatores de parto
parto instrumental
anomalias de posição
duração do trabalho de parto
Pós-natais
anóxia anêmica
anóxia por estase
anóxia anoxêmica
anóxia histotóxica
3. Tipos de PC
4. Diagnóstico
É importante:
– história de comprometimento predominantemente motor não
evolutivo;
– exame neurológico capaz de identificar o tipo de PC;
– EEG nos casos em que há epilepsia associada;
– TAC e RM na demonstração das alterações estruturais cerebrais.
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5. Quadro Clínico
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córeo-atetóides ou à combinação de ataxia com plegia (sobretudo
diplegia). No total, cerca de 75% dos pacientes doentes com paralisia
cerebral apresentam padrão espástico.
6. Tratamento
O tratamento é paliativo, visto que não se pode agir sobre uma lesão já
superada e cicatricial.
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independência motora e a praxias complexas. O método de Kabat, que
se baseia na utilização de estímulos proprioceptivos facilitadores das
respostas motoras, partindo de respostas reflexas e chegando à
motricidade voluntária. O atendimento fisioterápico deve levar em conta
sempre as etapas do DPM normal, e utilizar vários tipos de estimulação
sensitiva e sensorial.
Estudo feito a partir dos anos 80 por Scott, relatou o inicio da utilização
da Toxina Botulínica para casos de estrabismos e,
posteriormente blefaroespasmo, entre outros. Já em 1.990 a Academia
Americana de Neurologia liberou a utilização da Toxina Botulínica para
casos de distonia. Em 1994, esta mesma Academia Americana de
Neurologia estabeleceu normas para a utilização da Toxina Botulínica e
seus princípios de tratamento.A utilização da Toxina Botulínica é a
mais indicada para distonias focais, condições não distonicas,
indicações cosméticas e hiperidrose.
O efeito da Toxina Botulínica tem início entre 24-72 horas, com melhora
clínica entre 7-10 dias, com duração do efeito de aproximadamente 3
meses. Os efeitos colaterais podem ser dores, formação de equimoses ou
hematoma nos locais de aplicação, acentuada fraqueza muscular
transitória e astenia.
A toxina Botulínica só pode ser utilizada para a espasticidade quando
outros métodos tradicionais falham. Quando utilizada em membro
superior, são mais aplicadas em espasticidade dos flexores do punho e
do antebraço, nos membros inferiores para espasticidades dos
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músculos adutores do quadril, flexores do joelho e do pé, como, por
exemplo, nas crianças com paralisia cerebral e marcha com equinismo.
7. Referencias
Tratamento da Espasticidade
http://www.scielo.br/pdf/anp/v56n4/1644.pdf