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PARECER PSICOLÓGICO

Esse parecer foi elaborado conforme o Conselho Nacional de Saúde,


Resolução nº196/96, do Conselho Federal de Psicologia, Resolução N.º
007/2003 - Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos
pelo psicólogo decorrentes de avaliação psicológica e revoga a Resolução CFP
N.º 017/2002 e de acordo com a Resolução SE 11, de 31-1-2008 – Sala de
Recursos

1 – Dados de Identicação

Parecista: Cleusa da Conceição R. Shibata - Acadêmica do 9º Termo do Curso


de Psicologia da Faculdade de Ciências da Saúde - FASU/ACEG.
Solicitação efetuada pela EMEF Governador Mário Covas
Nome: G. A.C.C
Idade: 11 anos
Escolaridade: 4º ano do ensino fundamental – cursando
Escola: EMEF Governador Mario Covas

2 – Instrumental Técnico Utilizado

Entrevistas

Sessões interativas

WECHSLER - DFH III - Desenho da Figura Humana desenvolvimento


Cognitivo de CriançasBrasileiras

3 – Queixa principal

Foi relatado pelo solicitante que o aluno em questão apresenta


dificuldades em aprendizagem, não assimila os conhecimentos. Pediu para que
fosse investigada sua dificuldade.

4 - Áreas Avaliadas
4.1 – Desenvolvimento da motricidade geral:
Auto-identificação: G.A.C.C., disse que gosta de escrever, tem
dificuldade de se expressar, são poucas as letras que conhece foi com muita
dificuldade que ele escreveu o abecedário, com as vogais a identificação foi
melhor. Aparentemente goza de boa saúde.

4.2 – Integração Sensório-Motora

O paciente tem dificuldades de realizar tarefas rotineiras de


aprendizagem, não consegue formar palavras e digítos se não tiver onde ele
copiar, quanto a números sabe contar mas não em seqüência, as habilidades é
muito lenta, Quanto a orientação do tempo deixa a desejar. Não saber ler e
escrever.

4.3 – Habilidades Perceptivas-motora

Nas sessões não apresentou dificuldades de audição, o que lhe foi


perguntado e conversado respondeu com certa timidez, como não sabe e
escrever sua dificuldade de comunicação torna-se difícil, o incentivo em casa
também é quase nulo.

4.4 – Desenvolvimento da linguagem

Seu vocabulário pobre impede-o de se comunicar, com isto acredito que


vem daí a dificuldade de aprendizagem, portanto o paciente deve ser auxiliado
mais proximal para que tenha seqüências verbais e numéricas.

4.5 - Habilidades Conceituais

Conceito numérico : não tem seqüência numeral, não tem capacidade de


somar, subtrair, dividir e multiplicar, sua capacidade para aplicar
conceitos matemáticos exige muito determinismo e é o que não tem,
porque não houve cobrança com responsabilidade , tem vontade de
saber e sozinho fica difícil a aprendizagem.

5- Conclusão Diagnóstica

Foi aplicado além de outros matériais utilizados nos psicodiagnósticos, o teste


da figura humana (DFH III) que pretende avaliar a relação do desenho com as
seguintes habilidades: verbal, viso-motor, discriminação visual e capacidade
conceitual.
Deve ser utilizado em crianças entre 5 e 12 anos, pois auxilia na
avaliação do período das operações concretas, segundo Piaget. A relação
entre o desenho e o desenvolvimento conceitual se dá porque as crianças,
primeiramente, desenham o que sabem, e não o que vêem. Com o
desenvolvimento cognitivo, a criança passará a tentar mais e mais representar
os objetos como os vê, surgindo gradualmente os conceitos de tamanho,
proporção, posição relativa das partes, relação espacial, etc. A prova ainda
avalia a maturidade intelectual, capacidade de percepção, de abstração e
generalização.
No decorrer do psicodiagnóstico. Foi passado para o paciente, alguns
jogos de memorização, raciocínio. Jogos de bingo de letras, para perceber sua
concentração e/ou agilidade em seus pensamentos. G. A.C.C não tem uma boa
concentração, acerta as letras por exclusão. Falta mais incentivos, para que ele
consiga aprender e memorizar mais o que for passado. Podendo ocorrer tudo
isso por aspectos da falta dos pais em cobrar com mais asssiduidades, no
psicodiagnóstico não foi observado que possa ter problemas graves no sistema
familiar. O resultado do DFH III foi Déficit cognitivo significativo para a sua
idade cronológica.
De acordo com a Resolução SE 11, de 31-1-2008 – SALA DE
RECURSOS.
No artigo 1º - IV – alunos com outras dificuldades ou limitações
acentuadas no processo de desenvolvimento, que dificultam o
acompanhamento das atividades curriculares e necessitam de recursos
pedagógicos adicionais.
De acordo com a avaliação feita através de entrevistas, exercícios de
aprendizagem, memória/concentração, percebe-se que a criança apresenta
muita falta de concentração, interesse e um déficit cognitivo significativo para a
sua idade cronológica.

REFERÊNCIAS
CONSELHO FEDERAL PSICOLOGIA RESOLUÇÃO N.º007/2003 - Institui o
Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo,
decorrentes de avaliação psicológica e revoga a Resolução CFP N.º 017/2002.

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE, RESOLUÇÃO 196/96;

RESOLUÇÃO SE 11, DE 31-1-2008 – SALA DE RECURSOS.

VALET, R. E. Tratamento de Distúrbios de Aprendizagem: Manuel de


programas psicoeducionais. EPU. São Paulo. 1977.

WECHSLER, S. M. DFH III: O Desenho da Figura Humana: Avaliação do


desenvolvimento Cognitivo de Crianças Brasileiras. 3ª Edição Ver – Campinas.
2003.

Garça, 06 de abril de 2009.

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CLEUSA DA CONCEIÇÃO R. SHIBATA
R.A.Nº 50.380-Estagiária em Psicologia 9º termo

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PROFA. DRA. JANETE DE AGUIRRE BERVIQUE
Coordenadora da CEPPA e Supervisora de Estágio

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