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Samskaras 1
Grha samskaras védicos 1
Elementos dos samskaras 4
Homa 5
Vivaha (Casamento) 8
Esboço do casamento 9
Adhivasa (Rito preliminar) 11
Ritos comuns 17
Acamana 17
Svasti vacanam 18
Sankalpa 19
Ghata stapana 20
Visnu puja 22
Visnu puja & sattvika vrddhi sraddha 25
1. Vag danam 28
2. Mrd harana (Plantando sementes) 29
3. Haridra lepana (Passando turmerique) 29
4. Visnu puja & sattvika vrddhi sraddha 30
Svasti vacanam 31
Sankalpa 32
5. Jnati karma (Ritos dos parentes) 32
Mangala Acarana 33
6. Madhuparka (Recebendo o noivo) 42
Asana (Oferecendo assento) 44
Padya (Lava-pés) 44
Arghyam 45
Acamanyam 45
Madhuparka 45
7. Sampradanam (Dando a noiva) 46
8. Go moksana (Soltando a vaca) 49
9. Acchidra vacana (Palavras p/absolver) 49
10. Visnu smarana, kirtana, pranama
11. Kusandika (Consagrar fogo antes do homa) 50
Abhyuksana patra sthapana (Estab.pote d’água) 50
Panca rekha sthapana (Desenhar linhas) 50
Utkara nirasana (Tirando terra do kunda 51
Rekha abhyuksana (Purificar linhas c/água) 51
Agni samskara (Retirar fogo inauspicioso) 52
Agni sthapana (Instalar fogo) 52
Agni avahana (Chamar divindade do fogo) 52
Agni puja (Adorando o fogo) 52
Visnu stuti (Louvor a Visnu) 52
Brahma sthapana (Instalando a autoridade) 53
Caru sthapana 54
Bhumi japa 54
Agni sammukhi karana (Aproximando o fogo) 55
Trnadi sodhana 55
Svastika nivedana 56
Vimsati kasthika homa 56
Ajya samskara 56
Sruva samskara 57
Udakanjaliseka 57
Agni paryuksana 58
Virupaksa japa 58
Amantrika homa 59
12. Vastraparidhapana (Dando veste nova p/noiva) 59
13. Sindhura dana 60
14. Amantrika homa
15. Mahavyahrti homa
16. Ajya homa 61
17. Vyasta samasta vyahrti homa 62
18 & 19. Laja homa & asma kramana 62
20. Agni pradaksina (circumambular fogo)
21. Asmakramana, laja homa & pradaksina (+ 2 X)
22. Sapta pada gamanam (Pisando em 7 círculos) 65
23. Abhisekana (Aspergindo casal c/água de kumbha
24. Pani grahanam (Pegar maos da noiva) 66
25. Vyasta samasta mahavyahrti homa
26. Udicya karma, vaisnava homa, purna huti, santi dana
27. Uttara vivaha (Ritos subsequentes) 67
28. Dhruva darshana 68
29. Vyasta samasta mahavyahrti homa: homa,
udicya karma,vaisnava homa,purnahuti,santidana
30. Bhojana (Tomando prasadam) 70
Yana arohana (Subindo no veículo) 70
31. Dhrti homa 71
32. Caturthi homa 72
Prayascitta (p/neutralizar falhas) 72
Udicya karma (Ritos concludentes) 74
Esboço 74
Sankalpa 74
Agni avahana 75
Agni (Vidhu) puja 75
Amantrika homa 75
Mahavyahrti homa 76
Visnu smaranam 75
Prayascitta 75
Mahavyahrti homa 76
Vaisnava homa 77
Agni paryuksana 80
Darba jutika homa 81
Purna huti 81
Santi dana 81
Tilaka dharana 82
Brahmana daksina 82
Acchidra vacana 83
Kirtana, pranama, vaisnava seva 83
Vaisnava diksa 1
Pancaratrika samskara 1
Pancaratrika diksa & o santo nome 1
Ritos vaidika e pancaratrika 3
Diksa - necessidade da iniciaçao 4
Definiçao de diksa 6
Tipos de guru 7
Qualificaçao do guru 9
Qualificaçao do discípulo 11
Período de exame 13
Pedido de iniciaçao 14
Diksa vidhi 15
Mandapa, flâmulas 15
Kunda 16
Acamana, svasti vacana 16
Sankalpa 18
Guru varana 18
Mandala 19
Shanka pratistha (Estabelecendo a concha) 19
Kumbha sthapana (Estabelecendo pote d’água) 20
Avahana (Chamando Krishna p/o pote) 20
Guru puja 21
Gauranga puja 21
Sodasa upacara krsna puja 22
Tantrika homa 23
Panca samskara 27
Simplificado 28
Votos 29
Seguir ordens do guru 29
Nitya kriya 30
Naimittika kriyas 31
Utsava (jejum) compulsório 31
Calendário vaisnava 33
Acharya puja 34
Tirobhava (Dias de desaparecimentos) 37
Boas vindas p/acharyas 37
Sannyasa sukta 38
Samskaras:
Garbhadanam 1
Importância 1
Época 1
Horários proibidos 1
Condiçao corporal, local, etc. 2
Idade e permissao do guru 3
Procedimento védico 3
SAMSKARAS
Introduçao
Além das atividades diárias (nitya kriya) e das atividades quinzenais e mensais, que sao
realizadas pelos devotos regularmente, existem algums atividades que um indivíduo realiza,
nao em bases regulares, seja diária ou anualmente, porém mais irregularmente.
Os samskaras védicos sao realizados nao sobre o Senhor, nem sobre si mesmo, mas sim
feitos pelo marido na sua esposa e filhos, em períodos específicos de desenvolvimento da
criança.
Funçao:
Embora os samskaras védicos possam ser considerados atividades secundárias porque sao
descartados quando se passa além do corpo material e sociedade, eles sao importantes
porque santificam e preparam o corpo e mente para as atividades primárias do serviço
devocional. Embora nao haja outra qualificaçao para se dedicar ao serviço devocional além
da fé, quem se submeteu aos samskaras da maneira correta e também possui fé levará mais
vantagem no progresso de seu sadhana. Portanto os acharyas sempre enfatizaram a
importância de se submeter a todos samskaras.
garbadhana (impregnaçao)
pumsavana (fazendo uma criança do sexo masculino
simantonayanam (partindo o cabelo)
sosyanti homa (parto seguro)
jata karma (nascimento)
niskramana (primeiro passeio)
nama karana (aposiçao de nome)
pausti karma (nutriçao)
anna prasanam (comer graos)
karna vedha (furar as orelhas)
cuda karanam (cortar cabelo)
vidyarambha (ingressar na escola)
upanayanam (iniciaçao no gayatri)
samavartana (graduaçao)
vivaha (casamento)
e mais
antyesthi (funeral)
Estes ritos sao realizados na esposa e na criança pelo marido. Um propósito dos ritos é para
produzir e criar progênie saudável, inteligente, mentalmente sadia, aos quais será
assegurado obter devoçao pelo Senhor Supremo e refúgio final em Sua morada após
abandonar o corpo material.
Os ritos também servem o propósito de assegurar que o homem e sua esposa se tornem
conscientes do dever espiritual da vida casada, e que nao explorem a vida matrimonial para
seu próprio prazer sexual.
Em geral, o homem casado é quem realiza os ritos (na sua esposa e filhos). Embora as
regras estritas dos nitya-kriyas também sejam prescritas tendo em mente o grhastha, todos
ashramas praticam-nos até certo ponto. Os samskaras védicos entretanto, tratam
diretamente do único ítem característico somente do grhastha ashrama: vida sexual e suas
consequências. Realizar os samskaras védicos portanto é dever específico do homem
casado.
A primeira metade desse manual é um argumento para a adoraçao de Vishnu à exclusao dos
devatas, com ampla evidência escritural. Por conseguinte, em seu procedimento prático
para os samskaras, ele substitui a adoraçao de Vishnu e todos Seus associados pela
adoraçao de Ganesha, das shaktis materiais, e deidades planetárias. Ao passo que a
adoraçao de devatas (que sao devotos mixtos), só traz auspiciosidade material, a adoraçao
de Vishnu e Seus associados (que sao devotos puros), traz salvaçao espiritual.
Gopal Bhatta Goswami cita a alternativa para o vaisnava segundo o Padma Purana:
Do mesmo modo, em vez de adorar as nove deidades planetárias, deve-se adorar os nove
yogendras, e em lugar de adorar os dik palas (protetores das direçöes) deve-se adorar os
maha-bhagavatas. Ao invés de adorar matr gana (dezesseis expansöes de Durga,
encarregadas da energia material) deve-se adorar as consortes do Senhor que sao o abrigo
das energias espirituais.
Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakur aceitou Sat Kriya Sara Dipika como o manual
vaisnava autorizado para samskaras, assim como aceitou o Hari Bhakti Vilasa como
escritura autorizada para arcana, e recomendou que todos vaisnavas grhasthas seguissem
seus procedimentos.
XXX
Além do mais, em todos casos a realizaçao de yajna ou outras cerimônias deve sempre ser
acompanhada pelo cantar dos Santos Nomes do Senhor.
Os oito outros processos devem ser executados, mas devem ser precedidos e seguidos de
kirtana, o cantar do Santo Nome.
CC Madhya v.6 p.53
do Bhakti Sandarbha, Jiva Goswami
acamana
svasti vacana, mangala acarana: oraçöes p/auspiciosidade
sankalpa: voto
ghata sthapana: estabelecer ghata p/adoraçao
visnu puja: no ghata
adhivasa: apresentar artigos auspiciosos (geralmente realizado na noite anterior à
cerimônia)
sattvika vrddhi sraddha: visnu, maha bhagavata e sakti puja, cediraja puja
(vasudhara) e adoraçao do guru parampara via oferecer visnu prasadam (geralmente
feito na manha da cerimônia)
* ritos de samskara: atividades do samskara específico
kusandika: preparar o kunda e o fogo
* ahuti: oferecer oblaçöes diferentes para cada samskara
udicya karma: ritos p/concluir
acchidra vacana: perdao por ofensas
dana: presentes para os Vaisnavas e festival
Os elementos que diferem a cada samskara vem marcados com asterisco (*). Os outros
elementos sao os elementos em comum. Estes foram relatados por escrito apenas uma vez
no início, mas devem ser realizados para todos samskaras no momento apropriado.
Os padröes de limpeza e pureza de mente para os samskaras sao idênticos como para
adoraçao das deidades. Como as primeiras atividades (achamana, svasti vacana, sankalpa,
ghata sthapana, avahana, puja) sao partes de adoraçao às deidades, deve-se consultar o
manual de puja para maiores detalhes.
HOMA
Homa ou oferecer oblaçöes no fogo é característico dos rituais védicos. É o método védico
de adorar Vishnu. O Senhor é adorado por oferecer ghee, graos, flores, especiarias e frutas
no fogo, que atua como boca ou agente consumidor que carrega a oferenda a Vishnu. A
oferenda é acompanhada por mantras védicos que se dirigem ao Senhor de forma
específica a levar um determinado pedido.
Mandapa:
Este é o local onde o quadrado reservado para o fogo deve se situar e onde as cerimônias
terao lugar. Deve estar livre de impurezas e ser limpo com excremento de vaca e água,
coberto por um dossel, e decorado com folhas de árvores auspiciosas (tais como a
mangueira), com troncos de bananeira, guirlandas, potes d’água nas oito direçöes,
bandeiras, e desenhos no chao.
Kunda:
O fogo é estabelecido num local quadrado medindo um hasta e um musti de cada lado. O
local poderá ser cercado por paredes de um degrau ou entao três. Deve-se situar num local
que esteja livre de cabelo, ossos ou qualquer artigo impuro. Se um kunda nao puder ser
construído, pode-se realizar o homa numa área de areia com as mesmas dimensöes
(sthandila).
Medidas:
As medidas do kunda e outros artigos do sacrifício sao determinadas pelo corpo de quem
realiza o sacrifício, ou da pessoa em nome de quem o sacerdote está realizando o sacrifício
(o yajamana). A seguir algumas medidas mais comuns:
Deve-se usar madeira de árvores tais como mangueira, banyan (Ficus Bengalensis ou
Figueira da India, bilva, sami, palasa, bakula, pippal (Ficus Religiosa), e campaka. Nao se
deve usar madeira molhada, madeira produzida num local sujo ou contaminado por artigos
impuros, madeira comida por vermes, madeira com seiva azeda ou com espinhos. A
madeira deve ser cortada do tamanho do kunda e no comprimento de um pradesa.
Fonte do Fogo:
O fogo usado no kunda poderá vir da casa de um brahmana, ou poderá ser gerado
golpeando-se pedras ou usando o arani. O fogo poderá ser colocado sobre um prato de
metal de sino ou num prato puro; pequenos pedaços de madeira e cânfora devem ser
adicionados e o fogo deve entao ser colocado no kunda.
Membros do Fogo:
Diz-se que a madeira sao os ouvidos do fogo; a fumaça sao as narinas; as chamas menores
os olhos, as brasas sao a cabeça, as chamas cheias sao sua língua. Deve-se fazer oferendas
para a língua do fogo. Isto significa que se deve oferecer oblaçöes num fogo totalmente
ardente.
Nomes do Fogo:
Durante os ritos kusandika para diferentes samskaras, diferentes formas do Senhor sao
chamadas para dentro do fogo:
vivaha: yojaka
caturthi homa: sikhi
pumsayana: chandra
simantonnayana: mangala
sosyanti homa: mangala
nama karana: parthiva
pausti karma: balada
anna prasana: suci
cuda karana: satya
upanayanama: samudbhava
samavartana: tejah
dhrti homa: dhrti
ucicya karma: vidhu
Também há sacrifícios e fogos específicos para garbhadhana e jata karma mas o homa
para estes ritos nao é descrito no Sat Kriya Sara Dipika.
Mantras:
Nas cerimônias vaidika, e em certas atividades diárias dos seguidores do Vedas, cada ato é
santificado por um mantra védico, que se encontra nos hinos védicos ou nos manuais
cerimoniais anexos aos mesmos. Alguns desses mantras tem um sentido direto com
significância direta para as açöes nos samskaras, enquanto outros sao selecionados
simplesmente com base numa palavra no mantra que corresponde ao objeto ou açao em
questao, caso em que o sentido do contexto original poderá ser alterado para se adaptar à
situaçao.
Famílias tradicionalmente realizam os samskaras de acordo com um dos Vedas: Rg, Yajur
ou Sama. Os procedimentos gerais dos samskaras sao semelhantes mas os mantras diferem
com o Veda que é adotado. O Sat Kriya Sara Dipika segue os mantras usados no Gobhila
Grhya Sutra, que pertence ao Sama Veda. Os adhivasa mantras pertencem ao Yajur Veda,
entretanto.
Ao pronunciar qualquer mantra védico, via de regra deve-se primeiro identificá-lo pelo rsi
que o preservou, pelo chandah (mestre), pela deidade que está sendo invocada no mantra, e
pela presente funçao do mantra. O propósito deste sistema é de guarantir que se entenda o
significado, funçao, herança e entonaçao correta do mantra. Como isto iria dobrar o
comprimento desta compilaçao, estas palavras foram omitidas na presente ediçao. Os
significados dos mantras importantes no entanto foram dados.
Yajamana:
Contudo se estiver incapacitado para fazê-lo, poderá convidar um Vaisnava brahmana para
realizar ou guiar os ritos em seu nome. O pai ou marido é entao chamado de yajamana
(beneficiário ou patrocinador).
Ritos Kusandika sao as atividades preparatórias e Udicya Karma inclui todas atividades
concludentes do homa. Como sao as mesmas para todos samskara homas (exceto pelo
nome do fogo) iremos transcrevê-las apenas uma vez.
Dana:
Depois de terminar a cerimônia segundo ritual védico, os brahmanas devem ser satisfeitos
por meio de presentes e prasadam.
VIVAHA (Casamento):
Propósito do Casamento:
Alguns escritores preferem casamento do menino ou menina cedo. A Idade ideal da menina
para casamento é mencionada como abaixo de oito anos. Certamente ela deve casar-se
antes da puberdade. No caso do casamento de crianças, fazia-se uma cerimônia em tenra
idade e outra quando a garota chegava à...
Outros escritores mais antigos indicam uma idade mais tardia para o casamento da menina.
Manu permite que a garota case até mesmo três anos
Data de Casamento:
A cerimônia deverá ter lugar quando o sol estiver no curso norte, na fase crescente da lua,
ou num dia auspicioso.
Local:
Cerimônia:
O processo de primeira classe é de chamar o noivo para a casa da noiva e
entregá-la a ele como caridade com um dote de ornamentos, ouro, móveis, e
outras parafernálias domésticas necessárias.
SB 3.22.16
Esboço do Vivaha:
2. mrda harana: semear sementes, no nono, sétimo, quinto ou terceiro dia antes do
casamento. P.29
3. haridra lepana: esfregar os corpos com turmerique, vários dias antes do casamento.
P.29
4. vrddhi shraddha: o pai da noiva com sua esposa, antes do meio-dia, usando vestes
limpas, realiza ritos de sankalpa, svasti vacana e vrddhi shraddha (adoraçao dos
mahabhagavatas, saktis de Vishnu, cedi raja puja e guru parampara). P.25
5. jnati karma: atividades dos parentes, banhar e decorar a noiva e o noivo, na manha
do casamento. P.32
11. kusandika: o noivo deve realizar os ritos preparatórios de homa, chamando o fogo
chamado yojaka. P.50
12. vastra paridhapana: o noivo apresenta uma roupa nova à noiva. P.59
13. sindhura dana: o noivo marca a cabeça da noiva com sindhura. P.60
14. amantrika homa: com a noiva sentada à mao direita do noivo, este começa a
oferecer madeira dentro do fogo sem mantra nenhum.
16. ajya homa: o noivo oferece seis oblaçöes ao fogo, para proteçao da noiva enquanto
a noiva toca seu ombro direito. P.61
17. vyasta samasta mahavyahrti homa: oferecer ghee com vyahrti mantras. P.62
18. asma kramana: a mae da noiva deve colocar o pé direito da noiva sobre a pedra de
moer. P.62
19. laja homa: a noiva oferece laja com ghee no fogo, para proteçao de seu marido.
P.61
21. asmakaramana, laja homa e pradaksina devem ser repetidos mais duas vezes,
depois ele oferecerá o laja restante com ghee no fogo.
22. sapta pada gamanam: o noivo deve guiar a noiva com o pé direito primeiro,
através de sete círculos desenhados no chao, para conduzí-la a sete votos e virtudes. p.65
24. pani grahanam: o noivo pega as duas maos da noiva nas suas e dá instruçöes sobre
os deveres dela. P.66
25. vyasta samasta mahavyahrti homa: o noivo oferece ghee no fogo com vyahrti
mantras. P.67
26. udicya karma, vaisnava homa, purna huti, santi dana. P.74
27. uttara vivaha: o noivo estabelece o fogo chamado yojaka, realiza vyasta samasta
mahavyahrti homa, e oferece seis oblaçöes para anular falhas na noiva, e oferece restos
de cada oblaçao na cabeça dela. P.67
28. druva darsana: o noivo deve apontar a estrela polar e a noiva deve pedir
estabilidade e castidade na vida matrimonial e saudar seu marido; uma mulher com
filhos deve entao borrifar água de kumbha na cabeça deles. P.68
29. vyasta samasta mahavyahrti homa: homa, udicya karma, vaisnava homa,
purnahuti, santidana. P.74
30. bhojana: o noivo comerá mahaprasadam e dará os restos à sua esposa; o casal deve
comer mahaprasadam e observar brahmacarya. P.70
31. dhrti homa: na manha seguinte à terceira noite o noivo deve entao levar a noiva para
sua casa, realizar kusandika, chamando pelo fogo chamado dhrti, oferecer vyasta samasta
mahavyahrti homa, depois oito oblaçöes de ghee para um casamento sólido, agradável.
Encerrar com vyasta samasta mahavyahrti homa e oferenda silenciosa de madeira;
saudaçao da noiva à família do noivo, udicyakarma, vaisnava homa, purnahuti, santi dana,
dana. P.71
32. caturthi homa: no quarto dia do casamento o noivo deve realizar kusandika,
chamando o fogo chamado sikhi, etc. e oferecer vinte oblaçöes de ghee a Vishnu para
absolver as falhas na noiva, colocando os restos de cada ahuti num pote d’água. Uma
mulher casada deve aspergir água sobre as cabeças do casal, e o noivo terminará o homa
como é usual, com vyasta samasta mahavyarthi homa, amantrika homa, udicya karma, etc..
P.72
ADHIVASA:
Deve-se falar o mantra apropriado e tocar o artigo ao ghata que foi adorado (ou os pés de
lótus da murti), na terra e na cabeça dos beneficiários do rito (noivo e noiva no casamento).
Todos artigos devem ser reunidos juntos numa travessa. A travessa inteira de artigos deve
entao ser apresentada diante dos beneficiários.
Terra:
(És a terra, sustentador dos mundos, do universo, sustentando tudo. Controle a terra, faça a
terra firme. Nao prejudique a terra. Que possa haver adhivasa auspicioso através desta
terra.)
Pedra:
Gandha:
Grama Durbha:
(Pedaço por pedaço, junta por junta, grama durbha, manifestas descendentes. Dê-nos
descendência, cem, mil.)
Flores:
(Abundância e prosperidade sao Tuas consortes. Dia e noite sao Teus lados. As estrelas
sao Tua forma. Os céus e a terra sao Tua boca aberta. Conceda o que desejamos. Conceda
a meta neste mundo. Conceda a meta mais elevada.)
Fruta:
yah phalini ya aphala apuspa yasca puspinih
brhaspatiprasutas ta no muncantv amhasah
anena phalena subadhivasah astu
(Que o poder que produz a fruta, que faz a flor desabrochar, que surge através dos mantras
e via o Senhor dos mantras, possa nos libertar de todas dificuldades.)
Iogurte:
Ghee:
ghrtavati bhuvananam
abhisriyorvi prthvim
madhudughe supesasa
dyava prthivi varunasya
dharmana viskabhite
ajare bhuri retasa
anena ghrtena subadhivasah astu
(A extensa terra abunda em ghee, que é de aroma doce, belo e traz prosperidade aos
mundos. Os céus e a terra, através da lei do justo Senhor, abundam em ilimitadas sementes
em todos locais.)
Svastikam:
(Brilhando como o sol, como torrentes de água corrente, fortes e cheios de vida, os jatos de
ghee caem sobre o fogo. Como céleres corcéis carregando a oferenda, atravessando todos
obstáculos, o ghee se expande em ondas, dissolvendo a madeira.)
Concha:
Kajjala (Colírio):
Rocana:
(Aqueles que se ligam ao Senhor Supremo, forte como um cavalo, brilhante como o sol que
viaja pelo céu, brilham da mesma maneira no céu eterno.)
Ouro:
(Vishnu, chamado o ventre dourado, é a fonte dos mundos. Ele é a fonte de todas entidades
vivas. Ele é o Supremo Senhor. Ele suporta tanto a terra como o céu. Adoremos o Senhor
com finas oferendas.)
Prata:
Cobre:
(O Senhor brilhante como o sol, avermelhado como o cobre, todo auspicioso, também
chamado rudra, reside em todas direçöes, e Se expande milhares de vezes tal como os raios
do sol. Aproximamo-nos a fim de remover nossas impurezas.)
Lamparina:
(Que a mente alerta desfrute do ghee. Que o Senhor comece o sacrifício. Que o Senhor
conceda um sacrifício livre de falhas. Que os senhores do universo e o sacrificador
desfrutem aqui. Por favor estejam aqui presentes.)
Espelho:
Oleo Fragrante:
(Os devotos continuamente vêem a morada suprema de Vishnu, que tal como o sol no céu,
espalha sua influência e bençaos por todo lado.)
Turmerique:
(És os três degraus de Vishnu. De cor dourada, voando como os pássaros, carregadores do
homem que empreende, assim sao os cavalos atrelados à quadriga do sol.)
Tecido:
(Ele chega bem vestido e juvenil com cordao sagrado. Sendo duas vezes nascido ele é o
melhor e mais atraente. Os sábios, desejando o Senhor, meditando Nele com suas mentes,
elevam-se ao conhecimento.)
Camara:
om vato va mano va
gandharve va saptavimsatih
te tvagre samayunjan te
asmine yavam adadhuh
anena camarena subhadivasa astu
(O vento, a mente, o gandharva que tudo sabe, as vinte e sete constelaçöes, reunem-se em
redor de Ti e Te prestam homenagem.)
Cordao:
(Louvemos o refulgente Senhor, o guia supremo e protetor sem rival, dotado de todo júbilo,
manifestado no mundo espiritual e terra, com puros versos pela vida eterna.)
Sândalo:
(És o Senhor Supremo. És sem igual, o objeto de todas oferendas e o instrumento de todas
atividades. És o supremo governante, o mais famoso, o mais auspicioso e puro.)
Amarrando os Pulsos:
Na cerimônia de casamento, mulheres casadas com filhos amarram o pulso direito do noivo
com nove fios e a mao esquerda da noiva com sete fios que foram salpicados com kumkum,
candana e turmerique.
OS RITOS COMUNS
Os ritos devem principiar na noite anterior a quando o samskara propriamente dito começa,
com o estabelecimento do ghata, Vishnu puja, e adhivasa. Na manha seguinte, deve-se
realizar adoraçao de Vishnu, dos associados e shaktis de Vishnu, cedi raja (vasudhara puja)
e parampara acharyas (sattvika vrddhi shraddha).
Acamana:
Acamana Simples:
Lavar as maos.
Tocar boca, narinas direita e esquerda, olhos, ouvidos, o umbigo, coraçao, topo da dabeça e
braços com os dedos da mao direita.
OU
Vaisnava Acamana:
SVASTI VACANAM
svasti no govindah
svasti n’cyutanantau
svasti no vasudevo visnur dadhatu
svasti no narayano naro vai
svasti nah padmanabhah purusottamo dadhatu
svasti no visvakseno visvesvarah
svasti no hrsikeso harir dadhatu
svasti no vainateyo harih
svasti no’njanasuto hanur bhagavato dadhatu
svasti svasti sumangalaikeso mahan sri krsnah saccidananda ghanah
sarvesvaresvaro dadhatu
(as outras oraçöes mangala acarana podem ser recitadas aqui-vide p. 33)
SANKALPA:
Sankalpa deve ser feito usando uma vasilha de cobre. Prata, pedra, barro, concha ou metal
de sinos nao devem ser usados, nem se deve realizar sankalpa usando apenas as maos.
Deve-se encher o pote com água, e adicionar gergelim, três folhas de kusa (com raiz e
ponta intatos), flores, e haritaki ou banana.
.........mase
............pakse
...........tithau
acyuta gotram
..........dasa
sri krsna prityarthah
...........karmaham karisye
(quando realizar para outra pessoa além de si próprio, dizer: karisyami em vez de karisye.)
Depois deve-se jogar um pouco d’água na direçao nordeste, virar a vasilha de cabeça para
baixo e colocar gandha e puspa sobre a mesma.
GHATA STHAPANA:
O ghata ou pote d’água, sendo montado com os mantras corretos e chamando-se o Senhor
para entrar nele, se torna uma forma do Senhor que pode ser adorada com upacaras (artigos
tais como lava-pés, arghya, lamparinas, etc.) da maneira como se adora uma murti.
O ghata (pote) pode ser de ouro, prata, cobre, metal de sino, vidro, pedra ou barro. Feito de
barro é apropriado para todos propósitos, mas nao deve ter quebras e ser limpo.
Na água se deve colocar nava ratna ou panca ratna, ou um pedaço de ouro. Nava ratna é
composto de pérola, olho-de-gato, diamante gomed, coral, safira amarela, esmeralda, safira,
rubi.
As folhas usadas podem ser de banyan (Ficus Bengalensis), pippal (Ficus Religiosa),
mangueira, ou udumbara. Geralmente se usam folhas de mangueira.
A fruta geralmente é côco (verde, com pecíolo; ou maduro, com tufo ou ramo), mas
também se pode usar banana.
O ghata deve ser estabelecido na parte nordeste da área a ser utilizada para a cerimônia, ou
a leste do quadrado reservado ao fogo. Pode-se desenhar um lótus de oito pétalas no solo
usando corantes de cinco cores (branco, vermelho, amarelo, preto e verde). No centro se
pode colocar os graos e ghat.
Deve-se enrolar barbante ao redor do pote e, colocando o pote sobre o arroz com casca, se
diz:
varunasyottanbhanam asi
varunasya skambhasarjani stho
varunasya rta sadany asi
varunasya rta sadanam asi
varunasya rta sadanam asida
(Esta água produz todos tirthas sagrados, e é a residência de todas formas do Senhor. ó
Senhor, venha para este pote com Teus assistentes e fica enquanto realizo adoraçao.
Seja firme como um veloz corcel de corrida de membros fortes, estendendo Teu poder por
todos lados. Tu carregas a terra e és o suporte de agni.)
VISHNU PUJA:
Guru Puja:
Dhyanam
Manasa Puja
Guru Stuti:
Pranama:
ou
Dasa Upacara:
Dhyana
Manasa Puja
Stuti:
Pranama:
ou
Panca Upacara:
Guru Dhyana
Manasa Puja
Pranama:
(Pode-se chamar Sri Chaitanya primeiro e adorar com upacaras, e depois chamar Krishna
ou Radha e Krishna e adorá-Los com upacaras apropriados e mantra.)
Puja do Pote:
Deve-se entao adorar Vasudeva, ou Sri Chaitanya e Radha-Krsna no pote com cinco, dez ou
dezesseis artigos (upacaras) usando mantras de deidade. Em vez de adorar o Senhor num
pote pode-se adorar shalagrama ou uma murti diretamente.
Dhyanam
Manasa Puja
Stuti da Deidade
Pranamas
Deve-se oferecer gandha e puspa ou cinco upacaras a cada um dos devotos do Senhor com
os seguintes mantras:
om visvaksenaya namah
om sanakaya namah
om sanatanaya namah
om sanandaya namah
om sanat kumaraya namah
om kavaye namah
om havaye namah
om prabhuddhaya namah
om pippalayanaya namah
om avirhotraya namah
om drumilaya namah
om camasaya namah
om karabhojanaya namah
om brahmane namah
om sukadevaya namah
om sadasivaya namah
om garudaya namah
om naradaya namah
om kapilaya namah
om balaye namah
om bhismaya namah
om prahladaya namah
om hanumate namah
om ambarisaya namah
om janakaya namah
om yama bhagavataya namah
om svayambhuvaya namah
om uddhavaya namah
om vyasaya namah
om paurnamasyai namah
om laksmyai namah
om antarangayai namah
om yamunayai namah
om gopyai namah
om vrndavatyai namah
om gayatryai namah
om tulasyai namah
om sarasvatyai namah
om prthivyai namah
om gave namah
om yasodayai namah
om devahutyai namah
om devakyai namah
om rohinyai namah
om sitayai namah
om draupayai namah
om kuntyai namah
om rukminyai namah
om satyabhamayai namah
om jambavatyai namah
om nagnajitayai namah
om laksanayai namah
om kalindyai namah
om bhadrayai namah
om mitravindayai namah
om cedirajavaso ihagacchagaccha
Pranama:
Acharya Puja:
VAG DANAM:
Os pais, que sao responsáveis por criar crianças educadas, realizam um de seus últimos
deveres na criaçao de seus filhos, ao arranjarem o casamento do filho ou filha. Este é o
fruto final do casamento do pai e da mae. Portanto os pais devem dar séria consideraçao à
escolha de consorte para seu filho ou filha, notando as características fisicas e mentais de
cada qual, e julgando a conveniência. A meta do futuro casamento é criar os melhores
filhos conscientes de Deus, e a conveniência será julgada com base nisso. Pelo matrimônio
oral os pais de cada criança reconhecem a meta do casamento e sua responsabilidade pela
escolha correta do consorte.
A seleçao de um bom marido para uma boa moça era sempre incumbência dos pais. Isto é
dever dos pais. Moças nunca sao jogadas na rua pública para procurarem por seu marido,
pois quando as moças estao crescidas e buscam um jovem, elas se esquecem de considerar
se o rapaz que selecionam de fato é apropriado para elas.
SB 3.21.27, significado
Há nao mais que vinte e cinco anos atrás e talvez ainda seja de uso comum, que os pais na
India costumavam consultar o horóscopo do menino e da menina para ver se haveria de fato
uniao entre as condiçöes psicológicas de ambos. Estas consideraçöes sao muito
importantes. Hoje em dia o casamento tem lugar sem consulta prévia, e portanto dentro em
breve após o matrimônio, ocorre o divórcio e separaçao.
SB 3.21.15, significado
Procedimento:
Num momento auspicioso, pelo menos um mês antes da cerimônia do casamento, o pai do
noivo acompanhado por dois, quatro ou oito amigos, bem vestidos, devem visitar a casa do
pai da noiva e fazer o pedido:
Neste momento auspicioso dou esta moça, nascida em .......gotra, filha de .........,
chamada ...........
Esta moça foi dada oralmente por mim e aceita por ti para produzir crianças. Inspecione a
moça à tua satisfaçao, tendo decidido.
A moça foi dada oralmente por ti para progênie e aceita por mim para o mesmo propósito.
Tendo dedicido, olha o noivo para tua satisfaçao.
O pai do noivo deve entao apresentar arroz, tecido, flores, presentes, para a noiva e oferecer
adoraçao. Brahmanas devem dar as bençaos, recitando mantras.
Para decoraçao na cerimônia auspiciosa, deve-se exibir brotos. No nono, sétimo, quinto ou
terceiro dia antes do casamento, num momento auspicioso, com festividade e música, deve-
se ir até a direçao norte ou leste da casa para pegar terra para criar brotos, usando um vaso
de barro ou cesta de bambu. Sementes de cereais e dhal devem ser semeadas nesta terra.
Amigos da família podem esfregar o corpo da noiva e noivo nas casas deles com uma
mistura de pó de turmerique e óleo um dia ou dois antes do casamento. Isso é para
auspiciosidade e saúde.
No dia antes do casamento, o dossel deve ser erigido e Vishnu deve ser adorado ali. O
yajna kunda (local reservado ao fogo) deve ser construído e o local poderá ser decorado.
O pai da noiva, tendo terminado seus deveres matinais, deve vir ao local com sua esposa
vestidos com roupas limpas.
Simples:
Deve tocar a boca, narinas direita e esquerda, olhos, ouvidos, o umbigo, coraçao, topo da
cabeça e braços com os dedos da mao direita.
OU
Vaisnava Acamana:
kesavaya namah sorver água do brahma tirtha da mao direita
narayanaya namah sorver água do brahma tirtha da mao direita
madhavaya namah sorver água do brahma tirtha da mao direita
SVASTI VACANAM
svasti no govindah
svasti n’cyutanantau
svasti no vasudevo visnur dadhatu
svasti no narayano naro vai
svasti nah padmanabhah purusottamo dadhatu
svasti no visvakseno visvesvarah
svasti no hrsikeso harir dadhatu
svasti no vainateyo harih
svasti no’njanasuto hanur bhagavato dadhatu
svasti svasti sumangalaikeso mahan sri krsnah saccidananda ghanah
sarvesvaresvaro dadhatu
SANKALPA:
Sankalpa deve ser feito usando uma vasilha de cobre. Prata, pedra, barro, concha ou metal
de sinos nao devem ser usados, nem se deve realizar sankalpa usando apenas as maos.
Deve-se encher o pote com água, e adicionar gergelim, três folhas de kusa (com raiz e
ponta intatos), flores, e haritaki ou banana.
.........mase (mês)
............pakse (quinzena)
.........tithau (tithi)
acyuta gotram
..........dasa (o próprio nome)
sri krsna prityarthah
vriddhi sraddha karmaham karisye
O pai da noiva deve entao jogar um pouco d’água na direçao nordeste, virar a vasilha de
cabeça para baixo e colocar gandha e puspa sobre a mesma.
Ele deve estabelecer um ghata (pote d’água) e realizar adoraçao do guru, visnu,
mahabhagavatas e das consortes do Senhor, e depois oferecer visnu mahaprasadam aos
guru parampara acharyas (sattvika vrddhi sraddha) em lugar da adoraçao aos ancestrais
(vide seçao de elementos comuns para detalhes, pág. 25, 26). Ele deve entao realizar
adhivasa (vide pág. 11).
Na manha do casamento, o noivo e a noiva devem tomar banho cerimonial dado pelos
parentes e amigos com água perfumada em seus lares.
O corpo da noiva deve ser esfregado com pó de mung, urad dhal, masur e cevada para
purificaçao.
O nome do noivo deverá ser escrito numa folha e jogado num pote d’água. Esta água
derramar-se-á sobre a cabeça da noiva com o mantra:
prahva te abhavat
param atra janmagneh
tapaso nirmito’sti svaha
(ó Senhor, és conhecido como Vishnu, o onipenetrante. Une .......junto com a noiva. Ela
foi obediente a Ti e dentro do corpo dela está o supremo fogo da criaçao, tornado poderoso
por suas austeridades.)
Entao deve-se derramar um pouco d’água sobre a cabeça dela, e o resto abaixo do umbigo:
(Eu a lavo abaixo do umbigo com mel. Esta é a segunda face de prajapati. Através disso
conquistas todos homens incontroláveis. Tu és o governante, o controlador.)
Entao se deve derramar um pouco d’água na cabeça dela, e o resto sobre as outras partes do
corpo dela:
Os devotos continuamente vêem a suprema morada de Vishnu que, tal como o sol no céu,
espalha sua refulgência por todo universo.
O noivo deve ser banhado, vestido com roupa branca, perfumado, decorada e
enguirlandado. Ele deve orar para as deidades e alimentar os brahmanas. Os brahmanas
devem recitar versos sagrados. O noivo deve relaxar com seus amigos por um tempo e
entao proseguir até a casa do pai da noiva num veículo digno de seu status, acompanhado
de seus amigos e parentes. Ele deve colocar-se de pé no portao voltado para o leste, e as
mulheres da casa devem dar-lhe as boas-vindas com potes cheios d’água e lamparinas.
Do Sama Veda:
Do Sammohana Tantra:
Do Vishnu Yamala:
Do Vishnu Rahasya:
(Possa Krishna, cuja tex é como a flor atasi, que está situado sob a árvore kadamba na beira
do rio Yamuna, e que é perito em passatempos com as esposas dos vaqueiros de Vrndavana,
conceder-nos auspiciosidade.)
Do Naradiya Purana:
krsnah karotu kalyanam
kamsa kunjara kesari
kalindi jala kallola
kolahala kutuhalah
(Possa Krishna, que se diverte com grande estardalhaço nas ondas do rio Yamuna, e que,
como um leao, matou o elefante Kamsa, conceder-me auspiciosidade.)
Do Narasimha Purana:
(Os devotos sempre lembram do Senhor. O nome “Madhava” está constantemente em suas
línguas e constantemente em suas mentes, e permeia todas suas atividades.)
Do Pandava Gita:
(Para aqueles que tem Janardana, cuja tez é como um lótus azul, dentro de seus coraçöes,
haverá todo avanço e vitória e nenhuma derrota em qualquer empreendimento.)
visnuccarana matrena
krsnasya smaranad dhareh
sarva vighnani nasyanti
mangalam syan na samsayah
Do Padma Purana:
satyam kaliyuga vipra
sri harer nama mangalam
param svastyayanam nrnam
nasty eva gatir anyatha
Do Vishnu Dharmottara:
pundarikaksa govinda
madhavadims ca yah smaret
tasya syan mangalam sarva
karmadau vighna nasanam
(Aquele que se lembra de todas formas do Senhor tais como Pundarikaksa, Govinda, e
Madhava, certamente obterá toda auspiciosidade e destruiçao de todos obstáculos em todas
suas atividades.)
Do Rudra Yamala:
mangalayatanam krsnam
govindam garuda dhvajam
madhavam pundarikaksam
visnum narayanam harim
vasudevam jagannatham
acyutam madhusudanam
tatha mukundanantadin
yah smaret prathamam sudhih
(O homem inteligente que primeiro se lembra das várias formas do Senhor e Seus
passatempos antes de realizar suas atividades, obterá infinita auspiciosidade em todas suas
atividades.)
Narayana Upanishad:
(Entao o Supremo Senhor Narayana desejou criar entidades vivas. De Narayana surgiram
os ares vitais; de Narayana surgiu a mente e todos sentidos; de Narayana surgiram os
elementos - éter, ar, luz, água e a terra, que suporta o universo. De Narayana surgiram
Brahma, Rudra, Indra, Prajapati. De Narayana surgiram os doze adityas, os doze rudras, os
doze vasus, todos versos védicos e todos devatas. Tudo veio de Narayana no princípio e
tudo entra em Narayana no final.
Assim Narayana é o ser eterno. Brahma, Shiva, Indra, o tempo, as direçöes, as subdireçöes,
para cima e para baixo, dentro e fora, todos sao permeados por Narayana. Narayana é tudo,
passado, presente, e futuro. Narayana é o Senhor eterno, puro, refulgente, sem comparaçao.
Ele é Vishnu, o Senhor Supremo, diz o Upanishad.
A sílaba “om” é diretamente o Supremo Senhor pleno de êxtase. Composto de três sons:
“a”, “u”, e “m”, o pranava se transforma em “om”. O yogi que pronuncia o pranava
muitas vezes se torna livre da limitaçao de repetidos nascimentos materiais. Quem adora o
Senhor com este mantra certamente irá para o reino transcendental de Vaikuntha, que é um
lótus pleno de consciência, brilhando refulgentemente. O Senhor transcendental é
conhecido como filho de Devaki, como Madhusudana, como Pundarikaksa, como Vishnu e
Acyuta. O singular Narayana está situado em todas entidades vivas. Ele é a causa de todas
causas, o supremo brahman.
Quem recite o mantra de manha destrói os pecados da noite. Quem o recita de noite destrói
os pecados do dia. Quem recita o mantra ao meio-dia voltado para o sol se livra de todos
tipos de pecados. Tal pessoa obtém os frutos de estudar todos Vedas. Ela alcança o mundo
de Narayana.)
Purusa Suktam
1. O Senhor Supremo, na forma do universo, tem mil cabeças, mil olhos e mil pés, pois Ele
contém todas entidades vivas. Tendo permeado completamente o universo para dar-lhe
existência, sendo independente, Ele Se estendeu além por dez dedos.
5. Desse Senhor, o virat ou universo surgiu, e nesse universo o virat purusha, paramatma
do universo, nasceu. Tendo nascido, o virat purusha cresceu, e produziu a terra e os corpos
das jivas.
7. Nesse sacrifício, as folhas de grama kusa espalhadas em redor do fogo (para proteçao de
raksasas), eram sete (as sete métricas poéticas védicas), e as achas combustíveis eram vinte
e uma (12 meses, 5 estaçöes, 3 mundos e o sol). Os devatas que estavam realizando o
sacrifício mental amarraram o virat purusha para oferecê-lo no fogo, assim como um
animal.
8. Os devatas, sadhyas e rsis, colocaram o virat purusha, o primeiro ser do universo, sobre
kusa e aspergiram-no com água para purificaçao. Desta maneira conduziram o sacrifício
mental usando o virat purusha.
9. Desse sacrifício em que tudo no universo foi sacrificado, foi produzido iogurte e ghee
(todos alimentos nutritivos). Foram criados os animais do ar, floresta e vilarejo.
10. Deste sacrifício máximo ou sarva hut, surgiram as porçöes rk (hinos), sama (músicas)
e yajus (prosa) dos Vedas, e as sete métricas védicas.
11. Do sacrifício nasceram cavalos, e animais com dois pares de dentes, tais como burros e
mulas. Do sacrifício surgiram vacas, e cabras e carneiros.
12. No sacrifício mental, quando dividiram o virat purusa, em quantas partes dividiram?
Que está escrito sobre sua face, seus braços, suas coxas e pés?
13. O rosto tornou-se os brahmanas. Os dois braços foram tranformados nos ksatriyas. As
coxas do virat purusha viraram os vaisyas e de seus pés nasceram os sudras.
14. A lua nasceu de sua mente, o sol nasceu de seus dois olhos. De sua boca nasceram
Indra e Agni, e de sua respiraçao nasceu Vayu.
15. De seu umbigo veio o antariksa (espaço entre a terra e o céu). De sua cabeça surgiram
os céus. De seus pés proveio a terra e de suas orelhas surgiram as direçöes. Desta maneira
sao criados os mundos.
16. Conheço este grande virat purusha, refulgente como o sol, que está além da escuridao
da criaçao material. Tendo dado as formas e nomes a todas entidades vivas, ele dirige seus
assuntos.
17. Brahma explicou sua realizaçao a Indra. Indra, que conhece todas entidades vivas em
todas quatro direçöes, explicou-a a todos outros. Quem conhece a natureza do virat
purusha se torna imortal mesmo em sua vida na terra. Nao há outro caminho para alcançar
a meta da imortalidade.
18. Desta maneira os devatas conduziram o sacrifício mental usando o virat purusha para
manifestar variedade no mundo. Através de tal sacrifício, tanto as leis físicas da natureza e
os primeiro códigos espirituais de conduta surgiram. As grandes almas por intermédio de
adoraçao mental semelhante alcançam o local da imortalidade onde os sandhyas e os
devatas, os primeiros adoradores, agora habitam.
Uttara Anuvaka:
2. Conheço aquele purusha que brilha como o sol, situado além da escuridao dos reinos
materiais. Quem conhece esse purusha se torna imortal neste mundo. Nao há outro
caminho além desse.
3. Dessa maneira o Senhor de todas criaturas, que é nao-nascido, atua dentro do universo e
nasce em miríades de formas. Os sábios compreendem e adoram este Senhor que é a fonte
de tudo, e almejam alcançar a posiçao de marici prajapati.
4. Presto meus respeitos ao refulgente supremo brahman que concede poderes aos devatas,
que se interessa pelo bem-estar dos devatas, e que nasceu antes deles.
6. Hri (virtude natural) e laksmi (glória) sao Tuas consortes. Dia e noite (tempo) sao Teus
lados. As inúmeras constelaçöes cintilantes sao Tua forma. Os asvins, aparecendo de
madrugada sao Tua boca aberta. Por favor conceda nossos desejos de auto-realizaçao.
Conceda-nos tal facilidade no mundo material. Conceda-nos a meta suprema.
Quando chegar a hora auspiciosa, a cerimônia deve principiar com a recepçao do noivo.
Deve-se amarrar uma vaca no lado norte do aposento.
O pai da noiva deve sentar-se voltado para o norte e realizar acamana. Quando o noivo
entrar no aposento, o pai deve recitar visnu smaranam e svasti vacanama:
O pai deverá adorá-lo oferecendo candana, guirlanda, anéis, upavita, e vestes superior e
inferior, dizendo:
om svasti
om visnuh
om tat sat
adya
.........masi (mês)
.........rasi sthe bhskare (signo zodiacal)
.........pakse (quinzena)
.........tithau (tithi)
kanyadan artham ebhih gandhadibhih abhyarcya
bhavantam aham varatvena vrne
(Hoje, nesse horário, ...... tendo lhe honrado com gandha, etc., lhe seleciono como marido
conveniente a quem darei minha filha.)
A noiva, toda coberta, deve ser escoltada pelas mulheres amigas ao redor do noivo que está
de pé, sete vezes. Depois a noiva deverá ser descoberta, e o noivo e noiva devem se ver e
trocar guirlandas.
(A vaca adorável dá abundante leite. Que ele possa ordenhá-la ano após ano.)
O pai deve tomar vinte e cinco folhas de kusa enroladas duas e meia voltas na direçao anti-
horária nas palmas das maos dele, com as pontas viradas para o norte e dizer:
(Eu a recebo.
Grande erva, a rainha do soma, sendo abundante, sem falha, e cem vezes sábia, conceda-me
bençaos enquanto sento sobre ti como asana.)
(Grande erva, rainha do soma, crescendo onde quer que haja terra, sem falha, por favor
conceda-me bençaos a meus dois pés.)
Deve colocar a kusa sob seus pés com as pontas voltadas para norte.
Padya (Lava-pés):
O noivo deve receber a água do pai, colocá-la no solo, olhar para a mesma, depois derramar
água no pé esquerdo, depois no direito, depois em ambos.
(Lavo um pé depois o outro. Através da prosperidade nesse domínio que eu possa alcançar
o destemor.)
Arghyam:
O pai deve tomar durba, arroz branco, etc. numa concha e oferecer arghya dizendo:
om arghyam arghyam arghyam prati grhyatam
Acamaniyam:
Madhuparka:
om yasaso bhakso’si
mahaso bhakso’si
srir bhakso’si
sriyam mayi dhehi
(És o alimento da fama, o alimento da grandeza. És o alimento das virtudes. Dê-me todas
virtudes.)
Geralmente o pai dá a noiva mas o avô, irmao, mae, amigo, alguém da mesma casta, ou o
chefe da localidade podem substituir.
O noivo deve voltar-se para o leste, o pai da noiva deve ficar virado para norte ou oeste.
O noivo e a noiva devem esfregar kumkum, gorocana e candana em suas maos direitas.
O noivo deve tomar a mao direita da noiva e colocá-la em cima de sua mao direita, e uma
mulher casada com um filho deve amarrar ambas maos com kusa e guirlandas, enquanto
sons auspiciosos sao feitos pelas mulheres.
O pai da noiva deve tomar dum pote d’água misturada com gandha, flores, tulasi e frutas e
dizer:
om svasti
om narayanaya vidmahe
vasudevaya dhimahi
tanno visnuh pracodayat
(Que Radha e Krishna, neste dia de........ a fim de estabelecer firmemente este ato de
entrega, apresentem um dote adequado de artigos valiosos em memória de Radha e
Krishna, a .......(noivo) por intermédio de........(pai).)
om svasti
om narayanaya vidmahe
vasudevaya dhimahi
tanno visnuh pracodayat
O pai de uma mulher casada com filhos entao amarrará a veste superior do noivo e o véu da
noiva com um pano contendo haritaki, betel, gandha, flores, tulasi, kumkum, e haldi.
O pai pode desatar o nó de kusa das maos deles e assentar a noiva do lado direito do noivo.
Eles poderao ser retirados da vista geral por meio de um pano e devem olhar-se no rosto.
Soltando a Vaca:
(A vaca é a mae dos rudras, a filha dos vasus. Ela é a irma dos adityas, a fonte do néctar.
Para aquele que compreende digo: “Nao mate a vaca sem pecado, aditi.)
(Que qualquer transgressao das regras ou da cerimônia e falta de ingredientes que tenha
havido na entrega da noiva, seja desconsiderada pela misericórdia de Krishna e Seus
associados.)
om tat sat
(Para aliviar quaisquer falhas que possam ter sido cometidas nesta cerimônia de entrega da
noiva, agora realizarei visnu smaranam.)
Esboço:
Quem realiza o ritual (hota) deve sentar-se voltado para o leste, no lado oeste do quadrado
reservado ao fogo (yajna kunda).
O hota deve colocar seu joelho direito no solo, e por sua mao esquerda no chao com a
palma para cima. Deve segurar uma folha de kusa com um pradesa de comprimento nessa
mao.
Deve tomar uma folha de kusa na mao direita e desenhar no kunda uma linha com doze
dedos de comprimento apontando para o leste, enquanto medita na personalidade da terra.
Deve dizer:
A partir da base da primeira linha, ele deve desenhar uma segunda linha de vinte e um
dedos de comprimento, apontando para o norte, enquanto medita na vaca:
Paralela à primeira linha mas sete dedos à esquerda dela, começando da segunda linha,
deve desenhar uma terceira linha com comprimento de um pradesa na direçao leste,
enquanto medita em kalindi. Deve dizer:
Paralela à terceira linha à distância de sete dedos, deve desenhar uma quarta linha
começando da segunda linha, na direçao leste, com um pradesa de comprimento, enquanto
medita em Laksmi:
Ele deve tomar uma pitada de terra de cada linha com o polegar e o anular da mao direita e
descartar a terra do kunda do fogo a uma distância de um aratni (distância do cotovelo à
ponta do dedo mínimo) na direçao nordeste, dizendo:
om nirastah paravasuh
A partir do fogo que foi aceso mas ainda nao colocado no kunda do fogo, ele deve tomar
uma acha ardente e lançá-la na direçao sudeste para expelir os elementos inauspiciosos do
fogo:
(Lanço para longe o fogo inauspicioso encarregado de queimar cadáveres. Que aqueles que
se opöe a este rito possam ir para o reino da morte.)
Ele deve tomar uma acha ardente do fogo e colocá-la na terceira linha dizendo:
Ele deve chamar o determinado fogo para a cerimônia em particular (no caso do casamento
este se chama “yojaka”).
Meditando no fogo como Vishnu ele deve adorar o fogo com pelo menos cinco upacaras,
por exemplo:
(O fogo longíquo eu coloco diante de mim. Chamo para perto o portador (o fogo) das
oblaçöes. Possa o Senhor demonstrar compaixao aqui.)
om ihaivayam itaro
jataveda devebhyo
havyam vahatu prajanan
(Que o fogo remanescente aqui, onisciente jatavedas, possa levar as oblaçöes aos deuses.)
10. Brahma Arcana (Instalando e Adorando o Brahma ou Autoridade):
Pode-se receber um brahmana versado nos rituais ou um boneco de kusa como o brahma.
Tocando no joelho do brahma com gandha, flores, tulasi, pano, etc. o hota deve dizer:
adya
........... mase (mês)
........... pakse (quinzena)
........... tithau (tithi)
asya ........... karmano (funçao)
(Neste dia de ....... na ocasiao de ....... escolho-te como brahma para atuar no papel de
inspetor, para supervisionar a execuçao correta dos rituais.)
O hota, tomando a vasilha d’água, deve proceder para o lado sul do fogo e à distância de
um aratni do fogo, aspergir água em direçao ao leste, e sobre isto deve colocar grama de
kusa com as pontas viradas para o leste.
Entao voltado para leste com a kusa espalhada diante dele, deve tomar uma folha deste
kusa esparramado entre o polegar e o anular da mao esquerda e jogá-lo na direçao sudeste,
dizendo:
om nirastah paravasuh
(O esgotador da fortuna foi jogado fora.)
Voltado para norte com o pé direito pressionando o pé esquerdo, o hota deve aspergir água
na kusa espalhada e depois sentar o brahmana sobre a kusa, voltando-o para o norte (mas
se for um kusa brahma deve ficar voltado para leste.)
O hota deve oferecer ao brahma mahaprasada, candana, kumkuma, frutas, doces, etc. para
honrá-lo. Voltando sobre seus passos anteriores deve voltar para o leste do fogo e sentar-se.
Vishnu passou por aqui. Ele colocou três passos puros nesta terra.
Se for utilizado caru na funçao (i.e. upanayanam) deverá ser preparado neste momento e
colocado no lado norte do fogo.
Colocando ambas maos na terra de palmas para baixo, o hota deve dizer:
(Recebemos esta auspiciosa oferenda da terra; afaste os inimigos, que tomam os bens dos
outros.)
(O senhor é um. Por Sua ordem todos outros existem. Ele, que é o primeiro a existir, às
vezes aparece no ventre como um ser humano. Ele apareceu antes e aparecerá novamente.
Todos homens estao voltados para Ele, que está presente em todo lugar.)
Começando no lado norte a cada vez, utilizando um pouco de grama kusa segurada pela
mao direita, o hota deve limpar em redor da arena do fogo três vezes, falando um dos
seguintes versos a cada vez:
(Vamos oferecer esta oferenda, que é um veículo levando nossos desejos, ao fogo adorável
com as devidas oraçöes. Possa o Senhor conceder boa fortuna a nós nessa reuniao. ó
amigo, ó fogo, que nao te causemos dano.)
O hota deve entao tomar de alguma kusa com as raízes cortadas fora e espalhar no lado
leste do fogo, de norte para o sul com as pontas voltadas para leste.
Deve entao cobrir a primeira camada com uma segunda camada de kusa com pontas viradas
para o leste. As pontas da segunda camada devem se justapor às porçöes cortadas da
primeira camada.
Ele deve colocar uma terceira camada que deverá cobrir as porçöes cortadas da segunda
camada com as pontas.
Deve repetir o mesmo no lado sul do fogo indo de leste para oeste; no lado norte do fogo,
indo de oeste para leste; e no lado oeste do fogo, indo de sul para norte.
O hota deve oferecer flores e candana (visnu prasada) às dez direçöes, dizendo:
O hota deve tomar vinte madeiras de khadira, palasa ou udumbara, ou grama kusa, com
dois pradesas de comprimento. Deve derramar um sruva de ghee sobre a porçao mediana e
oferecer dentro do fogo sem mantra enquanto medita em Vishnu.
Tomando duas folhas de grama kusa com as pontas intatas, deve amarrá-las com uma
terceira folha de kusa e cortá-las no comprimento de um pradesa sem usar as unhas dos
dedos, dizendo:
(Que savita possa purificar-te com seu kusa sem defeito, com estes raios do sol.)
Ele deve oferecer mais duas oblaçöes de ghee no fogo da mesma maneira, sem mantra.
Segurando as kusas em sua mao esquerda, ele deve entao aspergir água nelas e usando a
mao direita, jogá-las no fogo.
Ele deve aspergir a vasilha do ghee com água e entao abaixá-la na parte norte do fogo três
vezes, e depois depositá-la sobre grama kusa espalhada.
Ele deve purificar o sruva aspergindo-o com água, depois abaixando-o na parte norte do
fogo três vezes.
Colocando seu joelho direito sobre a terra e com o joelho esquerdo levantado, ele deve
derramar água de suas maos em concha, de oeste para leste, no lado sul do fogo, dizendo:
om acyuta anumanyasva
om sarasvaty anumanyasva
(ó Aniruddha, traga o sacrifício, traga o senhor do sacrifício para boa fortuna. Estás situado
em todo lugar. Purificador dos desejos, purifica nossos desejos. Possa o Senhor das
palavras apreciar nossas oraçöes.)
Levantando seu joelho direito do chao, ele deve segurar frutas, flores, arroz e kusa entre os
punhos, o punho direito estando acima e o esquerdo ficando abaixo. Deve recitar o
seguinte:
(Eu me rendo de corpo, mente e alma à grande, bela personalidade de Deus, manifestada
como agni, que possui ilimitados olhos e dentes brilhantes, cujo local de descanso é um
leito de folhas secas, cuja morada dourada reluz no céu tal como o relâmpago. Ele está
acompanhado de todos devatas, que estao situados no kumbha de metal. Sendo cheio de
força, atento e de olhos que nunca piscam, vigias contra demônios.
Tu Te manifestas de doze formas, conhecidas como Teus filhos. Aqueles aspirantes que,
através dos anos, Te adoram com sacrifícios, alcançam a posiçao espiritual de brahman.
Eu me rendo a Ti;
inspirado por Ti realizo esta atividade.
Que possa me trazer satisfaçao.
Que possa me trazer prosperidade.
Que o fruto final venha a mim.
Ele deve jogar o arroz para o nordeste, e dar as flores e frutas ao brahma.
(Eu me rendo à austeridade, energia, fé, humildade, verdade, ausência de ira, renúncia,
paciência, honradez, bondade, palavras, mente, alma. Que possam ser misericordiosos para
comigo.)
Ele deve jogar madeira mergulhada em ghee com um pradesa de comprimento com flores e
gandha no fogo silenciosamente.
No lado oeste do fogo deve-se colocar uma cesta para separar a palha do grao, cheia com
quatro maos de pipoca de arroz (para prosperidade) misturada com folhas de sami (agni,
para fertilidade).
Ao lado da cesta deve-se colocar uma pedra de moer com seu pilao, e a oeste disto uma
esteira feita de birana ou folhas de kusa, coberta com pano.
O noivo deve apresentar à noiva vestes superiores e inferiores, novas, lavadas, que ela deve
aceitar (e poderá vestir).
(Que os devatas que cortaram, fiaram e esticaram o pano e costuraram as bainhas, possam
te vestir com vida longa. Mulher, abençoada com vida longa, vista o tecido.)
(Conceda à veste dela, conceda a ela vida longa, cem anos. Nobre mulher, viva cem
outonos, e enquanto viver, traga a fortuna espiritual a seu marido.)
(Soma te deu a Gndharva, Gandharva te deu a Agni. Para a mais alta fortuna e filhos, Agni
te deu a mim.)
O noivo deve levar a noiva para a esteira no lado oeste do fogo a fim de que o pé direito
dela toque na borda de kusa da esteira. Ele deve fazer com que ela diga:
(Que a senda que meu marido trilha seja preparada para mim. Que eu possa entrar na casa
dele em bem-aventurança e segurança.)
A noiva deve ficar sentada na esteira virada para o fogo, ao lado direito do noivo. O noivo
deve colocar madeira mergulhada em ghee no fogo sem mantra, depos realizar mahavyarti
homa com ghee:
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
Eles devem ficar de pé e ela tocará o ombro direito do noivo com a mao direita. O noivo
oferece seis oblaçöes de ghee, dizendo:
(Que Vishnu vá primeiro entre todos seres. Que Ele liberte os filhos da noiva das cordas da
morte. Que o Senhor Acyuta concorde com isso, a fim de que essa mulher nunca lamente
pela morte de um filho.)
(Possa Krishna protegê-la na vida doméstica. Que Ele lhe dê filhos até a velhice. Que ela
viva sem ausência de crianças ao seu peito. Que ela possa ser mae, conhecendo o êxtase de
criar filhos.)
om harih te raksatu prstham
visnuh uru nara narayanau
(Possa Hari proteger tuas costas e Vishnu, tuas coxas. Possa Nara-Narayana proteger teus
dois seios, e possa Krishna proteger teus filhos até que usem dhoti. Possa Ananta e todos
seus avataras proteger-te por trás.
(Que nao surja lamentaçao em tua casa de noite. Que mulheres chorando entrem em outras
casa. Que tu nao chores, golpeando teus seios em tristeza. Que sejas gloriosa, vivendo
como companheira na casa de teu marido, vendo crianças, mantendo nobreza de corpo e
mente.)
(Eu me liberto do laço dos grandes pecados que causam ausência de prole e morte de filhos.
Descartando esta guirlanda pela cabeça, lanço-a aos inimigos da vida honrada.)
(Que a morte vá para outro lugar e possa imortalidade vir a mim. Que Vaivasvata remova
toda causa de temor. Vai, morte, para algum caminho distante, nao no caminho dos homens
santos. Morte, nao lese meus valentes filhos. Digo-lhe isto, que podes ver e ouvir.)
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhur bhuvah svah svaha
(Suba nesta pedra e como a pedra seja firme da devoçao aos pés do Senhor. Aniquila
aqueles que podem lesar-te. Que nunca caias sob influência deles.)
O noivo deve colocar dois sruvas de ghee nas maos em concha da noiva e a mae da noiva
deve colocar um quinto de laja sobre o ghee. O noivo deve derramar dois sruvas de ghee
sobre o laja. A noiva, sem separar sua mao, deve derramar o laja no fogo. O noivo deve
dizer:
(Esta mulher fala, enquanto oferece laja no fogo: possa meu marido ter vida longa, que ele
viva cem anos. Que nossa devoçao ao Senhor floresça.)
O par deve circumambular o fogo, com a esposa na frente. O noivo deve dizer:
om kanyala pitrbhyah patilokam
yatiyam apadiksam ayasta
kanye uta tvaya vayam dhara
udanya iva atigahemahi dvisa
(A noiva está indo para a casa do noivo a partir da casa dos pais dela, tendo cumprido bem
com seus deveres antes de seu matrimônio. ó noiva, ajude-nos a remover os inimigos,
como um fluxo d’agua limpa a terra.)
Retornando novamente para a pedra, o noivo, virado para o norte deve tomar da mao da
noiva na mao direita dele. A mae deve colocar o pé direito da noiva sobre a pedra, e ficar
de pé com a cesta de laja.
O noivo dirá:
A noiva deve receber ghee, laja e ghee em suas maos e oferecer no fogo.
om visnum nu devam
kanya harim ayaksata
sa imam devo visnuh
pra into muncantu mam uta svaha
(A moça fez seu sacrifício a Vishnu, a Hari. Possa Vishnu, o Senhor Supremo, salvá-la e a
mim.)
om visnum nu devam
kanya harim ayaksata
sa imam devo visnuh
pra into muncantu mam uta svaha
O noivo deve entao derramar dois sruvas de ghee na beira da cesta de separar palha
(peneira), colocar ali o laja restante e adicionar mais dois sruvas de ghee e oferecer o
conteúdo da cesta no fogo, dizendo:
Com pasta de farinha de arroz, deve-se desenhar sete pequenos círculos numa linha indo na
direçao nordeste. O noivo deve guiar a noiva a pisar dentro de cada círculo. Ela deve
colocar o pé direito primeiro, o esquerdo atrás. O noivo deve dizer:
(Seja minha companheira pela vida toda, fixada nos sete votos.
Que eu possa obter companheirismo de ti. Nao quebre este laço.)
(Esta esposa é muito fiel. Venham e vejam-na. Tendo trazido a ela boa fortuna, agora
podem ir-se.)
O amigo que segura o pote d’água deve entao aproximar-se dos sete círculos passando pelo
lado oeste do fogo e aspergir primeiro a cabeça do noivo, depois a da noiva. A cada vez o
noivo deve dizer:
om samanjantu vasudevadhyah
sam apo hrdayani nau
sam matarisva sam dhata
sam udestri dadhatu nau
Completando o Sapta Pada Gamana a noiva e noivo sao considerados como casados.
30. Pani Grahanam (Tomando as Maos da Noiva):
O noivo deve tomar as duas maos da noiva em sua mao esquerda e com sua mao direita ele
deve agarrar o polegar da mao direita virada para cima da noiva.
(Para boa fortuna seguro tua mao, a fim de que possas chegar à velhice na companhia de
teu marido. Os quatro kumaras te deram a mim para realizar deveres domésticos como
devota de Krishna.)
(Que teu olhar seja suave, protegendo teu marido. Seja caridosa para com animais, tenha
mente boa, seja bela. Seja mae de heróis, mae da vida, querida por Krishna, trazendo a
mais elevada felicidade. Seja boa para conosco, tanto para homens como para animais.)
(Possa Vishnu gerar progênie para nós. Que Krishna nos mantenha juntos até a velhice.
Entra na casa de teu marido com auspiciosidade. Seja boa para conosco, tanto homens
como animais.)
(ó Vishnu, impregne-a, faça filhos fortes, bons. Coloque dez filhos nela, faça onze homens
na casa.)
(Posa teu coraçao ficar fixo nas metas de minha vida. Possa tua mente seguir a minha. De
corpo e alma seja devotada às minhas palavras. Possa Vishnu unir-nos.)
om bhur svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
Ele deve entao oferecer madeira mergulhada no ghee sem mantras, e depois realizar udicya
karma, vaisnava homa, purnahuti e santa dana.
O noivo deve estabelecer um fogo chamado yojaka no kunda quando as estrelas tornarem-
se visíveis no céu. Enquanto a noiva fica sentada silenciosamente, o noivo deve jogar
madeira no fogo em silêncio, depois realizar vyasta samasta maha vyahrti homa.
om bhur svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
Entao o noivo deve oferecer ghee no fogo seis vezes com os seguintes mantras, aspergindo
os restos do sruva na cabeça da noiva:
(O que for inauspicioso na combinaçao de marcas, nas tuas pálpebras, nos cachos de teu
cabelo, nulifico através deste sacrifício final.)
(Quaisquer falhas que haja em teu cabelo e em teu choro, nulifico através deste sacrifício
final.)
om sile tac ca papakam bhasite hasite ca yat
tani te purnahutya sarvani samayami aham svaha
(Quaisquer defeitos que haja em teu caráter, tuas palavras e em teu sorriso, nulifico através
deste sacrifício final.)
(Quaisquer falhas que haja em teus olhares, em teus dentes, em tuas maos e pés, nulifico
através deste sacrifício final.)
(Quaisquer defeitos que haja em tuas coxas, teus quadris, tuas canelas e em tuas juntas,
nulifico através deste sacrifício final.)
(Aquilo que era inauspicioso nas partes de teu corpo, nulifiquei através deste sacrifício
final.)
O noivo e a noiva devem levantar-se e sair para fora. O noivo deve apontar a estrela polar
para ela e fazer com que ela enuncie o voto:
(És a Estrela Polar, fixa para sempre. Que eu possa ficar fixa como a Estrela Polar na casa
de meu marido, a serviço de Vishnu e Seus devotos.)
Ele deve mostrar para ela a constelaçao Arundhati, situada na Ursa Maior ou Sete Sábios, e
fazer com que ela recite o seguinte:
(ó Arundhatih, fiel esposa de Vasistha (um dos sete sábios), como esposa, agora também eu
estou fixa, na casa de meu marido.)
(Fixo é o céu, fixa é a terra. Fixo é o mundo, o universo. Fixas sao estas montanhas, fixa é
esta esposa, na casa de seu marido, a serviço de Vishnu e Seus devotos.)
Uma mulher com marido e filho deve levá-los a um pedestal e aspergir água de um pote
sobre eles, usando folhas de mangueira.
O marido deve ir até o fogo, realizar vyasta samasta maha vyahrti homa:
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhur bhuvah svah svaha
Ele deve realizar homa silencioso de madeira mergulhada no ghee com um pradesa de
comprimento.
43. Bhojana:
(O que for teu coraçao, que seja meu coraçao. O que for meu coraçao, que seja teu
coraçao.)
(Isto é nutriçao para os cinco ares vitais. Que isto possa te vincular, .......devi (nome da
esposa).
O noivo deve comer, depois a noiva deve comer os restos. Por três noites a esposa deve
tomar mahaprasadam somente e manter brahmacarya, dormindo no chao (nao numa
cama).
Na quarta manha depois do casamento, o marido deve levar a esposa até um veículo
dizendo:
(ó mulher refulgente, suba neste carro bem feito, com boas rodas, contendo o universo
inteiro, a fonte da imortalidade, radiante como o sol. Faça com que te leve até a casa de teu
marido.)
(Que aqueles que se opöe ao casal nao tenham sucesso. Que possamos passar a dura
jornada agradavelmente. Que os inimigos se derretam.)
Ele deve levar a noiva para sua casa. Algumas mulheres casadas com filhos deverao
assentar a noiva confortavelmente e o noivo diz:
(Aqui possam as vacas, os cavalos e os homens se multiplicar com progênie. Aqui possa
Vishnu, adorado com amor, permanecer glorioso.)
Entrando em sua casa, o noivo deve realizar ritos kusandika, estabelecendo o fogo chamado
“dhrti”, fazer homa silencioso com madeira saturada de ghee, e depois vyasta samasta
maha vyahrti homa:
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhur bhuvah svah svaha
Ele deve realizar vyasta samasta maha vyahrti homa, e oferecer madeira saturada de ghee
no fogo silenciosamente.
A noiva deve dar saudaçöes a família dele, declarando o gotra do pai dela:
Ele deve realizar udicya karma, vaisnava homa, purnahuti e santi dana, e dar presentes aos
sacerdotes e Vaisnavas.
Após o Dhrti Homa no quarto dia depois do casamento, o marido deve realizar ritos
kusandika e chamar pelo fogo chamado “sikhi”. Após oferecer silenciosamente madeira
saturada de ghee no fogo e realizar vyasta samasta maha vyahrti homa, o marido deve
colocar sua esposa à seu lado direito, e por um pote d’ água misturada com tulasi, candana,
flores, e kusa no lado sul do fogo. O marido deve oferecer vinte oblaçöes de ghee no fogo
com os seguintes mantras (após cada oblaçao o restante deve ser jogado no pote d’água):
(ó Krishna, neste ato de expiaçao, és Tu quem resgata. Sendo Teu servo e desejando Tua
proteçao, imploro que destruas o infortúnio de tendências nao-vaisnavas nela.)
Entao uma mulher casada que tem filhos deve fazer com que o noivo e noiva fiquem de pé,
e deve levá-los para o lado norte do fogo. Pegando o pote d’água com restos de ghee, ela
deve aspergir isso nas cabeças do noivo e noiva usando folhas.
om bhur svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
1. sankalpa
2. agni avahana: chamando o fogo chamado vidhu
3. vidhu puja: adorando vidhu com upacaras
4. amantrika homa: oferecendo ghee sem mantra
5. mahavyahrti homa: oferecendo ghee com vyahrti mantra
6. visnu smaranam: oraçöes a Krishna
7. prayascitta homa: oferendas de ghee p/Vishnu p/atenuar falhas
8. mahavyahrti homa: oferenda de ghee com vyahrti mantra
9. vaisnava homa: oferenda de ghee aos associados do Senhor
10. amantrika homa: oferenda de madeira sem mantra
11. agni paryuksana: derramar água ao redor do fogo
12. darva jutika homa: oferenda de grama no fogo
13. purna huti: oferenda final
14. santi dana: aspergir água proksana sobre o fogo
15. brahmana daksina: dar presentes aos vaisnavas brahmanas
16. acchidra vacana: absolvendo deficiências
17. kirtana: cantando o nome do Senhor
18. pranama: rendiçao final
19. vaisnava seva: servir prasadam.
O hota deve realizar satyayana homa (sacrifício remedial) para atenuar quaisquer falhas na
realizaçao. Deve principiar por sankalpa:
Sankalpa:
om visnuh
om tat sat
........ (hora e local)
........karmani (nome da cerimônia)
yat kincit vaigunya jatam
tad dosa prassamanaya
sri krsna smaranam purvakam
satyayana homam aham kurviya
om bhur svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
(ó Ananta, através desta primeira oblaçao proteja-nos, e pela segunda também. Preserve
nossa força pela terceira. Por estas quatro oraçöes proteja-nos.)
(Vinde com tudo de bom. ó Vishnu, faça com que tudo aumente como jatos de leite de uma
vaca. ó Vishnu, concedes nutriçao pelo universo todo.)
(ó Vishnu, mestre de todas criaturas, nao há ninguém além de Ti. O Senhor englobou tudo.
Com desejos sacrificamos a Ti. Que estes desejos sejam realizados. Que possamos nos
tornar os mestres da fortuna espiritual.)
om bhur svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
om visvaksenaya svaha
om havaye svaha
om antariksaya svaha
om prabuddhaya svaha
om pippalayanaya svaha
om avihotraya svaha
om drumilaya svaha
om camasaya svaha
om karabhojanaya svaha
om naradaya svaha
om kapilaya svaha
om yamabhagavataya svaha
om bhismadevaya svaha
om sukadevaya svaha
om janakaya svaha
om sadasivaya svaha
om prahladaya svaha
om brahmane svaha
om balirajaya svaha
om diksagurave svaha
om siksagurubhyah svaha
om navadvipa dhamne svaha
om mayapura yogapithaya svaha
om antarangayai svaha
om paurnamasyai svaha
om padmayai svaha
om mahalaksmyai svaha
om gangayai svaha
om yamunayai svaha
om sarasvatyai svaha
om gopyai svaha
om vrndayai svaha
om gayatryai svaha
om tulasyai svaha
om prthivyai svaha
om gave svaha
om yasodayai svaha
om devahutyai svaha
om devakyai svaha
om rohinyai svaha
om sitayai svaha
om draupadyai svaha
om kuntyai svaha
om rukminyai svaha
om satyabhamayai svaha
om jambavatyai svaha
om nagnajityai svaha
om laksanayai svaha
om kalindyai svaha
om bhadrayai svaha
om mitravindayai svaha
om gurave svasha
om sarvebhyo mahanta gurubhyah svaha
om caitya gurave svaha
om varsasbhavani gandharvike kartikadevi sri krsna priye sarvesvari
klim sri vrndavana sevadhikara prade
srim hrim tubhyam sri radhikayai svaha
om lalitayai svaha
om smayalayai svaha
om visakhayai svaha
om campakalatayai svaha
om indulekhayai svaha
om sudevyai svaha
om rangadevyai svaha
om sucitrayai svaha
om tungavidyayai svaha
om kundalatayai svaha
om dhanyayai svaha
om mangalayai svaha
om padmayai svaha
om saivyayai svaha
om bhadrayai svaha
om citrotpalayai svaha
om palyai svaha
om tarayai svaha
om kunjakalikayai svaha
om nikunjakalikayai svaha
om sukhakalikayai svaha
om rasa kalikayai svaha
om pramodayai svaha
om dhanisthayai svaha
om tulasyai svaha
om ramayai svaha
om ramyayai svaha
om vimbosthyai svaha
om rasadayai svaha
om anandadayai svaha
om kalavatyai svaha
om rupa manjaryai svaha
om ananga manjaryai svaha
om rasamanjaryai svaha
om labanga manjaryai svaha
om kasturi manjaryai svaha
om guna manjaryai svaha
om rati manjaryai svaha
om karpura manjaryai svaha
Agniparyuksana:
O hota deve oferecer madeira saturada de ghee silenciosamente no fogo. Deve entao
borrifar água em redor do fogo na direçao horária com suas maos em concha:
Udakanjali Seka:
Ele deve aspergir água no lado sul, de oeste para leste, dizendo:
om ananta anvamamsthah
om acyuta anvamamsthah
om sarasvaty anvamamstha
O hota deve pegar um pouco de grama kusa em suas maos com as palmas para cima. Deve
aspergir a kusa com ghee três vezes, nas pontas, meio e raiz, recitando o seguinte mantra a
cada vez:
Segurando a kusa com sua mao esquerda, deve entao borrifar a grama kusa com água e
jogá-la no fogo usando a mao direita, dizendo:
(ó Vishnu, senhor dos devotos, que esta seja uma oferenda a Ti para que Rudra, que vagueia
perto de vacas amarradas, nao lese nossos animais.)
Ficando de pé, o hota deve fazer oferenda final de mahaprasadam, tecido, linha, gandha,
guirlanda, sândalo, flores, frutas, e betel no fogo, dizendo:
(Faço esta oferenda final a Vishnu, que é a fama. Quem quer que faça uma oferenda a
Vishnu dá o artigo mais selecionada como oferenda. Escolhi o melhor para Vishnu.
Permaneço neste mundo com fama.)
Santidana (Dando Paz):
O hota deve andar em volta do fogo e soltar o nó do brahma de grama kusa, depois retornar
a seu assento. Sentado, ele deve aspergir água do abhyuksana patra na parte do lado
nordeste do fogo, repetindo os santi dana mantras três vezes:
És o protetor daqueles que cantam Teus louvores. És afetuoso para com aqueles que Te
aceitam como um amigo. Esteja conosco cem vezes, para dar-nos proteçao.)
om dyauh santih
antariksam santih
prithivi santih
apah santih
vayuh santih
tejah santih
osadhayan santih
lokah santih
brahmanah santih
vaisnavah santih
santir astu dhrtir astu
om santih om santih om santih
Tilaka Dharana:
O hota deve tomar cinzas do canto nordeste do fogo, usando as colheres sruk e sruva,
misturar com ghee e aplicar como tilaka em si mesmo e no yajamana.
Daksina:
om asmin .........karmani
anga hinam kriyan hinam vidhi hinam ca yad bhavet
astu tat sarva acchidram krsna karsna prasadatah
yat kincit vaigunyam jatam
tad dosa prasamanaya
sri visnu smaranam karomi
(Possam todas deficiências quanto a regras e atividades desta cerimônia de ....... serem
absolvidas pela misericórdia de Krishna e Seus devotos. Agora lembro de Vishnu a fim de
nulificar quaisquer falhas que possa haver.)
Em seguida deve haver kirtana. O yajamana deve prestar dandavatas a todos e satisfazer
todo mundo com prasadam.
VAISNAVA DIKSA:
Pancaratrika Samskara:
Srila Rupa Goswami menciona receber diksa Vaisnava como o segundo anga de serviço
devocional no Bhakti Rasamrta Sindhu. Ele considera buscar refúgio no mestre espiritual,
aceitar iniciaçao (diksa Vaisnava) dele e seguir suas instruçöes sobre como realizar serviço
devocional, como os mais importantes elementos do serviço devocional. Aceitar um mestre
espiritual é o primeiro passo no serviço devocional, e é a causa direta do serviço
devocional. O segundo anga, diksa, é o procedimento formal para aceitar o mestre
espiritual segundo pancaratrika vidhi. Este diksa estabelece a relaçao do discípulo com o
mestre espiritual e compromete o discipulo a aceitar suas instruçöes como ordens ou sua
própria vida e alma (o terceiro anga).
Pancaratrika mantras distinguem-se do santo nome por diversos pontos. Iniciaçao aos
pancaratrika mantras requer um padrao de purificaçao antecedente a ser julgado pelo guru
durante um período de exame, sem o que a iniciaçao é considerada sem efeito.
Pancaratrika mantras também devem ser mantidos confidenciais ou secretos, e perdem sua
potência se enunciados publicamente. Assim sao usados apenas para meditaçao pessoal e
puja.
O Santo Nome (também um mantra, é claro, porém distinto por diversas características),
entretanto nao é cerceado por regras, nem tampouco é secreto. O Senhor Chaitanya frisou
que o Santo Nome nao depende de regras de diksa conforme descrito nas escrituras
pancaratrika para ter efeito. Pode ser adotado sem cerimônia ou rituais purificatórios e ser
cantado por todos publicamente.
A única regra é que quem recebe deve ter fé, e o nome deve ser aceito a partir de um devoto
puro.
O cultivo do Santo Nome tem precedência sobre a japa de todos pancaratrika mantras ou
outras formas de sadhana no movimento do Senhor Chaitanya. Portanto receber o Santo
Nome, embora nao seja cerceado por quaisquer regras, é da maior importância para a vida
espiritual de um indivíduo. Aproximar-se de um devoto puro, receber o Santo Nome dele,
ouvir os princípios e execuçao de bhakti pura a partir dele, e Radha e Krishna, e assim
receber os principais meios de alcançar serviço eterno a Radha e Krishna, constitui diksa no
sentido esotérico da definiçao (i.e. dar divya jnanam ou conhecimento transcendental e
liberaçao das atividades pecaminosas), o que pode ser chamado de bhagavata diksa,
embora nao no sentido pancaratrika (receber mantra confidencial tal como kama gayatri
segundo certos rituais). Assim pode-se falar do nama guru, a pessoa que nos dá o Santo
Nome, e nama diksa, iniciaçao no Santo Nome. Pode-se considerar a iniciaçao no Santo
Nome como pancaratrika diksa, já que o Santo Nome também é um krsna mantra
fidedigno, mas uma forma especial, liberalizada de pancaratrika diksa, já que o Santo
Nome está livre das estipulaçöes impostas aos pancaratrika mantras. Definitivamente no
entanto, diferente dos pancaratrika mantras ou mantras védicos, nao existem rituais
prescritos para dar o Santo Nome.
Embora o Santo Nome atue independente de diksa vidhi, os acharyas aconselharam que
após cultivar o Santo Nome e conseguir um nível de purificaçao, o devoto também deve
tomar pancaratrika diksa através da qual recebe pancaratrika mantras, os quais tem uma
potência específica própria, e que também o qualificam para adorar a deidade. Porque a
maioria das pessoas estao profundamente afetadas pelo apego material, elas conseguem
mais sucesso no cultivo do Santo Nome com o auxílio de pancaratrika diksa e adoraçao à
deidade. Por isso os seguidores do Senhor Chaitanya tomam o Santo Nome como seu
principal sadhana mas também tomam pancaratrika diksa de krsna mantras.
A essência de vaidika diksa é receber o cordao sagrado e o brahma gayatri mantra. Para
receber esta iniciaçao, a realizaçao do vaidika samskara chamado upanayanam de acordo
com o secular procedimento pela tradiçao é obrigatório. Há pouco espaço para variantes na
realizaçao dos samskaras védicos. A essência de pancaratrika diksa é receber
pancaratrika mantras de Vishnu ou Krishna. Embora a cerimônia pancaratrika,
incorporando puja e tantrika homa seja descrita em todos manuais padrao e no Hari Bhakti
Vilasa, as regras pancaratrika permitem que a cerimônia seja simplificada, até mesmo ao
ponto em que só o mantra é dado. Assim na tradiçao Gaudiya a tendência é de simplificar
os ritos. Geralmente o candidato se banha, pöe roupa limpa, aplica tilaka Vaisnava, recebe
contas de tulasi para o pescoço, e entao, aproximando-se de seu guru com toda humildade,
recebe um nome Vaisnava e krsna mantra. Desta forma ele recebe os cinco samskaras.
A fim de receber iniciaçao védica propriamente dita, a pessoa deve estar espiritualmente
qualificada desde a concepçao por meio do garbadhana samskara. Em Kali yuga isto é
raro. Na Kali yuga entretanto, a mesma qualificaçao pode ser obtida pelo ato de tomar
pancaratrika diksa. Por isso se diz que por receber pancaratrika samskara ou Vaisnava
diksa, e obter qualificaçao, a pessoa pode entao receber a iniciaçao védica. Agir de outra
forma nao tem efeito na Kali yuga.
Para ilustrar claramente este fato - que ao tomar pancaratrika diksa de um guru fidedigno
também se alcança o estado de um dvija - Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakura instituiu
o procedimento de dar o samskara védico de upanayanam (para tornar-se um dvija) junto
com o pancaratrika diksa, sem ligar para origem familiar ou varna. Assim ele dava
pancaratrika diksa na simples tradiçao Gaudiya, concedendo o Krishna mantra, e depois
dava diksa védico (utilizando a cerimônia upanayanam com homa védico) descrito no
manual de samskara, conferindo o cordao sagrado e brahma gayatri mantra.
Diksa (Iniciaçao):
Necessidade da Iniciaçao:
Sua Divina Graça o mestre espiritual pode avivar o fogo espiritual na entidade semelhante à
madeira, passando-lhe mensagens espirituais injetadas pelo ouvido receptivo. Portanto é
necessário aproximar-se do mestre espiritual certo somente com ouvidos receptivos, e
assim a existência divina gradualmente é realizada. A diferença entre animalidade e
humanidade reside apenas neste processo.
SB 1.2.32
Sem o serviço atencioso de seus pais, uma criança nao consegue crescer até a maturidade.
Semelhantemente, sem o cuidado do mestre espiritual nao podemos alçar-nos ao plano do
serviço transcendental.
CC Adi I, p.44
Todas atividades empreendidas por quem nao recebeu diksa sao inúteis. Tal pessoa
receberá um nascimento no ventre de um animal.
Vishnu Yamala
A fim de obter vijnana, pleno conhecimento do Senhor em todos seus aspectos, com
oferendas em nossas maos, devemos aproximar-nos do guru versado nas conclusöes das
escrituras e fixo na realizaçao de Krishna.
Mundaka Upanishad
A pessoa que aceitou iniciaçao do guru e está consciente de seu dever para com ele, pode
de fato conhecer a verdade mais elevada.
Chandogya Upanishad
A pessoa que possui devoçao pelo Senhor Supremo, e na mesma medida tem devoçao pelo
mestre espiritual, realiza a verdadeira importância das escrituras.
Svetasvatara Upanishad
Definiçao de Diksa:
A palavra diksa constitui-se de duas sílabas: di e ksa. Di representa dan: dar conhecimento
transcendental (divya jnanam). Ksa representa ksaya: destruiçao de atividades
pecaminosas. Diksa portanto significa aquele ato por meio do qual a alma condicionada
alcança conhecimento transcendental e se torna destituída de atividade pecaminosa.
Vishnu Yamala
Assim como o metal de sino se transforma em ouro pelo processo da alquimia, assim
também um homem recebe um segundo nascimento na vida espiritual, pelo processo de
pancaratrika diksa.
Tattva sagara
As Responsabilidades de Diksa:
Como o rei aceita os pecados de seus ministros e o marido aceita os defeitos de sua esposa,
assim o mestre espiritual deve aceitar os pecados de seus discípulos.
Sara Samgraha
Tanto aquele que dá o mantra indevidamente como aquele que recebe o mantra
impropriamente, sem consideraçao pelo devido sistema conforme descrito nas escrituras,
vao para o inferno pela eternidade.
Narada Pancaratra
Segundo o shastra, o dever do guru é levar um discípulo de volta ao lar, de volta para Deus.
Se for incapaz de fazê-lo e em vez disso impede o discípulo de retornar a Deus, nao deve
ser um guru... Qualquer um supostamente guru mas que vai contra os princípios de Vishnu
bhakti nao pode ser aceito como guru. Se a pessoa equivocadamente tiver aceito tal guru,
deverá rejeitá-lo. Tal guru é descrito conforme a seguir:
Quem se torna confuso pela natureza material, é incapaz de discernir o que fazer e nao
fazer, e assim se desgarra da senda de bhakti pura para outros métodos, deve ser rejeitado.
Mahabharata
Srila Jiva Goswami aconselhou que tal guru inútil, um sacerdote familiar que age como
guru, deve ser abandonado, e que um guru fidedigno adequado deve ser aceito.
SB 8.20.1
Se por equívoco por acaso se tomar diksa de uma pessoa que nao é Vaisnava, se vai para o
inferno. Deve-se remediar a situaçao tomando diksa novamente (punas ca) de um mestre
espiritual fidedigno.
Narada Pancaratra
Tipos de Guru:
Um devoto só deve ter um mestre espiritual iniciador porque nas escrituras aceitar mais que
um sempre é proibido. Nao há limite, contudo, para o número de mestres espirituais
instrutores que se pode aceitar. Em geral um mestre espiritual que constantemente instrui
seu discípulo na ciência espiritual se torna seu mestre espiritual iniciador mais tarde.
CC Adi I, p.38
Existem dois tipos de mestres espirituais instrutores (shiksha guru). Um é a pessoa liberada
plenamente absorta em meditaçao no serviço devocional, e o outro é aquele que invoca a
consciência espiritual do discípulo por meio de instruçöes relevantes. Assim, as instruçöes
na ciência da devoçao se diferenciam em termos das maneiras objetivas e subjetivas de
compreender. O acharya no verdadeiro sentido do termo, que é autorizado a dar Krishna,
enriquece o discípulo com pleno conhecimento espiritual e portanto desperta-o para as
atividades do serviço devocional.
CC Adi I, p.46
Necessidade de Shiksha:
O mestre espiritual nao pode aceitar serviço de um discípulo sem dar-lhe instruçao
espiritual.
SB 3.23.52
Sucessao discipular nem sempre quer dizer que a pessoa tem de ser iniciada oficialmente.
Sucessao discipular significa aceitar a conclusao discipular. Arjuna era um discípulo de
Krishna e Brahma também era um discípulo de Krishna. ...Porque Vyasadeva e Arjuna sao
de status igual, ambos estudantes de Krishna, estamos portanto na sucessao discipular de
Arjuna. Coisas iguais à mesma coisa se igualam entre si.
Ascot, Out. 31, 1969
O Título:
O Vaisnava puro é chamado de prabhu, e este apelativo é uma etiqueta observada entre
Vaisnavas. Quando muitos prabhus permanecem sob o refúgio dos pés de lótus de outro
prabhu, se dá o título de Prabhupada... O Senhor Vishnu é o senhor eterno de todos, e o
representante do Senhor Vishnu é o servo confidencial do Senhor. Tal pessoa atua como
mestre espiritual para Vaisnavas neófitos. Portanto o mestre espiritual é tao respeitável
quanto Sri Krishna Chaitanya ou o próprio Senhor Vishnu. Por esta razao o mestre
espiritual é chamado de om vishnupada ou prabhupada. O acharya ou mestre espiritual em
geral é respeitado pelos outros como Sripada.
CC Madhya v.4 p.121
O devoto puro cuja única ocupaçao é servir, é honrado pelos nomes prabhupada e
vishnupada, os quais indicam que tais devotos sao representantes dos pés de lótus do
Senhor.
SB 1.1.15
O mestre espiritual em geral é chamado de gosani, e thakur também é usado para dirigir-se
a paramahamsas, aqueles no escalao máximo da espiritualidade.
CC Madhya v.4 p.295
Astottara sata é adicionado ao nome do mestre espiritual para indicar alguém situado em
suddha sattva, ou no transcendental estado de vasudeva.
SB 4.3.23
Você escreveu “todas glórias a nosso guru maharaja”. Isso é impersonalismo. Quando
prestamos reverências ao guru, o nome deve aparecer. Somos estritamente personalistas.
Bhavananda, Jul. 14, 1972
Qualificaçao do Guru:
Ele deve agir de acordo com as injunçöes escriturais e ao mesmo tempo pregar. Quem faz
isto é um mestre espiritual fidedigno.
CC Antya v.II, p. 51-52
Quem consegue controlar o impulso da fala, mente, ira, língua, estômago, e genitais, está
qualificado a dar instruçao espiritual ao mundo inteiro.
Rupa Goswami, Upadesamrta
Um goswami ou o representante fidedigno de Sri Vyasadeva, deve estar livre de todos tipos
de vícios. Os quatro vícios principais de Kali Yuga sao:
Um goswami deve estar livre de todos estes vícios antes que ouse sentar-se na
vyasasana. ...Nao só ele deve estar livre de todos esses vícios, mas também ser bem
versado em todas escrituras reveladas ou nos Vedas.
SB 1.1
Quem deseja o mais elevado bem deve render-se ao guru, que conhece plenamente sabda
brahma (escritura), que está firmemente fixo aos pés de lótus de Bhagavan, e que está livre
de todas agitaçöes materiais.
SB 11.3.21
Aquela pessoa que é capaz de pegar o sentido essencial das escrituras, e de acordo com tal,
estabelece o modo correto de conduta nos outros, e que por si mesmo segue tal conduta, se
chama acharya.
Vayu Purana
Realizaçao pessoal nao quer dizer que se deva, por vaidade, procurar mostrar erudiçao
tentando sobrepujar o acharya anterior. Deve-se ter plena confiança no acharya anterior, e
ao mesmo tempo deve-se entender o tópico em questao tao bem, que se possa apresentar o
assunto para as circunstâncias de modo apropriado.
SB 1.4.1
Mesmo embora uma pessoa possa ser um brahmana erudito perito em todas atividades do
Veda e smrti shastra, e possa ser perito no emprego de mantras, se nao for um Vaisnava,
nao será qualificado para ser guru. Aquela pessoa que é um Vaisnava, mesmo que tenha
nascido de família baixa de comedores de caes, deve ser considerada guru.
Padma Purana
Uma pessoa pode ser brahmana, sannyasi, sudra ou o que quer que seja, porém se for bem
proficiente na ciência de Krishna, pode tornar-se guru.
CC Madhya 8.128
Se alguém posa como acharya porém nao tem atitude de servidao ao Senhor, deve ser
considerado como ofensor, e esta atitude ofensiva desqualifica-o para ser um acharya.
CC Adi I, p.44
Este tipo de interesse sério pelo bem-estar do público faz da pessoa um acharya fidedigno.
Um acharya nao explora seus seguidores. Como o acharya é um servidor confidencial do
Senhor, seu coraçao está sempre cheio de compaixao pela humanidade em seu sofrimento.
Ele sabe que todo sofrimento é devido a ausência de serviço devocional ao Senhor, e
portanto tenta encontrar maneiras de mudar as atividades das pessoas, tornando-as
favoráveis à obtençao de devoçao. Esta é a qualificaçao de um acharya.
CC Adi I, p.220
A seguir as características do mestre espiritual que sao listadas no Hari Bhakti Vilasa:
Ele deve ser pacífico, plenamente em controle dos sentidos e satisfeito nas atividades do
serviço devocional.
Deve conhecer os Vedas e as conclusöes das escrituras.
Deve estar absorto na adoraçao do Senhor e cantar o nome do Senhor, e ter profunda fé no
Senhor.
Deve estar sempre ansioso pelo bem-estar de todos seres vivos.
Deve exibir todas boas qualidades.
Deve conduzir-se de acordo com sad acara, regras mencionadas na escritura.
Deve ser inteligente.
Deve ser estável.
Deve ser austero.
Deve ser veraz.
Deve ser doce na fala, agradável de se ver, limpo de corpo e vestimenta, e de aparência
juvenil.
Deve ser perito em discutir e derrotar aqueles que se opöe ao serviço devocional.
Deve ser um juiz perito.
Deve sentir gratidao pelos serviços prestados a ele.
Deve ser capaz de tanto mostrar favor como repreender outra pessoa.
Deve sentir afeiçao por seus discípulos.
Deve estar completamente livre da inveja, malícia, violência, ira, preguiça, e atividade
pecaminosa.
Qualificaçao do Discípulo:
Ele deve seguir as ordens ou instruçöes do mestre espiritual relativas ao serviço devocional:
O filho ou discípulo deve aceitar as palavras de seu mestre espiritual e pai sem hesitaçao.
Seja o que o pai e o mestre espiritual ordenarem, deve ser aceito sem argumentar.
SB 3.24.13
Enquanto o mestre espiritual estiver presente, o discípulo deve servir o corpo físico do
mestre espiritual, e quando o mesmo nao existir mais fisicamente, os discípulos devem
servir as instruçöes do mestre espiritual.
SB 4.28.47
A etiqueta é que enquanto o mestre espiritual estiver presente, todos futuros discípulos
devem ser trazidos a ele.
Acyutananda, Ago.21, 1968
No último estágio da vida do mestre espiritual, os devotos do mestre espiritual devem
tomar as atividades de pregaçao nas próprias maos. Dessa maneira o mestre espiritual pode
sentar-se num local solitário e realizar nirjana bhajana. ... Quando o mestre espiritual se
retira para nirjana bhajana, alguns dos devotos avançados seguem-no e se ocupam em seu
serviço pessoal.
SB 4.28.34
Período de Exame:
O guru e discípulo devem viver juntos por um ano examinando um ao outro pela conduta e
natureza.
Hayasirsa Pancaratra
na samvatsaravasine deyat
Nao se deve dar mantra a outra pessoa a nao ser que se tenha vivido com ela durante um
ano.
Sruti
Srila Sanatana Goswami confirma que sem um período de exame durante o qual o
candidato realiza serviço ao mestre espiritual, e através do qual ambos podem verificar
qualificaçao ou desqualificaçao, tanto o dar como o receber mantra torna-se sem
significado e consequentemente vira um distúrbio ao processo fidedigno do serviço
devocional. Tanto quem dá como quem recebe o mantra devem sofrer por sua atividade.
O discípulo deve pegar água, grama, flores e lenha para fogueira para o guru.
Deve limpar o quarto do guru, aplicar chandana no corpo do guru e lavar suas roupas.
Deve indagar quais serviços pode realizar para o guru, e coletar artigos como galhos para
escovar dentes, etc.
Deve oferecer alimentos agradáveis ao guru, e comer os restos.
Deve sempre ocupar-se em trabalho benéfico, agradável.
Nunca deve realizar atividades que desagradem o guru.
Respeito:
Pedido de Iniciaçao:
Meses Favoráveis:
Meses Desfavoráveis:
Dias Favoráveis:
Naksatra Favorável:
rohini, sravana, ardra, dahistha, uttara traya, pusya satbhisa, asvini, svti, visakha, hasta,
jyestha
Tithi Favorável: dvitiya, pancami sasthi, saptami, dasami, dvadasi, trayodasi, purnima.
Planetas Favoráveis:
Exceçöes:
Num grande tirtha, ou durante o eclipse do sol ou lua, consideraçöes de mês e naksatra nao
sao levadas em conta, embora a lua e lagna auspiciosos ainda assim sejam necessários.
Tomar diksa durante um eclipse diz-se que proporciona ilimitados resultados. Além do
mais, sempre que se tem oportunidade de encontrar com o mestre espiritual, e este der
permissao, esta hora é a melhor para receber diksa.
Diksa Vidhi:
Ordem da Cerimônia:
mandapa nirmana
svasti vacana
sankalpa
varana
mandala puja
kalasa sankha sthapana
* puja para Vishnu e parisad, guruparampara
homa
* panca samskara
Os ítens sem asterisco poderao ser dispensados, especialmente num tirtha sagrado ou
templo, ou durante um eclipse, quando se pode simplesmente dar o mantra para o candidato
qualificado.
Mandapa:
O quadrado deve medir sete ou nove maos, com dezesseis colunas de madeira sem defeito,
doze na beira externa e quatro dentro. A altura deve ser de cinco maos para os de fora e
oito maos para os de dentro. Um quinto das varas de madeira deve estar sob a terra.
O teto poderá ser coberto com folhas de palmeira ou de bambu.
Nas quatro direçöes deve haver quatro portas.
A mandapa deverá ser decorada com bandeiras, flores e folhas.
O kunda deve ser construído no lado norte.
Cores de Flâmulas:
Deve ser quadrado, de vinte e quatro dedos de cada lado, com três degraus. Os degraus
devem ter quatro, três e dois dedos de altura e largura. Deve haver ayoni no lado oeste
estendendo-se sobre os três degraus, com doze dedos de comprimento, seis de largura e um
dedo de espessura com uma borda em volta.
Um simples buraco quadrado medindo uma mao para cada lado poderá ser usado.
ou
apavitrah pavitro va
sarvavastham gato’pi va
yah smaret pundarikaksam
sa bahyabhyantarah sucih
Svasti Vacana:
Três brahmanas devem jogar arroz com suas maos direitas dizendo:
svasti no govindah
svasti no’cyutanantau
svasti no vasudevo visnur dadhatu
svast no narayano naro vai
svast nah padmanabhah purusottamo dadhatu
svast no visvakseno visvesvarah
svasti no hrsikeso harir dadhatu
svast no vainateyo harih
svast no’njanasuto hanur bhagavato dadhatu
svasti svasti sumangalaikeso mahan sri krsnah saccidananda ghanah
sarvesvaresvaro dadhatu
Sankalpa:
Sankalpa deve ser realizado usando uma vasilha de cobre. Prata, pedra, barro, concha ou
metal de sino nao devem ser usados, tampouco deve se realizar sankalpa usando somente
as maos. Deve-se encher a vasilha com água, e adicionar gergelim, três folhas de kusa
(com raiz e ponta intatos), flores, e hariktaki ou banana.
(No mês........, paksa........, tithi........., eu, ........ da acyuta gotra, para o prazer do Senhor
Krishna receberei mantra hoje.)
Deve-se entao jogar um pouco d’água na direçao noroeste, virar a vasilha de cabeça para
baixo e colocar gandha e puspa sobre a mesma.
O candidato deve apresentar gandha, flores, guirlanda, pano, e pode adorar oferecendo
cinco ou dez upacaras (asana, padyam, arghyam, acamaniyam, madhuparka, gandha,
puspa, dhupa, dipa, naivedyam conforme no manual de puja.)
(Neste dia de ...... na cerimônia de receber krsna mantra, tendo adorado-o com lava-pés,
etc., eu seleciono ........ como meu mestre espiritual.)
O guru deve entao realizar mandala puja, e estabelecer um kumbha sobre a mesma, e
adorar o Senhor no kumbha. Alternativamente poderá realizar shalagrama ou murti puja.
Mandala:
Deve-se desenhar a diksa mandala sobre o vedi e adorar as diferentes partes do pitha com
gandha e puspa:
Dentro do lótus:
Deve-se encher uma concha com água e aromas cantando mula mantra.
Deve-se recitar:
Kumbha Sthapana:
om
Mula mantra
Deve-se colocar um kurca, arroz branco, ouro, jóias, e flores, e açúcar branco.
Deve-se encher o pote com água de tirtha, água de cânfora, de panca gavya, sarva ausadhi
ou maha aushadhi dizendo mula mantra e letras do alfabeto desde ksa até a:
Deve-se colocar folhas e frutas sobre o kumbha e amarrar com pano e decorar.
Guru Puja:
Panca Upacara:
Guru Dhyana
Manasa Puja
Gauranga Puja:
(Panca Upacara)
Guru Dhyana
Manasa Puja
Tantrika Homa:
Numa área quadrada de uma mao por uma mao no kunda, desenhar uma estrela de seis
pontas, cercá-la com um círculo e oito pétalas de lótus, cercar com um quadrado e quatro
portas.
No canto sudeste e noroeste desenhar conjuntos de três linhas retas, apontando para norte e
leste respectivamente, usando a raiz da grama kusa e dizendo namah.
ete gandha puspe + mula mantra + om kundaya namah (adorar o kunda com flores e
gandha)
om mukundaya namah
om isanaya namah
om purandaraya namah
om brahmane namah
om vaivasvataya namah
om indave namah
No centro:
ete gandha puspe adhara sakty adi yoga pitha devatabhyo namah
om dharmaya namah
om jnanaya namah
om vairagyaya namah
om aisvaryaya namah
om adharmaya namah
om ajnayaya namah
om avairagyaya namah
om anaisvaryaya namah
No centro:
om anantaya namah
om padmaya namah
om am arka mandalaya dvadasa kalatmane namah
om um soma mandalaya sodasa kalatmane namah
om mam vahni mandalaya dasa kalatmane namah
Os estames:
om pitayai namah
om svetayai namah
om arunayai namah
om krsnayai namah
om dharmayai namah
om tivrayai namah
om sphulinganyai namah
om rucirayai namah
om jvalinyai namah
No centro escreva hrim, coloque flores cobrindo como se fosse uma cama, e chame Vishnu
e Lakshmi, e adore com cinco upacaras, ou gandha e puspa:
Deve-se trazer fogo e olhar para ele dizendo vausat e o mula mantra.
Segurando o pote de fogo do kunda com ambas maos, circulá-lo três vezes sobre o kunda, e
colocá-lo no centro do kunda dizendo haum.
om vaisvanara jataveda
ihavaha lohitaksa
sarvakarmani sadhaya svaha
Deve-se passar o sruk e sruva de face virada para baixo sobre o fogo. Segurando-os na
mao esquerda deve-se limpá-los com kusa, borrifar com água e novamente passar sobre o
fogo. Entao deve-se colocá-los sobre kusa no lado direito.
om agnaye svaha
O ghee remanescente na colher deve-ser derramado num pote do lado direito. Isso deve ser
feito para todas oblaçöes que se seguem.
Tirando do lado esquerdo do pote, falando namah, e oferecendo ao olho esquerdo do fogo,
dizer:
om somaya svaha
Entao deve-se tomar ghee do meio do pote, falando namah, e oferecer para a testa do fogo
dizendo:
Deve-se tomar ghee do lado direito do pote falando namah e oferecer para a boca do fogo,
dizendo:
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhur bhuvah svah svaha
.........ihagaccha ihagaccha
iha tistha iha tistha
iha sannidehi iha sannidehi
iha sannirudyasva iha sannirudhyasva
iha sammukhi bhava iha sammukhi bhava
Deve-se oferecer 25 oblaçöes de ghee na boca da deidade dizendo mula mantra + svaha.
Entao se pode realizar homa 108 vezes usando ghee, açúcar e payasam com o mula mantra
da deidade:
Deve-se fazer uma oferenda final de ghee, nozes betel ou frutas e flores (purnahuta)
dizendo:
Deve-se derramar leite ou iogurte ou água sobre a parte nordeste do fogo dizendo:
Deve-se oferecer prasadam como bali dana aos associados do Senhor com acamaniyam.
Entao se deve tomar cinzas do fogo e aplicar tilaka no próprio corpo e em outros.
Os restos das oferendas (tais como halva, etc.) no fogo devem ser oferecidos aos associados
de Vishnu.
Panca Samskara:
O candidato, banhado, vestido em dois pedaços de tecido limpos, com tilaka e sikha
amarrada, deve realizar acamana e circumambular o guru, oferecer pranamas.
O guru deve borrifar água do ghata (ou caranamrta se um ghata nao foi estabelecido e
adorado) sobre a cabeça do candidato três vezes.
O guru deve entao derramar água de suas maos nas do candidato, dizendo:
dadasva
O guru deve entao recitar o mantra três vezes no ouvido direito do candidato, meditando
em transferir o Senhor em seu coraçao, na murti, no ghata, no fogo e no mantra para o
candidato.
Este deve dar-lhe mahaprasadam e palavras de bençao, colocando arroz branco cru em sua
cabeça.
O guru poderá cantar o mantra 108 ou 1008 vezes para preservar sua energia espiritual.
Deverá haver um festival de prasadam e o discípulo deve comer com seus amigos.
(Também pode ser usado para dar o Santo Nome. Nesse caso onde se deve dar o
pancaratrika krsna mantra, dê-se o hare krsna (nama).)
O guru deve fazer com que recite seus votos e concorde em seguí-los.
O guru irá dar-lhe um nome de Krishna com dasa adicionado ao final e mantra (nama,
mantra dan).
O guru poderá fazer com que adore a deidade, oferecendo flores aos pés de lótus de
Krishna em rendiçao, ou poderá fazê-lo adorar o Senhor no fogo via tantrika homa.
O discípulo deve fazer uma oferenda ao guru, e oferecer-se em plena rendiçao com
pranamas.
Votos:
Guru:
(atividades devocionais)
Deve ficar o dia inteiro ocupado em serviço devocional, pensando em si mesmo como
servo do Senhor.
Apesar de qualquer situaçao material, deve manter-se internamente satisfeito através da
realizaçao de serviço devocional.
Deve realizar todos deveres diários (nitya kriya) tais como diariamente puja, japa, kirtana,
e deveres periódicos (naimittika kriya) tais como festivais sazonais e vrata, ekadasi (jejuar
segundo princípios Vaisnavas).
Nitya Kriya:
(puja)
Deve colher folhas de tulasi e adorar tulasi de acordo com as regras.
Deve comer folhas de tulasi oferecidas ao Senhor.
Deve realizar adoraçao à deidade diariamente tao opulenta quanto possível.
Deve evitar fazer oferenda magra se puder custear mais.
Deve cantar, dançar, e soprar a concha diante da deidade.
Deve evitar sentar numa asana de madeira para o puja.
Deve evitar flores proibidas e artigos impuros para puja.
Deve manter sua mente pura durante o puja.
Deve evitar conversas materiais durante o puja.
Deve evitar olhar para o Senhor em horários proibidos (ao comer, dormir, etc.).
Deve evitar prestar reverência com uma mao só (pranama) e uma só circumambulaçao
(pradaksina) da deidade.
Deve evitar lavar sua boca depois de tomar caranamrta.
Deve usar tecido oferecido para a deidade.
Deve respeitar e ouvir Srimad Bhagavatam diariamente.
Deve realizar japa nao menos que o mínimo recomendado pelo mestre espiritual.
Deve realizar todas atividades devocionais, tais como japa, puja nos horários
recomendados.
Deve receber os Vaisnavas devidamente.
Deve adorar os Vaisnavas devidamente.
Deve associar-se com Vaisnavas.
Deve comer somente alimentos oferecidos ao Senhor.
Deve evitar comer graos cozinhados por nao-Vaisnavas.
Nao recusar prasadam que lhe for oferecida.
Naimittika Kriyas:
Atividades ocasionais do Vaisnava poderao ser quinzenais (paksa krtya), como no caso de
ekadasi e mahadvadasi; conforme o mês (masa krtya), como no caso de festivais como
Janmastami ou Ramanavami; ou mais ocasionais (kadacitka krtya), como no caso de
instalaçao de murtis, construir templos, e samskaras. O Hari Bhakti Vilasa lida com todos
exceto os samskaras, que sao apresentados num outro livro Sat Kriya Sara Dipika por Srila
Gopala Bhatta Goswami.
Após discutir as atividades diárias do devoto grhastha, e descrever detalhadamente uma das
atividades diárias - arcana ou adoraçao à deidade - Sanatana Goswami descreve os paksa e
masa krtyas, que sao angas primários de bhakti.
Estas atividades podem ser divididas em três categorias: upavasa, vrata, e utsava.
Upavasa significa jejuar, ou abster-se de alimento e de toda sorte de desfrute sensorial. De
acordo com as escrituras isso quer dizer abstinência total de alimento durante um dia, à
exceçao de anukalpa, alimentos que podem ser upavasa ou jejum completo, ou poderá
envolver abstinência total de certos alimentos ou tomar só certos alimentos como leite,
durante um ou mais dias, junto com a realizaçao de alguma atividade devocional especial,
tal como cantar mais voltas, e oferecer puja extra para a deidade. No caso de caturmasya
vrata, este dura quatro meses. Utsava significa festival, serviço especial para e adoraçao à
deidade, e banquetear-se, distribuir os restos do Senhor. Alguns vratas e upavasa poderao
terminar em utsava, e alguns utsavas podem ser realizados independentemente de qualquer
vrata ou upavasa, tal como Ratha Yatra, Rasa Utsava, e Dola Yatra.
Utsava Compulsório:
Alguns dias foram selecionados pelo acharya como sendo dias de jejum obrigatório. Um
destes é ekadasi (inclusive mahadvadasi). O próprio Sri Chaitanya deu o exemplo em Puri.
Outros incluem Krishna Janmastami, dia do aparecimento do Senhor Krishna, e Gaura
Purnima, dia de aparecimento do Senhor Chaitanya, que também sao ocasiöes para utsava.
O Senhor Krishna e Senhor Chaitanya sao as deidades adoráveis da sampradaya:
Qualquer dia de aparecimento de um avatara de Vishnu poderá ser observado como dia de
jejum, e como utsava, com adoraçao especial da deidade e distribuiçao de prasadam no dia
seguinte ao jejum. Se ocorrer um dia de aparecimento de um avatara que se esteja
adorando em nosso templo, geralmente se observa o jejum bem como utsava, como gesto
de rendiçao a nossa deidade adorável. Se nao houver uma deidade do avatara em nosso
templo, pode-se simplesmente escolher observar o utsava, ou adoraçao especial com
distribuiçao de prasadam, mas pode-se escolher jejuar neste caso também. Em ambos
casos o Senhor em Sua forma avatara deve receber adoraçao especial. Os avataras
incluem Ramachandra, Nrsimha, Vamana, Varaha, Balarama e Nityananda. No caso de
Vamana e Varaha, vrata pelo aparecimento deles é natural, pois é simultâneo com ekadasi
vrata.
Os dias de aparecimento das consortes do Senhor, tais como Radharani e Sita devi também
sao observados, geralmente através de utsava, conforme descrito acima, embora alguns
devotos poderao também jejuar.
Nos dias de utsava tem que haver glorificaçao (kirtana) da personalidade que está sendo
adorada e bastante Hare Krishna kirtana.
O Calendário Vaisnava:
O sistema de calcular o dia para celebrar festivais e observar vratas baseia-se no calendário
lunar. O calendário lunar baseia-se nas fases de mudança da lua. Dentro do espaço de
vinte e nove dias, a lua diminui (fase minguante de krsna paksa) de sua forma plena (lua
cheia ou purnima) para escuridao (lua nova ou amavasya) e entao cresce novamente (fase
crescente ou gaura paksa) até a lua cheia novamente. Como esses estágios nao podem ser
medidos acuradamente a olho nu, sao calculados matematicamente medindo-se a distância
entre o sol e a lua. No amavasya completo a distância é 0, e no purnima, a distância entre
sol e lua é máxima, 180 graus. Esta distância divide-se em quinze partes iguais de 12 graus
cada. A duraçao de tempo que leva para a lua se mover 12 graus é calculada como um dia
lunar ou tithi. Portanto existem quinze dias lunares ou tithis na fase minguante e quinze
dias lunares na fase crescente da lua, ou trinta dias lunares em um mês lunar.
Os dias lunares entretanto, nao sao de duraçao igual, devido aos movimentos complexos de
ambos sol e lua em relaçao à terra, e assim nao correspondem aos dias e noites do
calendário solar. Um dia lunar poderá terminar a qualquer hora do dia ou noite. Vratas e
festivais contudo sao observados de acordo com o passar do dia e da noite, a medida usual
pela qual vivemos. Se um determinado tithi ocupa o alvorecer, entao aquele dia geralmente
é chamado pelo nome do tithi, e qualquer vrata ligado a ele será observado durante aquele
dia. Como um tithi pode cobrir dois alvoreceres, poderá portanto ocupar dois dias solares;
ou poderá nao chegar a nenhum alvorecer, e portanto nao aparecer como um dia de
calendário.
Como o ano lunar, constituído de doze meses lunares, tem onze dias a menos que o ano
solar, conforme os anos passam, o calendário lunar se antecipa às verdadeiras estaçöes por
dias e meses. Para acabar com isso, a cada três anos um mês extra, chamado adhika masa
ou purusottama é adicionado, a fim de colocar o calendário novamente alinhado com as
estaçöes.
Os nomes tradicionais do ano lunar sao os seguintes, começando pelo primeiro dia:
pratipat, dvitiya, tritiya, caturthi, pancami, sasthi, saptami, astami, navami, dasami,
ekadasi, dvadasi, trayodasi, caturdasi, amavasya (fase minguante), purnima (fase
crescente). Os mesmos nomes, exceto amavasya e purnima, sao usados tanto para fases
crescentes como minguantes. A fim de identificar mais claramente o dia lunar, também se
menciona a fase. A fase minguante se chama krsna paksa ou quinzena obscura, e a fase
crescente se chama sukla ou gaura paksa ou quinzena clara. Assim gaura pratipat
significa o primeiro tithi lunar da fase crescente da lua, o dia seguinte ao purnima.
Os nomes dos doze meses, começando pelo primeiro mês do ano, sao: vaisakha, jyaistha,
asadha, sravana, bhadra, asvina, kartika, agrahayana ou margasirsa, pausa, magha,
phalguna e caitra. Baseado em evidência escritural, Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati
Thakura projetou um calendário lunar usando os nomes de Vishnu para os dias do mês as
fases, os meses, e as constelaçöes. Os nomes mais comumente usados sao os seguintes:
madhusudana, trivikrama, vamana, sridhara, hrsikesa, padmanabha, damodara, kesava,
narayana, madhava, govinda, visnu.
Neste calendário contudo, o ano nao principia com Vaisakha mas com o dia que se segue ao
aparecimento do Senhor Chaitanya no phalguna purnima. Assim o primeiro mês do ano
Gaudiya Vaisnava é visnu (caitra). Os anos também sao calculados a partir do nascimento
do Senhor Chaitanya. Assim o ano 1984 DC é 498 da Era Chaitanya.
Acharya Puja:
Panca Upacara:
Realize todos ritos purificatórios (purvanga karma, tal como bhuta suddhi) de acordo com
o manual de puja.
Acharya Dhyana
Manasa Puja
Mantra:
Pode-se usar o guru mula mantra (para o próprio guru da pessoa), om parama gurava
namah (para o guru de nosso guru), om paratpara gurave namah (para o guru do guru de
nosso guru), om maha gurave namah (para o guru do guru do guru de nosso guru), om
paramesthi gurave namah (para o guru do guru do guru do guru de nosso guru) se os
mantras se aplicarem, ou usem o nome no caso dativo com namah (ou svaha) para outras
personalidades.
Ou:
Dhyana
Manasa Puja
Pranamas:
Aratrika e kirtana:
Ou
Dhyanam
Manasa Puja
Pranamas:
Aratrika e kirtana:
Se o dia de aparecimento do acharya cair num dia de jejum como ekadasi, entao o festival
é realizado no dia seguinte.
4 Kumaras e Visvaksena
4 sampradaya acharyas (Ramanuja, Madhva, Visnuswami e Nimbarka)
4 Vishnus (Vasudeva, Sankarsana, Pradyumna e Aniruddha) e Krishna
4 veda acharyas (Jaimini, etc.) e Vedavyasa
4 gurus anteriores e o acharya da ocasiao.
4 yugala murtis (Gaura-Gadadhara e Radha-Krsna) e Guru
Pancatattva:
Após adorar com o máximo de artigos (upacaras) possível e oferecer naivedyam, deve-se
adorar o acharya da ocasiao com dezesseis upacaras (conforme enumerado no
procedimento para dia do aparecimento) e glorificá-lo ao melhor de nossa capacidade.
Todos Vaisnavas reunidos podem participar na adoraçao oferecendo puspanjali (maos
cheias de flores) e pranamas com oraçöes pranamas três vezes. Depois poder-se-á realizar
o aratrika e os Vaisnavas reunidos devem ser alimentados com suntuosa mahaprasadam.
Pode-se realizar o mesmo tipo de adoraçao, apresentando cinco, dez ou dezesseis upacaras
quando um acharya vier a nossa casa ou templo, ou simplesmente realizar os atos de
hospitalidade conforme descrito abaixo para convidados:
recepcionar a pessoa
sentar a pessoa
lavar seus pés com água fresca
oferecer uma lamparina ou adoraçao mais elaborada, tal como aratrika com sete artigos
oferecer alimento e água
oferecer guirlandas e candana
oferecer presentes
oferecer um local para descanso
acompanhar até a saída quando for embora
purna kumbha (saudar com um pote cheio)
No caso de um acharya sannyasi, pode-se dar-lhe as boas vindas com um mangala ghata
(pote com côco) e canto do sannyasa sukta. Ao saudar um acharya grhasta se pode cantar
“vedaham purusam mahantam to santi devah” ou qualquer mantra védico terminando em
santih tal como as invocaçöes aos diferentes upanishads.
Sannyasa Sukta:
Pode-se obter a vida eterna na associaçao com o Senhor, nao por nossas próprias atividades
piedosas (tal como recomendado na seçao karma khanda dos Vedas), nem tampouco pelas
atividades piedosas de nossos filhos, ou por acumular qualquer tipo de riqueza, mas só pela
renúncia de todo desfrute para nós mesmos e oferecer tudo ao Senhor Supremo. Este
estado de perfeiçao, que é obtido pelos verdadeiros sannyasis, situa-se bem além deste
mundo, e é difícil de alcançar para o homem comum.
Existe um lótus situado dentro do corpo, no meio do coraçao, um local livre de todo
sofrimento. É o céu espiritual, livre de toda contaminaçao material e lamentaçao. Ali
reside o objeto de nossa adoraçao.
Aquele que é proclamado no início dos Vedas, e é firmemente estabelecido ao final dos
Vedas, que está além do mundo material, e nao tem igual, Ele é o Senhor Supremo.
(apostila americana da BBT ref.adoraçao traduzida p/Indumukhi dd)
GARBADHANAM
Importância de Garbadhana:
Conclui-se que ao conceber uma criança nossa mente deve estar muito sóbria e
devocional. Para tal propósito recomenda-se o garbadhana samskara nas
escrituras védicas.
SB
Época:
Após o casamento, o casal recém-casado deve observar brahmacharya durante três dias,
dormindo sobre a terra. No quarto dia, o casal vai para a casa do marido e se realiza
caturthi homa. Depois disso, durante o dia, poderao ser realizados os preliminares para o
garbadhana samskara. Também poderá ser realizado depois de seis ou doze noites, ou
depois de um ano.
Horários Proibidos:
Contando as noites desde o início da regra da mulher, no mínimo as quatro primeiras noites
sao proibidas para atividade sexual.
A décima primeira e décima terceira noite também sao proibidas. Os dez dias
remanescentes sao permitidos, e as noites posteriores sao favorecidas. Noites pares
favorecem crianças do sexo masculino, e ímpares favorecem crianças do sexo feminino.
Uniao sexual após a décima sexta noite também é proibido.
Tithis Proibidos:
Também se deve evitar uniao sexual em dias de vrata e nos dias de parva (lua cheia, lua
nova, astami e caturdasi tithis) quando o corpo está numa condiçao fraca.
Assim que a esposa estiver grávida, nao deve haver mais vida sexual até que a
criança nasça e tenha chegado pelo menos aos seis meses de idade. Se nao se
deseja mais que uma ou duas crianças, deve-se voluntariamente parar com a vida
sexual. Nao se deve usar qualquer método contraceptivo e ao mesmo tempo
entregar-se a vida sexual. Isto é muito pecaminoso.
carta de Srila Prabhupada, Sao Francisco,
set.20, 1968
Parceiro:
O marido deve satisfazer-se somente com sua esposa, com mais ninguém e de nenhuma
outra maneira. O marido que pensa em outra pessoa além de sua esposa reduz seu tempo
de vida e recebe nascimento num corpo sem ossos, aprisionado num útero e mordido por
insetos.
Local:
O marido deve aproximar-se de sua esposa em sua própria casa, num quarto limpo, sobre
uma cama limpa, larga e nao-quebrada; nao num templo, na casa de um guru, vaisnava, ou
mestre, nem sob uma árvore sagrada, num tirtha, num gosala, num crematório, na floresta,
ou n’água.
O marido deve estar livre da influência de intoxicantes, deve estar de banho tomado,
agradavelmente perfumado, enguirlandado, saudável, livre de ansiedades, afetuoso e
apaixonado.
A esposa deve estar de banho tomado, livre da ira, de bom humor, em boa saúde, nem sub-
nem super-alimentada e desejosa de seu marido. Ela nao deve ter nenhum anseio por, nem
ter relaçöes sexuais com mais ninguém. Nao deve estar grávida, nem deverá ter dado à luz
recentemente.
Permissao do Guru:
Idade:
Susruta, o famoso escritor ayurvédico diz que a mulher amadurece aos dezesseis anos e o
homem quando chega aos vinte e cinco. Uniao sexual quando qualquer um dos parceiros
ainda nao está maduro levará a crianças sem saúde. Ele recomenda que a mulher tenha
pelo menos dezesseis e o homem ao menos vinte e cinco, mas prefere que sejam mais
velhos a fim de gerarem bons filhos.
Cerimônia:
Procedimento Védico:
A noitinha, num aposento limpo, o marido deve oferecer arghya à shalagrama ou deidade
da casa numa concha ou vasilha de barro, cinco vezes, com os mantras que se seguem.
Arghya consiste de pancamrta, pancagavya, água, leite, haritaki, gandha, betel, flores,
candana, turmerique, kunkuma, grama durba, tulasi, amlkai, perfumes e outros artigos
auspiciosos. Pode ser oferecido sobre a cabeça do Senhor ou para Suas maos.
om jagannatha mahabaho
sarvopadrava nasana
nava puspotsave me’rghyam
grhana jagadisvara
om visvatman visvabandho
hi visvesa visvalocana
navapuspotsave me’rghyam
grhana syamasundara
om cidananda hrsikesa
bhaktavasya janardana
navapuspotsave me’rghyam
grhana kamalapate
(ó Supremo Deus, nesta ocasiao festiva com flores frescas por favor aceite este arghya por
mim oferecido).
De frente para o leste, o marido deve situar-se atrás de sua esposa sentada. Com sua mao
direita passando-por cima do ombro direito dela, deve tocar o yoni dela dizendo:
(Que Vishnu prepare o yoni; que acyuta prepare a forma; que hari realize a fertilizaçao; que
jagadisha te apresente a criança.)
(Garbodaksayi Vishnu por favor conceda a criança; nara narayana, coberto de guirlandas
de lótus, por favor dê-lhe a criança).
om dirghayusam krsnabhaktam
putram janaya suvrate
(ó esposa virtuosa, gera um filho de vida longa, um devoto de Krishna).
Assim como se deve tomar banho após usar o toalete, também é preciso lavar-se
com água após o intercurso sexual, especialmente se for em momento proibido.
SB 3.14.38, significado
Época:
No caso de primeira gravidez, este rito deve ser realizado durante o terceiro mês de
gravidez, e pode ser feito mais tarde para outras gravidezes, quando os sinais se tornam
visíveis. Manu diz que deve ser realizado quando o feto começa a se mexer no ventre.
Alguns comentaristas dizem que o rito deve ser feito só para a primeira gravidez, e nao
mais nas subsequentes.
Procedimento:
O marido tendo cumprido seus deveres matinais (banho, colocar roupa nova, sandhya
vandana), ele deve adorar Vishnu e realizar vrddhi sraddha (vide preparativos para
casamento).
Deve entao montar um yajna, realizar ritos kusandika, chamando o fogo chamado candra, e
terminando com virupaksa japa.
Deve assentar sua esposa a sua direita no lado oeste do fogo sobre uma kusa asana. Entao
ambos devem voltar-se para o leste.
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhur bhuvah svah svaha
O marido, de pé atrás da esposa, deve tocar no ombro direito dela, depois no umbigo dela,
repetindo o seguinte mantra três vezes:
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhur bhuvah svah svaha
Depois deve realizar udicya karma, vaisnava homa, etc. e dar daksina aos vaisnavas.
De acordo com alguns textos, o suco de brotos de folha de banyan esmagados deve ser
derramado dentro da narina direita dela para dar-lhe força naquele momento.
Durante a época da gravidez ela deve evitar fazer sexo, dormir durante o dia, ficar acordada
de noite, esforçar-se fisicamente, andar em veículos, tomar purgativos, experimentar
qualquer tipo de desgaste mental, e comer alimentos condimentados, salgados, azedos, ou
pesados.
Importância:
Quanto mais uma criança cresce, mais seus pais se enchem de júbilo, e os
esforços da criança para se virar também sao uma fonte de júbilo. Até mesmo
antes da criança nascer, quando a mae está grávida, realizam-se muitas
cerimônias ritualísticas recomendadas... Na civilizaçao védica, o parto e a
gravidez nunca sao vistos como um estorvo; ao invés disso sao causa de júbilo.
SB 10.7.4
Época:
No quarto, sexto ou oitavo mês da primeira gravidez deve-se realizar simantonnayanam.
Se as cerimônias de garbhadhana e pumsavana ainda nao foram feitas, deve-se fazê-lo
naquele dia, e em seguida a cerimônia simantonnayanam.
Procedimento:
O marido deve tomar banho, realizar vishnu puja, oferecer mahaprasadam e caranamrta ao
guru parampara, mahabhagavatas e shaktis (vide ritos de vrddhi sraddha que antecedem o
casamento), preparar o yajna realizando kusandika, chamando o fogo chamado “mangala”,
e realizar todos ritos até o final de virupaksa japa.
Sankalpa:
(ó Ananta, por meio desta primeira oblaçao proteja-nos, e através da segunda também.
Preserva nossa força pela terceira. Através dessas quatro oraçöes proteja-nos.)
om punah urja nivartasva
punah visno isas ayusa
punah nah pahi amhasah svaha
(Força, vinde; Vishnu, vem com alimento e vida longa. Proteja-nos do pecado.)
(Venha com tudo de bom. ó Vishnu, faça com que tudo aumente como o fluxo de leite de
uma vaca. ó vishnu, concedes a nutriçao por todo universo.)
(ó Vishnu, ratifica o que tiver sido feito errado, consciente ou inconscientemente, neste
sacrifício. Compreenda nossa intençao sincera.)
(ó Vishnu, mestre de todas criaturas, nao há ninguém além de Ti. O Senhor engloba tudo.
Com desejos sacrificamos a Ti. Que estes desejos possam se realizar. Possamos nos tornar
mestres da fortuna espiritual.)
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svaha svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
De pé atrás de sua esposa e virado para o leste, o marido deve amarrar com barbante de
seda duas frutas udumbara ou brotos de cevada junto com nima, mostarda e bael, ao redor
do pescoço de sua esposa, dizendo:
(Tal como esta robusta árvore, torna-te frutífera e forte. Rei das árvores, tendo gerado
abundantes folhas, possa ela gerar um fruto.)
Empunhando três pinjalis, deve segurá-los acima da borda do cabelo dela e trazê-los para
trás por sobre o repartido do cabelo dela e amarrá-los do lado, dizendo:
om bhuh
om bhuvah
(Parto o cabelo dela com o instrumento com o qual prajapati visnu parte o cabelo de aditi,
para grande fortuna. Dessa forma eu crio filhos de vida longa para ela.)
Prendendo a seta em seu cabelo, deve passar um fuso cheio de linha por sobre o repartido
do cabelo de sua esposa e afixá-lo no cabelo dizendo:
(Dotado de mente justa e beleza, concedes resultados àqueles que sacrificam. Com esta
mente generosa, venha a nós hoje para conceder um milhar de progênie, ó doador da
fortuna.)
Devem-se cozinhar gergelim, urad e arroz, derramando-se ghee por cima desta preparaçao.
om kim pasyasi
(Que vês?)
(Que possa haver prole, boa fortuna dos animais, krishna bhaktifirme para ambos de nós.
Que possa ser longa a vida de meu marido.)
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
Ele deve jogar madeira saturada de ghee com um pradesa de comprimento no fogo,
silenciosamente.
Ele deve realizar udicya karma, etc. e dar dakshina aos Vaisnavas.
Entao, mulheres casadas que tem filhos vivos devem colocar o casal numa plataforma
elevada e aspergí-los com água, dizendo:
(Gerem devotos fortes, gerem vida, seja uma esposa de vida longa.)
Ela deve permanecer silenciosa até que surjam as estrelas no céu. Entao, tocando num
bezerro, deve quebrar seu silêncio dizendo:
Época:
Quando a esposa estiver para ter a criança, o marido deve realizar este rito para o parto
seguro da criança e boa saúde da esposa.
Procedimento:
O marido deve tomar banho, realizar adoraçao a Vishnu e Vaisnavas, e vrddhi shraddha
(vide cerimônia de casamento).
Sankalpa:
(Em ....... (data), para o parto seguro da criança de minha esposa chamada ......., realizo este
sosyanti homa.)
Ele deve realizar kusandika e chamar pelo fogo chamado “mangala”, realizando ritos até o
final de virupaksa japa.
Ele deve oferecer ghee, visnu caranamrta, prasadam dentro do fogo, dizendo:
om visno
ya tirasci nipadyate
aham vidharani iti
tam ghrtasya dharaya
yaje samradhanim aham
samrdhanyai devyai destryai
idam tvat prasadamrtam svaha
(ó Visnu, adoro com torrentes de ghee a consorte do Senhor, que Se agrada de nossa
adoraçao e que traz a criança. Ofereço esta nectárea prasadam à misericordiosa consorte
do Senhor.)
(Senhor, realiza este sagrado rito no futuro. Meu filho, chamado .........., nascerá.)
Ele deve realizar udicya karma, etc. e dar daksina aos Vaisnavas.
Época:
Jata karma é realizada imediatamente ao nascer a criança, dentro do sutika grha. Esta
cerimônia também se chama medha janana, uma cerimônia para produzir inteligência na
criança.
Utiliza-se o ghee, porque segundo o ayurveda produz beleza, memória, intelecto, talento,
brilho, sêmen forte e vida longa.
Quando a criança emerge do ventre deve-se retirar a cobertura e a criança deve ser limpa.
O pai deve dizer:
O pai deve tomar banho, e entao recitar oraçöes ao guru parampara e visnu smaranam.
Um brahmacari, uma jovenzinha, mae grávida ou erudito Vaisnava deve, sobre uma lajota
de pedra lavada, moer arroz e cevada até virar pó, usando uma pedra virgem. O pai deve
tomar do pó usando o polegar e dedo anular da mao direita, dizendo:
(Aqui está a ordem. Aqui está arroz (sustento). Aqui está vida longa. Aqui está ghee.)
Deve colocar a mistura sobre a língua da criança recém-nascida, usando uma colher de
ouro, dizendo:
(Possam Madhava, Vamana e Hari dar-te inteligência. Possam Acyuta e Ananta, portando
guirlandas de lótus, conceder-te inteligência.)
(Neste local consegui a mais preciosa bençao, inteligência para comprender Krishna.)
Cortar o cordao, dar leite. O cordao deve ser amarrado e cortado no ponto certo e a criança
deve ser lavada e amamentada.
O pai deve novamente tomar banho e entao distribuir presentes aos brahmanas. Poderá
haver festividades:
A esposa de Srivasa Thakura, cujo nome era Malini, acompanhada pela esposa
de Chandrasekhara e outras senhoras, ali chegou muito feliz para adorar o bebê
(Senhor Chaitanya) com parafernália como vermelhao (sindhur), turmerique,
óleo, pipoca de arroz, bananas e côcos.
CC Adi III, p.116
O pai e outros parentes próximos também devem observar asauca, época durante a qual
devem abster-se de todos deveres que requeiram pureza para serem executados (visitar o
templo ou adorar a deidade, etc.) Contudo aqueles ocupados em sacrifício (yajna), aqueles
iniciados, aqueles que estejam observando vrata, brahmacaris, almas realizadas, médicos,
artesaos, barbeiros, servos e reis
Circuncisao:
Época:
Procedimento:
A criança deve ser banhada pela manha, e ao crepúsculo o marido e esposa devem ir com a
criança para um templo. Devem ficar de pé voltados para a deidade, a esposa no lado
esquerdo do marido. A criança deverá estar enrolada num pano limpo.
A esposa deve transferir a criança para as maos do marido, e entao colocar-se atrás do
marido, do lado direito dele e de frente para a deidade.
(Ofereço meus respeitos ao onipenetrante Senhor que existiu antes da criaçao material, de
quem emergiu o protetor dos mundos, e em quem os mundos se fundem na época da
destruiçao. ó Senhor onipenetrante, que o infortúnio nao acometa meu filho.)
(O Senhor, que é quem dá a consciência, dá a força, cuja ordem todos seres do universo
obedecem, cujo própria sombra é a imortalidade, que é a morte para a morte personificada,
devemos adorar com finas oferendas. Portanto ó Senhor, morte da morte personificada,
possa o infortúnio nao acometer meu filho.)
om nara narayanau sarma yacchatam
prajayai me prajapati
yathayam na pramiyate
putro janitya adhi
Dizendo isso deve apontar as deidades para seu filho ver e oferecer arghya dizendo:
Entao ele deve dar a criança para a mae e cantar vamadevya gan:
Após mais três luas crescentes, no terceiro dia lunar, na hora do sandhya crepuscular o pai
deve ir até a deidade e oferecer flores três vezes, dizendo:
(O Senhor, que é insuperável por qualquer entidade viva, que entrou nos mundos como as
entidades vivas, é o Senhor das entidades vivas, mas está intimamente unido a elas. Os três
luminares com dezesseis fases de luz, acompanham o Senhor. Visnu onisciente,
onipenetrante, que o mal nao acometa nosso filho.)
Deve entao voltar para casa cantando vamadevya gan. Poderá realizar este rito sem que a
criança e a esposa estejam presentes.
Época:
A criança deve receber nome no décimo, décimo segundo, centésimo primeiro dia, ou com
um ano completo de nascimento.
Procedimento:
O pai, tendo tomado banho, adorado Vishnu e realizado vrddhi shraddha (vide preliminares
ao casamento), deve realizar ritos de kusandika até o fim de virupaksa japa, chamando o
fogo chamado “parthiva”.
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
A mae, segurando a criança coberta por um pano limpo, deve ficar do lado direito do
marido.
Ela deve entregar a criança a seu marido e passar por trás dele vindo para o lado esquerdo
dele. Ela deve sentar-se voltada para o leste sobre grama kusa com as pontas viradas para o
norte.
(O pai deve tocar na boca, narinas, olhos, e ouvidos da criança com sua mao direita e dizer:
(És imortal como o Senhor. ó ........ (nome da criança) entra neste mês solar.)
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
Deve realizar udicya karma e ritos concludentes, e entao dar daksina aos Vaisnavas.
Escolhendo Nomes:
asvini (agni)
bharani (yama)
krttika (agni)
rohini (prajapati)
mrgasirsa (soma)
ardra (rudra)
punarvasu (aditi)
pusya (brhaspati)
aslesa (sarpa)
magha (pitrni)
purva phalguni (bhaga)
uttara phalguni (aryaman)
hasta (savitr)
citra (tvastr)
svati (vayu)
mula (nrti)
purvasadha (apa)
uttarasadha (visvadeva)
sravana (visnu)
dhanistha (vasu)
satabhisa (varuna)
purvabhadrapada (ahirbudhnya)
revati (pusa)
margasirsa: krsna
pausa: ananta
magha: acyuta
phalguna: cakri
caitra: vaikuntha
vaisakha: janardana
jyestha: upendra
asadha: yajnapurusha
sravana: vasudeva
bhadra: hari
asvina: yogisa
kartika: pundarikaksa
Cada naksatra se divide em quatro partes iguais. A cada parte se atribui uma sílaba. Após
determinar qual naksatra e qual quarto do naksatra em que a criança nasceu, deve-se
escolher um nome que comece pela sílaba correspondente ao quadrante em particular do
naksatra. Qualquer sílaba com um som de “o” pode substituir um som “au”. Uma sílaba
com um som de “e” pode substituir um som de “ai”. “S” pode ser substituído por “s”.
Época:
Esta cerimônia deve ser realizada todo mês no tithi e paksa (fase crescente ou minguante da
lua) correspondente ao tithi e paksa no qual a criança nasceu.
(por exemplo: se a criança nasceu no décimo dia lunar (dasami tithi) da fase crescente
(sukla) da lua no mês de magha, a cerimônia deve ser realizada a cada um dos doze meses
lunares seguintes no dia de dasami da fase crescente da lua.)
Ele deve realizar kusandika terminando por virupaksa japa, chamando o fogo chamado
“balada”.
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
om acyutanantabhyam svaha
om damodara purusottamabhyam svaha
om vasudeva vamana visnu vaikunthadibhyah svaha
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
Ele deve realizar udicya karma e ritos concludentes, e dar daksina aos Vaisnavas.
Época:
No caso de um menino o rito deve ser realizado no sexto ou oitavo mês, num dia
auspicioso. No caso de menina, deve ser feito no quinto ou sétimo mês, num dia
auspicioso.
Esta cerimônia nao deve ser realizada antes do quarto mês, e nao mais que um ano depois,
por causa da saúde da criança. Sinais de dentes sao uma indicaçao de que a criança está
pronta para alimentos sólidos.
Susruta diz que a criança deve receber alimentos leves. Arroz cozido no leite
frequentemente é o alimento escolhido.
Procedimento:
O pai, tendo realizado os deveres matinais, deve realizar visnu arcana e vrddhi shraddha
(vide preliminares do casamento).
Deve realizar kusandika até o final de virupaksa japa, chamando pelo fogo chamado
“suci”.
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
(Dentre os alimentos ghee é felicidade, beleza, força e nobreza. Ofereço-o a Ananta para
todo sucesso.)
om pranaya svaha
om apanaya svaha
om samanaya svaha
om udanaya svaha
om vyanaya svaha
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
om acyuta
annapate annasya no dhehi anamivasya susminah
pradataram tarisah urjam no dhehi dvipade catuspade svaha
om pranaya svaha
(ó Acyuta mestre do alimento, conceda alimento que dê força e que esteja livre de doença.
Deves levar o realizador do sacrifício adiante. Dê força a nós e aos animais. Eu sacrifico
ao prana.)
om janardana
annapate krnuta annam no dhehi piyusa
asaktam te’nnam yad yad yuge no dhehi dvipade catuspade svaha
om apanaya svaha
om laksmi narayanau
annapati annam amrtam no dhehi kamala samskrtam
te bhukta sesam no dhehi dvipade catuspade svaha
om samanaya svaha
(ó Laksmi-Narayana, governantes do sustento, concedam-nos o alimento da imortalidade,
preparado pela própria Laksmi. Concedam-nos Vossos restos, tanto aos humanos quanto
aos animais.)
(ó Janardana, dê-nos, aos humanos e animais, Teu alimento eterno, aquele que foi oferecido
a Ti, saturado do néctar de seis sabores, e capaz de destruir todos pecados.)
Ele deve entao dar daksina e alimentar os devotos e todas entidades vivas.
Depois da cerimônia de anna prasana pode-se colocar uma escritura e dinheiro diante da
criança, a fim de que seja indicada através da escolha que esta fará, a futura tendência da
mesma.
Segundo Susruta, esta cerimônia deve ser realizada no sexto ou sétimo mês depois do
nascimento, embora possa ser realizada junto com a cerimônia suda karana ou quando do
upanayanam.
Deve ser realizada durante a fase crescente da lua ou num dia auspicioso, antes do meio-
dia.
Usando uma agulha de ouro, prata ou ferro, o cirurgiao deve tomar primeiramente da orelha
direita do menino ou da esquerda da menina, e furar as orelhas com um só golpe.
Pode ser realizada após a cerimônia de anna prasana, ao dar bençaos, quando o pai retorna
de uma longa jornada, ou se o pai nao tiver partido em longa viagem, quando a criança
consegue reconhecer o pai. Senao poderá ser feita depois da cerimônia de upanayanam.
O pai deve lavar seus pés, realizar acamana e voltar-se para o leste; deve segurar a cabeça
da criança (ou do filho mais velho primeiro se tiver mais que um filho), dizendo:
(Alento de vida, flues de membro para membro. A partir do coraçao conquistas. ó filho, a ti
através de minha respiraçao eu dou vida. Viva uma vida longa para mim.)
(De membro para membro flues. A partir do coraçao conquistas. Teu nome é o Veda,
conhecimento eterno. Viva cem outonos, cem colheitas.)
(Seja como uma pedra, seja como um raio, seja fortuna imortal. ó filho, tu és meu próprio
ser. Nao morra. Viva cem outonos.)
(ó ...........(nome do filho), fazendo um som como a respiraçao das vacas, cheiro tua cabeça.)
Deve entao pedir perdao por quaisquer erros na cerimônia (acchiddra vacanam):
Época:
Procedimento:
Tendo tomado o banho matinal cedinho e adorado Vishnu e o guru parampara além de
realizar sattvika vrddhi sraddha, o pai deve fazer os ritos kusandika, chamando pelo fogo
chamado “satya”.
Após completar virupaksa japa, no lado sul do fogo ele deve colocar vinte e um pinjalis
(um pinjal compöe-se de duas folhas de grama kusa de um pradesa de comprimento
amarradas juntas por outra terceira folha igual), divididos em três grupos de sete cada.
Deve também colocar ali uma vasilha de metal de sino com água morna, uma navalha de
cobre ou um espelho. Um barbeiro com uma navalha de ferro também deve estar lá.
No lado norte do fogo deve colocar excremento de boi e um pote de kitchuri feito de
gergelim, arroz e urad dhal.
A mae, com a criança limpa e vestida sobre seu colo, deve sentar-se sobre grama kusa no
lado oeste do fogo do lado esquerdo de seu marido, voltada para o leste.
O pai deve oferecer madeira saturada de ghee no fogo silenciosamente, e entao realizar
vyasta samasta mahavyahrti homa.
Em seguida, o marido deve levantar-se, e voltado para o leste, ficar de pé atrás da esposa.
Olhando para o barbeiro, deve meditar em Visnu, dizendo:
(Que o Senhor venha cá e corte o cabelo desta criança com esta navalha tornada poderosa
pelo mantra.)
(Que Visnu venha e corte o cabelo da criança usando esta água morna.)
Deve pegar a água morna em sua mao direita e aplicá-la acima da orelha direita da criança
dizendo:
(Que estas águas umedeçam seu cabelo para que viva bastante.)
(És os dentes de Visnu. Que o próprio Visnu corte o cabelo desta criança.)
Deve colocar um feixe das kusas, com o lado da raiz para cima, sobre a orelha direita da
criança, dizendo:
(Que Acyuta, Ananta e Narayana concedam vida longa a esta criança. ó ervas, protejam
esta criança.)
Segurando a kusa com sua mao esquerda, deve colocar a navalha de cobre ou espelho sobre
a orelha direita da criança, dizendo:
(Para vida contínua, vida longa, para força, para beleza, te raspo com esta navalha
inofensiva através da qual o Senhor Supremo corta cabelo.)
Usando a lâmina de ferro, o cabelo deve ser raspado acima da orelha direita e colocado
sobre o excremento de boi segurado por um amigo ou pelo menino.
Os sete mantras antecedentes devem ser falados enquanto se raspa a área abaixo da sikha,
e novamente ao raspar o cabelo sobre a orelha esquerda. O cabelo cortado deve ser
colocado sobre o excremento de boi.
om jamadagnes tryayusam
om kasyapasya tryayusam
om agastyasya tryayusam
om yad devanam tryayusam
om tat te’stu tryayusam
(Que haja três vidas para Jamadagni, para Kasyapa, para Agastya, para os devatas e para a
criança.)
O pai deve levar a criança para o lado norte do fogo; o barbeiro deve ser enguirlandado. O
barbeiro deve voltar-se para a criança e o leste ou norte, e raspá-lo, deixando a sikha. O
cabelo deve ser colocado no excremento de boi. Este deve ser colocado numa floresta ou
entre caules de bambu.
O pai deve realizar vyasta samasta mahavyahrti homa e jogar madeira saturada de ghee
com um pradesa de comprimento no fogo silenciosamente, realizar udicya karma e dar
daksina. Deve alimentar os Vaisnavas e dar o kitchuri e graos em redor do fogo para o
barbeiro.
É realizado quando a criança tem cinco anos, ou na mesma ocasiao da cerimônia de corte
de cabelo, porém antes de upanayanam. Um dia auspicioso deve ser escolhido quando o
sol estiver em seu curso pelo norte.
A criança deve ser banhada, vestida com roupa nova e decorada. Os pais devem realizar
visnu arcana. O professor deve voltar-se para o leste, e a criança deve ficar de frente para
ele.
Numa prancha de prata deve-se espargir kunkuma e com uma caneta de ouro escrever as
palavras “om namo bhagavate vasudevaya” ou “hare krsna” e lê-las para a criança, com o
auxílio do professor. Se nao houver disponível ouro ou prata, outros materiais poderao ser
utilizados.
A criança deve prestar suas reverências ao professor, presenteá-lo com tecido e ornamentos,
e circumambular as deidades. Brahmanas devem dar suas bençaos. Mulheres que tem
maridos e crianças vivas devem acenar com lamparinas diante da criança. Deve se oferecer
daiksibbna aos brahmanas e distribuir preasam.
(sic - nao será daksina e prasadam?)
Meta de Upanayanam:
Qualificaçao:
Época:
Esta cerimônia deve ser conduzida contando oito anos a partir da concepçao ou oito anos
desde o nascimento do filho, num dia auspicioso.
Senao, a cerimônia deve ter lugar pelo menos antes que o décimo sexto ano da criança
tenha passado. De acordo com as regras originais, se houver maior adiamento, a criança
nao tem direito a passar pela cerimônia e receber o cordao sagrado.
Conforme algumas autoridades, a criança brahmana deve receber o cordao entre cinco anos
e dezesseis anos de idade; a criança ksatriya deve recebê-lo entre seis e vinte e dois anos; a
criança vaisya deve recebê-lo entre oito e vinte e quatro anos.
Esboço de Upanayanam:
Procedimento:
Cedo de manha o pai ou acharya deve realizar adoraçao do Senhor Supremo e entao vrddhi
sraddha (vide preliminares ao casamento).
Deve entao fazer os ritos kusandika terminando por virupaksa japa, chamando pelo fogo
“samudbhava”.
A criança deve ser alimentada com um pouco de prasadam; deve ser raspada, banhada,
decorada, e vestida com uma peça de seda limpa ou tecido de algodao.
Passando pelo lado norte do fogo, a criança deve sentar do lado direito do acharya, voltada
para o leste.
Deve oferecer vyasta samasta maha vyahrti homa, oferecendo oblaçöes de ghee:
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
(ó Visnu, senhor das regras escriturais, agora farei este rito upanayanam. Rogo por Tua
misericórdia para que consiga realizá-lo. Que através disso, possa ter sucesso. Para
remover a ilusao faço este ato de absoluta verdade.)
O acharya deve entao ficar de pé voltado para o leste no lado oeste do fogo, de maos postas
em oraçao, sobre uma kusa asana com as pontas voltadas para o norte.
A criança deve ficar de pé voltada para o acharya entre o fogo e o acharya, sobre uma kusa
asana com pontas viradas para o norte.
Um brahmana deve ficar de pé no lado direito da criança e dar primeiro para a criança,
depois para o acharya, um punhado de água.
om brahmacaryam agam
upa ma nayasva
O acharya pergunta:
om ko mnama asi
O acharya deve segurar a mao direita e o polegar da criança em sua mao direita e dizer:
(Nesta atividade de Visnu pego tua mao com os braços de Narayana e Vasudeva, com as
maos de Sankarsana.)
O acharya deve entao tocar no ombro direito da criança com sua mao direita e depois
baixar a mao até o umbigo da criança (descoberto) dizendo:
(És o nó dos ares vitais. Nao te afrouxes. Acyuta, a Ti entrego esta criança
chamada ..........)
Tocando no ombro direito da criança com sua mao direita deve dizer:
Tocando no ombro esquerdo da criança com sua mao esquerda deve dizer:
Criança: om badham
Criança: om badham
Criança: om badham
O acharya deve ir sentar-se no lado norte do fogo voltado para o leste sobre kusa com as
pontas voltadas para o norte.
A criança deve voltar-se para o acharya, e ajoelhar-se com o joelho direito tocando no solo,
sobre kusa com as pontas voltadas para o norte.
Mekhala Paridhapana:
O acharya deve enlaçar a cintura da criança três vezes com um cinto de três cordöes de
kusa, andando em redor dela três vezes na direçao horária.
(Este cinto é a consorte do Senhor, pura e auspiciosa. Como uma irma, liberta e proteje-nos
de más palavras e atos. Preserva a pureza de nosso varna, trazendo força para inalar e
exalar o ar. Obtive este cinto.)
Yajnopavita-dana:
(És o sagrado cordao de sacrifício. Te amarro com este cordao para o propósito de realizar
sacrifícios.)
Ele deve colocar o cordao no ombro esquerdo da criança e sob o braço direito, dizendo:
O acharya deve colocar a pele de veado na mao da criança e fazer com que diga:
(Estou te dando esta pele de veado, que é a luz do sol, o Senhor governante, força, energia e
fama, eterna e refulgente, casta, dando valor, dando vida longa.)
O acharya deve fazer com que a criança recite cada frase três vezes:
O acharya deve fazer com que a criança repita as duas frases seguintes por três vezes cada:
O acharya deve fazer com que a criança recite o mantra completo três vezes:
O acharya deve fazer a criança recitar cada um dos mahavyahrtis conforme a seguir:
om bhuh om
om bhuvah om
om svah om
O acharya deve fazer a criança recitar o gayatri mantra com os mahavyahrtis três vezes:
O acharya entao deve entregar à criança um bastao de madeira bilva ou palasa e fazer com
que ela se dirija ao mesmo dizendo:
om susravah susravasam
ma kuru yatha tvam susravah
susrava devesu evam
aham susravah susrava
brahmanesu bhuyasam
Bhiksam (Mendigar):
Tomando a danda, o brahmacari deve começar a mendigar, primeiro indo até sua mae e
dizendo:
om svasti
Da mesma maneira ele deve dirigir-se a amigas de sua mae e entao agradecê-las ao receber
as doaçöes.
om svasti
Deve abordar os amigos de seu pai da mesma forma. Deve dar tudo que receber para o
acharya.
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
Deve concluir com udicya karma, vaisnava homa, etc. Daksina deve ser dado ao acharya,
aos assistentes Vaisnavas, e a outros Vaisnavas brahmanas e devotos. Todos devem ser
alimentados.
(Que este fogo, onisciente Jataveda, possa levar a oferenda aos devatas.)
om ananta anumanyasva
om acyuta anumanyasva
om sarasvaty anumanyasva
om prabho aniruddha
prasuva yajnam pra suva
yajnapatim bhagaya
pata sarva bhuta sthah
ketapuh ketam nah punatu
vagisha vacam nah svadatu
(ó Aniruddha, traga o sacrifício, traga o Senhor do sacrifício para boa fortuna. Situado em
todo lugar, purificador dos desejos, purifica nossos desejos. Que o Senhor das palavras
desfrute de nossas palavras.)
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
Pegando três pedaços de madeira saturada de ghee com comprimento de um pradesa, deve
oferecer a primeira sem mantra.
(Eu trouxe a madeira do grande fogo, o conhecedor de todas entidades vivas. Assim como
o fogo brilha radiantemente por meio do combustível, possa eu brilhar com vida longa,
sabedoria, vitalidade, boa progênie, muitas vacas, conhecimento dos Vedas, bens e sustento
necessários.)
om prabho aniruddha
prasuva yajnam pra suva
yajnapatim bhagaya
pata sarva bhuta sthah
ketapuh ketam nah punatu
vagisha vacam nah svadatu
Udakanjali Seka:
Ele deve espargir água no lado sul de oeste para o leste dizendo:
om ananta anvamamsthah
om acyuta anvamamsthah
om sarasvaty anvamamsthah
om ksamsva
A Refeiçao:
Depois que o sol se pöe, a criança deve comer os graos que mendigou com ghee mas sem
sal. Antes de comer ela deve espargir os graos com água, depois sorver água dizendo:
Ela deve tomar pequenas porçöes de alimento, entre o dedo anular, médio e polegar da mao
direita, e dizendo os seguintes mantras oferecer os graos cinco vezes aos ares vitais por
meio de engolí-los inteiros sem mastigar. A cada vez devem sobrar alguns graos na mao
dela, os quais deve descartar sobre a terra. A mao esquerda deve ficar tocando o prato.
om pranay svaha
om apanaya svaha
om samanaya svaha
om udanaya svaha
om vyanaya svaha
Pelo resto de sua vida deve tomar suas refeiçöes dessa maneira.
O pai ou acharya deve realizar visnu puja, depois vrddhi sraddha (vide preliminares ao
casamento).
Deve realizar ritos kusandika, chamando o fogo chamado “tejah”, e terminar com
virupaksa japa.
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhuh bhuvah svah svaha
O acharya deve oferecer ghee no fogo cinco vezes dizendo os seguintes mantras:
(ó Vishnu, Senhor dos vratas, empreendi este vrata. Anuncio que completei o voto e Te
satisfiz. Vencendo a ilusao cheguei à verdade.)
A criança deve pegar um pote de água quente e fria misturada, o qual também conterá
arroz, cevada, urad dhal, mung dhal, sasrvausadhi, ervas e candana.
O estudante deve encher suas maos com esta mistura e derramá-la sobre o solo dizendo:
(Nesta água Narayana, Ananta e outros entraram. Rejeito os fogos inauspiciosos que
encobrem, ocultam, contaminam, causam dor, e trazem destruiçao para a mente, corpo e
sentidos.)
Borrifando Agua:
Dirigido pelo acharya, o estudante deve espargir alguma água sobre si mesmo dizendo:
Dirigido pelo acharya, o estudante deve encher suas maos com água e espargí-la sobre si
mesmo novamente dizendo:
(Isto é para fama, para energia, para conhecimento, para força, para os sentidos, para
coragem, para sustento, para fortuna e prosperidade, para brilhar e para respeito.)
(Banha-me com aquelas coisas que obtém fama servindo-te: cançöes de louvor, tua cama,
assento, calçados, guarda-chuva, ventarola, cordao sagrado e veste.)
Adoraçao de Vishnu:
Enquanto fica de pé voltado para o leste, olhando para a deidade de Vishnu, ele deve louvar
a deidade dizendo:
(Narayana, brilhando com a luz onipresente, o rei de todas forças da natureza, está de pé
com os meses, Seus seguidores, na manha. És Tu que concedes dez dádivas. Faça-me o
doador de dez dádivas. Dirijo-me para Ti. Por favor venha a mim.)
(Narayana, brilhando com a luz onipresente, o rei de todas forças da natureza, está de pé
com os meses, Seus seguidores, durante o dia. És quem concede cem dádivas. Faça-me
um doador de cem dádivas. Dirijo-me para Ti. Por favor venha a mim.)
(Narayana, o Senhor Supremo, brilhando com a luz onipresente, está de pé com todas
forças da natureza junto com os meses, Seus associados à noitinha. És quem concede mil
dádivas. Faça de mim um doador assim. Estou tentando aproximar me de Ti. Por favor
venha a mim.)
(Só os sábios se rendem ao eterno dos eternos, à consciência de toda consciência, o Senhor
que realiza todos desejos de todas entidades vivas, que está situado em Sua própria morada,
e alcançam a bem-aventurança. Presto reverências repetidamente a Narayana.)
O estudante deve tirar seu cinto baixando-o até os pés, enquanto diz:
(Que escorregue o laço de Varuna (os impedimentos na vida) da parte superior de meu
corpo, da parte inferior de meu corpo e do meio. E entao, livres do pecado, que nos
fixemos em realizar serviço a ti, para o bem de todos.)
om bhuh svaha
om bhuvah svaha
om svah svaha
om bhur bhuvahsvah svaha
O acharya deve jogar jogar madeira saturada de ghee com um pradesa de comprimento no
fogo silenciosamente.
Raspando sua cabeça e face, cortando suas unhas, deve entao tomar banho, colocar dois
pedaços de pano novos e ornamentos.
(Foste feito por Narayana. És o revelador da verdade. Por favor sede favorável para
comigo.)
Ele deve colocar sua pele de veado e yajnopavita velho sobre a danda.
(Que eu seja agraciado por ti, através de teu olhar sobre mim.)
Deve sentar-se ao lado do acharya e cobrir sua boca com os dedos de sua mao direita, a fim
de que sua respiraçao toque sua mao. Deve dizer:
(ó lingua, coberta por lábios volúveis e cercada de dentes, nao te percas. Fale doces
palavras para mim aqui hoje.)
O acharya deve adorar o graduado lavando seus pés, etc.
O graduado deve aproximar-se de um carro-de-bois jungido a duas vacas. Deve tocar nas
duas madeiras que fixam a canga ao carro e deve subir no mesmo, dizendo as três linhas do
verso:
(ó senhor da floresta, fique firme. ó amigo da gente, jungido às vacas, cheio de força, nos
levas ao Senhor. Transmita força a nós.)
Dirigindo o carro para o leste ou norte, deve percorrer certa distância, depois virar para a
direita e retornar ao acharya.
Se o pai tiver realizado o rito, deve oferecer daksina a um sacerdote Vaisnava brahmana.
Se um acharya tiver realizado o rito, o pai deve oferecer daksina aos brahmanas Vaisnavas
e ao acharya. Todos devem ser alimentados. Para mitigar quaisquer ofensas, os
participantes devem realizar krsna nama japa e prestar reverências a Krishna, guru e
Vaisnavas.
Este é o último samskara, o rito final para santificar o corpo neste mundo material. Os ritos
nao sao descritos no Sat Kriya Sara Dipika, e somente brevemente mencionados no
Samskara Dipika com relaçao ao enterro de um sannyasi. Os rituais padrao sao realizados
a fim de garantir que a alma que partiu nao permaneça na forma de um fantasma ou preta, e
a fim de garantir o melhor destino possível. Como o Vaisnava sincero que adora o Senhor
por amor e canta Seu nome certamente terá a melhor posiçao possível para proseguir em
suas atividades espirituais, seus parentes e amigos sao menos exigentes ao executarem
todos rituais que se seguem à morte.
... Fazer uma reuniao de condolências e orar pela alma dele para que Krishna lhe
dê uma boa chance de avanço em consciência de Krishna. Certamente Krishna
lhe dará um bom lugar para nascer onde ele possa começar com atividades
conscientes de Krishna. Isto é certo. Mas nós oferecemos nossas condolências a
uma alma falecida separada de um Vainava.... Após três dias deve-se realizar
uma funçao para oferecer à alma que partiu e a todos outros, prasadam. Esse
é o sistema.
carta de Srila Prabhupada para
Rebatinandana, Nov. 14, 1973
Depois foi cavada uma cova na areia, o corpo de Haridas Thakura foi colocado
nela. Restos do Senhor Jagannatha,
tais como cordas de seda, polpa de sândalo, alimento e tecido foram colocados
sobre o corpo. Todos em redor do corpo, os devotos realizaram canto
congregacional, e Vakresvara Pandita dançou em júbilo.
CC Antya v.4 p.31
No contexto da sociedade contudo poderá ser necessário observar as regras, como foi o
caso com a passagem do Rei Dasaratha, Pandu e Bhisma. Assim alguns Vaisnavas
ortodoxos realizam todos ritos védicos anthyesthi e sraddha kriyas completos.
Diferentes Puranas e escrituras smrti dao diferentes detalhes de ritos a serem observados, e
assim, conforme o local e família, os costumes diferem até certo ponto.
Procedimentos:
Quando for confirmado que a pessoa tiver passado do corpo, o corpo poderá ser raspado
(opcional), banhado e vestido em roupa limpa, de preferência nova ou de seda, e colocada
sobre uma esteira no chao. Conforme algumas tradiçöes, deve-se obter roupa nova, lavá-la,
e enquanto ainda molhada colocá-la no corpo. Se o morto for um velho, deve vestir branco;
homens de meia idade usam vermelho, e jovens e mulheres vestem roupa colorida. Viúvas
usam branco, preto ou azul. A face pode permanecer descoberta nessa hora enquanto os
membros da família prestam seus últimos respeitos. Deve-se aplicar tilaka.
Entao deve-se arranjar uma armaçao de madeira udumbara, uma maca, catre ou carreta para
carregar o corpo. O corpo deve ser colocado sobre ela, com a face coberta. Os olhos
devem ser fechados, membros endireitados, e os dedöes e polegares devem ser amarrados
juntos com barbante. O corpo deve sair da casa com os pés primeiro.
Como cremaçao nao deve ocorrer após escurecer, se a pessoa morrer durante as horas
diurnas, devem ser feitos preparativos apressados para que a cremaçao ocorra antes do
crepúsculo. Senao o corpo deverá ser levado depois do alvorecer da manha seguinte. O
corpo deve ser incinerado antes que comece a decomposiçao.
Um homem borrifando água, seguido por outro com um pote de fogo devem liderar a
procissao. O corpo deve vir em seguida, e nem o fogo nem o corpo devem cair ao longo do
caminho. Ninguém deve caminhar entre o fogo e o corpo, ou andar ao lado do cadáver.
Atrás do corpo deve seguir a família, primeiro os mais velhos, mulheres e crianças por
último. Os carregadores do corpo devem vir banhados, descalços e sem vestes na parte
superior dos seus corpos. Os membros da procissao também devem andar sem nada na
parte de cima, e o cabelo deve ficar desamarrado.
O local de cremaçao deve ser um lugar limpo, às margens de um rio, uma montanha ou
uma floresta.
Quando a procissao chega ao local, devem tomar banho, devem banhar o corpo e colocá-lo
sobre kusa com a cabeça virada para o sul. Deve-se passar ghee no corpo, e novamente
banhá-lo, enquanto se fala:
(Tendo meditado em todos tirthas sagrados, rios, e oceanos, o falecido tomou banho em
todos esses rios.)
O corpo deve ser vestido com dois pedaços novos de tecido e novo yajnopavita. Deve-se
aplicar candana e colocar guirlanda. Pedaços de ouro ou metal de sino devem ser
colocados sobre as duas orelhas, os dois olhos, as duas narinas e a boca. O rosto deve ser
coberto com outro pano. Um corpo nunca deve ser queimado sem roupa.
O kunda para cremaçao deve ter o comprimento da pessoa desde o dedao até a mao esticada
para cima, e a largura de seus braços abertos e profundidade da medida desde o dedao da
pessoa até seu peito. A cova deve ser limpada e esfregada com excremento de vaca e água,
e depois enchida com madeira.
O corpo deve ser colocado na pira com a cabeça apontando para o sul (segundo os
seguidores do Samaveda) ou norte (segundo seguidores de outros Vedas). Homens devem
ficar com a face para baixo, e mulheres deve ser deitadas sobre as costas com a face para
cima. Também se deve empilhar madeira sobre o corpo.
Dizendo:
om devas cagni mukhah sarve enam dahantu
(Que todos devas com Agni como boca deles consumam o corpo nas chamas.)
O pretendente aos ritos finais deve tomar o fogo em sua mao. Ele e seus assistentes devem
circumambular a pira três ou sete vezes, e depois, aproximando-se da cabeça e voltados
para o sul, ele deve aplicar o fogo próximo à cabeça, sobre a boca, ou sobre o peito,
enquanto outros aplicam fogo à madeira sob o corpo, indo em direçao aos pés.
Quando o fogo tiver ardido deixando apenas alguns poucos restos, cada um deve tomar sete
pedaços de madeira com um pradesa de comprimento, e circumambulando a pira sete
vezes, devem oferecer um ao fogo a cada vez, dizendo:
Ele deve tomar um machado e golpear a madeira da pira sete vezes. Ossos podem ser
coletados nesta hora e guardados num pote de barro.
O incinerador do corpo deve raspar-se, e todas pessoas participantes devem tomar banho de
cabelos soltos. Todo pano deve ser lavado. Após tomarem banho, voltados para o sul com
yajnopavita sobre o ombro direito, vestindo roupa na parte de baixo do corpo, devem dizer:
Mexendo a água com o dedo anular da mao esquerda, devem submergir-se n’água uma vez
e depois realizar acamana, e ainda oferecer tarpana três vezes.
Entao tomando banho novamente, devem sair d’água, as crianças primeiro. Devem
permanecer fora de casa até a noite. Somente com a permissao de um brahmana podem
retornar antes dessa hora.
Ao aproximarem-se da casa da pessoa falecida, devem colocar folhas de neem entre seus
dentes, e tocando folhas da árvore sami devem dizer:
Eles podem entao entrar na casa, as crianças indo primeiro. A casa poderá ser limpa
fumegando-a com fumaça de excremento de vaca três vezes e depois espargindo nela
flores, gergelim e arroz com casca.
Se a mae, pai ou marido da pessoa morre, deve-se jejuar durante três dias, ou se isso nao for
possível, entao deve-se tomar somente frutas. Do quarto até o décimo dia deve-se comer
havisyanna uma vez por dia durante as horas diurnas.
Segundo autoridades antigas, os ossos devem ser coletados no quarto dia (ou mais tarde)
depois da cremaçao ter lugar. Devem ser colocados numa jarra coberta com pele de veado
e pano de seda e amarrado com cordao de grama kusa. Ela deve ser submergida num rio
sagrado, com acompanhamento do cantar do aghamarsana sukta.
Segundo o Jayakhya Samhita, meninos de cinco anos ou menos e meninas de sete anos ou
menos, e sannyasis, nao devem ser cremados, mas enterrados. Outras fontes dizem que as
crianças de dois anos ou menos devem ser enterradas. Nesse caso nao precisa fazer
tarpana. Depois de enterrar a criança a pessoa deve submergir uma vez n’água.
A pessoa deve banhar-se no Ganga, e realizar acamana voltada para o norte, segurando
gergelim e água, deve-se realizar sankalpa:
(Neste tithi, nesta quinzena, neste mês, eu jogo os ossos de ........ no Ganga.)
om namo’stu dharmaya
om sa me prito bhavatu
Deve submergir-se n’água, entao sair, olhar para o sol, e dar presentes como caridade.
Há uma ordem específica de precedência da pessoa que deve realizar os últimos ritos
inclusive queimar o corpo.
O filho, do mais velho ao mais novo, os filhos destes, e filhos dos filhos deles.
A esposa, seja sem filhos ou com.
Filha solteira, filha noiva, filha casada.
Filho da filha.
Irmao mais novo até o mais velho.
Meio-irmao mais novo até o mais velho.
Pai, mae.
Nora.
Madrasta.
Neta, neta casada (através do filho).
Esposa do bisneto.
Bisneta.
Pai do pai, mae do pai.
etc.
Outros parentes inclusive tios, primos,
Discípulo, guru, sacerdote, amigo, amigo do pai.
Residente do mesmo vilarejo da mesma casta.
Rei.
Um brahmacari deve evitar realizar ritos funerários, mas se nao houver outros disponíveis
ele poderá fazer os ritos de seus pais, avós, e guru. Os pais de um brahmacari devem
realizar seus ritos funerários.
Asauca:
Se uma criança de brahmanas morre dentro de dez dias após nascer, observa-se impureza
por dez dias após o nascimento no caso do pai e mae apenas. Se a criança morre dentro de
dois anos, asauca será de um dia apenas. Se a criança morre antes de seis anos e três
meses, o asauca é de três dias para parentes próximos.
Shraddha Kriya:
Para assegurar que a alma nao permaneça num corpo sutil vagando neste planeta terráqueo,
mas sim obtenha um corpo confortável para desfrutar em pitr loka, sao feitas oferendas
para a pessoa falecida e aos pitrs. Durante o período asauca diariamente oferendas de
gergelim e água, e pinda (arroz misturado com gergelim, ghee e mel) sao ofertadas para a
pessoa falecida. No décimo primeiro dia (para um parente próximo de um brahmana) a
casa é purificada, onze brahmanas sao alimentados e oferendas sao feitas para o falecido.
A começar por aquele dia, durante o primeiro ano, cerimônias mensais de shraddha devem
ser realizadas. Além disso, no sexto e décimo segundo mês shraddhas adicionais devem
ser conduzidos. Depois a cada ano, no tithi da partida, devem ser conduzidos shraddas
anuais.
De acordo com escrituras Vaisnavas, os ritos shraddha podem ser realizados, mas o
sacerdote que faz os ritos deve ser Vaisnava e as oferendas aos pitrs devem ser vishnu
prasada.
Na hora da passagem do corpo mortal, enquanto se recita ou canta o Santo Nome, deve ser
colocada caranamrta, água de tirtha ou krishna prasada na boca do sannyasi.
De acordo com a injunçao de que um sannyasi nao deve tocar fogo, alguns mantém que o
corpo de um sannyasi nao deve ser queimado. Outros mencionam regras diferentes para os
diferentes tipos de sannyasi (kuticaka, bahudaka, hamsa e parama). Alguns ritos
adicionais das escrituras (eg. Vaikhanasa Bharma Sutra, Jayakhya Samhita) e de uso
popular sao:
Deve ser cavada uma cova suficientemente profunda numa margem de rio que flua para o
oceano, ou à beira-mar. Vaisnavas escolhem o Dhama Sagrado, se possível.
A cova deve ter uma passada a mais que o comprimento da pessoa. Se o corpo já tiver sido
queimado, as cinzas ou ossos devem ser levados para um tirtha sagado e ali colocados na
terra.
O seguinte samadhi mantra, segundo Gopala Bhatta Goswami no Samskara Dipika, deve
ser escrito no corpo do sannyasi (usando polpa de sândalo e folha de tulasi):
om klim srim hrim srim lavana mrd yuji bhuvi svabhre svaha
A danda deve ser colocada na mao direita, sua upavita (cordao de gayatri) deve ficar na
mao esquerda dele.
Como medida prática o corpo primeiro é completamente coberto com sal. Entao tudo é
coberto com areia. Pedras ou algum tipo de memorial podem ser colocados por cima disso.
Os ritos podem ser realizados pelo filho dele ou qualquer outra pessoa.
Nao há período de impureza (asauca) para realizar ritos para um sannyasi.
Nao se realiza nenhum rito shraddha, mas uma oferenda a Narayana, pode ser realizada no
décimo primeiro dia desde o falecimento. Nesse caso, deve-se estabelecer um fogo e
adorar uma murti de Vishnu com 16 upacaras, e oferecer arroz cozido misturado com guda,
ghee e frutas para a deidade e o fogo. Deve-se presentear doze brahmanas com vestes e
ornamentos e adorá-los com upacaras. Deve-se alimentar os brahmanas e dar-lhes ouro.
Deve-se cantar o Purusha Sukta e pronunciar os doze nomes de Vishnu.
Samskara Dipika:
(Nota Introdutória)
Srila Gopal Bhatta Goswami escreveu o Sat Kriya Sara Dipika como um manual para
realizar os samskaras do grhastha Vaisnava. O Samskara Dipika ele apresenta como um
manual para o Vaisnava que está para renunciar a seu lar e entrar no bhiksu ashrama. Srila
Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakur declara que desde a época do Senhor Chaitanya os
devotos na senda da renúncia tem seguido este manual.
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Todos homens tem direito de ingressar no grhastha ashrama, mas os três varnas superiores
(vaisya, ksatriya, brahmana) tem direito aos três outros ashramas (brahmacari,
vanaprastha, sannyasa).
Segundo as regras do varnashrama, para mulheres, sudras, e dvija bandhus estes ashramas
sao proibidos. O sudra é uma pessoa sem samskara ou purificaçao, e sua característica é
lamentaçao (sucana). Lamentaçao é devido a ignorância, que é parte de sua natureza.
Como é possível que tal pessoa possa tornar-se brahmacari ou dedicar-se a qualquer das
atividades que requerem interesse espiritual mais elevado. É essa a declaraçao das
escrituras.
Contudo, embora os Puranas façam restriçöes deste tipo, quem conhece a verdade pode
entender que esta restriçao se aplica apenas aos nao-Vaisnavas. As restriçöes se aplicam a
uma pessoa nascida numa família sudra que nao é Vaisnava, e nao dizem respeito a pessoa
que, embora nascida de família sudra, pela graça do Senhor se dedica ao caminho da
devoçao pura. Se uma pessoa, através de associaçao, passa a ter as qualidades de um
brahmana, nao pode mais ser considerada sudra. Assim se declara na escritura: na sudra
bhagavad bhakta (o devoto do Senhor nao pode ser considerado sudra). Isto é ilustrado
pela história de Satyakama Jabala nos Upanishads. Os samskaras dados no Sat Kriya Sara
Dipika destinam-se a elevar a pessoa ao nível de sannyasi, um devoto puro do Senhor.
Quando qualquer pessoa, seja brahmana, ksatriya, vaisya ou sudra ou menos por
nascimento familiar, obtém de fato qualificaçao para sannyasi pela prática de serviço
devocional, pode ingressar no sannyasa ashrama. Mas até que tal qualificaçao surja, deve
permanecer um Vaisnava grhastha.
Um brahmana é respeitado como o próprio corpo do Senhor porque ele pratica sad
dharma. Contudo quando consegue abandonar a idenfiticaçao material da posiçao de
brahmana e pratica sad dharma, ele se chama Vaisnava. Ao passo que o brahmana é o
corpo do Senhor, o Vaisnava é considerado como sendo o próprio atma ou alma do Senhor.
Quem abandona as marcas de varna se torna um sannyasi, e quando tal sannyasi abandona
as marcas de ashrama, ele é um avadhuta paramahamsa. Ele é o mais glorificado de
todos, por causa de sua devoçao sem misturas por Krishna.
Assim como o metal de sino vira ouro no processo da alquimia, um homem (de qualquer
varna ou ashrama) pode conseguir o status de dvija ou duas-vezes-nascido pelo processo
de pancaratrika diksa.
Assim, mesmo que um pária, pelo processo de bhakti, se torne qualificado até o ponto de
tomar iniciaçao, obtém uma posiçao igual ao do brahmana.
Uma pessoa se qualifica como brahmana levando em consideraçao três fatores: tapasya
(austeridade), sruti (conhecimento dos Vedas), e yoni (nascimento numa família de
brahmanas). Uma pessoa com estas três qualificaçöes pode ser considerada como o guru
dos quatro varnas. Uma pessoa, ao tomar Vaisnava diksa, obtém o segundo nascimento, e
quando consegue um gosto por renunciar à vida doméstica, se torna qualificada para
sannyasa. E mesmo que nao se tenha nascido numa família brahmana, mas se tenha
natureza de brahmana, deve ser considerada brahmana no sentido mais elevado, pois na
Kali Yuga a qualificaçao por yoni ou nascimento numa família de brahmana nao se aplica.
As principais consideraçöes para o status de brahmana portanto sao tapas e sruti. Isto é
confirmado pelo Mahabharata, Bhagavatam, Manu Jabala Upanishad, e Vraja Sucika
Upanishad. Quem nasce numa família sudra, ao obter devoçao pura, é o mais querido do
Senhor, ao passo que alguém dos varnas e ashramas, se nao conseguir devoçao pelo
Senhor, é considerado sudra.
(Uma pessoa da conduta mais baixa, que se dedica a devoçao deve ser considerada santa.
Está corretamente situada.)
(Mesmo pessoas pecaminosas, mulheres, vaisyas e sudras, caso se abriguem em Mim, irao
para a morada suprema.)
O exemplo disso é Vidura, que embora considerado um sudra por nascimento, entrou no
avadhuta ashrama.
aho bata svapaco’to gariyan yaj jihvagre vartate nama tubhyam
tepus tapas te juhuvuh sasnur arya brahmanucur nama grnanti ye te
(O pária que canta o nome é muito exaltado. Ele realizou todas austeridades, todos
sacrifícios, e estudou todos Vedas.)
Assim o princípio de tomar sannyasa pode ser colocado da seguinte forma: Tomando diksa
de acordo com injunçöes pancaratrika de um guru fidedigno, uma pessoa alcança a posiçao
de dvija ou duas vezes nascida, e como resultado de prática como chefe-de-família se
obtém desapego e qualificaçao para vishnu sannyas e acyuta gotra. Quando se abre mao
das marcas do sannyas ashrama, se alcança a posiçao de paramahamsa. Da mesma
maneira que para uma mulher Vaisnava qualificada é permitido adorar shalagrama shila,
assim também uma mulher Vaisnava qualificada pode também aceitar dois pedaços de
tecido como brahmacari ou renunciada.
A palavra etam no sloka se refere às marcas de sannyasa externo, i.e. kaupina, vestes, etc.
que sao características tanto do brahman como do vishnu sannyasi. Udayana Acharya
criticou as marcas de um sannyasi como mais uma designaçao.
Quando o Vaisnava aceita os sinais externos de sannyasa devemos compreender que isto é
para ensinar o povo em geral a necessidade da renúncia de acordo com a escritura. A soma
total e substância, entretanto, é a adoraçao do Senhor Supremo à parte de todos estorvos
materiais de qualquer maneira e a todo custo - seja adotando as marcas de ashrama e/ou
abandonando todas designaçöes materiais de varnashrama.
Começando com o próprio mestre espiritual se deve adorá-lo com upacaras, mencionando
o upacara, depois OM, seguido pelo acharya no caso dativo, seguido por namah.
esa gandhah
esa puspa
esa dhupah
esa dipah
idam naivedyam
Entao o candidato qualificado deve ser iniciado com os cinco samskaras: a pessoa deve ser
raspada e banhada, vestida e decorada com tilaka vertical (urdhva pundra); carimbos com a
concha, chakra, etc. em gopi candana devem decorar seu corpo (mudra); deve entao
receber um nome de Vishnu ou Krishna (nama karana); e entao o determinado krishna
mantra que o guru escolher deve ser dado à pessoa (mantra dana). Por este processo de
pancaratrika diksa a pessoa alcança o segundo nascimento (dvija). Entao depois de ter
recebido todos samskaras védicos terminando por upanayanam, a pessoa deve submeter-se
ao sannyasa samskara.
(A idéia aqui é que quando a pessoa está internamente qualificada recebe pancaratrika
diksa consistindo de cinco samskaras, através dos quais ela é formalmente reconhecida
como um Vaisnava. É considerada qualificada como dvija, ou duas vezes nascida,
independente de sua origem, e pode portanto também aceitar os sinais externos disto
aceitando upanayanam, o samskara védico significando iniciaçao espiritual como dvija. Se
uma pessoa tem qualificaçao tanto interna como externa de brahmana, e exibe as
qualidades necessárias ao sannyasa ashrama, pode entao adotar tal ashrama de acordo com
as regras escriturais.)
(ó mestre espiritual, mais sábio no processo e meta de aperfeiçoar a vida humana conforme
a sampradaya fidedigna, por favor salva-me do oceano material concedendo-me a ordem
de sannyasa.)
Um grhastha nao pode conceder sannyas à alguém, já que um chefe-de-família nao tem
nenhuma experiência da ordem renunciada de vida, seus métodos, metas e ritos samskaras.
Tanto a qualificaçao do guru quanto do discípulo devem ser examinadas antes de conceder
sannyas.
Os Samskaras Vaisnavas:
1. mundana - raspar/barbear-se
2. tirtha snana - tomar banho em rio sagrado
3. tilaka dharana - colocar tilaka *
4. mudra dharana - colocar os símbolos do Senhor no corpo *
5. kaupina suddhi - purificaçao da kaupina
6. kaupina pranapratistha - chamar deidades para a kaupina
7. nama grahana - aceitar um nome do Senhor Vishnu *
8. mantra grahana - receber um mantra Vaisnava *
9. acyuta gotra grahana - tomar acyuta gotra
10. shalagrama arcana - adoraçao de shalagrama shila *
Se uma pessoa tiver sido iniciada como Vaisnava com panca samskara (os que levam
asterisco *) entao o guru realizará os cinco remanescentes:
1. mundana (raspar)
2. tirtha snana
3. kaupina suddhi
4. kaupina prana pratistha
5. acyuta gotra grahana
Além disso também se pode realizar o Vishnu homa e arcana (yaga) neste caso. A seguir
descreve-se os cinco últimos samskaras.
Raspagem:
(ó barbeiro, por favor raspa minha cabeça deixando minha sikha. Tenho fé que conseguirei
estabilidade aos pés de lótus do Senhor Chaitanya. Que meus bem-querentes e amigos que
sao como meu pai e minha mae para mim, me abençoem. Possa eu alcançar bhakti pura
aos pés de lótus de Sri Chaitanya, os quais destruirao todos meus apegos materiais. ó
Senhor Chaitanya, oceano de misericórdia, mais misericordioso para com os devotos, sou
Teu servo, por favor aceita-me. Por favor salva esta mais caída das almas.)
Tirtha Snana:
O guru deve instruir o candidato sobre como realizar acamana, kara nyasa, anga nyasa,
pranayama e snana, depois que o candidato tiver se raspado.
Acamana:
om kesavaya namah sorver água e descartar sobra
om narayanaya namah sorver água e descartar sobra
om madhavaya namah sorver água e descartar sobra
om govindaya namah lavar maos
om visnave namah lavar maos
om madhusudanaya namah
om trivikramaya namah lavar a boca
om vamanaya namah
om sridharaya namah secar lábio superior e inferior
om padmanabhaya namah aspergir água nos pés
om damodaraya namah aspergir água na cabeça
om vasudevaya namah tocar boca com pontas dos dedos
om sankarsanaya namah tocar narina direita com dedo indicador e
polegar
om pradumnaya namah tocar narina esquerda com dedo
indicador e polegar
om aniruddhaya namah tocar olho direito com dedo
anular e polegar
om purusottamaya namah tocar olho esquerdo com dedo
anular e polegar
om adhoksajaya namah tocar ouvido direito com dedo
mínimo e polegar
om nrsimhaya namah tocar ouvido esquerdo com dedo
mínimo e polegar
om acyutaya namah tocar umbigo com palma da mao
om janardanaya namah tocar coraçao com pontas dos dedos
om upendraya namah tocar topo da cabeça com pontas
dos dedos
om haraye namah tocar braço direito
om krsnaya namah tocar braço esquerdo
Kara Nyasa:
Anga Nyasa:
Pranayama:
Cantando o kama bija dezesseis vezes deve-se inalar; cantando o kama bija sessenta e
quatro vezes deve-se segurar a respiraçao; cantando o kama bija trinta e duas vezes deve-se
exalar. Contando desta maneira a pessoa deve começar inalando através da narina
esquerda, bloqueando a direita, segurando a respiraçao, depois exalando pela narina direita,
bloqueando a esquerda. Entao se inala pela narina direita, segura a respiraçao, e exala
através da narina esquerda, usando a mesma contagem. De acordo com alguns isso deve
ser repetido três vezes.
Tilaka Dharana:
Mudra Dharana:
Deve se aplicar carimbos com o santo nome usando gopi chandana no corpo. Alguns
Vaisnavas aplicam carimbos quentes no corpo no sayana dvadasi tithi, mas os adoradores
de Krishna geralmente aplicam carimbos a frio usando gopi chandana. Sri Chaitanya
decidiu que isto era mais apropriado para as pessoas de Kali Yuga.
Kaupina Suddhi:
A kaupina deve ter dois pedaços de pano. A largura deve ser igual à distância entre os dois
mamilos e o comprimento deve ser igual à circunferência da cintura mais dois punhos.
A deidade que preside a kaupina, a qual restringe nosso desejo e nos auxilia a atravessar o
oceano do desfrute material é a consorte do Senhor que personifica o retraimento. Também
é considerada prthivi, terra. A deidade presidente do cinto, que sustenta a kaupina, é
ananta. O nó será colocado do lado direito. Segundo algumas autoridades, Brahma,
Vishnu, Shiva, Vasuki, Pavana, Agni, Chandra, Sukra e Brhaspati estao situados na
kaupina, enquanto outros dizem que só Brahma, Vishnu e Shiva residem ali. Vishnu está
presente no nó e Brahma e Shiva estao dos lados. A veste externa da pessoa, que deve
encobrir a kaupina, é considerada a consorte ou energia de Vishnu.
Deve-se passar sândalo sobre a kaupina e cinto e entao purificá-los novamente aspergindo
pasta de sândalo e recitando o mantra:
gangadi sarva tirthani yani loka gatani tu
kaupinam parisudhyantu sarva siddhi karani bhoh
Junto com a kaupina deverá haver dois pedaços de pano para cobrir o corpo, um manto
(kanta) para proteger do frio, um saco, pano para cabeça, etc. e calçados. Também deve
haver uma tridanda de varas de palasa, bambu e bilva, ou três varas de um dos três tipos de
árvores. Também se deve ter um pote d’água feito de cabaça de tumbi, barro ou madeira.
(Alguns manuais também incluem um coador d’água feito de pano e uma asana.) Todos
devem ser purificados junto com a kaupina.
Deve-se cantar o seguinte mantra dez vezes seguidas sobre a kaupina, etc.
Kaupina Pratistha:
om am kraum hrim susiddhaya kaupinaya (ou o nome de outro artigo que está sendo
adorado) etad gandha puspadikam namo’stu svaha
Quem se qualifica a usar uma kaupina deve estar livre das seis forças da fome, sede,
lamentaçao, ilusao, velhice e morte, livre de orgulho, violência, e luxúria, ser muito amável
e cheio de misericórdia, iniciado no visnu mantra, de sentidos controlados, perito em
praticar serviço devocional. Quem se qualifica poderá possuir estas qualidades
naturalmente (vidvat sannyasi) ou poderá obter as qualidades via iniciaçao e o processo de
serviço devocional regulado (visvatsa sannyasi).
Aqueles que sao orgulhosos, de duplas intençöes, agressivos, e destituídos de devoçao, nao
podem receber a kaupina. Se isto acontecer, a posiçao do próprio guru será devastada.
Assim como uma pessoa de más qualidades deve ser rejeitada do sannyasa, assim uma
kaupina de má qualidade também deve ser rejeitada. Pano feio, manchado ou sujo, pano
costurado, ou tecido sem ser tingido de cor açafroada, além de pano extravagante para se
cobrir externamente também devem ser rejeitados.
Shiva recebeu a kaupina feita por Brahma de Ananta. Narada Muni recebeu-a e se tornou
um grande yogi. Desta maneira rsis tais como Saunaka receberam-na, e finalmente
Keshava Bharati. Gaura Sundara recebeu-a de Keshava Bharati, e deu para Seus devotos.
Recebendo a kaupina desta maneira certamente também se pode virar um grande yogi.
(Por favor salva esta alma caída das ondas do mundo material. Conceda-me a kaupina para
purificar-me e extinguir o sofrimento da existência material. Recebendo esta kaupina bem
rapidamente hei de me tornar puro.)
(ó mestre espiritual, por favor dá me pano e outros artigos que sao característicos de um
sannyasi.)
O candidato deve dizer praiso’smi com suas maos postas em oraçao. O guru deve entao
mostrar ao candidato como adorar o guru parampara até Krishna (yaga), se já tiver
recebido Vaisnava mantra. Entao deve fazer com que o candidato ofereça o pano, etc.
anteriormente purificado para a deidade, e fazer com que entao ore para a deidade para que
aceite. O pano, etc. deve ser tocado por qualquer sannyasi presente, e entao o candidato
deve ser vestido com sua nova roupa.
Nama Karana:
Se o candidato ainda nao tiver tido panca samskara, deve receber um nome do Senhor com
a palavra dasa a seguir, a fim de significar sua servidao ao Senhor.
(Sou o servo do servo dos devotos em cujos coraçöes residem os pés de lótus de
Nityananda Prabhu. Que estes sempre estejam satisfeitos comigo.)
Se o candidato nao teve panca samskara, o guru qualificado, conhecedor das regras de
sannyasa, deve entao dar ao candidato o Krishna mantra, no ouvido esquerdo.
Também se recomenda usar durante o dia panca mala, composto de gunja, amalaki,
sementes de lótus, madeira de tulasi e corda do carro de Jagannatha.
Aceitar acyuta gotra significa plena rendiçao à autoridade do Senhor, e portanto destina-se
especialmente a significar devoto do Senhor. Assim como uma moça abandona seu gotra
anterior e aceita o gotra do marido ao concluir sua cerimônia de casamento, o sannyasi
deve também compreender que está abandonando todas designaçöes materiais de família,
etc. e simplesmente identificar-se como servo de Krishna, Acyuta, na família de Krishna
(gotra).
Yaga:
Isto consiste em shalagrama shila arcana, adoraçao da shalagrama. Isto é comum a todos
ashramas, e é realizado conforme as regras do pancaratrika.
Quando o sannyasi passa deste mundo o seguinte mantra deve ser escrito em seu corpo:
om klim srim hrim srim lavana mrd yuji bhuvi svabhre svaha
O corpo pode ser colocado em água de tirtha ou numa cova na terra, que deve ser um passo
maior que o comprimento da pessoa. Se o corpo tiver sido queimado, as cinzas ou ossos
devem ser levados para um tirtha sagrado e ali colocados na terra.
Este manual referente sannyasa conforme aprovado pelos acharyas foi compilado de modo
que se possa alcançar a devoçao pura ao Senhor à moda dos seguidores do Senhor
Chaitanya.
Adhikara:
(Ao conseguir desapegar da vida de desfrute material a pessoa deve aceitar a ordem de vida
renunciada.)
(Aquele que decidiu render-se plenamente ao Senhor e aceitar a ordem renunciada de vida
deve aproximar-se de seu siksa guru e segurando os pés de lótus dele, deve fazer seu
pedido. Se o diksa guru estiver presente entretanto, deve fazer seu pedido a ele (se o
mesmo também for da ordem renunciada).
Oraçao:
samsarambhodhi magno’ham
krsna seva bahirmukhah
guroh svapada naukayam
samaropyaiva taraya
upavasa
mundana (raspagem)
tirtha jala snana (tomar banho na água sagrada)
tulasi mala dharan (usar contas de tulasi no pescoço)
pundra, mudra (tilaka e marcas de chakra etc.)
nama karana (aposiçao de nome)
mantra dana (dar krsna mantras)
kaupina dharana (usar kaupina)
krsna puja (adoraçao da deidade)
sri krsna atmasamarpanam (plena rendiçao a Krishna)
(comparando esta à lista de dez samskaras de Srila Gopala Bhatta, upavasa, tulasi mala
dharana e atma samarpana sao ítens separados, enquanto que mudra e pundra sao
reunidos num só ítem, e kaupina prana pratistha e acyuta gotra grahana sao omitidos.)
No dia antes da cerimônia deve-se jejuar, e dormir no chao (nao na cama). Na manha
seguinte, a pessoa deve levar a cabo seus rituais diários até sauca. Depois de sauca deve
ser raspada exceto nas axilas e genitais.
Panca gavya deve ser purificada com mantras e borrifada sobre a pessoa. Mrttika snana
deve ser realizada com mantra. A pessoa deve entao tomar um banho num tirtha sagrado
segundo as regras.
Deve vestir-se com dois pedaços de pano limpo, e deve beber caranamrta. O mestre
espiritual, depois de oferecer contas de tulasi ao Senhor conforme as regras, deve colocá-
las em redor do pescoço do candidato com mantra.
Tilaka deve ser aplicada falando os doze nomes de Vishnu. Pode-se aplicar mudras,
dizendo sudarshanaya namah, colocando a chakrano braço direito, pancanayaya namah
( SIC SIC!!! pancajanaya??)
colocando a sankha no braço esquerdo, e bhagavan nama mudrayai namah, colocando os
nomes do Senhor em outras partes do corpo.
Colocando sua mao na cabeça do candidato, o mestre espiritual deve pronunciar o novo
nome da pessoa, usando a primeira sílaba do velho nome e adicionando Caitanya dasa ao
final.
O mestre espiritual entao dará a kaupina amarrando o nó do lado direito, e entao lhe dará
um pano para a parte baixa do corpo (bahir vasa).
O mestre espiritual dar-lhe-á gopal mantra, mas se já o tiver dar-lhe-á kama gayatri. Se o
candidato já tiver, dar-lhe-á hare krishna mantra. Se os tiver todos, dará tudo novamente.
O guru deve sentar-se face à deidade, com o candidato a seu lado segurando flores e tulasi
nas maos. Deve fazer com que o candidato entregue seu corpo, mente e alma a Krishna,
dizendo:
Nao deve amarrar sua sikha, estando livre das injunçöes de karma vidhi. Se tiver um
yajnopavita deve deixá-lo; irá viver de mendigar. Nao deve se preocupar em ser enterrado,
queimado ou jogado n’água quando morrer. Depois de seu falecimento em vez de
shraddha, nama kirtan poderá ser realizado e os Vaisnavas alimentados.
Após ouvir as instruçöes do mestre espiritual, o discípulo deve beber água dos pés do guru
e realizar adoraçao dele com o máximo de upacaras possível. Deve entao alimentar os
Vaisnavas e depois tomar krsna prasadam ele mesmo.
Segundo este texto, mulheres também podem tomar todos samskaras exceto a kaupina.
Tridandi:
Este é o primeiro mês de vasanta (primavera). Deve-se adorar Krishna com muitas flores.
Rama Navami:
O dia de aparecimento de Rama ocorre no décimo nono dia lunar da lua crescente em
caitra. Ele apareceu ao meio dia.
O Hari Bhakti Vilasa recomenda jejuar neste dia. A oraçao especial para o dia é a seguinte:
ó Raghava, neste navami jejuarei vinte e quatro horas. Por favor compraz-Te
com meu ato, e salva-me deste mundo material.
Construir uma mandapa (pavilhao), purificá-la e decorá-la bem com flores e bandeiras.
Construir um altar sobre a mesma, e desenhar uma sarvatobhadra mandala (vide apêndice)
no centro, estabelecer um kumbha (pote) em cima dela cheio de água de tirtha e jóias,
decorado com folhas de mangueira e flores.
Sobre o kumbha colocar um prato de metal decorado com uma figura de seis pontas, e
sobre esta colocar tecido, uma simhasana e a murti de Rama. Adorar a mandala como um
pitha ou local de assento do Senhor, depois realizar avahana (se a murti nao tiver sido
instalada) e entao fazer adoraçao com cinco, dez ou dezesseis artigos, depois realizar
aratrika.
Depois de adorar Rama, deve-se realizar adoraçao de Kausalya, Dasaratha, Sita, Laksmana,
Hanuman, Bharata, Sugriva, Satrughna, Jambavan e Angada na sarvatobhadra mandala.
Pode-se ficar acordado a noite inteira cantando e pela manha, após completar puja,
alimentar os brahmanas e dar daksina aos pujaris.
Dola Yatra:
Dola Yatra é um festival de balanço para a deidade. O Hari Bhakti Vilasa menciona os dias
de ekadasi, dvadasi e tritiya da lua crescente do mês Caitra como dia do início da
celebraçao, que deve perdurar por um mês. Em Bengala é celebrado no dia de Gaura
Purnima, enquanto que em Vrndavana um festival phula dol é celebrado durante duas
semanas após Gaura Purnima. Nessa época as deidades Se vestem elaboradamente com
flores.
Deverá haver um festival de canto e dança, e deve-se oferecer ao Senhor alimento especial.
Depois do aratrika, pós coloridos perfumados podem ser jogados ao redor e em cima do
Senhor. Com versos védicos, gritos de “jaya jaya”, canto e dança, o Senhor deve ser
trazido para fora e colocado num vedi (plataforma elevada) decorado com bandeiras e
flores. Após realizar adoraçao com flores e lamparinas, deve-se colocar o Senhor no
balanço.
Krishna realiza rasa lila de duas variedades, uma na estaçao outonal e outra na primaveril,
no vaisakha purnima. Balarama também realiza dança da rasa nesta época.
Candana Yatra:
Candana Yatra principia no terceiro dia lunar da lua crescente do mês Vaisakha, e continua
por vinte dias. Jagannatha deu instruçöes diretas ao rei Indradyumna para realizar este
festival nesta época. Esfregar o corpo do Senhor com unguentos é um ato de devoçao, e o
melhor dos unguentos é a pasta de sândalo. Como o mês de Vaisakha é muito quente, o
efeito refrescante do sândalo é muito agradável ao corpo do Senhor.
Pasta de sândalo se aplica no corpo todo de Jagannatha deixando somente Seus dois olhos
visíveis. As utsava murtis sao levadas em procissao e colocadas num barco na lagoa do
templo. Para comemorar este festival, o Senhor Chaitanya também executou esportes
aquáticos com Seus devotos.
Aksaya Tritiya
Candana Yatra começa neste dia, que é também quando treta yuga começou. A cevada, um
dos principais ingredientes de homa, que é o yuga dharma para Treta Yuga, foi também
criada neste dia Ganga devi também desceu à terra neste dia. Muitas pessoas comuns
realizam puja especial neste dia. Deve-se tomar banho num rio sagrado, dar caridade,
realizar japa e oferecer cevada num fogo sagrado, e oferecer preparaçöes de cevada para a
deidade.
Jahnu Saptami:
Nesse dia Jahnu Muni engoliu e liberou o Ganga, que estava a caminho para salvar os
ancestrais do Rei Bagiratha. Nesse dia o Ganga é adorado e muitas pessoas fazem
oferendas aos antepassados, e se banham no Ganga.
Nrsimha Caturdasi:
(aparecimento no crepúsculo)
No décimo quarto dia lunar da lua crescente do mês Madhusudana, apareceu Nrsimha. Este
dia é chamado vrata raja, um dia muito importante para realizar vrata. Os devotos de
Nrsimha jejuam neste dia. Como se faz com todos avataras de Vishnu, pode-se realizar
adoraçao completa com dezesseis upacaras para a deidade, ou um retrato ou uma
shalagrama, conforme as regras. Pode-se realizar adoraçao mais elaborada com abhiseka,
conforme a de Krishna Janmastami. Antes de adorar Nrsimha se deve adorar Prahlada.
Versos especiais para a ocasiao sao os seguintes:
Sankalpa (Voto):
ó feroz Nrsimha por favor sêde misericordioso para comigo. Hoje vou Te adorar.
Por favor remova todos obstáculos de meu vrata.
Puspa (Flores):
Dhupa (Incenso):
ó Mahavisnu, ofereço este incenso aguru que é raro até mesmo entre os
semideuses, para realizaçao de todos desejos.
Dipa (Lamparina):
Naivedyam (Alimento):
Jala Vihara:
Do purnima do mês de Vaisakha até ao purnima do mês de Jyestha, no meio do verao, nos
dias quentes, ao meio-dia, o Senhor deve ser colocado em meio à água fresca. A noite ele
pode retornar para o altar. Na noite de dvadasi pode-se fazer puja especial.
Este é o primeiro mês do verao. Como é muito quente, se adora o Senhor com artigos
frescos.
Nirjala Ekadasi:
Durante a estaçao mais quente, conseguir realizar upavasa sem tomar água é realizar uma
grande façanha. Pode-se tomar apenas caranamrta e água acamana. Bhima pediu um dia
de vrata pelo qual poderia obter os frutos de todos outros dias de vrata que fôra incapaz de
observar. Vyasadeva aconselhou-o a seguir este difícil vrata.
A noite deve-se adorar o Senhor banhando-O em leite.
No dvadasi deve-se dar potes cheios d’água aos brahmanas e alimentá-los antes de quebrar
o jejum.
Snana Yatra:
Conforme o próprio Jagannatha instruiu, depois desta cerimônia, Ele nao é visto durante
duas semanas. Este período se chama anavasara kala, ou período de descanso, durante o
qual Seu corpo é restaurado com pintura, e O alimentam com doces especiais e bebidas
doces para curar Sua febre. O primeiro darshana após a quinzena se chama netrotsava ou
nava yauvanotsava.
Outras deidades também podem receber abhiseka neste dia. Deve-se realizar puja e banhar
as deidades com água ou panca gavya e pancamrta enquanto se canta mantras védicos e
purusa sukta.
Ratha Yatra:
O ratha de Jagannatha tem a marca da chakra e garuda, e é amarelo, com quatro cavalos
brancos. A deidade protetora é Nrsimha.
O carro de Baladeva é azul, com uma insignia de palmeira, e quatro cavalos negros. A
deidade protetora é Sesa.
No quinto dia do mês lunar, chamado Hera (procurar) Pancami, Laksmi chega procurando
por Jagannatha com Shiva e as servas dela. Quando os servos de Jagannatha a vêem no
primeiro portao do Gundica Mandira, fecham a porta do bhoga mandira de Jagannatha a
fim de que ela nao consiga vê-Lo. Ela fica irada e quebra um pedaço do ratha de
Jagannatha. Após tomar uma refeiçao, ela retorna ao templo principal.
No nono dia da lua, o Ratha Yatra de retorno tem lugar, e Laksmi e suas servas vem para
encontrar Jagannatha. Jagannatha dá Sua guirlanda para ela, a fim de acalmá-la.
Vários dias depois, no dvadasi, Laksmi fecha as portas do templo irada, e suas servas
brigam com os servos de Jagannatha. Depois que Jagannatha admite a derrota, as portas
sao novamente abertas.
Neste dvadasi que se segue ao sayana ekadasi, Vishnu descansa no oceano de leite, onde
permanece dormindo durante quatro meses. Este passatempo é encenado da seguinte
maneira: o Senhor pode ser trazido em procissao até um lago ou lagoa, onde se pode
realizar adoraçao completa, e depois banhar o Senhor no lago dizendo:
ó Senhor, em Svetadvipa, por favor descansa em Tua cama na forma de sesa com
Seus capelos ornados de jóias. Permita que eu preste meus respeitos a Ti.
Caturmasya Vrata:
O vrata do quarto mês pode começar no sayana ekadasi (o dia logo antes que o Senhor vá
descansar no oceano de leite durante quatro meses), no dvadasi, ou no purnima (lua cheia)
que se segue, ou no samkranti (o dia em que o sol se move para a casa de Câncer).
Caturmasya deve ser observado por todas seçöes da populaçao. Nao importa ser grhasta
ou sannyasi. É obrigatório observá-lo em todos ashramas. O verdadeiro propósito por trás
do voto feito durante estes quatro meses é de minimizar a quantidade de gratificaçao dos
sentidos.
CC Madhya v.2 p.87
Enquanto o Senhor dorme estes quatro meses do ano, vou realizar vrata. Por
favor remova todos obstáculos no caminho, ó Acyuta.
Durante esta época se pode realizar muitos tipos de vrata, para obter diferentes benefícios
materiais. O Vaisnava entretanto, realiza o vrata para aumentar sua devoçao pelo Senhor e
portanto durante esta época o devoto nao só deve realizar austeridades mas fazer tentativas
especiais de se ocupar a serviço do Senhor limpando o templo, oferecendo artigos
agradáveis para a deidade, visitando tirthas sagrados, realizando kirtana, circumambulando
a deidade, pregando a mensagem do Srimad Bhagavatam ao público, etc.
Outros Vratas:
Pode-se renunciar ao sal, massagem de óleo, alimentos doces, salgados, amargos, azedos, e
de sabor pungente, e a todos alimentos cozidos.
Pode-se deixar de falar, cortas unhas e cabelo, e comer sem usar um prato.
Pode-se comer uma vez por dia, durante a sexta parte do dia, e beber água só depois de seis
horas do dia terem passado.
Também se pode observar jejum de Candrayana (comer quinze bocados ou maos cheias de
comida no primeiro dia do mês (purnima), quatorze no dia seguinte, etc., nada no
amarvasya, depois aumentando um bocado a cada dia até o purnima seguinte.
* * *
Jhulan Yatra:
No gaura dvadasi do mês Sridhara (sravana) cai este festival Vaisnava, que ainda é
celebrado com pompa nos templos de Vishnu no Sul da India.
Pavitras podem ser feitos de ouro, prata, cobre, seda, lótus, algodao, grama kusa, ou grama
kasa. Três fios devem ser entrelaçados, e três de tais fios entrelaçados devem ser
novamente entrelaçados juntos. Estes fios devem ser purificados com pancagavya e cantar
do mula mantra 108 vezes. Para um yajnopavita para a deidade pode-se amarrar juntos
108, 54, ou 27 de tais fios. O yajnopavita deve estender-se até o joelho, coxa ou umbigo.
Deve haver 36, 24 ou 12 nós uniformemente espaçados ao longo do cordao.
Depois pode-se novamente oferecer adoraçao ao Senhor, recitar stutis e prestar pranamas.
O Senhor pode usar os pavitras durante um dia e uma noite, três noites, ou uma quinzena,
ou um mês. Devem ser retirados antes de banhar a deidade todo dia e purificados com
gotas d’água antes de oferecer novamente a cada dia. Durante a época em que a deidade
usa os pavitras deve-se alimentar brahmacaris e realizar pujas especiais.
Aparecimento de Baladeva:
No purnima ou lua cheia do mês de Sridhara, Balarama, o irmao mais velho do Senhor
Krishna apareceu. Este dia é celebrado na regiao de Vrndavana e Mathura, especialmente
no templo Dauji, onde Balarama reside com Revati. Pode-se realizar adoraçao com
abhiseka idêntico ao de Krishna Janmastami.
Janmastami Vrata:
Jejuar neste dia é fortemente recomendado. Se a pessoa comer nesse dia, o alimento que
come é equivalente à carne dos abutres, asnos, corvos e humanos. Além de jejuar também
se deve ficar ocupado em adoraçao ao Senhor. Tal como em ekadasi, pode-se fazer
preparativos no dia anterior. No astami deve-se começar o vrata dizendo:
Hoje renunciarei a todo alimento e amanha o aceitarei. Por favor seja meu
refúgio, Acyuta.
O Hari Bhakti Vilasa descreve em detalhe as atividades do dia, de acordo com diferentes
Puranas. Krsna Janma Abhiseka Vidhi de Srila Rupa Goswami dá uma descriçao passo a
passo do abhisekha de Krishna à noitinha. Elaboradas cerimônias de aparecimento de
outras deidades poderao ser modeladas de acordo com a mesma.
Pode-se construir uma casa como um aposento para grávidas e decorá-la com flores, tecidos
e jóias. Murtis ou retratos das gopis, gopas, Nanda, Yasoda, Vasudeva, os Devatas, bem
como dos asuras (em estado adormecido) devem decorar o local.
Após adorar Krishna, deve-se adorar Vasudeva e outros com “om vasudevaya namah” etc.
Quando a lua se alçar, deve-se oferecer arghya para a lua dizendo:
Entao se poderá oferecer puja completo a Krishna conforme as regras usando os mantras:
No dia antes de Janmastami (i.e. o saptami) deve-se montar o snana vedi (altar em que a
deidade será banhada) no pátio, ao acompanhamento de cançöes e música instrumental.
Entao deve-se providenciar para que sejam cavados buracos nos quatro cantos da área de
mandapa e colocar nos mesmos troncos de bananeira. A área deve ser cercada sete vezes
com barbante vermelho e coberta com um dossel com pintura nova.
Depois deve-se plantar nas quatro direçöes varas com bandeiras e ali colocar toda sorte de
artigos auspiciosos, tais como durva, kusa, lamparinas, frutas nima, sementes de mostarda e
uma svastika (feita de arroz cru misturado com kumkum). Sobre as portas deve-se pendurar
guirlandas ou cordöes de folhas ensartadas.
Segundo Hayasirsa Pancaratra as bandeiras nas oito direçöes devem ter as seguintes cores:
leste: vermelho
sudeste: cor de fogo
sul: preto
sudoeste: branco
oeste: amarelo
noroeste: vermelho acobreado
norte: branco
nordeste: multicolorida
Deve-se realizar todos purvanga karmas tais como suchi, nyasa, etc. para purificaçao do
corpo, mente, local e materiais (vide manual de puja).
Deve-se recitar:
Três (ou o resto) dos brahmanas devem jogar arroz de suas maos direitas dizendo:
Três brahmanas (ou o resto deles) devem jogar arroz de suas maos dizendo:
Três brahmanas (ou o resto deles) devem jogar arroz de suas maos direitas dizendo:
Depois entao deve-se realizar ghat sthapana, estabelecer o pote ao lado do vedi central.
om visnu
om tat sad
asya bhadre masi
krsne pakse
astamyam tithau
acyuta gotrah
sri krsna priti kamah
sri krsnasya janma mahotsave
mahapuja purvaka mahabhisekam aham karisye
Deve-se orar:
avatara sahasranikarosimadhusudana
na te sankyavataranam kascij janati vai bhuvi
deva brahmadayo vapi svarupam na vidus tava
atas tvam pujayisyami matur utsanga samsthitam
Asana (Assento):
Svagatam (Boas-Vindas):
Padyam (Lava-Pés):
Deve-se oferecer água misturada com gergelim, sementes de mostarda, flores, pasta de
sândalo, cevada e pontas de kusa por sobre a cabeça do Senhor (ou nas maos) dizendo:
tripad urddhva udait purusah pado’syeha bhavat punah
tato visvan vyakramata sasananasane abhi
Deve-se oferecer água, com noz moscada, cravos e kakkola para a boca do Senhor (três
vezes) dizendo:
Deve-se oferecer ghee, iogurte e mel em proporçöes de 1:3:1 para o Senhor comer,
dizendo:
Deve-se fazer uma massa firme de farinha, açúcar e água e fabricar com a mesma
recipientes para conter pavios e ghee (pista dipa). Deve-se agitar as lamparinas diante do
Senhor dizendo:
om hiranya garbhah samvartatagre
bhutasya jatah patir eka asit
sa dadhara prthivim dyam utemam
kasmi devaya havisa vidhema
Snana (Banho):
Deve-se banhar o Senhor em água misturada com pasta de sementes de gergelim, dizendo:
varunasyottanbhanam asi
varunasya skambhasarjani stho
varunasya rta sadany asi
varunasya rta sadanam asi
varunasya rta sadanam asida
Excremento de Vaca:
Leite:
Iogurte:
Ghee:
Agua de Kusa:
Pancamrta Snana:
Leite:
Iogurte:
(este mantra veio errado, e corrigi pelos outros repetidos em outras cerimônias, que
estavam assim como abaixo)
dadhi kravno akarisam jisnor asvasya vajinah
subabhi no mukha karat pra na ayum’gum si tarisat
Ghee:
Mel:
Açúcar:
Deve-se banhar o Senhor em água com mura, mamsi, vacam, kustham saila, turmerique,
daru haridra, sati, campaka, musta, dizendo:
* nota da tradutora: para saber nomes botânicos destas ervas vide pág. 71.
Mahausadhi Snana (Segundo Banho de Ervas):
Deve-se banhar o Senhor em água misturada com sahadevi, vaca, vyaghri, bala, atibala,
akhapuspa, simhi, suryavarta, dizendo:
* nota da tradutora: para saber nomes botânicos destas ervas vide pág. 71.
Deve-se banhar o Senhor em água misturada com oito sementes: cevada, trigo, arroz
selvagem, gergelim, painço, arroz com casca, semente de paina, e arroz que cresce em
sessenta dias, dizendo:
Deve-se banhar o Senhor em água misturada com perfumes tais como aguru
(madeira/resina da fragrante árvore aloé Aquilaria Agallocha) sobre os quais se cantou
savitri gayatri.
Deve-se banhar o Senhor com água pura jorrada através do sahasra dhara (pote com furos
no fundo), dizendo:
Deve-se banhar o Senhor com água de astaka bija no sahasra dhara, dizendo:
Deve-se banhar o Senhor em água misturada com flores no sahasra dhara, dizendo:
Deve-se banhar o Senhor em dezesseis kalasas de água de tirtha misturada com tulasi e
pasta de sândalo, falando o purusa sukta:
AQUI FALTAM DUAS PAGS (12 E 13) DA APOSTILA (SRI KRISHNA JANMA TITHI
VIDHI), TOMO A LIBERDADE DE TRANSCREVER O PURUSA SUKTA QUE TINHA
AQUI EM CASA:
PURUSHA SUKTAM
om saptasyasan paridhayah
trih sapta samidhah krtah
deva yad yajnam tanvanah
abadhnan purusam pasum
Padyam (Lava-Pés):
Deve-se apresentar ao Senhor um pote cheio d’água com folhas e um côco em cima, e
colocá-lo diante Dele junto com uma variedade de frutas.
Entao deve-se abençoar os olhos do Senhor, tocando-os com uma varinha dourada,
dizendo:
Anjana (Unguento):
Tilaka:
Deve-se aplicar rocana (pigmento amarelo feito com urina de vaca) tilaka à testa do Senhor
dizendo:
Nossa mae ou irma deve entao tocar cento e oito folhas de grama durba e chumaços de
algodao cru na cabeça do Senhor.
No nosso aniversário, devemos realizar seis atos usando gergelim. Portanto no dia de
aparecimento do Senhor o corpo Dele é esfregado com gergelim, Ele é banhado em água de
gergelim, e mais tarde se Lhe oferecem alimentos com gergelim. Também se deve
presentear com gergelim, semear sementes de gergelim e realizar homa com sementes de
gergelim, usando o mula mantra da deidade.
Darpana (Espelho):
Deve-se oferecer um espelho ao Senhor e permitir que Ele mire Seu reflexo.
Ghrta Darsana:
Camara (Abano):
Bhusana (Ornamentos):
Godana:
Vandapanam:
Num dia auspicioso deve-se adorar artigos auspiciosos. Deve-se trazer os seguintes artigos
e dizer o mantra apropriado:
Terra:
bhur asi
bhumir asy
aditir asi
visvadhaya visvasya bhuvanasya dhatri
prthivim yaccha
prthivim drmha
prthivim ma himsih
Gandha:
Pedra:
Grama Durba:
Flores:
Frutas:
Iogurte:
dadhikravno akarisam
jisnor asvasya vajinah
subabhi no mukha karat
pra na ayum’gum si tarisat
Ghee:
ghrtavati bhuvananam
abhisriyor vi prthvim
madhudughe prthivi varunasya
dharmana viskabhite
ajare bhuri retasa
Svastikam:
Sindhur (Vermelhao):
Concha:
Kajjala (Colírio):
Rocana:
Ouro:
hiranyarupah sa hiranyasamdrg
apam napat sedu hiranyavarnah
hiranyayat pari yoner nisadya
hiranyada dadaty annam asmai
Prata:
rupena vo rupam abhyagam
tutho vo visvaveda vibhajatu
rtasya patha preta candra
daksina visvah pasya
vyantariksam yatasva sadasyaih
Cobre:
Espelho:
Lamparina:
Entao se deve colocar todos os artigos num lindo prato, e segurando o prato com ambas
maos, oferecê-lo três vezes à moda do aratrika para o Senhor, dizendo:
Samskaras:
Os samskaras terminando com upanayanam (dar o cordao sagrado) poderao entao ser
realizados para o Senhor. Os realizadores dos ritos devem ser adorados mediante presentes
de tecido, guirlandas, etc.
Dhupa (Incenso):
Dipa (lamparinas):
Naivedyam (Alimento):
Deve-se entao oferecer alimentos agradáveis, tais como laddhus com gergelim, pipoca de
arroz, arroz cozido no leite e açúcar, várias bebidas, quatro tipos de arroz com várias épocas
de maturaçao representando os seis sabores. Ao oferecer segundo o método padrao, pode-
se dizer o mantra:
Tambulam:
Nirajana (Aratrika):
Num prato feito de ouro, prata ou metal de sino, pode-se desenhar um lótus de seis pétalas
usando pó de kumkum. Deve-se fazer pista dipas (de farinha de cevada e trigo misturada
com açúcar e leite), enchê-los com ghee e colocar pavios neles. Um deles deve ficar no
centro do lótus e um sobre cada uma das pétalas. Após ascender os pavios deve-se cantar o
mula mantra da deidade sobre as chamas e oferecer o prato para o Senhor nove vezes,
dizendo:
Abhisincana:
Depois pode-se aspergir o Senhor com artigos auspiciosos tais como grama durbha,
dizendo:
Asirvada (Bençaos):
ou:
Durante as horas diurnas do astami deve-se observar o voto de jejum na associaçao dos
devotos, e mantendo-se acordado à noite, à meia-noite deve-se realizar o abhiseka
conforme o vidhi que acaba de ser descrito, acompanhado por jubiloso cantar e dançar. No
dia seguinte deve-se celebrar o aparecimento do Senhor com grande festividade e respeitar
mahaprasadam com os Vaisnavas.
NOTAS:
Mahausadhi:
Sarvamangala:
padmaka: madeira de Cerasus puddum
jati: chameli, Jasminum Grandiflora
kunda: Jasminum multiflora
grama kusa: Poa cynosuroides
grama durba: Saccharum cylindricum
rocna: um pigmento amarelo feito da bílis da vaca
Nirmancana:
* * *
Radhamastami:
Deve-se estabelecer uma concha segundo as regras e aspergir água por todo lado, recitando
o mula mantra de Radha.
Nas oito direçöes estabeleçam potes, a começar pelo lado leste, contendo sarvausadhi,
mahausadhi, bijastaka, navaratna, flores, frutas, gandha, e água de candana. Agua do pote
em cima da sarvatobhadra mandala deve ser aspergida nestes potes. Depois deve-se
realizar o puja de Radha, ou de Radha-Krishna com os costumeiros dezesseis artigos, e
além disso esfregar pó de gergelim e de semente de papoula sobre o corpo Dela antes do
banho. Pode-se banhá-La em pancamrta. Depois entao banhar Radha na água dos oito
potes começando pelo pote do leste.
Após o banho pode-se oferecer vestes, ornamentos, gandha, flores, incenso, lamparinas,
naivedyam, aratrika, stutis, pranamas e circumambulaçao, conforme descrito no manual de
puja.
Parsva Parivartana:
Esta ocasiao cai no décimo segundo dia da lua crescente do mês Hrsikesa (Bhadra), no
meio do caturmasya vrata. Vishnu foi colocado para descansar no sayana dvadasi e dois
meses depois Ele Se vira, assim destruindo toda atividade pecaminosa.
Nesta época pode-se levar a deidade para junto de algum corpo d’água, adorá-La com
muita pompa, deitá-La e virá-La do lado esquerdo para o direito, dizendo:
ó Senhor do universo, meta dos yogis, hoje no mês de Bhadra, por favor vira-Te.
Vamana Dvadasi
(aparecimento ao meio-dia)
Após o ekadasi ocorre o dia do aparecimento de Vamana deva, que geralmente é um dia de
jejum, sendo também mahadvadasi. No caso de mahadvadasi, omite-se jejuar no ekadasi.
Deve-se realizar o puja sobre um kumbha, instalar uma murti ou adorar Vamana numa
shalagram, oferecendo dezesseis upacaras, uma danda de bambu, jala mala, upavita,
paduka e sombrinha, os artigos levados pelo brahmacari, Vamana deva.
A oraçao do arghya especial (cevada, kusa, tulasi, iogurte, flores, etc.) é a seguinte:
Este é o primeiro mês de sarad, estaçao outonal. Durante a fase minguante da lua do mês
Padmanabha, muitos templos em Vrndavana sao decorados com desenhos feitos de pós
coloridos, já que Radha Se ocupava neste passatempo para o prazer de Krishna.
Vijaya Utsava:
Saradiya Rasayatra:
A primeira lua cheia da estaçao de outono marca a celebraçao da dança de Krishna com as
gopis. Neste dia as deidades de Vrndavana sao belamente decoradas de branco. Sao feitas
encenaçöes de krsna lila. Porque a lua é muito auspiciosa, os vraja vasis deixam potes de
arroz doce expostos à lua cheia durante a noite toda, a fim de transformar o arroz doce em
amrta.
Cinco atividades sao glorificadas: ficar acordado, banho matinal bem cedo, adoraçao de
tulasi, oferecer lamparinas e realizar austeridades.
Aconselha-se abandonar comer feijöes, kalami saka, patola, beringela, carne, peixe, bebida
alcólica, massagem com óleo, sexo ilícito, graos cozinhados por outros.
Deve-se comer uma vez por dia, havisana. (vide pág. 42 “ekadasi”).
Deve-se aumentar o serviço devocional realizando mais adoraçao à deidade, ouvir e falar
sobre o Senhor, mais japa extra do santo nome do Senhor, adorar tulasi, ficar acordado de
noite cantando, visitar tirthas sagrados e oferecer lamparinas ao Senhor.
Deve-se adorar Radha-Damodara e recitar o Damodarastaka diariamente.
Bahulastami:
No oitavo dia da fase minguante do mês Damodara, o dia de aparecimento do Radha Kunda
é celebrado por seus residentes. Tomar banho no Radha Kunda é especialmente benéfico
neste dia. Através disto se obtém o favor de Radha, por intermédio da qual se consegue o
favor de Krishna. Radha Kunda apareceu à meia-noite. As pessoas vao ao Radha Kunda e
oferecem prasadam, guirlandas e abóboras (cabaças) na água, depois à meia-noite tomam
banho no Radha Kunda e a seguir no Shyama Kunda. Muitas pessoas gostam de tomar
banho num ghat onde a shakti do Senhor Nityananda, Jahnava Mata, costumava banhar-se.
Na noite deste dia erguem-se lamparinas do lado de fora das casas e templos sobre longas
varas, a fim de espantar Yamaraja. No dia seguinte, no caturdasi, deve-se adorar Yamaraja
e tomar banho num rio quando a lua se erguer, oferecendo tarpana (maos cheias d’água) a
Yamaraja. Pode-se oferecer lamparinas nesta noite também.
Dipanvita (Dipavali):
Nesta noite de amarvasya ou lua nova do mês Damodara, as mulheres pegam lamparinas e
acordam Laksmi devi. Algumas pessoas jejuam neste dia, que se chama dipavali e que é
também a ocasiao para celebrar o retorno do Senhor Ramachandra ao trono após conseguir
vitória sobre Ravana.
Depois deve-se adorar as vacas de maneira similar com o mantra: om gave namah, e aí
brincar com elas.
A noitinha do mesmo dia, deve-se adorar Bali Maharaja, rei dos asuras, porque Vamana,
após conquistá-lo lhe deu a bençao que seria adorado neste dia. A adoraçao geralmente é
realizada pelas famílias em suas casas.
Yama Dvitiya:
Neste dia, Yamuna alimentou seu irmao Yamaraja. É costume adorar Yamaraja ao meio-
dia, tomar banho no Yamuna e comer na casa da irma neste dia.
Gopastami:
Neste dia Krishna se tornou um vaqueiro. Antes disso, Ele era pastor dos bezerros. Deve-
se adorar as vacas com dez upacaras, com o mantra: om gave namah, etc. Deve-se ungir
os chifres com turmerique e colocar sindura na testa delas. Depois deve-se alimentá-las
com grama e circumambulá-las.
Pranama (Reverências):
Utthana:
No dia depois de sayana ekadasi, Vishnu começou a dormir no oceano de leite. Nesse dia
depois de utthana ekadasi, ele acorda do sono. Este dia também marca o final do
caturmasya vrata, se principiou nesta época quatro meses antes.
Deve-se oferecer artigos de adoraçao, naivedyam, aratrika, e colocar a deidade num ratha e
fazer uma procissao através da cidade, depois levar o Senhor de volta a Seu templo. Assim
este dia também é um dia no qual se realizam muitos ratha yatras.
Este festival é celebrado tanto no Sul como no Norte da India com grande pompa.
Fim do Caturmasya:
Rasa Yatra:
O purnima ou lua cheia do mês Damodara é a segunda lua cheia da estaçao outonal, e
novamente se celebra rasa lila. Este segundo rasa yatra é celebrado mais em Bengal, ao
passo que o primeiro é celebrado mais em Vrndavana. Neste dia se deve realizar plena
adoraçao de Radha e Krishna com muitas flores, e colocá-Los numa rasa mandapa cercada
pelas gopis.
O mês de Keshava é o primeiro mês da estaçao do inverno (Hemanta). Krishna diz que
dentre os meses ele é o de agrahayana, porque este mês foi considerado o começo (agra)
do ano (hayana). Este é o mês para tomar banho, dar caridade, realizar vrata e adoraçao.
Neste mês devemo-nos reunir com outros Vaisnavas e adorar o Senhor em bosques de
tulasi. Devido ao frio devemos oferecer à deidade roupas quentes. Este ato remove todos
nossos sofrimentos na existência material. Pode-se comer uma vez ao dia ou de noite e
alimentar os brahmanas. Deve-se oferecer ao Senhor guda (açúcar nao-refinado) com
payasa todo dia durante este mês.
O nome pausa deriva de pusya, da constelaçao deste mês. Pusya significa nutritivo. Este é
o segundo mês de inverno.
No purnima de pausa, o último dia do mês, deve-se banhar a deidade em cinco seers de
ghee. Este ato de devoçao é equivalente ao resultado de um sacrifício de asvamedha.
Este é o primeiro dos meses frescos, orvalhados (sisira). Tomar banho em rios,
especialmente na junçao de rios (sangam), é característico deste mês. Neste mês tomar
banho na junçao do Yamuna e do Ganga em Prayag é glorificado nos Puranas.
Todos varnas e todos ashramas devem tomar banho cedo de manha (antes da alvorada) e
todos receberao ilimitados benefícios.
Vasanta Pancami:
Este é o primeiro dia da primavera. No quinto dia da lua crescente deve-se celebrar a
chegada da primavera em Vrndavana oferecendo para Krishna muitos tipos de folhas e
flores. Deve-se pintar desenhos no corpo Dele e realizar aratrika especial. Deve-se tocar a
vasanta raga neste dia. As deidades vestem amarelo ou verde-amarelado neste dia.
Bhaimi Ekadasi:
Dizem que quem observa upavasa neste dia entao obtém entrada na morada de Vishnu,
mesmo que nao se tenha realizado outros vratas do ano.
Aparecimento de Varaha:
O aparecimento de Varaha ocorre no dvadasi da lua crescente deste mês, mas se deve
observar jejum no ekadasi, já que dois dias de jejum completo nao é recomendável em
circunstâncias comuns. Na manha de dvadasi se deve adorar uma murti, shalagrama ou
retrato de Varaha de acordo com as regras, com grande pompa e oferendas especiais, e
depois quebrar o jejum após completar o puja.
Nityananda Trayodasi:
Este é o segundo mês orvalhado. Deve-se tomar banho matinal bem cedinho conforme
durante magha e adorar o Senhor diariamente, oferecendo flores de campaka dourada e
mangueira, incenso e gandha.
Siva Ratri:
No caturdasi da lua minguante no mês de phalguna ocorre este festival de Shiva. Pela
misericórdia de Shiva, um devoto do Senhor, pode-se desenvolver devoçao a Sri Krishna.
Os Vaisnavas nao seguem o vrata de jejuar e adorar Shiva de noite, mas simplesmente
pedem a misericórdia de Shiva nesta ocasiao. Em Vrndavana muitos Gaudiya Vaisnavas
visitam o templo de Gopesvara Mahadeva, onde oferecem guirlandas de flores e derramam
água do Ganges sobre o Linga neste dia.
Holi:
Govinda Dvadasi:
No dvadasi da lua crescente do mês de Govinda ocorre govinda dvadasi, que é favorável
para se obter govinda bhakti e destruir pecado. Neste dia se deve realizar adoraçao
elaborada de Krishna, e se pode também adorar a árvore amalaki que apareceu na época em
que o oceano de leite foi batido e que dizem ser Lakshmi.
Gaura Purnima:
A lua cheia do mês de govinda é dia do aparecimento do Senhor Chaitanya. Ele apareceu
no pradosa crepuscular, quando a lua havia se erguido e estava acontecendo um eclipse.
Neste dia se deve jejuar e adorar o Senhor Chaitanya elaboradamente conforme as regras de
noite. Anukalpa (alimentos que nao quebram o jejum, tal como frutas, leite, raízes, nozes)
poderao ser tomadas após a adoraçao terminar. O jejum deve ser quebrado no dia seguinte
depois do alvorecer.
Naquele dia devem manter o jejum até a chegada da lua de noite, e o dia inteiro
poderá ser utilizado para realizar kirtana e ler os ensinamentos do Senhor
Chaitanya. De noite após observarem a cerimônia de kirtana, refrescos leves
como frutas e leite, batatas cozidas poderao ser tomadas e no dia seguinte
banquete geral e distribuiçao de prasadam para o público poderao ser
observados.
Carta de Srila Prabhupada, Mar.7, 1968
Este é o último dia da estaçao fria orvalhada (sirisa) e o início da primavera. Neste dia
vasanta (primavera) utsava também é comemorada, com oferenda de brotos de mangueira
ao Senhor.
Ekadasi Vrata:
Observar ekadasi é um dos principais vratas dos Vaisnavas. O Hari Bhakti Vilasa cita
muitas escrituras a fim de mostrar a necessidade de ser observar o vrata, glorificar o vrata,
estabelecer o dia certo no qual observar o vrata, e o modo correto de observar.
Além dos grandes benefícios físicos de observar regularmente jejum, jejuar e realizar
atividades espirituais adicionais no décimo primeiro dia de cada ciclo do mês lunar confere
grande benefício espiritual. De todos vratas, Vishnu fica muito satisfeito com a pessoa que
observa ekadasi vrata. Assim qualquer pessoa que nao observa o vrata e come graos nesse
dia dizem que come pecado, pois desobedece a ordem do Senhor e O desagrada.
Deve-se observar o ekadasi tanto das fases de lua crescente (gaura ou sukla paksa) quanto
da minguante (krsna paksa). Deve-se observar o vrata em todas circunstâncias. Todas
pessoas, homens ou mulheres, de todas castas e idades, de oito a oitenta, devem observar o
vrata. Nao é um vrata só para viúvas e sannyasis, nem deve ser observado só uma vez por
mês.
Observância:
Começando pelo dasami estou prestes a observar três dias de austeridade. Por
favor remova todos obstáculos durante esta época, ó Keshava.
No dasami, deve-se comer apenas uma vez, nao tomando sal, comendo somente havisanna,
depois do meio-dia mas antes do crepúsculo; nao se deve tomar artigos ksara; nao se deve
dormir numa cama, nem ter associaçao íntima com a esposa, e deve-se evitar todos tipos de
luxúrias, mel, jogar, óleo no corpo, exercício, alimentos de classe baixa. Deve-se lembrar
do Senhor.
Havisana: arroz branco atapa, feijao mung (ervilha partida), cevada, urad dhal (lentilha
branca), raízes (exceto rabanete), helanca (um tipo de erva) e kala saka (a erva de tempero
Ocimum Sanctum ou entao Corchorus Capsularis), iogurte, ghee e leite integral das vacas,
jaca, manga, tamarindo, banana, amalaki, laranjas, pimenta negra, cominho, haritaki (um
vegetal verde), sal marinho, açúcar (nao guda), artigos nao cozidos em óleo.
Ekadasi:
ó Senhor, no ekadasi vou jejuar e no dia seguinte comerei. Por favor permita
que me renda a Ti.
Upavasa (Jejum):
Upavasa é definido como abandonar todas atividades pecaminosas e viver (vasa) com todas
boas qualidades (upa). No dia de ekadasi, portanto, deve-se deixar todos tipos de bhoga
(desfrute) e se ocupar em serviço para agradar o Senhor. A palavra upavasa significa
particularmente, jejuar de alimento, e especialmente dos graos, nos quais reside o pecado
neste dia de ekadasi.
Seguindo o voto mais estrito, devemos abster-nos de todos alimentos no dia de ekadasi, e
tomar apenas uma refeiçao antes do cair da noite do dia anterior, e a refeiçao antes do cair
da noite no dia seguinte.
Para aqueles incapazes de jejuar da maneira acima, certos artigos poderao ser tomados, que
nao quebram o jejum: água, frutas, raízes, leite, ghee, o que um brahmana desejar, e a
ordem do mestre espiritual. Remédios também podem ser tomados, se a interrupçao do
tratamento causar efeitos deletérios. Se esta lista for limitada demais pode-se tomar
quaisquer alimentos que nao sejam graos, de preferência da lista de alimentos chamados
havisanna.
Alimentos que podem ser tomados no ekadasi em ordem de preferência: ar, panca gavya,
ghee, água, leite, gergelim, frutas, havisanna que nao seja graos.
Em todos casos todos tipos de graos, dhal e legumes devem ser evitados.
Como supostamente se está observando um jejum, se a pessoa tomar alimentos permitidos,
estes devem ser o mais simples possiveis, com um mínimo de condimentos (vide
especiarias listadas em havisanna).
Recomenda-se tomar tal refeiçao uma única vez (eka bhakta) no ekadasi, de noite (nakta
vrata), e tendo sido recebida sem solicitaçao (ayacita vrata).
Deve-se tomar cuidado para só comer artigos anukalpa que foram oferecidos ao Senhor, e
evitar aqueles artigos nao-graos que tocaram em graos.
Embora para a deidade no templo se deva oferecer uma refeiçao normal com graos, para a
deidade do lar se poderá oferecer anukalpa.
Entretanto há três dias em que o Senhor Se desagrada se tomarmos até mesmo frutas e
água: sayana, parva parivartana e utthana ekadasis.
Outras Austeridades:
Nao se deve dormir durante o dia, associar-se com pessoas de mente mundana, jogar ou
quebrar qualquer um dos princípios básicos.
Deve-se ficar acordado a noite inteira, adorando a deidade, realizando serviços especiais
para a deidade, cantando, dançando, realizando japa e lendo a escritura.
Deve-se quebrar o jejum após o alvorecer do dvadasi, depois do primeiro quarto de dvadasi
tithi ter passado, porém antes que o dvadasi tithi tenha terminado.
ó Kesava, compraz-Te com este vrata realizado por alguém caído nos modos da
escuridao. ó Senhor, lança Teu olhar de conhecimento sobre mim.
Deve-se seguir regras similares como no dasami.
Nao se deve banhar a deidade no dia de dvadasi, mas banhar o Senhor em ghee à noite.
Mahadvadasi:
As vezes, devido à maneira como o ekadasi tithi e o dvadasi tithi se posicionam em relaçao
ao alvorecer (há seis casos diferentes), o vrata é observado no dvadasi e o jejum se quebra
no dia seguinte, o trayodasi. Tal dia de jejum se chama mahadvadasi, para distinguí-lo de
um dvadasi comum, que seria o dia para quebrar o jejum de ekadasi.
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