Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
r·Esboço de Ato~
1. Pedro e o evangelho aos judeus em Jerusalém, Judéia e 5. A igreja em Antioquia da Síria (11.19-30)
Samaria (1.1-12.24) 6. A perseguição de Herodes Agripa 1à Igreja
A. Instruções de Jesus e a espera pelo Espírito (cap. 1) e a sua morte (12.1-24)
B. A fundação da igreja em Jerusalém (caps. 2-7) li. Paulo e o evangelho aos gentios (12.25--28.31)
1. O derramamento do Espírito Santo e o primeiro A. Paulo expande o evangelho até a Ásia Menor e à
sermão de Pedro (2.1-41) Europa (12.25-21.16)
2. A comunhão dos crentes (2.42-47) 1. A primeira viagem missionária de Paulo - Chipre
3. A cura do mendigo e o segundo sermão de Pedro e Ásia Menor (12.25-14.28)
(cap. 3) 2. O Concílio de Jerusalém (15.1-35)
4. A perseguição pelo Sinédrio (4.1-31) 3. A segunda viagem missionária de Paulo
5. A igreja: comunidade e disciplina (4.32-5.11) - o retorno à Ásia Menor e à Europa
6. Mais perseguição pelo Sinédrio (5.12-42) (15.36-18.22)
7, A escolha dos sete (6.1-7) 4. A terceira viagem missionária de Paulo
8. Perseguição e morte de Estêvão (6.8-7.60) - o fortalecimento das igrejas da Ásia Menor,
C. Espalhado pela perseguição, o evangelho se propaga Macedônia e Grécia (18.23-21.16)
pela Judéia, Samaria e adiante (8.1-12.24) B. Paulo leva o evangelho a Roma (21.17-28.31)
1. Filipe prega em Samaria e ao eunuco etíope (cap. 8) 1. A prisão de Paulo, o seu julgamento e
2. A conversão de Saulo (9.1-31) encarceramento na Palestina (21.17-26.32)
3. Oministério de Pedro em Lida e Jope (9.32-43) 2. A viagem a Roma (27 .1-28.16)
4. Oministério de Pedro em Cesaréia: o Espírito Santo 3. Os dois anos do ministério de Paulo em Roma
é derramado sobre os gentios (10.1-11.18) (28.17-31)
•1. 1 o primeiro livro. OEvangelho de Lucas, conforme mostrado pela referên- derramamento prometido do Espírito Santo que ocorreu no Pentecostes. no qüin-
cia a Teófilo llc 13) quagésimo dia após a Páscoa.
todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar. Um resumo ade- •1.4 comendo com eles. Jesus freqüentemente comungava com seus amigos
quado do que Lucas registra no Evangelho. e discípulos em torno de uma refeição: na alimentaçáo dos cinco mil ILc 9.16),
•1.2 mandamentos por intermédio do Espírito Santo. Depois da ressurrei- com publicanos e pecadores (Me 2.15-16; Lc 5.29). na casa do fariseu (lc 7.37),
ção, Jesus comunicou a seus apóstolos a realidade de sua ressurreição (Jo na última ceia (Mt 26.21,26) e depois da ressurreição llc 24.42; Jo 21.9-15\
20.21). a verdade de seu chamado como Messias (Lc 2444-49). a bênção do esperassem a promessa do Pai. OEspírito Santo era dom do Pai e dom de Je-
Espírito Santo (Jo 20.22-23) e a realidade do seu corpo físico ressurreto (Lc sus, o Filho (Jo 14.1,26; 15.26).
24.37-43)
•1.5 João, na verdade, batizou com água. João Batista batizou grandes mul-
que escolhera. A referência à escolha original que Jesus fez de seus apóstolos
tidões de pessoas (Mt 3.5-6, 13-15; Me 1.5,9; Lc 3.7-16,21 ). O batismo de arre-
(Lc 6.12-16). um dos quais (Judas) Jesus sabia que se tornaria um traidor.
pendimento de João nas águas !Me 1.4) prenunciava o batismo messiânico com
elevado. Lc 24.50-52 localiza a ascensão perto de Betânia, no lado leste do Jar- o Espírito Santo e com fogo llc 3.16). Ver "O Batismo de Jesus'', em Me 1.9.
dim das Oliveiras, a leste de Jerusalém.
não muito depois destes dias. Uns poucos dias se passariam antes do Pente-
•1.3 se apresentou ... muitas provas incontestáveis. As aparições de Cristo
costes.
após a ressurreição (Mt 28; Me 16; Lc 24; Jo 20; 21. 1Co155-7) foram importan-
tes como uma confirmação inabalável da pessoa e da obra sobrenaturais de Cris- •1.6 será este o tempo em que restaures o reino a Israel. Na base daquilo
to. Era importante que a ressurreição de Jesus fosse vista pelos discípulos (v. 22). que Jesus disse em Mt 19.28, os discípulos pensavam que ele poderia expulsar
quarenta dias. O tempo desde a ressurreição até a ascensão. Depois que Je- os romanos e restaurar o reino físico a Israel.
sus subiu ao céu, os discípulos ficaram dez dias em Jerusalém esperando pelo •1.7 Não vos compete conhecer tempos ou épocas. Os anos ou datas es-
1271 ATOS 1
1
que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; 8 mas rece- A escolha. de Matias
bereis poder, mao descer sobre vós o Espírito Santo, e nsereis 15 Naqueles dias, levantou-se Pedro no meio dos 5 irmãos
minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Ju- (ora, compunha-se a assembléia de umas cento e vinte epes-
déia e ºSamaria e até aos Pconfins da terra. 9 qDitas estas pala- soas) e disse: 16 Irmãos, convinha que se cumprisse a Escritu-
vras, 'foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o ra !que o Espírito Santo proferiu anteriormente por boca de
encobriu dos seus olhos. 10 E, estando eles com os olhos fitos Davi, acerca de Judas, 8que foi o guia daqueles que prende-
no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões 5 vestidos de ram Jesus, 17 porque hele era contado entre nós e teve parte
branco se puseram ao lado deles 11 e lhes disseram: Varões gali- 1neste ministério. 18i(Ora, este homem adquiriu um campo
Jeus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que den- com 1o 6 preço da iniqüidade; e, precipitando-se, rompeu-se
tre vós foi assunto ao céu 1virá do modo como o vistes subir. pelo meio, e todas 7 as suas entranhas se derramaram; 19 e
isto chegou ao conhecimento de todos os habitantes de Jeru-
Os discípulos em]erusalém salém, de maneira que em sua própria língua esse campo era
12 ªEntão, voltaram para Jerusalém, do monte chamado chamado Aceldama, isto é, Campo de Sangue.) 20 Porque
Olival, que dista daquela cidade tanto como a jornada de um está escrito no Livro dos Salmos:
sábado. 13 Quando ali entraram, subiram vpara o cenáculo mFique deserta a sua morada; e não haja quem nela ha-
onde se reuniam xpedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, bite;
Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, 2 Simão, o Zelote, e:
e ªJudas, filho de Tiago. 14 bTodos estes perseveravam 3 unâ- nTome outro o seu 8 encargo.
nimes em 4 oração, com cas mulheres, com Maria, mãe de Je- 21 É necessário, pois, que, dos homens que nos acompa-
sus, e com os dirmãos dele. nharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós,
OS APÓSTOLOS
At 1.26
Ainda que os Evangelhos chamem as mesmas pessoas de "discípulos" e "apóstolos" (Mt 10.1-2; Lc 6.13), os termos não
são sinônimos. "Discípulo" significa "aluno", "aquele que aprende"; "apóstolo" significa "emissário", "representante", alguém
enviado com a autoridade daquele que o enviou. Os doze apóstolos (Ap 21.14), como distintos dos apóstolos ("mensageiros")
das igrejas (2Co 8.23 e a nota sobre o texto) e do resto dos discípulos, foram escolhidos e enviados por Jesus (Me 3.14), exa-
tamente como o próprio Jesus, "o Apóstolo ... da nossa confissão" (Hb 3.1 ), foi preordenado e enviado pelo Pai l1Pe 1.20).
Assim como rejeitar Jesus é rejeitar o Pai, também rejeitar os apóstolos é rejeitar Jesus (Lc 10.16).
Paulo, o "apóstolo dos gentios" (Rm 11.13; GI 2.8), declara-se como um apóstolo nas palavras de abertura da maioria de
suas cartas. Pelo fato de ter visto Cristo no caminho de Damasco e ter sido comissionado por ele (At 26.16-18), ele foi tão ver-
dadeiramente uma testemunha da ressurreição de Jesus (que um apóstolo tinha de ser, At 1.21-22; 10.41-42), como foram
todos os outros. Tiago, Pedro e João aceitaram Paulo no colégio apostólico (GI 2.9), e Deus confirmou sua condição de após-
tolo pelos sinais de um apóstolo (milagres e sinais, 2Co 12.12; Hb 2.3-4) e pelos frutos do seu ministério (1 Co 9.2).
Os apóstolos foram agentes de Deus na revelação das verdades que se tornariam a regra de fé e de vida cristãs. Como tais
e através da escolha deles feita por Cristo como seus representantes autorizados (2Co 10.8; 13.1 O), os apóstolos exerceram
uma autoridade peculiar na Igreja. Não há apóstolos hoje, ainda que alguns cristãos realizem ministérios que, de modo parti-
cular, são apostólicos em estilo. Nenhuma nova revelação canônica está sendo dada; a autoridade do ensino apostólico resi-
de nas Escrituras canônicas. A ausência de nova revelação não coloca a Igreja contemporânea em desvantagem quando
comparada com a Igreja dos dias dos apóstolos, porque o Espírito Santo interpreta e aplica as Escrituras ao povo de Deus con-
tinuamente.
- 1
22 começando no batismo de João, até ao dia em que dentre som, como de um vento impetuoso, e cencheu toda a casa
nós ºfoi levado às alturas, um destes se Ptorne testemunha onde estavam assentados. J E apareceram, distribuídas entre
conosco da sua ressurreição. 23 Então, propuseram dois: José, eles, 2 1ínguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um
chamado qBarsabás, cognominado Justo, e Matias. 24 E, deles. 4 dTodos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram
orando, disseram: Tu, Senhor, rque conheces o coração de e a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia
todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido 25 5 para pre- que falassem.
encher a vaga neste ministério e apostolado, do qual Judas se
transviou, indo para o seu próprio lugar. 26 E os lançaram em O dom de línguas
sortes, vindo a sorte recair sobre Matias, sendo-lhe, então, vo- s Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, /homens
tado lugar com os onze apóstolos. piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. 6 Quan-
do, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a gmultidão, que se
A descida do Espírito Santo possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar
Ao cumprir-se ªo dia de Pentecostes, bestavam todos na sua própria língua. 7Estavam, pois, atônitos e se admira-
2 1 reunidos no mesmo lugar; 2 de repente, veio do céu um vam, dizendo: Vede! Não são, porventura, hgalileus todos es-
6 ;~;t19PAt18;232
ª
;3;At~~22 24T1Sm16.7 2ss;;~
CAPÍTULO 2 1 Lv 23.15 b At 1.14 I Cf NU; TR e M com o mesmo propósito, de forma unânime 2 eAt 431 3 2Qu línguas repartidas,
como de fogo, asquaispousaramsobrecada um deles 4 dAt 1.5 eMc 16.17 5 /Lc 2.25; At 8 2 6 gAt4.32 7 hMt 2673; At 1.11
•1.23 propuseram dois. Parece que José e Matias foram escolhidos dentre um •2.2 um som ... de um vento impetuoso. Três sinais !vento, fogo e pregação
número maior de testemunhas Ide acordo com o v. 15, cerca de 120 pessoas es- inspirada) da presença de Deus foram testemunhados IÊx 3.2; 13.21; 2417;
tavam presentes). Nenhum deles é mencionado em nenhum outro lugar das 40.38; 1Rs 19.11-13). Vento é um símbolo da presença do Espírito Santo iEz
Escrituras. 37.9, 13; Jo 38). enquanto o fogo é um símbolo de seu poder purificador e julga-
•1.24 Tu ... tens escolhido_ Pedro e os discípulos reconheciam que sua respon- dor (Mt 3.11-12). As línguas eram vários idiomas falados em todas as partes da
sabilidade e escolha humana de um homem para suceder a Judas ocorriam den- região mediterrânea oriental, de Roma à Pérsia.
tro dos limites da soberana vontade de Deus. •2.4 Todos. Todos os 12011.15) Ver JJ 2.28, que fala do Espírito de Deus derra-
•1.26 os lançaram em sortes. Sortes são mencionadas no Antigo Testamento mado "sobre toda a carne"
como uma maneira de averiguar a vontade de Deus IÊx 28.30, nota). cheios do Espírito Santo. Eles estavam sob a direção e influência especiais do
apóstolos. Ver nota teológica "Os Apóstolos" Espírito, particularmente evidenciados pelo seu falar em línguas conhecidas !"ou-
•2.1 dia de Pentecostes. Lit, o "Oúinquagésimo Ora" depois do sábado da sema- tras línguas") que não haviam previamente aprendido !ver 10.46; 19.6) Paulo dis-
na da Páscoa llv 23.4-7, 15-16) OPentecostes era celebrado no primeiro dia da se- cute o dom espiritual de línguas em 1Co 12-14. A vinda do Espírito é o
mana e era uma das três grandes festas anuais de Israel, precedida pela Páscoa llv cumprimento da promessa de Jesus relatada em 1.5,8 e Lc 24.49, mas isto não
23.4-8; Nm 28.16-25) e seguida, quatro meses mais tarde, pela Festa dos Taberná- quer dizer que o Espírito Santo não estivesse presente e atuando com o povo de
culos (Lv 23.33-43; Nm 29. JZ-38; cf. Jo 7.1-44) OPentecostes é também chama- Deus no Antigo Testamento !"Espírito Santo" aparece em SI 51.11; Is 63.10-11;
do de "Festa das Semanas" porque era celebrado sete semanas depois da Páscoa "Espirita do SENHOR", em Jz 310; 1Sm 10.6; Is 11 2). Ver "O Espírito Santo", em
IDt 16.1 O); de "festa da Colheita", porque os primeiros frutos da colheita eram en- Jo 14.26.
tão juntados (Êx 23.16); e de "o dia das primícias" iNm 28.26). o Espírito lhes concedia que falassem. Em toda a vida cristã, nada é realizado
estavam todos reunidos. Todos os apóstolos 11.16) estavam lá, e provavel- à parte de Deus IEf 2.1 O; Fp 2.12-13).
mente muitos dos 120 antes mencionados 11.15). •2.5 judeus, homens piedosos. Ver 8.2; 22.12; Lc 2.25. Provavelmente a maior
no mesmo lugar. Uma expressão idiomática que significa "juntos". parte destes estivesse visitando Jerusalém para o Pentecostes.
1273 ÃTOS2
ses que aí estão falando? 8 E como os ouvimos falar, cada um 16 Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta
3 em nossa própria língua materna? 9 Somos partos, medos, Joel:
elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, iCapadócia, 17 1E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, mque
Ponto e Ásia, 10 da Frígia, da Panfi1ia, do Egito e das regiões derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos fi-
da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui resi- lhos e nvossas filhas profetizarão, vossos jovens terão vi-
dem, 11 tanto judeus como prosélitos, cretenses e 4 arábios. sões, e sonharão vossos velhos;
Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grande- 18 até sobre os meus servos e sobre as minhas servas der-
zas de Deus? 12 Todos, atônitos e perplexos, interpelavam ramarei do meu Espírito naqueles dias, ºe profetizarão.
uns aos outros: Que quer isto dizer? 13 Outros, porém, zom- 19 PMostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo
bando, diziam: Estão embriagados! na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça.
20 qO sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, an-
O discurso de Pedro tes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor.
14 Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a 21 E acontecerá que rtodo aquele que invocar o nome do
voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habi- Senhor será salvo.
tantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas 22 Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazare-
minhas palavras. 15 Estes homens não estão embriagados, no, varão aprovado por Deus diante de vós 5 com milagres, pro·
como vindes pensando, isendo esta a 5 terceira hora do dia. dígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio
Mar Negro
\G\I'
~~ ~ CAPADÓCIA
As nações
do Pentecostes
No século 1da era cristã,
havia comunidades judaicas
especialmente na parte leste
do Império Romano, onde o
grego era o idioma comum.
Mar Mediterrâneo Mas também havia comunida-
des de oeste a leste, desde a
Itália até a Babilônia. Além dos
povos aqui mencionados. a
presença no dia de Pentecos-
tes (At 2.9-11) inclui visitantes
,,_1>-P..~'"' da Mesopotâmia e de regiões
mais distantes do Oriente. da n
'----------------------~-~~----~ Pártia, Média e Elão (atual Irã).
ATOS2 1274
dele entre vós, como vós mesmos sabeis; 23 1sendo este entre- 28 Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, encher-
gue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, uvós 6 o me-ás de alegria na tua presença.
matastes, crucificando-o por mãos de iníquos; 24 vao qual, po- 29 Irmãos, seja-me permitido dizer-vos claramente a respei-
rém, Deus ressuscitou, 7 rompendo 8 os grilhões da morte; por- to ªdo patriarca Davi que ele morreu e foi sepultado, e o seu tú-
quanto não era possível fosse ele retido por ela. 25 Porque a mulo permanece entre nós até hoje. 30 Sendo, pois, profeta b e
respeito dele diz Davi: sabendo que Deus lhe havia jurado que um 9 dos seus descen-
xoiante de mim via sempre o Senhor, porque está à mi- dentes se assentaria no seu trono, 31 prevendo isto, referiu-se à
nha direita, para que eu não seja abalado. ressurreição de Cristo, e que nem foi deixado na morte, nem o
26 Por isso, se alegrou o meu coração, e a minha língua seu corpo experimentou corrupção. 32 d A este Jesus Deus res-
exultou; além disto, também a minha própria carne re- suscitou, edo que todos nós somos testemunhas. 33fE.xaltado,
pousará em esperança, pois, gà / destra de Deus, htendo recebido do Pai a promessa do
27 porque não deixarás a minha alma na morte, nem per- Espírito Santo, ;derramou isto que vedes e ouvis. 34 Porque
mitirás que o teu Santo veja 2 corrupção. Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara:
31 cs116.10 32 d At 2.24 e At 1.8; 315 33/[At 5.31] g [Hb 10 12] h [Jo 14 26] i At 21-11,17; 10.45 I Ou pela
•2.23 pelo determinado desígnio e presciência de Deus. Embora por sua crucificando-o. Lucas novamente enfatiza como Jesus morreu llc 24.39).
própria vontade homens ímpios, tanto judeus como gentios 14.27-28), tivessem le- Arqueólogos descobriram na Palestina os ossos do calcanhar perfurados de uma
vado Jesus à morte, suas ações estavam dentro da soberana determinação de Deus vítima de crucificação, do século 1a.e.
lcf. 17.26; 2Cr 25.16; Jr 21.10; Dn 1136) Deus ordenou a morte de seu Filho, mas
•2.25 diz Davi. No SI 16, Davi está em primeiro lugar falando de sua própria ex-
os executores imediatos levam a culpa por crucificarem Jesus 13.17-18; 4.27-28;
periência e sofrimento humano, mas nos versos citados aqui ele está, em última
13.27). Deus ordena tanto os meios quanto os fins dos acontecimentos humanos
análise, falando sobre Jesus lv. 25), o Santo de Deus, cujo corpo não viu corrup-
sem violar a liberdade e a responsabilidade humanas. Os judeus não puderam pas-
ção (v 27)
sar sua culpa aos romanos; eles tinham pedido aos romanos para crucificarem Je-
sus. Pedro ensina que os Judeus eram responsáveis 1315; 4.1 O; 5.30; 10.39). •2.33 Exaltado... à destra de Deus. D plano de Deus foi além da ressurreição
No Antigo Testamento
• A origem de habilidades sobrenaturais (Gn 41.38)
• O doador de talentos artísticos (Êx 31.2-5)
• A fonte de poder e força (Jz 3.9-1 O)
• A inspiração da profecia (1 Sm 19.20,23)
• O que equipa mensageiros de Deus (Mq 3.8)
Na Salvação
• Regenera o crente (Tt 3.5)
• Habita no crente (Rm 8. 9-11)
•Santifica o crente (2Ts 2.13)
No Novo Testamento
• Declara as verdades sobre Cristo (Jo 16.13-14)
• Reveste do poder necessário à proclamação do evangelho (At 1.8)
• Derrama o amor de Deus nos corações (Rm 5.5)
• Intercede (Rm 8.26)
• Concede os dons para o ministério (1 Co 12.4-11)
• Possibilita os frutos necessários a uma vida santa (GI 5.22-23)
• Fortalece o ser interior (Ef 3.16)
Na Palavra Escrita
• Inspirou as Sagradas Escrituras (2Tm 3.16; 2Pe 1-21)
1275 ATOS 2, 3
!Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha di- juntos e rtinham tudo em comum. 45 6Vendiam as suas propri-
reita, edades e bens, 5 distribuindo 7 o produto entre todos, à medida
35 até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus que alguém tinha necessidade. 4ó 1Diariamente perseveravam
pés. unânimes "no templo, vpartiam pão de casa em casa e toma-
36 Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de vam as suas refeições com alegria e singeleza de coração,
que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e 47 louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o
Cristo. povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes 8 xo Senhor, dia a dia,
os que iam sendo salvos.
Três mil batizados
37 Ouvindo eles estas coisas, 'compungiu-se-lhes o cora- A cura de um coxo
ção e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que fare- Pedro e João subiam templo para a oração hora
mos, irmãos? 38 Respondeu-lhes Pedro: m Arrependei-vos, e
cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para
3 ªao
nona. Era levado cum homem, coxo de nascença, o
2
qual punham diariamente porta do templo chamada Formo-
à
bda
2 remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito sa, d para pedir esmola aos que entravam. 3 Vendo ele a Pedro
Santo. 39 Pois para vós outros é a promessa, npara vossos fi- e João, que iam entrar no templo, implorava que lhe dessem
lhos e ºpara todos os que ainda estão longe, isto é, para quan- uma esmola. 4 Pedro, fitando·o, juntamente com João, disse:
tos o Senhor, nosso Deus, chamar. 40 Com muitas outras Olha para nós. s Ele os olhava atentamente, esperando rece-
palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo: Salvai-vos ber alguma coisa. 6 Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem
desta geração 3 perversa. 41 Então, os que lhe aceitaram 4 a pa- prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: •em nome de
lavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de Jesus Cristo, o Nazareno, anda! 7 E, tomando-o pela mão
quase três mil pessoas. direita, o levantou; imediatamente, os seus pés e tornozelos
se firmaram; Bfde um salto se pôs em pé, passou a andar e
Como l/il/iam os convertidos entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus.
42 PE perseveravam 5 na doutrina dos apóstolos e naco- 9 8Viu-o todo o povo a andar e a louvar a Deus, 10 e reconhe-
munhão, no partir do pão e nas orações. 43 Em cada alma ha- ceram ser ele o mesmo que esmolava, nassentado à Porta For-
via temor; e qmuitos prodígios e sinais eram feitos por mosa do templo; e se encheram de admiração e assombro por
intermédio dos apóstolos. 44 Todos os que creram estavam isso que lhe acontecera.
• °
34 /SI 68.18; 110.1 37 ILc 3.10,12,14 38 m Lc 2447 2 perdão 39 n JI 2.28,32 Ef 2.13 40 3 pervertida 41 4Cf. NU; TR e M
acrescentam alegremente; NU omite 42PAt1.14 5no ensino 43 q At 2.22 44 rAt 4.32,34,37; 5.2 45 s1s 58.7 ó Venderiam ?repartindo
46 t At 1.14 u Lc 24.53 v At 242; 20.7 47 x At 5.14 8 Cf. NU; TR e M à igreja, NU omite
CAPÍTULO 3 ta At 246 b SI 55.17 2 e At 14.8 d Jo 9.8 6 e At 4.10 8/ls 35.6 9 g At 4.16,21 10 h Jo 9.8
de seu Filho, que deve ser exaltado à posição que ele ocupava com o Pai desde a 2.11-13). Aqui novamente está a mensagem de Atos - o evangelho é para ju-
eternidade IJo 17.5). deus e gentios. Ver "O Batismo Infantil", em Gn 17.11.
tendo recebido do Pai ... Espírito Santo, derramou. A doutrina da Trindade quantos o Senhor, nosso Deus, chamar. A salvação é baseada na escolha e
está implícita: Pedro mostrou como o Pai (vs. 32-33) operava na vida, morte, res- no chamado de Deus IJo 6.37; Ef 14-5).
surreição e exaltação de Jesus, seu Filho, e o Espírito Santo produzia o milagre de •2.42 na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas
fazer com que seus servos falassem em línguas. orações. Este é o resumo dos elementos essenciais necessários no discipulado
•2.36 Nesta declaração culminante, Pedro não somente realça que Jesus é o cristão. Eram elementos que os apóstolos haviam aprendido de sua experiência
Messias de Deus do Antigo Testamento 13.18,20; 4.26; 542; Is 11.1; Lc 4.18-21), com Jesus: seu ensinamento a respeito de sua pessoa e obra (Mt 16.18-19; Lc
mas também que ele é o Senhor exaltado IRm 10.9; Fp 2.9-11) e o Rei vitorioso 2446) e sobre a responsabilidade deles como seus seguidores IMt 5-7}, a co-
11Co 15.24-25; Ap 19.16). munhão de Cristo com seus discípulos (Jo 13), a Ceia do Senhor - o partir do
•2.38 Arrependei-vos, e... seja batizado. O arrependimento !voltar-se para pão (Mt 26.17-30) - e sua vida de oração pelos discípulos e com eles (Mt
Deus com tristeza pelo pecado) e o batismo eram partes importantes da mensa- 6.5-13; Lc 11.1-13; Jo 171
gem de João Batista IMt 3.1; Me 14) e de Jesus IMt 4.17; 11.20; Lc 13.3,5) e •2.44 Todos os que creram estavam juntos. Isto demonstra a unidade do
eram centrais na pregação e no ensino da igreja (Mt 28.18- 19). Ver "O Batismo", Espírito, que Paulo mais tarde advoga iEf 4.3).
em Rm 6.3.
•2.45 Vendiam as suas propriedades. Unificados no Espírito, os crentes esta-
em nome de Jesus Cristo. Um resumo de Mt 28.18-19 (batismo em nome do vam sintonizados com as necessidades físicas dos outros, e voluntariamente
Pai, Filho e Espírito Santo}, mencionando aqui somente o nome de Jesus, uma vez 14.34; 54) contribuíam para suprir aquelas necessidades 14.32, "tudo, porém,
que o sermão de Pedro tinha a ver com Jesus e seu ministério. lhes era comum").
para remissão dos ... pecados. Obatismo é um sinal e um selo da limpeza es- •2.46 partiam pão de casa em case. Isto se refere às refeições diárias co-
piritual que o Espírito efetua através do perdão dos pecados ITt 3.5). muns, compartilhadas nos lares.
o dom do Espírito Santo. O dom da habitação interior da pessoa do Espírito
•2,47 acrescentava-lhes o Senhor. A igreja pertence ao Senhor e ele é aquele
Santo, assim como o dom do perdão iEf 1. 7) e da capacitação para o ministério. É
que soberanamente constrói sua igreja (Mt 16.18; 1Co3.9).
significativo que Pedro não fale aqui sobre o recebimento do dom de línguas. Os
dons do perdão e da habitação interior do Espírito Santo são essenciais para pro- •3.1 ao templo, Os átrios do templo e, particularmente, a porta chamada "For-
duzir o fruto do Espírito na vida dos crentes IGI 5.22-23) e para exercer os dons mosa" (v. 2). Esta porta pode ter sido a "Porta de Nicanor", feita de bronze de Co-
que o Espírito escolhe dar em diferentes tempos a diferentes crentes (1 Co rinto. Sua localização exata é incerta.
124-11). •3.3 iam entrar no templo. Como judeus, Pedro e João podiam andar através
•2.39 Pedro proclama que a salvação através do Messias de Deus é prometida do átrio das mulheres até o átrio de Israel, mas os não-judeus estariam restritos
aos judeus, a seus filhos e a todos que ainda estão longe listo é, os gentios, Ef ao átrio dos gentios.
ATOS 3, 4 1276
O discurso de Pedro no templo profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto
11 Apegando-se ele a Pedro e a João, todo o povo correu atô- vos disser.
nito para junto deles no pórtico 'chamado de Salomão. 12 À 23 Acontecerá que toda alma que não ouvir a esse profeta
vista disto, Pedro se dirigiu ao povo, dizendo: Israelitas, por será exterminada do meio do povo.
que vos maravilhais disto ou por que fitais os olhos em nós 24 E e todos os profetas, a começar com Samuel, assim
como se pelo nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos fei- como todos quantos depois falaram, também 4 anunciaram
to andar? 13 iQ Deus de Abraão, de !saque e de Jacó, o Deus de estes dias. 25 fV ós sois os filhos dos profetas e da aliança que
nossos pais, 1glorificou a seu Servo Jesus, a quem vós 111 traístes Deus estabeleceu com vossos pais, dizendo a Abraão:
e nnegastes perante Pilatos, quando este havia decidido soltá- gNa tua descendência, serão abençoadas todas as nações
lo. 14 Vós, porém, negastes ºo Santo Pe o Justo e qpedistes que da terra.
vos concedessem um homicida. 15 Dessarte, matastes o /Au- 26 Tendo Deus ressuscitado o seu Servo, enviou-o hprimei-
tor da vida, 'a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, 5 do ramente a vós outros para vos abençoar, 1no sentido de que
que nós somos testemunhas. 16 1Pela fé em o nome de Jesus, é cada um se aparte das suas perversidades.
que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora ve-
des e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a Pedro e João presos
este saúde perfeita na presença de todos vós. 17 E agora, ir- Falavam eles ainda ao povo quando sobrevieram os sa-
mãos, eu sei que o "fizestes por ignorância, como também as
vossas autoridades; 18 mas Deus, assim, cumpriu vo que dan-
4 cerdotes, o capitão do templo e os ªsaduceus, ressenti-
dos por ensinarem eles o povo e anunciarem, em Jesus, a
2
tes anunciara xpor boca de todos os profetas: que o seu Cristo ressurreição dentre os mortos; 3 e os prenderam, recolhen-
havia de padecer. 19 z Arrependei-vos, pois, e convertei-vos do-os ao cárcere até ao dia seguinte, pois já era tarde. 4 Mui-
para serem cancelados os vossos pecados, 20 a fim de que, da tos, porém, dos que ouviram a palavra a aceitaram, subindo o
presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie número de homens a quase cinco mil.
ele 2 o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, 21 ªao qual é ne-
cessário que o céu receba até aos tempos da brestauração de to- Pedro e João perante o Sinédrio
das as coisas, cde que Deus falou por boca dos seus santos s No dia seguinte, reuniram-se em Jerusalém as autorida-
profetas 3 desde a antiguidade. 22 Disse, na verdade, Moisés: des, os anciãos e os escribas 6 com o sumo sacerdote b Anás,
dQ Senhor Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da linhagem do
e~;0:i;;-o;; 13iJo~i l;o 7;;; 1;-23~3; TnMt2~2 ,;-Mt2~ 2~ o;;c1;~t7~2 ~Jo ~4;- 1~ TAt22~ SAt2~;1o;;
;:;
Príncipe, Chefe, lit. aquele que inicia (torna a frente) ou que causa (dá origem) 16 t Mt 9.22 17 u Lc 23.34 18 v At 26.22 x 1Pe 1.1 O
19 z [At 2.38; 26 20] 20 2TR Jesus Cristo, que 21 a At 1.11 b Mt 17.11 e Lc 170 3 Lit. desde os séculos ou tempos antigos 22 dDt
18.15,18-19 24 ele 24.25 4Cf. NU e M; TRpredisseram 25 /[Rm 94,8] gGn 12.3; 1818; 22.18; 264; 28.14 26 h [Rm 1.16; 2 9] iMt
1.21
CAPÍTULO 4 1 a Mt 22.23 6 b Lc 3.2
•3.11 pórtico chamado de Salomão, Um pórtico construído por Herodes, o dos serviços semanais do templo llc 1.8,23), estavam perto das colunas de Salo-
Grande, ao longo do lado leste da plataforma do templo. Jesus ensinou aqui certa mão e podiam ouvir as declarações de Pedro sobre Jesus, o Messias. Alarmados
ocasião IJo 10.23) com o que era considerado perigoso pregar contra a autoridade judaica, é prová-
•3.13 O Deus de Abraão, de lsaquee deJacó. Oapelo aos patriarcas era im- vel que eles tenham alertado o capitão da guarda do templo. Este capitão era o
portante nos sermões dos servos de Cristo 17.32; 1317). comandante da força policial do templo e um membro de uma das mais impor-
•3.14 negastes o Santo e o Justo, A frase "o Santo", referindo-se a Deus, tantes famílias sacerdotais. Os sacerdotes também alertaram os saduceus, que
aparece várias vezes no Antigo Testamento. A frase "o Santo de Israel" ocorre em tinham posições proeminentes no Sinédrio, o concílio judaico.
Is 1.4; 5.24 lcf Lc 1.35) Isaías também fala de Deus como "o Justo" lls 24.16; cf. •4.2 anunciarem, em Jesus, a ressurreição dentre os mortos. Os sadu-
At 7.52; 22 14) Ao aplicar esta descrição a Jesus, Pedro indica a divindade de ceus estavam aflitos porque os apóstolos estavam ensinando o povo acerca da
Cristo. ressurreição 11 Co 15.12-20). Os saduceus, diferentemente dos fariseus, não
criam na ressurreição do corpo 123.6-8)
•3.18 dantes anunciara por boca de todos os profetas. Ver Lc 24.26-27,
44-47. Pedro poderia também ter citado passagens como Dt 18.15 !citada no v. •4.3 recolhendo-os ao cárcere ... pois já era tarde. Esta atitude era neces-
22); Is 53; SI 2; 16.8-11; 22 lcf. 1Pe 1.10-11) sária porque os sacrifícios do templo haviam sido concluídos e as portas do tem-
plo estavam fechadas; atitudes oficiais teriam que ser tomadas pelo Sinédrio no
•3.19 Arrependei-vos ..• convertei-vos. O sermão de Pedro ilustra os dois la-
dia seguinte.
dos do arrependimento, isto é, desviar-se do pecado com tristeza e voltar-se para
Deus em fé. Ochamado ao arrependimento e à fé é um elemento necessário da •4.4 Apesar da perseguição, a 1gre1a cresceu de três mil no dia de Pentecostes
pregação apostólica 12.38; 17.30; 20.21 ). para cinco mil. A ênfase aqui é nos homens, porque naquele tempo os nomens
teriam se juntado por si próprios para ouvir a mensagem, e as mulheres teriam
cancelados ... pecados. Na ordem do evangelho, arrependimento e fé recebem
estado no átrio das mulheres lcl Jo 6.10) Em Israel, hoje, homens e mulheres fi-
de Deus perdão e remoção de pecados
cam separados na sua adoração no Muro das Lamentações.
•3.20 tempos de refrigério. A frase, como "a restauração de todas as coisas" •4.5 autoridades, os anciãos e os escribas. Estes grupos constituíam o con-
lv. 21) parece se referir à segunda vinda do Messias. selho religioso judaico, o Sinédrio. Lc 22.66 descreve o corpo de principais sacer-
•3.25 dizendo a Abraão: Na tua descendência. Como um clímax, Pedro se dotes e escribas como "a assembléia". Este corpo incluiria o sumo sacerdote,
refere a outro patriarca e profeta, Abraão. através de quem Deus enviou "ades- membros de sua família (v. 6). saduceus e fariseus (Mt 27.62). tais como Nicode-
cendência" de Abraão, o Messias (GI 3.16), para abençoar todos os povos sobre mos !que é chamado de um dos principais dos judeus e "mestre em Israel'', Jo
a terra. Como membros da posteridade de Abraão, todos aqueles que pertencem 3 1, 10) e Gamaliel 15.34; 22.3)
aCristo são chamados também de "descendência de Abraão" IRm 4.16; GI 3.29). •4.6 Os homens listados neste versículo constituíam o que poderia ser chama-
•4.1 os sacerdotes. Diversos sacerdotes, servindo a sua parte determinada do de comitê executivo do conselho. Anás, o sogro de Caifás, que era o sumo
1277 ATOS4
SALVAÇÃO
At 4.12
Otema central do evangelho cristão é a salvação. Oevangelho proclam&'qtJe, assim como Deus salvou Israel cJo Egito e o
salmista da morte (b 15.2; SI 116.6), do mesmo modo salvará do pecado e suas conseqüências a todos os que confiam em
Cristo. Essa salvação do pecado e da morte é obra inteiramente de Deus. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto
não vem de vós; é dom de Deus" (Ef2.8). ''Ao SENHOR pertence a salvação" (Jn 2.9).
As palavras hebraicas que expressam a idéia de salvação, no Antigo Testamento, têm o sentido geral de "livramento" de
perigo físico ou sofrimento moral (SI 85.8-9; Is 62.11 ). Em tais passagens, a Septuaginta (versão grega do Antigo TeStatnento)
emprega palavras gregas que significam salvar da morte ou de perigos, bem como preservar ou curar. Passagens do Novo
Testamento que falam de salvação usam todas essas idéias para explicar os atos de Deus em favor do perdido.
A salvação livra o crente do juízo de Deus, do domínio do pecado e do poder da morte (Rm 1.18; 3.9; 5.21; 1Ts 5.9). Deus li-
vra os pecadores da condição natural de serem dominados pelo mundo, pela carne e pelo diabo (Jo 8.23-24; Rm 8.7-8; 1Jo
5.19). Deus livra os crentes dos temores gerados por uma vida pecaminosa (Rm 8.15; 2Tm 1.7; Hb 2.14-15) e dos hábitos de-
pravados que os escravizavam (Ef 4.17-24; 1Ts 4.3-8; Tt 2.11-3.6). A salvação não traz apenas a promessa de integTidade
espiritual e de paz, mestambém de cura física (Mt 9.21-22; Me 10.52 e a nota do texto; Tg 5.15-16). Não obstante os cristãos
terem já recebido a salvação, eles experimentarão os benefícios na sua plenitude somente quando Cristo voltar, no fim desta
era (Hb 9.28; 1Pe 1.3-5). ·
A salvação é realizada através daquilo que Cristo fez na história epor aquilo que ele continua a fazer nos crentes através do
Espírito Santo. A base de nossa salvação é a morte de Jesus na cruz (ver "A Expiação", em Rm 3.25) e a justiça que ele alcan-
çou para nós em sua obediência ativa. A salvação é realizada em nossa vida quando Cristo vive em nós (40 15.4; 17.26; CI
1.27) e nós vivemos em Cristo, unidos a ele em sua morte e em sua vida ressurreta (Rm 6.3-1 O; CI 2.12,2013.1). Essa união vi-
tal, sustentada pelo Espírito através da fé e realizada em nós pelo novo nascimento, pressupõe nossa eterna eleição em Cristo
(Ef 1.4-6). Jesus foi preordenado para representar-nos e pagar nossos pecados como nosso substituto (1Pe1.18-20; cf. Mt
1.21 ). Fomos escolhidos para sermos eficazmente chamados, conformados à sua imagem e glorificados pelo poder do Espíri-
to (Rm 8.11,29-30).
sumo sacerdote; 7 e, pondo-os perante eles, os argüiram: e com intrepidez de Pedro e João, isabendo que eram homens iletrados
que poder ou em nome de quem fizestes isto? 8 dEntão, Pedro, e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles esta-
cheio do Espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e an- do com Jesus. 14 Vendo icom eles o homem que fora curado,
ciãos, 9 visto que hoje somos interrogados a propósito do berre- nada tinham que dizer em contrário. 15 E, mandando-os sair do
fício feito a um homem enfermo e do modo por que foi curado, Sinédrio, consultavam entre si, 16 dizendo: 10ue faremos com
lOtomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, ede estes homens? Pois, na verdade, é mmanifesto 1 a todos os habi-
que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucifi- tantes de Jerusalém que um sinal notório foi feito por eles, e não
castes, f e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em o podemos negar; 17 mas, para que não haja maior divulgação
seu nome é que este está curado perante vós. 11 Este Jesus é gpe- entre o povo, ameacemo-los para não mais falarem neste nome a
dra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tomou a pedra quem quer que seja. 18 nchamando-os, ordenaram-lhes que ab-
angular. 12 hE não há salvação em nenhum outro; porque abai- solutamente não falassem, nem ensinassem em o nome de Je-
xo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os ho- sus. 19 Mas Pedro e João lhes responderam: ºJulgai se é justo
mens, pelo qual importa que sejamos salvos. 13 Ao verem a diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus;
• ~O P~ 8~2 1 3; ;At 22 15~o 1~,31 21 rMt 21.26; Lc 20.6,19; 22.2; At 5.26 sMt ;~1 tAtJ;:~
23 uAt 2.44-46; 12.12 24 vÊx
20.11 25 x SI 2.1-2 2 TA e M pela boca de teu servo Davi 27 z Lc 22.2; 23 1,8 a !Lc 135] b Jo 1036 28 e At 2.23; 3.18 29 d At
4.13,31; 927; 13.46; 143; 19.8; 26.26 30 eAt 2.43; 5.12 l At 36, 16 g At 4.27 31 h At 2.2,4; 16.26 i At 4.29 32 /Rm 15.5-6 1At 2.44
33 m /At 1 8] n At 1.22 °Rm 6.15 34 PAt 2.45 35 q At 437; 5.2 rAt 2.45; 6.1 37 SAt 434-35; 5.1-2
CAPÍTULO 5 3 ªNm 30.2; Dt 23.21; Ec 5.4 bMt 4.10; Lc 223; Jo 13.2,27
•4.24 levantaram a voz a Deus. Esta atividade era um resultado natural do Testamento grego) para traduzir o nome divino Javé. Éusada no Novo Testamen-
treinamento dos apóstolos com Jesus e dos hábitos que eles haviam formado to para referir-se tanto a Deus como a Jesus especificamente 1236; 731)
(2.42). •4.32-35 Por serem os crentes de "um coração" (v. 32), eles estavam conscientes
Tu, Soberano Senhor. Um termo usado para expressar o total poder criativo e dos necessitados na igreja e, conseqüentemente, ajudavam vendendo terras e do-
controle do Senhor sobre sua criação física e sobre os negócios da humanidade ando o valor para os apóstolos, visando aquelas necessidades. Este ato cristão de
(cf. vs 25.26; Jr 1O12). contribuir era proporcional à real necessidade. Era voluntário, não obrigatório (5.4).
•4.25 por boca de Davi... teu servo. Um resumo sucinto de inspiração verbal. •4.33 da ressurreição do Senhor Jesus. A comprovação suprema da salva-
Os autores das Escrituras falaram e escreveram sob a direção do Espírito (2Pe ção completada em Jesus Cristo foi sua ressurreição dentre os mortos. Os
121) apóstolos, como testemunhas principais, tiveram que testificar sobre esse
•4.27 Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel. Os crentes acontecimento redentor (1.22).
entenderam corretamente que tanto judeus como gentios eram responsáveis graça. Graça em testemunhar e viver.
pela crucificação de Jesus. Estes eram Herodes Antipas, que era o filho de Hero- •4.36 José, a quem ... deram o sobrenome de Barnabé ... levita. No Antigo
des, o Grande, e tetrarca listo é, autoridade subordinada aos romanos) da Galiléia Testamento, os levitas não tinham terra herdada, como as outras tribos, embora
e Peréia (Lc 3.1; 23.6-7) e Pôncio Pilatos, que foi procurador romano (governador) lhes coubessem cidades por sorteio (Js 21 ). Contudo, Já nos tempos do Novo
da Palestina de 26 a 36 d.C. (Lc 3.1; 23.1-24). Os principais sacerdotes e anciãos Testamento, é possível que um levita como José Barnabé tenha possuído terras.
persuadiram o povo a rejeitar Jesus e pedir por Barrabás (Mt 27 20-26). Isto talvez fosse o caso num país fora da Palestina, tal como Chipre. Por outro
•4.28 tua mão e o teu propósito. Uma afirmação clara de que nada, nem mes- lado. a terra possuída pode ter pertencido a sua esposa. A introdução de Barnabé
mo a morte injusta do Filho de Deus, acontece à parte da vontade e do controle aqui coloca fundamentos para referência posterior à significativa influência deste
soberanos de Deus. A certeza do plano de Deus para o mundo é estabelecida pelo destacado crente na vida das igrejas judias e gentias e na vida de Paulo.
seu soberano "propósito" e assegurado pela sua "mão" todo-poderosa. Os pri- •4.37 como tivesse um campo, vendendo-o. Como "filho da exortação" (v.
meiros capítulos de Atos ensinam a compatibilidade entre a soberania divina e a 36), Barnabé apresentou urn bom exemplo de um cristão que contribuía para as ne-
responsabilidade humana Embora os assassinos de Jesus tenham agido de acor- cessidades de outros (em contraste com o exemplo egoísta de Ananias e Safira,
do com o que Deus havia determinado, eles eram agentes moralmente responsá- 5.1-11 ). Barnabé também intercedeu por Paulo (9.27), encorajou a igreja em Antio-
veis e eram considerados como aqueles que deveriam prestar contas (3.15). quia na Síria (1122), liderou um trabalho missionário no exterior (13.2-3) e continuou
•4.29 Esta oração da comunidade crente ilustra a maneira pela qual a igreja devia no trabalho missionário apesar de um desentendimento com Paulo (15.37-39).
ser fortalecida e encorajada pela soberania de Deus. Em face da ameaça de vio- •5.2 reteve parte do preço. Ananias e sua mulher Safira tinham o direito de re-
lência física, a igreja afirmava o controle de Deus sobre a situação !v. 28) e, enco- ter todo o produto da venda de sua terra, uma vez que a terra e o dinheiro eram
rajada por isto, pedia maior ousadia. deles (v. 4). O testemunho de toda a igreja estava em risco por causa dos peca-
Senhor. A palavra grega para Senhor é kyrios, usada na Septuaginta (0 Antigo dos de uns poucos (cf. Lv 10.1-2; Nm 16.23-35; Js 7.19-25; 2Sm 6 1-7)
1
1
1279 ATOS5
teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando que estavam com ele, isto é, a seita dos saduceus, toma-
)làl:te do va\or do campo? 4 Conservando-o, porventura, não ram-se de inveja, 18 Pprenderam os apóstolos e os recolhe-
seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, ram à prisão pública. 19 Mas, de noite, qum anjo do Senhor
assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos ho- abriu as portas do cárcere e, conduzindo-os para fora, lhes
mens, mas a Deus. 5 Ouvindo estas palavras, Ananias 'caiu e disse: 20 Ide e, apresentando-vos no templo, dizei ao povo
expirou, sobrevindo grande temor a todos os ouvintes. 6 Le- rtodas as palavras desta Vida. 21 Tendo ouvido isto, logo ao
vantando-se os moços, d cobriram-lhe o corpo e, levando-o, o romper do dia, entraram no templo e ensinavam.
sepultaram. 7 Quase três horas depois, entrou a mulher de 5
Chegando, porém, o sumo sacerdote e os que com ele
Ananias, não sabendo o que ocorrera. 8 Então, Pedro, dirigin- estavam, convocaram o 1 Sinédrio e todo o senado dos filhos
do-se a ela, perguntou-lhe: Dize-me, vendestes por tanto de Israel e mandaram buscá-los no cárcere. 22 Mas os guar-
aquela terra? Ela respondeu: Sim, por tanto. 9 Tornou-lhe Pe- das, indo, não os acharam no cárcere; e, tendo voltado, rela-
dro: Por que entrastes em acordo epara tentar o Espírito do taram, 23 dizendo: Achamos o cárcere fechado com toda a
Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu mari- segurança e as sentinelas nos seus postos 2 junto às portas;
do, e eles também te levarão. 10/No mesmo instante, caiu ela mas, abrindo-as, a ninguém encontramos dentro. 24 Quan-
aos pés de Pedro e expirou. Entrando os moços, acharam-na do 3 o 1capitão do templo e os principais sacerdotes ouviram
morta e, levando-a, sepultaram-na junto do marido. 11 gE so- estas informações, ficaram perplexos a respeito deles e do
breveio grande temor a toda a igreja e a todos quantos ouvi- que viria a ser isto. 25 Nesse ínterim, alguém chegou e lhes
ram a notícia destes acontecimentos. comunicou: 4 Eis que os homens que recolhestes no cárcere,
estão no templo ensinando o povo. 26 Nisto, indo o capitão e
Os apóstolos fazem muitos milagres os guardas, os trouxeram sem violência, "porque temiam
12 h Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas ser apedrejados pelo povo. 27 Trouxeram-nos, apresentan-
mãos dos apóstolos. ;E costumavam todos reunir-se, de co- do-os ao Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os, 28 di-
mum acordo, no Pórtico de Salomão. 13 iMas, dos restantes, zendo: vExpressamente vos ordenamos que não ensinásseis
ninguém ousava ajuntar-se a eles; 1porém o povo lhes tributava nesse nome; contudo, enchestes Jerusalém de vossa doutri-
grande admiração. 14 E crescia mais e mais a multidão de cren- na; xe quereis lançar sobre nós o zsangue desse homem.
tes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor, 15 a 29 Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: ªAntes,
ponto de levarem os enfermos até pelas ruas e os colocarem so- importa obedecer a Deus do que aos homens. 30 bO Deus
bre leitos e macas, mpara que, ao passar Pedro, ao menos a sua de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes,
sombra se projetasse nalguns deles. 16 Afluía também muita e pendurando-o num madeiro. 31 dOeus, porém, com a sua
gente das cidades vizinhas a Jerusalém, levando "doentes e destra, o exaltou a epríncipe e/Salvador, ga fim de conce-
atormentados de espíritos imundos, e todos eram curados. der a Israel o arrependimento e a remissão de pecados.
32 Ora, hnós somos testemunhas destes fatos, e bem assim
A prisão dos apóstolos o Espírito Santo, ique Deus outorgou aos que lhe obede-
17 ºLevantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos os cem.
JO uoecorridos quarenta anos, apareceu-lhe, no deserto 41 PNaqueles dias, fizeram um bezerro e ofereceram sacriff-
do monte Sinai, um 3 anjo, por entre as chamas de uma sarça cio ao ídolo, q alegrando-se com as obras das suas mãos.
que ardia. Jl Moisés, porém, diante daquela visão, ficou ma- 42 Mas 'Deus se afastou e os entregou ao culto s da milícia ce-
ravilhado e, aproximando-se para observar, ouviu-se a voz do lestial, como está escrito no Livro dos Profetas:
Senhor: J2 vEu sou o Deus dos teus pais, o Deus de Abraão, 1
6 casa de Israel, porventura, me oferecestes vítimas e
de !saque e de Jacó. Moisés, tremendo de medo, não ousava sacriffcios no deserto, pelo espaço de quarenta anos,
contemplá-la. 33 Disse-lhe o Senhor: xJira a sandália dos pés, 43 e, acaso, não levantastes o tabernáculo de Moloque e
porque o lugar em que estás é terra santa. 34 zVi, com efeito, a estrela do deus Renfã, figuras que fizestes para as ado-
o sofrimento do meu povo no Egito, ouvi o seu gemido e des- rar? Por isso, uvos desterrarei para além da Babilônia.
ci para libertá-lo. Vem agora, e eu te ªenviarei ao Egito. 44 O tabernáculo do Testemunho estava entre nossos pais
JS A este Moisés, a quem negaram reconhecer, dizendo: no deserto, como determinara aquele que disse a Moisés
bQuem te constituiu autoridade e juiz? A este enviou Deus vque o fizesse segundo o modelo que tinha visto. 4S xo qual
como chefe e libertador, e com a assistência do anjo que lhe também nossos pais, com Josué, tendo-o recebido, o levaram,
apareceu na sarça. 36 dEste os tirou, efazendo prodígios e si- quando tomaram posse das nações zque Deus expulsou da
nais na terra do Egito, /assim como no mar Vermelho ge no presença deles, até aos ªdias de Davi. 46 bEste achou graça di-
deserto, durante quarenta anos. J7 Foi Moisés quem disse aos ante de Deus e lhe e suplicou a faculdade de prover morada
filhos de Israel: hDeus vos suscitará dentre vossos irmãos um para o Deus deJacó. 47 dMas foi Salomão quem lhe edificou a
profeta semelhante a mim. 4 J8 iÉ este Moisés quem esteve casa. 48 Entretanto, não habita e o Altíssimo em casas feitas
na 5 congregação no deserto, com io anjo que lhe falava no por mãos humanas; como diz o profeta:
monte Sinai e com os nossos pais; 1o qual recebeu mpalavras 49/Q céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus
6 vivas para no-las transmitir. J9 A quem nossos pais nnão qui- pés; que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual é o lu-
seram obedecer; antes, o repeliram e, no seu coração, volta- gar do meu repouso?
ram para o Egito, 40 dizendo a Arão: ºFaze-nos deuses que 50 Não foi, porventura, a minha mão que gfez todas estas
vão adiante de nós; porque, quanto a este Moisés, que nos ti- coisas?
rou da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu. st Homens 7 de hdura cerviz e 1incircuncisos de coração e
• JO u Êx 3.1-10, 3 Cf. NU; TR e Manjo do S~nhor J2,VÊx 3.6, 15 JJ x Êx 3.5.7-8, 10 J4 ZÊx 2.24-25 a SI 105.26 JS b Ê]< 2.14 e Êx
14.21 J6 d Ex 12.41; 33.1 es1105.27 !Ex 14.21 gEx 16.1,35 J7 h Dt 18.15, 18-19 4TR acrescenta a ele ouvireis J8 iEx 19.3 i GI
3.19 iOt 5.27 m Hb 5.12 5Gr.ekk/esia, lit.assembléia ou igreja óda vida J9 ns195.8-11 40 ºÊx 32.1,23 41 PDt 9.16 QÊx 32.6.18-19
42 '[2Ts 2.11] 5 2Rs 21.3 tAm 5.25-27 4J UJr 25.9-12 44 V[Hb 8.5] 45 XJs 3.14; 18.1; 23.9 zs144.2 ª2Sm 6.2-15 46 b2Sm
7.1-13 C1 Cr 22. 7 47 d 1Rs 6.1-38; B.20-21 48 e 1Rs 8.27 49 /Is 66.1-2 50 g SI 102.25 51 h Êx 32.9 i Lv 26.41 ?teimosos
•7 .38 na congregação no deserto. "Congregação" traduz a palavra grega ekk- continha a arca da aliança e as tábuas dos Dez Mandamentos, que eram chama-
lesia !"igreja", ver 5.11, nota). das de "o Testemunho". Mais adiante, representando a presença de Deus e seu
o anjo que lhe falava no monte Sinai. Embora Moisés tenha recebido a lei de poder vivificante, estavam a mesa dos pães consagrados IÊx 37.10-16; Hb 9.2), o
Deus no Monte Sinai IÊx 20.1,21). os anjos tiveram alguma parte na sua institui- candelabro de sete hásteas (Êx 37 .17-23; cf. Jo 8.12; Ap 1.12-18) e o altar de in-
ção (v. 53; Ot 33.2; GI 3.19; Hb 2.2). A respeito do Anjo do Senhor, ver nota em Gn censo (Êx 37.25-29). que simbolizavam as orações do povo de Deus subindo para
16.7 e Jz 2.1. o onipresente Deus !SI 141.2; Ap 8.3-4).
•7.44 O tabernáculo do Testemunho. O tabernáculo do Antigo Testamento •7 .51 Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvi-
1283 ATOS 7, 8
de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como
fizeram vossos pais, também vós o fazeis. 52iQual dos profe-
8 E Saulo consentia na sua morte.
tas vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que anteri- A primeira perseguição à igreja
ormente anunciavam a vinda 1do Justo, do qual vós agora vos Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igre-
tornastes traidores e assassinos, 53 mvós que recebestes a lei ja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, ªforam disper-
por ministério de anjos e não a guardastes. sos pelas regiões da Judéia e Samaria. 2 Alguns homens
piedosos sepultaram Estêvão e bfizeram grande pranto sobre
A morte de Estêvão ele. 3 Saulo, porém, e assolava a igreja, entrando pelas casas;
54 nQuvindo eles isto, enfureciam-se no seu coração e ri- e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere.
lhavam os dentes contra ele. 55 Mas Estêvão, ºcheio do Espí-
rito Santo, fitou os olhos no céu e viu a Pglória de Deus e Filipe prega em Samaria
Jesus, que estava à sua direita, 56 e disse: Eis que 0 vejo os 4 Entrementes, d os que foram dispersos iam por toda parte
céus abertos e o rFilho do Homem, em pé à destra de Deus. pregando a palavra. 5 e Filipe, descendo 1 à cidade de Samaria,
57 Eles, porém, clamando em alta voz, taparam os ouvidos e, anunciava-lhes a Cristo. 6 As multidões atendiam, unânimes,
unânimes, arremeteram contra ele. 58 E, lançando-o fora da às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele
cidade, o apedrejaram. s As testemunhas deixaram suas ves- operava. 7 Pois os !espíritos imundos de muitos possessos
tes aos pés de um jovem chamado Saulo. 59 E apedrejavam saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos fo-
Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, 1recebe o meu ram curados. BE houve grande alegria naquela cidade.
espírito! 60 Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: use-
nhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, ador- Simão, o mágico
meceu. 9 Ora, havia certo homem, chamado Simão, que ali gprati-
CAPÍTULO 8 l a Jo 16.2; At 8.4; 11.19 2 b Gn 23.2 3 e At 7.58; 1Co 15.9; GI 1.13; Fp 3.6; 1Tm 1.13 4 d Mt 10.23 5 e At 6.5;
8.26,30 IOuauma 7/Mc 16.17 9gAt8.11; 13.6
dos. Eles não ouviriam com o coração e não obedeceriam ao Senhor e nem às •8.4 dispersos... pregando a palavra. Através da perseguição, a mensagem
Escrituras que Estêvão havia citado. Estas metáforas são figuras dp Antigo Testa- foi espalhada mais longe e mais rapidamente (11.19). Como disse Tertuliano, "o
mento que significam teimosia e falta de regeneração espiritual (Ex 32.9; 33.3,5; sangue dos cristãos é a semente da igreja"
Dt 9.6; 10.16; 30.6; Jr4.4). •8.9 Simão. Simão, o mago, é freqüentemente mencionado em antigos escritos
•7.52 do Justo. Um título usado para o Senhor Todo-Poderoso (Is 24.16) e para fora da Bíblia como sendo o arquiinimigo da igreja e um dos líderes da heresia
Jesus Cristo (22 14; 1Jo 2.1)
•7 .55 a glória de Deus. Obrilho da presença de Deus (Ap 15.8; 21.11,23)
que estava à sua direita. Normalmente diz-se que Jesus está assentado à di- ................ _
reita de Deus, porque sua obra estava terminada (Rm 8.34; CI 3.1; Hb 10 12),
mas aqui ele está em pé para receber Estêvão ou para defendê-lo. Nesta cena o
Filho do Homem é, ao mesmo tempo, Juiz e Advogado. Ver nota teológica "O Rei-
no Celestial de Jesus"
Mar Mediterrâneo
• 7.56 Eis que vejo ... o filho do Homem. A visão que Estêvão teve do Filho do
Homem no céu deve ter recordado vividamente o Sinédrio que, quando eles per-
guntaram a Jesus, "És tu o Cristo?", ele respondeu "Eu sou, e vereis o Filho do Ho-
mem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu" (Me Mardl .r-···- .. ·
14.61-62). Estêvão viu o mesmo Jesus sentado no céu à mão direita de Deus, Galíléia •·
comprovando a verdade do que ele estava dizendo e condenando o Sinédrio. {Tiberíades -...........
•7 .58 um jovem chamado Saulo. Saulo, mais tarde chamado Paulo, era um fa-
riseu, associado com o Sinédrio (Fp 3.5). Éprovável que ele tenha sido um instiga-
dor do julgamento de Estêvão (8.3; 9 1-2) Neste ponto, Lucas introduz Saulo, a
segunda grande figura deste livro.
Cesaréia • ....._
'
SAMARIA~
.
"-..._
o
~
'\
.. _.-.,.··
• 7.60 não lhes imputes este pecado. Comparar com a declaração de Jesus 7 Samaria
J:::P~~1 ~r
em Lc 23.34.
•8.3 Saulo, porém, assolava a igreja, Overbo grego é enfático, e significa não
somente perseguição, mas um esforço para destruir a igreja.
ATOS8 1284
cava a 2 mágica, hiludindo 3 o povo de Samaria, insinuando Filipe e o eunuco
ser ele grande vulto; to ao qual todos davam ouvidos, do me- 26 Um anjo do Senhor falou a xFilipe, dizendo: Dispõe-te e
nor ao maior, dizendo: Este homem é o poder de Deus, cha- vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a
mado o Grande Poder. 11 Aderiam a ele porque havia muito Gaza; s este se acha deserto. Ele se levantou e foi. 27 Eis que
2 um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etío-
os iludira com 4 mágicas. 12 Quando, porém, deram crédito a
Filipe, que os evangelizava a irespeito do reino de Deus e do pes, o qual era superintendente de todo o seu tesouro, que
nome de Jesus Cristo, iam sendo batizados, assim homens ªviera adorar em Jerusalém, 28 estava de volta e, assentado
como mulheres. 13 O próprio Simão abraçou a fé; e, tendo no seu carro, vinha lendo o profeta Isaías. 29 Então, disse o
sido batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando ex- Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o.
tasiado os sinais e grandes milagres praticados. 30 Correndo Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaías e perguntou:
Compreendes o que vens lendo? 31 Ele respondeu: Como po-
Pedro e joão em Samaria derei entender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe
14Quvindo os iapóstolos, que estavam em Jerusalém, que a subir e a sentar-se junto a ele. 32 Ora, a passagem da Escritu-
Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e ra que estava lendo era esta:
João; 15 os quais, descendo para lá, oraram por eles 1para que bFoi levado como ovelha ao matadouro; e, como um cor-
recebessem o Espírito Santo; 16 porquanto mnão havia ainda deiro mudo perante o seu tosquiador, cassim ele não
descido sobre nenhum deles, "mas somente haviam sido bati- abriu a boca.
zados em ºo nome do Senhor Jesus. 17 Então, lhes Pimpu- 33 Na sua humilhação, lhe negaram djustiça; quem lhe
nham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo. 18 Vendo, poderá descrever a geração? Porque da terra a sua vida é
porém, Simão que, pelo fato de imporem os apóstolos as mãos, e tirada.
era concedido o Espírito [Santo], ofereceu-lhes dinheiro, 19 pro- 34 Então, o eunuco disse a Filipe: Peço-te que me expli-
pondo: Concedei-me também a mim este poder, para que ques a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de al-
aquele sobre quem eu impuser as mãos receba o Espírito San- gum outro? 35 Então, Filipe explicou; le, começando por
to. 20 Pedro, porém, lhe respondeu: O teu dinheiro seja conti- esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus. 36 Seguin-
go para perdição, pois 0 julgaste adquírir, por meio dele, ro dom do eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia
de Deus. 21 Não tens parte nem sorte neste ministério, porque água, disse o eunuco: Eis aqui água; gque impede que seja
o teu scoração não é reto diante de Deus. 22 Arrepende-te, eu batizado? 37 6[Filipe respondeu: É lícito, hse crês de todo
pois, da tua maldade e roga ao Senhor; 1talvez te seja perdoado o coração. E, respondendo ele, disse: iCreio que Jesus Cristo
o intento do coração; 23 pois vejo que estás ªem fel de amargu- é o Filho de Deus.] 38 Então, mandou parar o carro, ambos
ra e laço de iniqüidade. 24 Respondendo, porém, Simão lhes desceram à água, e Filipe batizou o eunuco. 39 Quando saí-
pediu: vRogai vós por mim ao Senhor, para que nada do que ram da água, io Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não o
dissestes sobrevenha a mim. vendo mai~ o eunuco; e este foi seguindo o seu caminho,
~~~~~~~~~~~
hAt 5.36 2feitiçaria (Magia negra) 30u a nação 11 4feitiçaria (Magia negra) 12 iAt 1.3; 8.4 14 i At 5.12,29,40 15 IAt 2.38; 19.2
16 mAt 19.2 n Mt 28.19; At 2.38 o At 10.48; 19.5 17 PAt 6.6; 19.6; Hb 6.2 20 q2Rs 5.16; Is 55.1; Dn 5.17; [Mt 1O8] r[At 2.38; 10.45;
11.17] 21SJr179 22 tDn427; 2Tm2.25 23UHb12.15 24 VGn207,17; Êx8.8;Nm21.7; 1Rs 13.6;Jó42.8;Tg5.16 26XAt
6.5 sou este é um lugar deserto 27 2 SI 68.31; 87.4; Is 56.3; Sf 3.1 Oa 1Rs 8.41-42; Jo 12.20 32 bIs 53.7-8 e Mt 26.62-63; 27.12, 14; Jo
19 9 33 d Lc 23.1-25 e Lc 23.33-46 35/Lc 24.27; At 17.2; 18 28; 28.23 36 g At 10.47; 16.33 37 h Mt 28.19; [Me 16.16; Rm
10.9: 10] i Mt 16.16; Jo 6.69; 9 35,38; 11.27 6 NU e M omitem o v. 37. Éencontrado em textos ocidentais, incluindo-se a tradição latina
39 J 1Rs 18.12; 2Rs 2.16; Ez 3.12, 14; 2Co 12.2 40 1At 21.8 7 Asdode Js 11.22
gnóstica. O gnosticismo (nome que vem da palavra grega gnosis, que significa •8.27 eunuco. A palavra refere-se ou a um oficial emasculado, pertencente à
"conhecimento") ensinava que uma pessoa ganhava a salvação não pelo mérito corte real, ou a um alto oficial do governo. A Etiópia bíblica (ou Cuxe) é a remota
da morte de Jesus pelos pecadores, mas por conhecimento especial a respeito área ao sul do Egito, incluindo partes da moderna Eritréia, Etiópia e Sudão.
de Deus. Justino Mártir (morto cerca de 165 d C ). ele próprio um samaritano, diz Candace. Otítulo da rainha-mãe, que governava em lugar de seu filho. Acredi-
que quase todos os samaritanos consideravam Simão o supremo deus (o "Gran- tava-se que ele era sagrado demais para ser envolvido em negócios seculares.
de Poder", v. 10). lrineu (morto cerca de 180 d.C). que escreveu extensivamente
•8.28 lendo... Isaías. Se o etíope estivesse lendo a passagem sobre a miseri-
sobre os gnósticos, considera Simão como uma das fontes dessas heresias.
córdia do Senhor para com os eunucos (Is 56.3-5; cf. Dt 23.1 ), teria sido natural
Embora o Simão do v. 9 possa ter sido outro Simão, os pais da igreja igualam os
para ele ler também Is 53 (v. 35, nota).
dois, e o contexto de 8.9-11 (seu caráter e a atitude dos samaritanos a respeito
dele) certamente indicam os dois como a mesma pessoa. •8.30 ouviu-o. Nos tempos antigos, as pessoas normalmente liam em voz alta.
•8.35 anunciou-lhe a Jesus. Filipe começou de Is 53 e identificou o servo na
•8.15 recebessem o Espírito Santo. Os crentes samaritanos, até este ponto, passagem como o Servo Sofredor, Jesus. Lucas dá a entender que ele continuou
não haviam recebido a evidência da dinâmica presença interior do Espírito Santo, em outras passagens do Antigo Testamento, para identificar Jesus como o Mes-
embora, como crentes, o Espírito Santo estivesse habitando neles (Rm 8.9). Não sias.
nos é dito qual a evidência que o Espírito concedia.
•8.40 Azoto. Éa Asdode do Antigo Testamento (1Sm 5.1). uma das cinco cida-
•8.22-23 Pelas suas palavras e ações. Simão comprovou que não cria em Cristo. des filistéias, cerca de 32 km ao norte de Gaza e 96 km ao sul de Cesaréia, nacos-
Ele ainda estava em "fel de amargura" (cf. Dt 29.18; Hb 12.15) e "laço de iniqüida- ta. Filipe pregava o evangelho em todas as cidades ao longo da costa, até chegar
de" (ver Rm 6.16; 8.8). Uma profissão de fé sem arrependimento é inválida. a Cesaréia, uma grande cidade que Herodes, o Grande, tinha reconstruído (perto
1285 ATOS9
A conversão de Saulo instrumento escolhido para levar o meu nome perante os
ªSaulo, respirando ainda ameaças e morte contra os dis-
9 cípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote 2 e lhe
pediu bcartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que,
'gentios e mreis, bem como perante os "filhos de Israel;
16 pois ºeu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo
meu Pnome. 17 qEntão, Ananias foi e, entrando na casa,
caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens rimpôs sobre ele as mãos, dizendo: Saulo, irmão, 3 o Senhor
como mulheres, os levasse presos para Jerusalém. 3 e seguin- me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no cami-
do ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamen- nho por onde vinhas, para que recuperes a vista e 5 fiques
te uma luz do céu brilhou ao seu redor, 4 e, caindo por terra, cheio do Espírito Santo. 18 Imediatamente, lhe caíram dos
ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, dpor que me per- olhos como que umas escamas, e tornou a ver. A seguir, le-
segues? 5 Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta vantou-se e foi batizado. 19 E, depois de ter· se alimentado,
foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; / 6 mas levanta-te e sentiu-se fortalecido. 1Então, permaneceu em Damasco al-
entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer. 7 eos guns dias com os discípulos.
seus companheiros de viagem pararam emudecidos, ouvindo
a voz, não vendo, contudo, ninguém. 8 Então, se levantou Sau- Saulo prega em Damasco
lo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E, guiando-o 20 E logo pregava, nas sinagogas, a Jesus, afirmando que
pela mão, levaram-no para Damasco. 9 Esteve três dias sem este é o Filho de Deus. 21 Ora, todos os que o ouviam esta-
ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu. vam atônitos e diziam: "Não é este o que exterminava em Je-
rusalém os que invocavam o nome de Jesus e para aqui veio
A visita de Ananias precisamente com o fim de os levar amarrados aos principais
10 Ora, havia em Damasco um discípulo f chamado Ana- sacerdotes? 22 Saulo, porém, mais e mais se fortalecia ve con-
nias. Disse-lhe o Senhor numa visão: Ananias! Ao que res- fundia os judeus que moravam em Damasco, demonstrando
pondeu: Eis-me aqui, Senhor! 11 Então, o Senhor lhe ordenou: que Jesus é o Cristo.
Dispõe-te, e vai à rua que se chama Direita, e, na casa de Judas, 23 Decorridos muitos dias, xos judeus deliberaram entre si
procura por Saulo, apelidado gde Tarso; pois ele está orando tirar-lhe a vida; 24 zporém o plano deles chegou ao conheci-
12 e viu entrar um homem, chamado Ananias, e impor-lhe mento de Saulo. Dia e noite guardavam também as portas,
as mãos, para que recuperasse a vista. 13 Ananias, porém, para o matarem. 25 Mas os seus discípulos tomaram-no de noi-
respondeu: Senhor, de muitos tenho ouvido a respeito desse te e, colocando-o num cesto, ªdesceram-no pela muralha.
homem, hquantos 2 males tem feito aos teus santos em Jeru-
salém; 14 e para aqui trouxe autorização dos principais sa- Saulo em jerusalém e em Tarso
cerdotes para prender a todos 1os que invocam o teu nome. 26 bTendo chegado a Jerusalém, procurou juntar-se com
15 Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque ieste é para mim um os discípulos; todos, porém, o temiam, não acreditando que
·-~A;ÍTULO 9 - 1 ªAt 7.57; 81.~; 26.10-11. GI 113; 1Tm 113 2 bAt 22.5 3 cAt 226; 26.12-13; 1Co 15.8 4 d[Mt 25.40] 5 I Alguns
poucos mss. gregos e versões antigas acrescentam Duro é para ti recalcitrar contra os agwlhões no final do v. 5. e Então ele, trêmulo e assusta-
do. disse. Senhor, o que queres que eu faça? Então o Senhor lhe disse: Levanta-te no começo do v. 6 7 e Dn 10.7; Jo 12.29; [At 22.9; 26.13]
to/At 22.12 li gAt 2139; 22.3 13 hAt 9.1 2coisas más 14 iAt 7 59; 9.2.21. 1Co1.2; 2Tm 2.22 15 i At 13.2; 22.21, Rm 1.1; 1Co
15.10; GI 1.15; Ef3.7-8; 1Tm 2.7; 2Tm 1.11iRm1.5; 11.13; GI 2.7-8 mAt 25.22-23; 26.1°At21.40; Rm 1.16; 9.1-5 16 °At 20.23; 2Co
11.23-28; 12.7-1 O; GI 6.17; Fp 1.29-30 P2Co 4.11 17 q At 22 12-13 rAt 8.17 sAt 2.4; 4.31; 8.17; 13.52 JTR o Senhor Jesus; M omite Jesus
19 t At 26.20 21 u At 8.3; 9.13; GI 1.13,23 22 v At 18.28 23 x At 23 12; 2Co 11.26 24 z 2Co 1132 25 a Js 2.15; 1Sm 19.12
26 b At 22 17-20; 26.20; GI 1.17-18
da torre de Estratão). Tinha um excelente porto que Herodes expandiu para im- •9.7 seus companheiros .•. ouvindo a voz. Em 22.9. Paulo diz que eles "não
portante tráfego marítimo (21.8) e servia como quartel general para os procura- perceberam o sentido da voz"; a palavra grega pode significar "som" ou "voz" Os
dores romanos, tais como Pilatos. Félix (2333-24.4) e Festa 125 6). Filipe deve companheiros de Saulo ouviram um som. mas não podiam entender o que estava
ter se radicado em Cesaréia, porque anos depois ele ainda residia lá 121 8) sendo dito.
•9.1 Saulo. Saulo foi apresentado em 7.58 e é o principal personagem de •9. 15 instrumento escolhido ... perante os gentios e reis, bem como pe-
9.1-31. Um terceiro breve vislumbre de Saulo é encontrado novamente em rante os filhos de Israel. Paulo considerava-se um apóstolo para os gentios
11.25-30. antes que Saulo. que logo mais seria chamado de Paulo. se tornasse o (Rm 1.13-14), assim como Pedro o era para os judeus (GI 2.8). embora Paulo pre-
principal personagem nos caps. 13-28. gasse muitas vezes para os judeus, particularmente em suas sinagogas (v. 20;
respirando ainda ameaças. Embora tivesse ajudado a eliminar Estêvão, Saulo Rm 1.16; 1Co 9.20).
continuava a perseguir a heresia cristã. •9.17 Jesus que te apareceu. Saulo não tinha tido um sonho ou uma visão.
•9.2 Caminho. Outros nomes usados ern Atos para os cristãos primitivos são: mas tinha visto o Senhor (cf Is 6.1,5).
"cristãos" (usado somente ern 11.26; 26.28; 1Pe 416). "discípulos" (vs 10.19).
"santos" (v. 13). "todos os que invocam o teu nome" 14) e "irmãos" (v. 30). "O fiques cheio do Espírito Santo. Cf. 2.38. Nada é dito a respeito de quaisquer
Caminho" identifica a causa cristã como composta do' õeguidores de Jesus. que dons sobrenaturais. mas a ênfase recai sobre a poderosa pregação a respeito de
é "o caminho" (Jo 14.6). Éusada várias vezes ern Atos 119.9.23; 22.4; 24 14,22) Jesus como o Filho de Deus (v. 20).
•9.3 uma luz do céu. Urna luz sobrenatural, mais brilhante que o sol. 126.13) •9.18 como que umas escamas. Lucas freqüentemente chama atenção para
chamou sua atenção. as enfermidades físicas (1311; 28.3-8). Ver a Introdução: Autor.
•9.4 Saulo, Saulo. A repetição significa um trato íntimo e pessoal lcf. Gn 22.11, •9.26 Tendo chegado a Jerusalém. De acordo com GI 1.18-19, Paulo viu so-
46.2; Êx 34; 1Srn 3.1 O; Lc 10.41; 22.31 ). mente Pedro e Tiago, o irmão do Senhor, ern Jerusalém. Os outros podem ter
me persegues. Perseguir os discípulos de Jesus era perseguir Jesus (Mt tido medo de encontrar-se com ele. ou estavam pregando o evangelho em ou-
5.10-12; Jo 1519-20) tras áreas.
ATOS 9, 10 1286
ele fosse discípulo. 27 cMas Barnabé, tomando-o consigo, le- A ressurreição de Dorcas
vou-o aos apóstolos; e contou-lhes como ele vira o Senhor no 36 Havia em Jope uma discípula por nome 6 Tabita, nome
caminho, e que este lhe falara, de como em Damasco pregara este que, traduzido, quer dizer 7 Dorcas; era ela notável rpe·
ousadamente em nome de Jesus. 28 e Estava com eles em Je- las boas obras e esmolas que fazia. 37 Ora, aconteceu, na·
rusalém, entrando e saindo, pregando ousadamente em queles dias, que ela adoeceu e veio a morrer; e, depois de a
nome do Senhor. 29 Falava e discutia com os fhelenistas;4 lavarem, puseram-na 5 no cenáculo. 38 Como Lida era perto
gmas eles procuravam tirar-lhe a vida. 30Tendo, porém, isto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, envia-
chegado ao conhecimento dos irmãos, levaram-no até Cesa- ram-lhe dois homens que lhe pedissem: Não demores em vir
réia e dali o enviaram para Tarso. ter conosco. 39 Pedro atendeu e foi com eles. Tendo chegado,
conduziram-no para o cenáculo; e todas as viúvas o cerca·
A igreja cresce ram, chorando e mostrando· lhe túnicas e vestidos que Dorcas
31 h A sigreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, fizera enquanto estava com elas. 40 Mas Pedro, 1tendo feito
Galiléia e Samaria, ;edificando-se e caminhando no itemor sair a todos, "pondo-se de joelhos, orou; e, voltando-se para o
do Senhor, e, no 1conforto do Espírito Santo, mcrescia em corpo, vdisse: Tabita, levanta-te! Ela abriu os olhos e, vendo a
número. Pedro, sentou-se. 41 Ele, dando-lhe a mão, levantou-a; e, cha·
mando os santos, especialmente as viúvas, apresentou-a viva.
A cura de Enéias 42 Isto se tornou conhecido por toda Jope, xe muitos creram
32 Passando Pedro npor toda parte, desceu também aos no Senhor. 43 Pedro ficou em Jope muitos dias, em casa de
santos que habitavam em Lida. 33 Encontrou ali certo ho- um curtidor chamado 2 Simão.
mem, chamado Enéias, que havia oito anos jazia de cama,
pois era paralítico. 34 Disse-lhe Pedro: Enéias, ºJesus Cristo te O centurião Comélio
cura! Levanta-te e arruma o teu leito. Ele, imediatamente, se Morava em ªCesaréia um homem de nome Corné·
levantou. 3SVJram-no todos os habitantes de Lida e PSarona,
os quais se qconverteram ao Senhor.
1O lio, centurião da coorte chamada Italiana, 2 bpiedoso
e e temente a Deus com toda a sua casa e que fazia muitas 1 es·
• 27 e At 4.36; 13.2 d At 9 20.2;··· 28 e GI 1.18 29/At 6.1; 11.20 g At 9.23.; 2Co 11.26 4 Judeus que fala~a~ ~rego
31 h At 5.11, 8.1;
16.5 i[Ef 4.16,29] iSI 34.9 IJo 14.16 mAt 16.5 5TR e MAs igrejas .. tinham paz... e eram edificadas 32 n At 8.14 34 o [At 3.6, 16; 4.10]
35 P1Cr5.16; 27.29; Is 33.9; 35.2; 65.1 Oq At 11.21; 15.19 36 r 1Tm 2.1 O; Tt3.8 ó Lit., em Aram., gazela 7Lit., em Gr, gazela 37 s At
1.13; 9.39 40 tMt 9.25 u Lc 22.41; At 7.60 VMc 5.41-42; Jo 11.43 42 x Jo 11.45 43 z At 10.6
CAPÍTULO 1O 1 a At 8.40; 23.23 2 bAt 8.2; 9.22; 22.12 e [At 10.22,35; 13.16.26] 1dádivas de caridade
•9.35 Sarona. As notícias a respeito da cura do paralítico tiveram dramáticos efeitos; chegaram até a planície de Sarona, que se estende ao norte de Jope em
direção à costa, por 72 km.
•9.36 Jope. Um antigo porto de mar !atualmente Jafa. ao sul de Tel Aviv), cerca
......___... de 60 km a noroeste de Jerusalém, o porto do qual Jonas zarpou IJn 1.3).
Tabita. Significa "Gazela" em aramaico, assim como Dorcas significa "Gazela"
_ _ _ _ _..__,40 mi em grego.
40km •9.37 a lavarem. Provavelmente antes da unção com especiarias lcf. Jo 19.40).
Em Jerusalém, o corpo de Jesus tinha sido enterrado no dia da morte, mas fora
Mar da cidade um período mais longo de até três dias era permitido.
Mediterrâneo •9.43 um curtidor chamado Simão. Os judeus acreditavam que a curtição de
peles era uma profissão imunda. pois envolvia contato com animais mortos llv
5.2). Pedro estava disposto a hospedar-se com um curtidor porque a mensagem
do evangelho estava começando a romper barreiras entre as pessoas. Isto tam-
bém antecipa a visão de Pedro em 10.9-23.
•10.1 Cesaréia. Cesaréia Marítima era um porto no Mediterrâneo, 104 km a no-
.......--··· roeste de Jerusalém. Foi reconstruída e melhorada. numa dimensão ambiciosa .
por Herodes. o Grande.
•10.2 temente a Deus. Um termo que pode indicar que Cornélio era ern parte
convertido ao judaísmo. urn gentio que adorava a Deus mas não era circuncidado
(1316.26).
zes, e, logo, aquele objeto foi recolhido ao céu. alguém a Jope a chamar Simão, por sobrenome Pedro; acha-
se este hospedado em casa de Simão, curtidor, à beira-mar. 9
Os enviados de Comélio chegam afope 33 Portanto, sem demora, mandei chamar-te, e fizeste bem
17 Enquanto Pedro estava perplexo sobre qual seria o sig- em vir. Agora, pois, estamos todos aqui, na presença de Deus,
nificado da visão, eis que os homens enviados da parte de prontos para ouvir tudo o que te foi ordenado da parte do Se-
Cornélia, tendo perguntado pela casa de Simão, pararam jun- nhor. 34 Então, falou Pedro, dizendo: xReconheço, por verda-
to à porta; 18 e, chamando, indagavam se estava ali hospeda- de, que Deus não faz acepção de pessoas; 35 pelo contrário,
do Simão, por sobrenome Pedro. 19 Enquanto meditava z em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe
Pedro acerca da visão, disse-lhe 1o Espírito: Estão aí dois ho- é ªaceitável. 36 Esta é a palavra que Deus enviou aos filhos de
mens que te procuram; 20 m1evanta-te, pois, desce e vai com Israel, banunciando-lhes o evangelho da paz, por meio de Jesus
eles, nada duvidando; porque eu os enviei. 21 E, descendo Pe- Cristo. cEste é o Senhor de todos. 37Vós conheceis a palavra
.4\a~~~~~
~ 3 d At 10.30; 11.13 215 horas S e At 11.13-14 6/At 9.43 3 Cf. NU e M; TR acrescenta Ele te dirá o que deves fazer; NU e M omitem
9 gAt 10.9-32; 11.5-14 4Meio-dia 11 hEz 1.1; Mt 3.16; At 7.56; Ap 4.1; 19.11 14iLv114; 20.25; Dt 14.3.7; Ez4.14 15 i[Mt 15.11;
Me 7.19]; At 10.28; [Rm 14.14]; 1Co 10.25; [1Tm 4.4; Tt 1.15] 5 Declarou puro 19 1At11.12 20 m At 15.7-9 21 ô Cf. NU e M; TR
acrescenta que lhe foram enviados por Cornélia; NU e M omitem 22 n At 22.12 23 oAt 10.45; 11.12 26 PAt 14.14-15; Ap 19.1 O; 22.8
28 qJo 4.9; 18.28; At 11.3; GI 2.12 '[At 10.14,35; 15.8-9] 30 sAt 1.1 OIMt 28.3; Me 16.5 7Cf. NU; TR Quatro dia atrás, eu estava jejuando
até essa hora; e, à hora nona, eu orava na minha casa. e eis... 31 u Dn 10.12 v Hb 6.1 OB dádivas de caridade 32 9 Cf. NU; TR e M
acrescentam e ele. vindo, te falará; NU omite 34 x Dt 10.17 35 z [Ef 2.13] a SI 15.1-2 36 b Is 57.19 e Rm 10.12
•10.9 ao eirado ... a fim de orar. Éprovável que Pedro orasse três vezes por dia •10.24 No dia imediato. O grupo levou dois dias para viajar 48 km de Jope a
lcf. 3.1; Dn 6.1 O); esta era a oração do meio-dia. As casas típicas tinham um teto Cesaréia.
plano, alcançado por uma escadaria externa. • 10.25 indo Pedro a entrar. Pedro agora estava disposto a entrar na casa de
•10.1 Oum êxtase. A consciência de Pedro foi retirada das coisas externas, em um gentio lv. 28).
preparação para a visão lcf. 22.17). prostrando-se-lhe aos pés, o adorou. Cornélia estava maravilhado com a pre-
•10.12 toda sorte de quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu. Tanto sença de Pedro; ele havia sido instruído por Deus para mandar buscar o apóstolo.
animais limpos quanto imundos llv 11). •10.28 Deus me demonstrou. Ele se refere à visão que tinha tido.
•10.13 Mata e come. Pedro não estava disposto a violar as leis do Antigo Testa- •10.34 Deus não faz acepção. O evangelho é tanto para judeus como para
mento que proibiam comer animais imundos lv. 14). gentios 11.8; Rm 1 16).
•10.15 Deus purificou. Através desta ilustração viva, Deus explicou a Pedro •10.36 anunciando-lhes ... paz. por meio de Jesus Cristo. A paz da reconci-
que havia revogado as leis a respeito da impureza ritual; ver Me 7.14-19. liação com Deus através do sangue de Jesus. nossa paz IEI 2.13-14).
•10.16 três vezes. Esta visão foi repetida para impressionar Pedro. Senhor de todos. Jesus é Senhor tanto de judeus quanto de gentios.
ATOS 10, 11 1288
que se divulgou por toda a Judéia, dtendo começado desde a to como se fosse um grande lençol baixado do céu pelas qua-
Galiléia, depois do batismo que João pregou, 38 como e Deus tro pontas e vindo até perto de mim. 6 E, fitando para dentro
ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o dele os olhos, vi quadrúpedes da terra, feras, répteis e aves do
qual !andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos céu. 7 Ouvi também uma voz que me dizia: Levanta-te, Pe-
os oprimidos do diabo, gporque Deus era com ele; 39 e nós so- dro! Mata e come. 8 Ao que eu respondi: de modo nenhum,
mos htestemunhas de tudo o que ele fez na terra dos judeus e Senhor; porque jamais entrou em minha boca qualquer coisa
em Jerusalém; ao qual também 1tiraram a vida, pendurando-o comum ou imunda. 9 Segunda vez, falou a voz do céu: Ao
no madeiro. 40 A este ressuscitou iDeus no terceiro dia e con- que Deus purificou não consideres comum. 10 Isto sucedeu
cedeu que fosse manifesto, 41 1não a todo o povo, mas às tes- por três vezes, e, de novo, tudo se recolheu para o céu. 11 E
temunhas que foram anteriormente escolhidas por Deus, isto eis que, na mesma hora, pararam junto da casa em que está-
é, a nós mque comemos e bebemos com ele, depois que res- vamos três homens enviados de Cesaréia para se encontra-
surgiu dentre os mortos; 42 e nos nmandou pregar ao povo e rem comigo. 12 Então, lo Espírito me disse que eu fosse com
testificar ºque ele é quem foi constituído por Deus Juiz Pde eles, sem hesitar. Foram comigo também gestes seis irmãos; e
vivos e de mortos. 43 qDele todos os profetas dão testemunho entramos na casa daquele homem. 13 h E ele nos contou
de que, por meio de seu nome, rtodo aquele que nele crê re- como vira o anjo em pé em sua casa e que lhe dissera: Envia a
cebe 5 remissão 1 de pecados. Jope e manda chamar Simão, por sobrenome Pedro, 14 o qual
te dirá palavras mediante as quais serás salvo, tu e toda a tua
O Espírito Santo desce sobre os gentios casa. 15 Quando, porém, comecei a falar, caiu o Espírito San-
44 Ainda Pedro falava estas coisas quando caiu 1o Espírito to sobre eles, 1como também sobre nós, no princípio.
Santo sobre todos os que ouviam a palavra. 45 uE os fiéis que 16 Então, me lembrei da palavra do Senhor, quando disse:
eram da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, iJoão, na verdade, batizou com água, mas 1vós sereis batiza-
vporque também sobre os gentios foi derramado o dom do dos com o Espírito Santo. 17 Pois, mse Deus lhes concedeu o
Espírito Santo; 46 pois os ouviam falando em línguas e en- mesmo dom que a nós nos outorgou quando cremos no Se-
grandecendo a Deus. Então, perguntou Pedro: 47 Porventu- nhor Jesus, "quem era eu para que pudesse resistir a Deus?
ra, pode alguém recusar a água, para que não sejam batizados 18 E, ouvindo eles estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram
estes que, xassim como nós, receberam o Espírito Santo? a Deus, dizendo: ºLogo, também aos gentios foi por Deus
48 zE ordenou que fossem batizados ªem nome de Jesus Cris- concedido o arrependimento para vida.
to. Então, lhe pediram que permanecesse com eles por alguns
dias. Os discípulos são chamados cristãos em Antioquia
19 PEntão, os que foram dispersos por causa da tribulação
A defesa de Pedro que sobreveio a Estêvão se espalharam até à Fenícia, Chipre e
·~~ Ts~1.9 ;~-t;;~; 2~01 C;8 1; rn20-,;;:(1~~~9J0;L;;-17 ~~ud~-;;;,;;:~~~ 21 z ~t ~3 ~;,;7- ~ A~-;-;NU ~-::S;b--:-~
z2 eM
bas 24 bTt 1.10-11 CGI U; 5.1 O6TR e M dizendo Deveis circuncidar-vos e guardara lei 25 1um só propósito ou pensamento 26 dAt
13.50; 14.19 29 e At 15 20; 21 25 fLv 17.14 gel 3.5 BQu de formcação 32 h Ef 4.11 iAt 14.22; 18.23 33 /Hb 11.31 9Cf. NU; TA e M
para os apóstolos 34 1 NU e M omitem o texto entre colchetes 35 IAt 13.1 37 mAt 12.12,25 2decidiu 38nAt13.13 39 o At 4.36;
13.4, 40PAt11.23;14.263entregue 41 qAt16.5
CAPITULO 16 l a At 14.6 b,Rm 16.21 e 2Tm 1.5; 3.15 3 d [GI 2.3; 5.2] 4 e At 15.19-21 f At 15.28-29 5 g At 2.47; 15.41 6 h GI
1.1-2 1 A província romana da As ia 7 2 Cf NU; TR e M omitem de Jesus 8 i 2Co 2.12
sacrificada aos ídolos, nem comendo a carne de animais estrangulados ou san- •16.1 um discípulo ... Timóteo. Na pequena comunidade judaica de Listra,
gue llv 1710-14; 19.26) Paulo encontrou este jovem, que ern parte era 1udeu e ern parte, grego. Como seu
•15.23 Os irmãos. Os judeus cristãos usavam esta expressão para deixar os pai, Timóteo havia sido criado corno um grego e, assim, não tinha sido circuncida-
gentios cristãos à vontade. do. Sua mãe era judia. Paulo não pensou que estivesse comprometendo os princí-
•15.28 ao Espírito Santo e a nós. Eles eram cheios do Espírito 12.1-41; 4.8; pios de liberdade dos judeus ao circuncidar Timóteo lv. 3)
6.5; 9.17; 13.4) e reconheciam o papel do Espírito em seu debate e decisão. •16.6 região frígio-gálata. Esta é a parte sul da província maior da Galácia.
•15.32 Judas e Silas ... profetas. Trazer encorajamento e força aos crentes era Incluía o distrito da Frígia, a Antioquia da Pisídia e as áreas ao redor.
uma função primária do profeta do Novo Testamento lum porta-voz de Deus). Espírito Santo ... Ásia. A província da Ásia, localizada no setor oeste da Ásia
•15.39 desavença ... separar-se. A falta de apoio de Barnabé aos cristãos gen- Menor, incluía a famosa cidade de Éfeso, para onde Deus queria que Paulo fosse
tios (GI 2.13) pode ter também contribuído para a discordância a respeito de Mar- numa data posterior (cap. 19). OEspírito Santo é identificado corno Espírito de Je~
cos. Embora o restante de Atos não contenha mais nenhum registro de Paulo sus lv. 7) e como Deus lv. 1O; cf. 2Co 3.17, nota). Estes versículos sugerem a dou-
trabalhando com Barnabé, Paulo menciona Barnabé de uma maneira positiva em trina cristã da Trindade lcf 2Co 13.14)
1Co9.6. Oposterior elevado conceito que Paulo tinha de Marcos é evidente em CI •16.7-8 Mísia ... Trôade. Paulo e Silas vieram de Derbe e Listra em direção noro-
4.10; Fm 24; 2Tm 4.11 este até Mísia, uma região ao sul do Helesponto. Eles não tinham cond.1ções de ir
Barnabé, levando consigo a Marcos ... Chipre. Barnabé levou seu primo para o norte até Bitínia lna direção do mar Negro) e, ern vez disso, foram a oeste
Marcos ICI 4.10) numa viagem missionária à ilha de Chipre, terra de Barnabé. Isto para Trôade, na costa do mar Egeu. Trôade era um porto marítimo bem antigo; o
também forneceria urna oportunidade para Barnabé encorajar 14.36) o jovem. local da antiga Tróia ficava 16 km para o interior.
1295 ATOS 16
Trôade. 9 À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um nham concorrido. 14 Certa mulher, chamada Lídia, da cidade
ivarão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à de nTiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos es-
Macedônia e ajuda-nos. 10 Assim que teve a visão, imediata- cutava; ºo Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas
mente, procuramos partir 1para aquele destino, concluindo que Paulo dizia. 15 Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa,
que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho. nos rogou, dizendo: Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai
em minha casa e aí ficai. PE nos constrangeu a isso.
Paulo em Filipos. Lídia convertida
11 Tendo, pois, navegado de Trôade, seguimos em direitura A cura de uma jovem adi1/inhadora
a Samotrácia, no dia seguinte, a Neápolis 12 e dali, a mFilipos, ci- 16 Aconteceu que, indo nós para o lugar de oração, nos saiu
dade da Macedônia, 3 primeira do distrito e colônia. Nesta ci- ao encontro uma jovem qpossessa de espírito adivinhador, a
dade, permanecemos alguns dias. 13 No sábado, saímos da qual, adivinhando, dava 'grande lucro aos seus senhores.
cidade para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de 17 Seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens
oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que para ali ti- são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da
Mar Negro
·~~==~
ª
18 sMc 1.25,34 tMc 16.17 4incomodado 19UAt16.16; 19.25-26VMt10.18 2ox1Rs 18.17; At 17.8 5magistrados 22 z2co 6.5;
11.23,25; 1Ts 2.2 26 At 4.31 b At 5.19; 127,10 30 e Lc 3.10; At 237; 9.6; 22.10 31 d[Jo 3.16,36; 6.47; At 13.38-39; Rm 10.9-11;
1Jo~.10) 34eMt5.4;Lc5.29;19.6 356fictores,lit.,carregadoresdevaras 37/At22.25-29 39gMt8.34 40hAt16.14
CAPITULO 17 1 a At 17.11, 13; 20.4; 27.2; Fp 4.16; 1Ts 1.1; 2Ts 1.1; 2tm 4.10 2 b Lc 4.16; At 9.20; 13.5, 14; 14.1; 16.13; 19.8e1Ts
2.1-16 3 dLc 24.26,46; At 18.5.28; GI 3.1 4 eAt 28.24/At 15.22,27,32.40 5 gAt 13.45 1 Cf. NU; TR e M acrescentam desobedientes,
os que se opuseram ao evangelho; NU omite 2 M omite movidos de inveja
•16.18 nome de Jesus Cristo... retira-te. Seguindo o entendimento comum •16.33 batizado. Ver"O Batismo", em Rm 6.3.
da expressão "O Deus Altíssimo", todos perceberiam que Paulo pretendia expres-
•16.37 romanos. Cidadãos romanos eram isentos de açoitamento e tortura. Se
sar o pensamento de que Jesus, como divindade, expulsava os demônios.
cidadãos romanos fossem julgados numa corte romana, eles tinham o direito de
•16.19 agarrando em Paulo e Silas. Porque Paulo e Silas eram ambos judeus apelar sua causa a César 125.11; 26.32).
e líderes do grupo missionário, eles foram presos. Seus companheiros eram gen-
tios (Lucas, um gentio da Antioquia da Síria, e Timóteo, um meio gentio de Listra) •16.40 casa de Lídia. Os cristãos primitivos freqüentemente se reuniam em ca-
e não foram acusados. sas particulares (Fm 2).
•16.21 propagando costumes ... não podemos ... praticar... romanos. A •16.40 vendo os irmãos. "Irmãos" incluiria todos os crentes - Lídia, sua casa,
acusação era que Paulo e Silas estavam propagando uma religião ilegal e pertur- o carcereiro, Lucas e outros.
bando a paz. A acusação era inflamada por preconceitos culturais e religiosos.
•17 .1 Anfípolis e Apolônia ... Tessalônica. Anffpolis ficava 48 km a sudoeste
•16.22 açoitá-los. Paulo e Silas eram cidadãos romanos (v. 37) e deveriam ter de Filipos, e Apolônia, 40 km mais além. na estrada para Tessalônica. Paulo e seus
ficado livres de tal tratamento. Mas, no clima de agitação, isto foi ignorado. companheiros ansiavam por chegar a Tessalônica, 40 km além de Apolônia. Tes-
•16.24 no tronco. Eles foram tratados como criminosos. salônica tinha uma população de 200.000 habitantes e era a capital provincial da
•16.27 abertas as portas do cárcere. Ver 5 19; 12.10. Macedônia.
ia suicidar-se. Ocarcereiro era passível de punição se os prisioneiros fugissem •17 .2 três sábados. As epístolas paulinas sugerem que Paulo ficou em Tessa-
112.19). lônica muito mais do que três semanas. De acordo com Fp 4.16, a igreia de Fili-
•16.31 tu e tua casa. Para outros exemplos de salvação de casas inteiras. ver v. pos repetidamente lhe mandava ajuda, e a epístola aos Tessalonicenses indica
15, nota; 2.38-39; 10.24.48; 1Co 1.16. Quando uma pessoa aceitava uma reli- que Paulo tinha podido dar extensa instrução doutrinária aos cristãos tessaloni-
gião, toda a família estava envolvida (v. 34). Ver ''A Família Cristã", em Ef 5.22. censes.
1297 ATOS 17
maus dentre a malandragem, ajuntando a turba, alvoroçaram se revoltava 3 emface da idolatria dominante na cidade.
a cidade e, assaltando a casa de hJasom, procuravam trazê-los 17 Por isso, dissertava na sinagoga entre os judeus e os gentios
para o meio do povo. 6 Porém, não os encontrando, arrasta- piedosos; também na praça, todos os dias, entre os que se en-
ram Jasom e alguns irmãos perante as autoridades, clamando: contravam ali. 18 4 E alguns dos filósofos epicureus e estóicos
iEstes que têm transtornado o mundo chegaram também contendiam com ele, havendo quem perguntasse: Que quer
aqui, 7 os quais Jasom hospedou. Todos estes procedem con- dizer esse 5 tagarela? E outros: Parece pregador de estranhos
tra os decretos de César, i afirmando ser Jesus outro rei. 8 Tanto deuses; pois pregava a qJesus e a ressurreição. 19 Então, to-
a multidão como as autoridades ficaram agitadas ao ouvirem mando-o consigo, o levaram ao 6 Areópago, dizendo: Podere-
estas palavras; 9 contudo, soltaram Jasom e os mais, após te- mos saber que nova doutrina é essa que ensinas? 20 Posto que
rem recebido deles a fiança estipulada. nos trazes aos ouvidos coisas estranhas, queremos saber o
que vem a ser isso. 21 Pois todos os de Atenas e os estrangei-
Paulo e Silas em Beréia ros residentes de outra coisa não cuidavam senão dizer ou ou-
10 E logo, durante a noite, 1os irmãos enviaram Paulo e Si- vir as últimas novidades. 22 Então, Paulo, levantando-se no
las para Beréia; ali chegados, dirigiram-se à sinagoga dos jude- meio do 7 Areópago, disse: Senhores atenienses! Em tudo vos
us. 11 Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de vejo acentuadamente religiosos; 23 porque, passando e obser-
Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, vando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar
m examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas no qual está inscrito: Ao DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que
eram, de fato, assim. 12 Com isso, muitos deles creram, mu- adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos
lheres gregas de alta posição e não poucos homens. 13 Mas, anuncio. 24 ro Deus que fez o mundo e tudo o que nele exis-
logo que os judeus de Tessalônica souberam que a palavra de te, sendo ele 5 Senhor do céu e da terra, 1não habita em san-
Deus era anunciada por Paulo também em Beréia, foram lá tuários feitos por mãos humanas. 25 Nem é servido por mãos
excitar e perturbar o povo. 14 nEntão, os irmãos promove- humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mes-
ram, sem detença, a partida de Paulo para os lados do mar. mo é quem a todos "dá vida, respiração e tudo mals; 26 de um
Porém Silas e Timóteo continuaram ali. 15 Os responsáveis só fez 8toda a raça humana para habitar sobre toda a face da
por Paulo levaram-no até Atenas e regressaram ºtrazendo or· terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e
dem a Si!as e Timóteo para que, o mais depressa possível, fos- os vlimites da sua habitação; 27 xpara buscarem a Deus se,
sem ter com ele. porventura, tateando, o possam achar, zbem que não está
longe de cada um de nós; 28 pois ªnele vivemos, e nos move-
0 discurso de Paulo em Atenas mos, e existimos, bcomo alguns dos vossos poetas têm dito:
16 Enquanto Paulo os esperava em Atenas, Po seu espírito Porque dele também somos geração. 29 Sendo, pois, geração
-~~~~~~~~~~~
29 eis 40.18-19 30 d [Rm 3.25) e [Tt 2.11-12) 31/At10.4U At 2.24
CAPÍTULO 18 2 ª 1Co 16.19 3 b At 20.34 4 eAt 17 .2 5 d At 17 .14-15 e At 18.28 1 Ou compelido pela palavra; TR e M no espírito
ou pelo Espírito 6 f At 1345 gNe 5.13 h 2Sm 1.16 i [Ez 3 18-19) i At 13.46-48; 28.28 7 2 Cf. NU; TR e M apenas Justo 8 11 Co 1.14
9 m At 23.11 1OnJr1.18-19 12 3Gr. bema, a plataforma sobre a qual ficava o juiz 15 o At 23.29; 25.19 17P1Co 1.1 4 Cf. NU;
TR e M todos os gregos
•17.29 não ... semelhante ao ouro, à prata. Ver "A Auto-Existência de Deus", cial ou ter sido mais proeminente no negócio de fabricação de tendas que o casal
em SI 90.2. possuía.
•17 .30 não levou Deus em conta os tempos da ignorância. Isto é. Deus le- •18.6 Sobre a vossa cabeça, o vosso sangue. Eles eram responsáveis por
vou em consideração as limitações do conhecimento deles a seu respeito, mas seus próprios pecados.
agora Paulo revelou-lhes a verdade a respeito do Deus vivo. Com todos os povos,
•18.7 casa de ... Justo. A primeira casa da igreja coríntia. Tito Justo era um
eles são chamados a se arrependerem de seus pecados.
gentio que aderiu à fé cristã na sinagoga, e era cidadão romano. Ele pode ter per-
•17.31 um dia em que há de julgar... por meio de um varão que destinou. tencido a uma das famílias que Júlio César enviou para colonizar Corinto. Ele pode
Odia do juízo final (Ap 20.12-15). A rejeição pelos atenienses do homem a quem ter sido o Gaio de Rm 16.23, que foi batizado por Paulo (1 eo 1 14). Gaio pode ter
Deus designou resultará em Jesus rejeitá-los definitivamente com toda a justiça, sido um terceiro nome, usado antes de Tício Justo.
no dia do juízo. Paulo enfatiza que o chamado de Deus ao arrependimento e à fé
não é um convite, mas uma ordem. •18.8 Crispo, o principal da sinagoga. Como principal da sinagoga, Crispo es-
tava encarregado das disposições físicas para os cultos da sinagoga. Foi este
ressuscitando-o Ver ''A Ressurreição de Jesus", em Lc 24.2. Crispo (e presumivelmente sua casa) que Paulo batizou (1 Co 1.14).
•18.1 Corinto. Desde 27 a.C., esta cidade tinha sido a capital da província roma- toda a sua casa. Ver 16.15 e nota; 16.31-33.
na da Acaia. Ficava 80 km a sudoeste de Atenas, perto do istmo que junta a Ática
ao Peloponeso. Corinto foi grande e próspera nos séculos VIII ao VI a.C., mas de- •18.1 Otenho muito povo nesta cidade. Jesus promete que os trabalhos
clinou e foi capturada em 338 a.C. por Felipe li da Macedônia. Em 196 a.C., foi to- de Paulo em Corinto serão frutíferos porque o próprio povo de Deus (aqueles a
mada pelos romanos. Eles a saquearam, em 146 a.e., em punição a uma revolta, quem Deus designou para a vida eterna, 13.48) habita naquela cidade. Mes-
mas foi restaurada por Júlio César como colônia em 44 a.e. Nos tempos do Novo mo que os coríntios eleitos ainda não tivessem crido no evangelho, e alguns
Testamento. Corinto tinha mais de 200.000 habitantes. incluindo gregos, ainda nem mesmo tivessem ouvido, eles não obstante eram conhecidos por
ex-escravos da Itália, veteranos do exército romano, empresários, oficiais do go- Deus.
verno, gente do Oriente Próximo, um grande número de judeus e muitos escra- •18.12 Quando ... Gálio era procônsul da Acaia. A identificação por Lucas do
vos. Corinto era completamente pagã e imoral. A cidade era cheia de templos chefe administrativo desta província senatorial como um procônsul é correta.
pagãos e, na parte sul, havia uma alta acrópole com um templo de Afrodite. A Uma inscrição encontrada em Delfos, Grécia, identifica Gálio como procônsul em
partir do século V a.C., a expressão "corintianizar" significava ser sexualmente 52 d.C.
imoral.
•18.13 contrário à lei. Isto é, contrário à lei romana que proíbe a prática de reli-
•18.2 Áqüila, natural do Ponto ... Priscila. Ponto ficava na costa norte da giões não legalmente reconhecidas por Roma. O judaísmo era legalmente reco-
Ásia Menor'(atual Turquia). Priscila é freqüentemente mencionada antes de seu nhecido e o cristianismo, como um ramo do judaísmo, também era uma religião
marido (vs. 18-19,26; Rm 16.3; 2Tm 4.19). Ela pode ter tido superior status so- lícita (religio licita).
1299 ATOS 18, 19
pancavam diante do tribunal; Gálio, todavia, não se incomo- de Alexandria, chamado Apolo, homem eloqüente e poderoso
àava com estas coisas. nas Escrituras. 25 Era ele instruído no caminho do Senhor; e,
sendo zfervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a
O final da segunda viagem missionária de Paulo respeito de Jesus, ªconhecendo apenas o batismo de João.
18 Mas Paulo, havendo pennanecido ali ainda muitos dias, 26 Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvin-
por fim, despedindo-se dos irmãos, navegou para a Síria, levando do-o, porém, Priscila e Áqüila, tomaram-no consigo e, com
em sua companhia Priscila e Áqüila, depois de qter raspado a ca- mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus. Z7 Queren-
beça em rcencréia, porque tomara voto. 19 Chegados a Éfeso, do ele percorrer a Acaia, animaram-no os irmãos e escreveram
deixou-os ali; ele, porém, entrando na sinagoga, pregava aos ju- aos discípulos para o receberem. Tendo chegado, auxiliou
deus. 20 Rogando-lhe eles que permanecesse ali mais algum bmuito aqueles que, mediante a graça, haviam crido; 28 por-
tempo, não acedeu. 21 Mas, despedindo-se, disse: 5 5 Se Deus que, com grande poder, convencia publicamente os judeus,
quiser, voltarei para vós outros. E, embarcando, partiu de Éfeso. cprovando, por meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus.
22 Chegando a 1Cesaréia, desembarcou, subindo a Jerusalém; e,
tendo saudado a igreja, desceu para Antioquia. 23 Havendo pas- Paulo em Éfeso
sado ali algum tempo, saiu, atravessando sucessivamente a re- Aconteceu que, estando ªApolo em Corinto, Paulo,
gião da "Galácia e Frígia, vconfinnando todos os discípulos. 19 tendo passado bpelas regiões mais altas, chegou a
Éfeso e, achando ali alguns discípulos, 2 perguntou-lhes: Re-
A terceira viagem missionária de Paulo. cebestes, porventura, o Espírito Santo quando crestes? Ao
Apolo em Éfeso que lhe responderam: cpeJo contrário, nem mesmo ouvimos
24 xNesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural que existe o Espírito Santo. 3 Então, Paulo perguntou: Em
Mar Negro
Ásia e Grécia
são revisitadas
(Terceira viagem
missionária:
At 18.23-21.16)
Paulo visitou a Galácia
•o
pela terceira vez e. então, per-
maneceu em Éfeso por mais
de dois anos. Ao deixar Éfeso.
Mar Mediterrâneo
Paulo viajou novamente para a
Macedônia e Acaia (Grécia).
permanecendo ali três meses.
Retornou à Ásia. indo pela
Macedônia.
t Nesta terceira viagem.
0
- N- Paulo escreveu 1Coríntios na
1 ' 1 1 Macedônia, e a carta aos Ro-
L __ _ o___________________________~---~ manos em Corinto.
ATOS 19 1300
que, pois, fostes batizados? Responderam: dNo batismo de tra 3 eles, que, desnudos e feridos, fugiram daquela casa.
João. 4 Disse-lhes Paulo: eJoão realizou batismo de arrependi- 17 Chegou este fato ao conhecimento de todos, assim judeus
mento, dizendo ao povo que cresse naquele que vinha depois como gregos habitantes de Éfeso; veio 1 temor sobre todos
dele, a saber, em Jesus. 5 Eles, tendo ouvido isto, foram bati- eles, e o nome do Senhor Jesus era engrandecido. 18 Muitos
zados/em o nome do Senhor Jesus. 6 E, gimpondo-lhes Paulo dos que creram vieram "confessando e denunciando publica-
as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto hfaJavam em mente as suas próprias obras. 19 Também muitos dos que
línguas como profetizavam. 7 Eram, ao todo, uns doze ho- haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os
mens. queimaram diante de todos. Calculados os seus preços,
achou-se que montavam a cinqüenta mil denários. 20 v Assim,
Paulo na escola de Tirano a palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente.
8 iDurante três meses, Paulo freqüentou a sinagoga, onde
falava ousadamente, dissertando e persuadindo i com respeito Paulo enl'ia à Macedônia Timóteo e Erasto
ao reino de Deus. 9 1Visto que alguns deles se mostravam em· 21 xcumpridas estas coisas, Paulo zresolveu, no seu espírito,
pedernidos e descrentes, falando mal mdo Caminho diante da ir a Jerusalém, passando pela ªMacedônia e Acaia, consideran-
multidão, Paulo, apartando-se deles, separou os discípulos, do: Depois de haver estado ali, bifnporta-me ver também Roma.
passando a discorrer diariamente na escola de Tirano. 10 nDu- 22 Tendo enviado à Macedônia dois daqueles que lhe ministra·
rou isto por espaço de dois anos, dando ensejo a que todos os vam, cTunóteo e dErasto, permaneceu algum tempo na Ásia.
habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor, tanto jude-
us como gregos. 11 E ºDeus, pelas mãos de Paulo, fazia mila- Demétrio excita grande tumulto
gres extraordinários, 12 Pa ponto de levarem aos enfermos 23 epor esse tempo, houve grande alvoroço acerca Ido Ca-
lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as en- minho. 24 Pois um ourives, chamado Demétrio, que fazia, de
fermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se prata, nichos de 4 Diana e que dava gmuito lucro aos artífices,
retiravam. 13 °E alguns judeus, exorcistas ambulantes, rten- 25 convocando-os juntamente com outros da mesma profis-
taram invocar o nome do Senhor Jesus sobre possessos de es- são, disse-lhes: Senhores, sabeis que deste ofício vem a nossa
píritos malignos, dizendo: 1 Esconjuro-vos por Jesus, a quem prosperidade 26 e estais vendo e ouvindo que não só em Éfe-
Paulo 5 prega. 14 Os que faziam isto eram sete filhos de um ju- so, mas em quase toda a Ásia, este Paulo tem persuadido e de-
deu chamado Ceva, sumo sacerdote. 15 Mas o espírito malig- sencaminhado muita gente, afirmando hnão serem deuses os
no lhes respondeu: Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas que são feitos por mãos humanas. 27 Não somente há o peri-
vós, quem sois? 16 E o possesso do espírito maligno saltou so- go de a nossa profissão cair em descrédito, como também o
bre eles, 2 subjugando a todos, e, de tal modo prevaleceu con- de o próprio templo da grande deusa, Diana, ser estimado em
~~~~~~~~~~~~~~
~ 3dAt18.25 4eM13.11 5/At8.12.16;10.48 6gAt6.6;8.17hAt2.4;10.46 8iAt17.2;18.4iAt1.3;28.23 912Tm1.15mAt
9.2; 19.23; 22.4; 24.14 10 n At 19.8; 20.31 11 o Me 16.20 12 P At 5.15 13 oMt 12.27 rMc 9.38 s 1Co 1.23; 2.2 1 Cf. NU; TA e M
Esconjuramo-vos, solenemente ordenamos 16 2M e os subjugaram 3Cf. TR e M; NU ambos 17 ILc 1.65; 7.16 18 UMt 3.6 20 VAt
6.7; 12.24 21xRm 15.25ZAt20.22ªAt20.1bRm1.13; 15.22-29 22cnm 1.2dRm 16.23 23e2co 1.8/At9.2 24gAt
16.16, 19 4 Gr. Artemis 26 h Is 44.10-20
dos tempos de Paulo tinha já passado do seu apogeu, mas era ainda um impor- sado religioso pagão. os efésios estavam acostumados a empregar meios
tante centro comercial e religioso. supersticiosos lv. 19). Deus ajustou sua obra de graça à ignorância deles.
alguns discípulos. De acordo com o v. 7, "uns doze". lenços e aventais do seu uso pessoal. Isto é, agasalhos ou aventais de traba-
•19.2 Recebestes ... o Espírito Santo. Como seguidores de João Batista. es- lho que Paulo usava enquanto trabalhava fazendo tendas ou toldos 118.3).
tes crentes não tinham sido instruídos a respeito da vinda do Espírito. Note-se
•19.13 espíritos malignos. Nos tempos antigos era prática comum usar no-
que todas as categorias de pessoas recebiam o batismo do Espirita Santo: judeus,
mes mágicos para expulsar maus espíritos. Uns judeus em Éfeso pretendiam "in-
gregos tementes a Deus. samaritanos e gentios.
vocar o nome do Senhor Jesus" sobre aqueles que estavam possessos. tentando
•19.4 batismo de arrependimento ... que vinha depois dele ... Jesus. Oba- imitar o que Paulo fazia lv. 12; 16.18).
tismo de arrependimento de João (Me 1.4; Lc 3.3) era direcionado para o arre-
pendimento de pecados. aguardando ansiosamente a obra redentora de Jesus. •19.19 seus livros. Estes eram pergaminhos com os nomes e encantamentos
usados em suas mágicas.
•19.6 falavam em línguas ... profetizavam. A experiência que os gentios de
Éfeso tiveram quando receberam o Espírito Santo é paralela àquela dos judeus •19.23 do Caminho. Ver nota em 9.2.
12.4, 11 ). dos samaritanos 18.14-17) e dos gentios tementes a Deus 110.44-46) •19.24 ourives ... Demétrio. Uma importante agremiação de ourives tinha se
Este episódio é uma extensão da experiência do Pentecostes para ainda um outro desenvolvido em Éfeso por causa do grande número de peregrinos religiosos. Os
grupo de pessoas lv. 2, nota). "Profetizavam". nesta passagem, pode ser equiva- peregrinos vinham adorar a deusa Diana (Ártemis, em grego}, que era retratada
lente a "falar. .. as grandezas de Deus" 1211 ). ou falando e "engrandecendo a por uma famosa estátua em Éfeso como uma deusa da fertilidade com muitos
Deus" 110.46). seios. Sua suposta imagem. que tinha alegadamente caído de "Zeus" (v. 35), era
•19.9 escola de Tirano. Nada além é sabido acerca de Tirano. Alguns manus- wovavelmente um meteorito que o povo tinha começado a adorar. Otemplo de
critos acrescentam "da quinta à décima hora" (das onze da manhã às quatro da Artemis era uma das sete maravilhas do mundo antigo. Não só era o objeto de
tarde). Pode ser que Tirano usasse a sala nas horas frescas da manhã e a cedesse peregrinação religiosa. mas era também um repositório bancário. Fazer santuá-
a Paulo para o resto do dia. rios e imagens de prata da deusa era um importante negócio.
•19.10 Ásia. A província romana na parte oeste da Ásia Menor. Como resultado •19.27 templo da grande deusa, Diana. Otemplo jônico arcaico de Diana me-
deste ensinamento. grupos de crentes foram formados em diversos lugares ICI dia 67 por 130 m, com 127 colunas de mármore, tendo cada uma 19 m de altura.
4.13,16;Ap2;3). As bases inferiores das 36 colunas do lado oeste eram esculpidas com relevos. A
•19.12 aos enfermos. Isto não foi da iniciativa de Paulo; por causa de seu pas- estátua da deusa era exposta numa sala interna do templo.
1301 ATOS 19, 20
nada, e ser mesmo 5 destruída a majestade
daquela que toda a De no110, Paulo llisita a Macedônia e a Grécia
Ásia e o mundo adoram. Cessado o tumulto, Paulo mandou chamar os discípu-
28 Ouvindo isto, encheram-se de furor e clamavam:
Grande é a Diana dos efésios! 29 Foi a cidade tomada de con-
2O los, e, tendo-os confortado, despediu-se, e ªpartiu para
a Macedônia. 2 Havendo atravessado aquelas terras, fortale-
fusão, e todos, à uma, arremeteram para o teatro, arrebatando cendo os discípulos com muitas exortações, dirigiu-se para a
os macedônios ;Gaio e iAristarco, companheiros de Paulo. bGrécia, 3 onde se demorou três meses. cTendo havido uma
30 Querendo este apresentar-se ao povo, não lhe permitiram conspiração por parte dos judeus contra ele, quando estava
os discípulos. 31 Também 6 asiarcas, que eram amigos de para embarcar rumo à Síria, determinou voltar pela Macedô-
Paulo, mandaram rogar-lhe que não se arriscasse indo ao tea- nia. 4 Acompanharam-no [até à Ásia] Sópatro, de Beréia, filho
tro. 32 Uns, pois, gritavam de uma forma; outros, de outra; de Pirro, d Aristarco e Secundo, de Tessalônica, e Gaio, de Der-
porque a assembléia caíra em confusão. E, na sua maior par- be, e !Timóteo, bem como gTíquico e hTrófimo, da Ásia; ses-
te, nem sabiam por que motivo estavam reunidos. 33 Então, tes nos precederam, esperando-nos em iTrôade. 6 Depois idos
tiraram Alexandre dentre a multidão, impelindo-o os judeus dias dos pães asmos, navegamos de Filipos e, em cinco dias, fo-
para a frente. 1Este, macenando com a mão, queria falar ao mos ter com eles 1naquele porto, onde passamos uma semana.
povo. 34 Quando, porém, reconheceram que ele era judeu,
todos, a uma voz, gritaram por espaço de quase duas horas: Paulo em Trôade
Grande é a Diana dos efésios! 35 O escrivão da cidade, tendo 7 mNo primeiro dia da semana, estando nós reunidos
apaziguado o povo, disse: Senhores, efésios: quem, porven- n com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no
tura, não sabe que a cidade de Éfeso é a guardiã do templo dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-
da grande 7 Diana e 8 da imagem que caiu de Júpiter? 36 Ora, noite. 8 Havia muitas lâmpadas ºno cenáculo onde 1 estáva-
não podendo isto ser contraditado, convém que vos mante- mos reunidos. 9 Um jovem, chamado Êutico, que estava sen-
nhais calmos e nada façais precipitadamente; 37 porque es- tado numa janela, adormecendo profundamente durante o
tes homens que aqui trouxestes não são sacrílegos, nem prolongado discurso de Paulo, vencido pelo sono, caiu do ter-
blasfemam contra a 9 nossa deusa. 38 Portanto, se Demétrio ceiro andar abaixo e foi levantado morto. 10 Descendo, po-
e os artífices que o acompanham têm 1 alguma queixa con- rém, Paulo Pinclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: qNão
tra alguém, há audiências e procônsules; que se acusem uns vos perturbeis, que a vida nele está. 11 Subindo de novo, par-
aos outros. 39 Mas, se alguma outra coisa pleiteais, será deci- tiu o pão, e comeu, e ainda lhes falou largamente até ao rom-
dida em assembléia regular. 40 Porque também corremos per da alva. E, assim, partiu. 12 Então, conduziram vivo o
perigo de que, por hoje, sejamos 2 acusados de sedição, não rapaz e sentiram-se grandemente confortados.
havendo motivo algum que possamos alegar para justificar
este ajuntamento. 41 E, havendo dito isto, dissolveu a as- Paulo embarca em Assôs. Chega a Mileto
sembléia. 13 Nós, porém, prosseguindo, embarcamos e navegamos
•
IS Passados aqueles dias, tendo feito os preparativos, su- cada um deles.
CAPÍTULO 21 4 a [At 20 23; 21 12] 1 Cf. NU; TR e M discípulos S b Lc 22.41; At 9.40; 20.36 6 e Jo 1.11 8 d At 8.40; 21.16 e At
8.5.26.40; Ef 4.11; 2Tm 4.5 I At 6.5 2 Cf. NU; TR Paulo. e nós que com ele estávamos, M Paulo e os que com ele estavam. NU omite 9 g JI
2.28; At 2.17 1O h At 11.28 11 i At 20.23; 21.33; 22.25 13 i At 20.24,37 14 i Mt 6.1 O; 26.42; Lc 11.2; 22.42 17 m At 15.4
18 nAt 15.3; GI 1.19; 2.9 19 o At 15.4, 12; Rm 15.18-19 PAt 1.17; 20.24; 1Tm 2.7 20 q At 15.1; 22.3; [Rm 102]; GI 1.14 22 3TR e M
E então? A multidão ou a assembléia se reunirá, pois certamente 24 r Nm 6.2, 13.18; At 18.18 25 s At 15.19-20.29 4 Cf. NU; TR e M
acrescentam que nada disto observem, exceto; NU omite 5 da fornicação 26 t Jo 11.55; At 21.24; 24.18 u Nm 6.13; At 24.18 6 Lit
notificando ou anunciando
•21.2 Fenícia. A Síria controlava a Fenícia no período romano. Páscoa, estava se aproximando depressa (eles haviam passado pelo menos trinta
•21.3 Tiro. Este porto. famoso nos tempos do Antigo Testamento e conquistado e seis dias viajando de Filipos a Cesaréia, e passaram vários dias em Cesaréia) e
por Alexandre Magno, ficava cerca de 660 km a sudeste de Pátara. uma viagem Paulo queria estar em Jerusalém para essa festa.
por mar de cerca de cinco dias. •21.20 zelosos da lei. Milhares de judeus cristãos em Jerusalém observavam
•21.4 movidos pelo Espírito. Paulo não era desobediente ao Espírito; o Espírito estritamente a lei mosaica. Enquanto muitos destes se ressentiam pelo fato de
Santo o estava compelindo a ir a Jerusalém 120.22, nota). Foi através do Espírito que aos gentios não era requerido observarem a lei cerimonial de Moisés (v. 25;
que os amigos de Paulo entenderam que logo ele iria sofrer prisão e aflições 15.1-31 ), a acusação aqui era que Paulo estava encorajando os judeus a, domes-
120.23) e, em resposta a esta revelação. eles tentaram persuadir Paulo para "que mo modo, abandonarem a lei (v. 21 ). Tais acusações podem ter sido provocadas
não subisse a Jerusalém" lcf. vs. 11-12). pelo fato de que o próprio Paulo não seguia a lei cerimonial judaica quando estava
•21. 7 Ptolemaida. Um porto 40 km ao sul de Tiro. onde os navios desembarca- em companhia de gentios. Embora Paulo não tivesse objeção quanto aos judeus
vam sua carga. seguirem seus costumes ancestrais. ele se opôs a qualquer tentativa de fazer
•21.8 Cesaréia. Um porto de mar, construído por Herodes. o Grande, era a capi- com que tal observância fosse. de algum modo, necessária para a salvação IRm
tal provincial da Judéia. Ficava 52 km ao sul de Ptolemaida 110.1, nota). 14.1-8; GI 5.2-6). Sempre cuidadoso para evitar ofensas desnecessárias, a flexibi-
Filipe ... um dos sete. Um dos sete escolhidos para tomar conta da distribuição lidade de Paulo em tais matérias mostra que os interesses do evangelho estavam
de comida (6.1-6). Ele havia pregado aos samaritanos. ao eunuco etíope e ao sempre em primeiro lugar em sua mente llCo 9.19-23).
povo ao longo da costa palestina (cap. 8). •21.24 purifica-te ... despesa. Este era o voto nazireu (Nm 6.1-21). durante o
•21.1 Oprofeta chamado Ágabo. Omesmo Ágabo que quinze anos antes pro- qual o devoto deixava seu cabelo crescer. Quando o período do voto tivesse ter-
fetizara a severa fome na Judéia e nas regiões vizinhas (11.27-28). minado, ele rapava o cabelo. dedicava-o ao Senhor e o queimava junto com o sa-
•21.11 diz o Espírito Santo. No contexto dos apóstolos no século /, Ágabo, crifício para a oferta pacífica INm 6.18). Paulo pagou as despesas para quatro
como um profeta, era guiado diretamente pelo Espírito para dar a mensagem ins- nazireus, foi com eles ao sacerdote para os sacrifícios, e participou dos ritos de
pirada de Deus. purificação. Desta maneira. Paulo publicamente demonstrou que era um judeu
•21.15 subimos para Jerusalém. O Pentecostes, qüinquagésimo dia após a cumpridor da lei.
ATOS 21, 22 1304
A prisão de Paulo 3 cEu sou judeu, nasci em Tarso da Cilícia, mas criei-me
27 Quando já estavam por findar os sete dias, vos judeus vin- nesta cidade e aqui fui instruído d aos pés de ecamaliel, /se-
dos da Ásia, tendo visto Paulo no templo, alvoroçaram todo o gundo a exatidão da lei de nossos antepassados, gsendo zelo-
povo e o xagarraram, 28 gritando: Israelitas, socorro! Este é o so para com Deus, nassim como todos vós o sois no dia de
homem 2 que por toda parte ensina todos a serem contra o hoje. 4 iPersegui este Caminho até à morte, prendendo e me-
povo, contra a lei e contra este lugar; ainda mais, introduziu tendo em cárceres homens e mulheres, 5 de que são testemu-
até gregos no templo e profanou este recinto sagrado. 29 Pois, nhas o sumo sacerdote e /todos os anciãos. 1Destes, recebi
7 antes, tinham visto ªTrófimo, o efésio, em sua companhia cartas para os irmãos; e ia para Damasco, no propósito de
na cidade e julgavam que Paulo o introduzira no templo. mtrazer manietados para Jerusalém os que também lá estives-
30 Agitou-se btoda a cidade, havendo concorrência do povo; sem, para serem punidos.
e, agarrando a Paulo, arrastaram-no para fora do templo, e 6Qra, naconteceu que, indo de caminho e já perto de Da·
imediatamente foram fechadas as portas. 31 cprocurando eles masco, quase ao meio-dia, repentinamente, grande luz do céu
matá-lo, chegou ao conhecimento do comandante da 8 força brilhou ao redor de mim. 7 Então, caí por terra, ouvindo uma
que toda a Jerusalém estava amotinada. 32 dEntão, este, levan· voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? B Per·
do logo soldados e centuriões, correu para o meio do povo. Ao guntei: quem és tu, Senhor? Ao que me respondeu: Eu sou Je·
verem chegar o comandante e os soldados, cessaram de espan- sus, o Nazareno, a quem tu persegues. 9 ºOs que estavam
car Paulo. n Aproximando-se o e comandante, apoderou-se de comigo viram a luz, / sem, contudo, perceberem o sentido da
Paulo e f ordenou que fosse acorrentado com duas cadeias, per- voz de quem falava comigo. 10 Então, perguntei: que farei, Se-
guntando quem era e o que havia feito. 34 Na multidão, uns nhor? E o Senhor me disse: Levanta-te, entra em Damasco,
gritavam de um modo; outros, de outro; não podendo ele, po· pois ali te dirão acerca de tudo o que te é ordenado fazer.
rém, saber a verdade por causa do tumulto, ordenou que Paulo 11 Tendo ficado cego por causa do fulgor daquela luz, guiado
fosse recolhido à fortaleza. 35 Ao chegar às escadas, foi preciso pela mão dos que estavam comigo, cheguei a Damasco.
que os soldados o carregassem, por causa da violência da multi- 12 PUm homem, chamado Ananias, piedoso conforme a
dão, 36 pois a massa de povo o seguia gritando: gMata-o! lei, qtendo bom testemunho de todos os 'judeus que ali mo·
37 E, quando Paulo ia sendo recolhido à fortaleza, disse ao ravam, 13 veio procurar-me e, pondo-se junto a mim, disse:
comandante: É-me permitido dizer-te alguma coisa? Respon· Saulo, irmão, recebe novamente a vista. Nessa mesma hora,
deu ele: Sabes o grego? 38 hNão és tu, porventura, o egípcio recobrei a vista e olhei para ele. 14 Então, ele disse: so Deus
que, há tempos, sublevou e conduziu ao deserto quatro mil de nossos pais, de antemão, 'te escolheu para uconheceres a
sicários? 39 Respondeu-lhe Paulo: iEu sou judeu, natural de sua vontade, vveres o Justo xe ouvires uma voz da sua própria
Tarso, cidade não insignificante da Cilícia; e rogo-te que me boca, 15 zporque terás de ser sua testemunha diante de todos
permitas falar ao povo. 40 Obtida a permissão, Paulo, em pé os homens, das coisas ªque tens visto e ouvido. 16 E agora,
na escada, ifez com a mão sinal ao povo. Fez-se grande silên- por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo be lava os
cio, e ele falou em 1língua hebraica, dizendo: teus pecados, "invocando o nome dele.
17 dTendo eu voltado para Jerusalém, enquanto orava no
Paulo apresenta a sua defesa templo, sobreveio-me um êxtase, 18 e evi aquele que falava
• 20 ~At23 12 23 SAt8.40; 23.33 -271At2130,33; 24 7 28 UAt2;30 . 29VAt1815;;5 19XAt 25 25; 2631 3~ ZAt23 20 ªAt
24.8; 25.6 4 Cf. NU; TR e M de que os judeus preparavam um cilada 33 b At 8.40 e At 23.26-30 34 d At 6.9; 21.39 35 e At 24.1, 1O;
25.16/Mt 27.27 5palácio
CAPÍTULO 24 1 a At 21.27 b At 23.2,30,35; 25.2 4 1 por tua boa vontade S C1 Pe 2.12, 15 6 d At 21.28 e Jo 18.31 2 NU termina a
oração aqui e omite o restante do v. 6, todo o v. 7 e a primeira oração do v. 8. Conteúdo dos colchetes conforme TR; NU e M omitem 7 f At
21.33; 23.10 8 g At 23.30 9 3 Cf. NU e M; TR consentiram 11 h At 21.15, 18,26-27; 24.17 12 i At 25 8; 28.17
•23.16 o filho da irmã de Paulo. Segundo parece, alguns membros da família •23.31 Antipátride. Uma cidade construída por Herodes, o Grande, em honra
de Paulo estavam em Jerusalém. de seu pai Antipater, cerca de 48 km a noroeste de Jerusalém.
avisou a Paulo. Os prisioneiros recebiam, de parentes e amigos que regular- •23.35 pretório de Herodes. A residência oficial construída por Herodes, o
mente os visitavam, o seu suprimento necessário. Grande. Tornou-se um pretório romano ou residência oficial e incluía celas para
•23.23-24 A infantaria e cavalaria com equipamentos pesados entregaram Paulo prisioneiros (Jo 18.28; Fp 1 13).
com segurança a Félix, o procurador da província imperial da Judéia. Os quartéis •24.1 Tértulo. Como orador, Tértulo era um tipo de advogado, possivelmente
oficiais da província ficavam em Cesaréia. um judeu (ele se refere à lei judaica como "nossa" lei, v. 6).
•23.26 governador Félix. Félix tinha sido escravo e, como homem livre, tinha
•24.5-7 Tértulo acusava Paulo de ser um encrenqueiro crônico, líder de uma seita
ascendido a uma influente posição no governo romano. Em 52 d.C., o imperador
religiosa de má reputação, e uma pessoa que ameaçava protanar o tem\]lo. ~aula
Cláudio enviou-o como governador a Cesaréia. Félix era chamado de" excelentís-
respondeu a estas acusações em sua defesa perante Festa (vs. 10-21).
simo Félix" (24.2) durante a sua administração de oito anos. Ohistoriador romano
Tácito disse que Félix "ocupava a posição de um rei, enquanto tinha a mente de •24.5 dos nazarenos. Os cristãos eram identificados como seguidores de Je-
um escravo, saturada com crueldade e lascívia" (História 5.9). sus de Nazaré. Nazaré pode ter sido um termo de desprezo (Jo 1.46).
1307 ATOS 24, 25
agora, fazem contra mim. 14 Porém confesso-te que, segundo f o 2 be, logo, 1os
principais sacerdotes e os maiorais dos judeus
Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao 1Deus de nos- lhe apresentaram queixa contra Paulo e lhe solicitavam, 3 pe-
sos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo dindo como favor, em detrimento de Paulo, que o mandasse
com ma lei e nos escritos dos profetas, 15 ntendo esperança em vir a Jerusalém, e armando eles cilada para o matarem na es-
Deus, como também estes a têm, 0 de que haverá ressurreição, 4 trada. 4 Festo, porém, respondeu achar-se Paulo detido em
tanto de justos como de injustos. 16 PPor isso, também me esfor- Cesaréia; e que ele mesmo, muito em breve, partiria para lá.
ço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos ho- s Portanto, disse ele, os que dentre vós estiverem habilitados
mens. 17Depois de anos, qvim trazer esmolas à minha nação e que desçam comigo; e, dhavendo contra este homem qual-
também fazer oferendas, 18 'e foi nesta prática que alguns jude- quer crime, acusem-no. 6 E, não se demorando entre eles
us da Ásia me encontraram já 5 purificado no templo, sem ajun- mais de oito ou dez dias, desceu para Cesaréia; e, no dia se-
tamento e sem tumulto, 19 1os quais deviam comparecer diante guinte, assentando-se no tribunal; ordenou que Paulo fosse
de ti e acusar, se tivessem alguma coisa contra mim. 20 Ou estes trazido. 7Comparecendo este, rodearam-no os judeus que
mesmos digam 5 que iniqüidade acharam em mim, por ocasião haviam descido de Jerusalém, e trazendo muitas e graves acu-
do meu comparecimento perante o Sinédrio, 21 salvo estas pala- sações contra ele, as quais, entretanto, não podiam provar.
vras que clamei, estando entre eles: hoje, sou eu julgado por vós 8 Paulo, porém, defendendo-se, proferiu as seguintes pala-
u acerca da ressurreição dos mortos. vras: !Nenhum pecado cometi contra a lei dos judeus, nem
contra o templo, nem contra César. 9 Então, Festo, gqueren-
Paulo perante Félix e Drusíla do assegurar o apoio dos judeus, respondeu a Paulo: hQueres
22 Então, Félix, conhecendo mais acuradamente as coisas tu subir aJerusalém e ser ali julgado por mim a respeito destas
com respeito ao vcaminho, adiou a causa, dizendo: Quando coisas? 10 Disse-lhe Paulo: Estou perante o tribunal de César,
descer o comandante xusias, tomarei ir1teiro conhecimento onde convém seja eu julgado; nenhum agravo pratiquei con-
do vosso caso. 23 E mandou ao centurião que conservasse a tra os judeus, como tu muito bem sabes. 11 1Caso, pois, tenha
Paulo detido, tratando-o com indulgência e znão impedindo eu praticado algum mal ou crime digno de morte, estou pron-
que os seus próprios o servissem. 24 Passados alguns dias, vin- to para morrer; se, pelo contrário, não são verdadeiras as coi-
do Félix com Drusila, sua mulher, que era judia, mandou cha- sas de que me acusam, ninguém, para lhes ser agradável,
mar Paulo e passou a ouvi-lo a respeito da ªfé em Cristo Jesus. pode entregar-me a eles. f Apelo para César. 12 Então, Festa,
25 Dissertando ele acerca da justiça, do domínio próprio e do tendo falado com o conselho, respondeu: Para César apelas-
Juízo vindouro, ficou Félix amedrontado e disse: Por agora, te, para César irás.
podes retirar-te, e, quando eu tiver vagar, chamar-te-ei; 26 es-
perando também, ao mesmo tempo, que Paulo lhe desse bdi- Festo expõe a Agrípa o caso de Paulo
nheiro; 6 pelo que, chamando-o mais freqüentemente, 13 Passados alguns dias, o rei Agripa e Berenice chegaram a
conversava com ele. 27 Dois anos mais tarde, Félix teve por Cesaréia a fim de saudar a Festo. 14 Como se demorassem ali
sucessor Pórcio Festa; e, e querendo Félix assegurar o apoio alguns dias, Festa expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: 1Félix
dos judeus, manteve Paulo encarcerado. deixou aqui preso certo homem, 15 ma respeito de quem os
principais sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram
Paulo perante Festo. Apela para César queixa, estando eu em Jerusalém, pedindo que o condenasse.
Tendo, pois, Festa assumido o governo da província, 16 nA eles respondi que não é costume dos romanos 2 conde-
25 três dias depois, subiu de ªCesaréia para Jerusalém; nar quem quer que seja, sem que o acusado tenha presentes os
~~~~~~~~~~~~
~ 14 f At 9.2; 24.22 12Tm 1.3 mAt 26.22; 28.23 15 n At 23.6; 26.6-7; 28.20 o [Dn 12.2] 4 Cf. NU; TR e M acrescentam dos mortos; NU omite
16 P At 23.1 17 q Rm 15.25-28 18 r At 21.27; 26.21 s At 21.26 19 t[At 23.30; 25.16] 20 5 Cf. NU; TR e M se alguma iniqüidade
21 u [At 23.6; 24.15; 28.20] ?2 VAt 9.2; 18.26; 19.9,23; 22.4 XAt 23.26; 24.7 23 z At 23.16; 27.3; 2ª.16 24 a [Jo 3.15; 5.24; 11.25;
12.46; 20.31; Rm 10.9] 26 bEx 23.8 6Cf. NU; TR e M acrescentam para que o soltasse; NU omite 27 eEx 23.2; At 12.3; 23.35; 25.9, 14
CAPÍTULO 25 1 a At 8.40; 25.4,6, 13 2 b At 24.1; 25.15 1 Cf. NU; TR e M o sumo sacerdote 3 e At 23.12, 15 S d At 18.14; 25.18
7 e Me 15.3; Lc 23.2, 1O; At 24.5, 13 81 At 6.13; 24.12; 28.17 9 g At 12.2; 24.27 h At 25.20 11 i At 18.14; 23.29; 25.25; 26.31 f At
26.32; 28.19 14 1At 24.27 15 m At 24.1; 25.2-3 16 n At 25.4-5 2 Lit. entregar; TR e M entregar à destruição
•24.14 eu sirvo ao Deus. Paulo assegurava a Félix que, como judeu, ele seguia •25.4 Festa tinha que proteger Paulo enquanto ele estivesse sob custódia roma-
uma religião protegida por Roma. Como seguidor do "Caminho", Paulo servia "ao na e recusou o pedido dos judeus, salvando Paulo da conspiração deles.
Deus de nossos pais" e cria na ressurreição dos mortos IDn 12.1-2; 1Ts 4.13-18; •25.11 Apelo para César. Temendo que Festa fosse conceder aos judeus os
2Ts 1 8) seus pedidos, Paulo exercitou seu direito, como cidadão romano, de ser julgado
•24.21 ressurreição dos mortos. Paulo fez uma declaração crítica que não per- perante César !Nero) em Roma. Nesta época, Nero estava sob a benevolente in-
tencia à esfera dos interesses políticos romanos, mas à teologia judaica e cristã. fluência do filósofo estóico Sêneca, e ainda não havia mostrado sua hostilidade ao
•24.23 conservasse a Paulo ... com indulgência. Como cidadão romano cujo cristianismo. Paulo podia ter esperança de ser inocentado por César.
caso ainda estava pendente, a Paulo era dada certa liberdade 12816).
•24.24 Drusila. Filha de Herodes Agripa 1112.1-23) e irmã de Herodes Agripa 11 •25.13 rei Agripa. Este era Herodes Agripa li, filho de Agripa 1e bisneto de Hero-
des, o Grande 126.3, nota).
125.13; 26.3, nota) e de Berenice 125.13, nota). Drusila deixou Azizo, rei de Emesa
na Síria, para se casar com Félix. Ela provavelmente tenha morrido junto com seu Berenice. Filha mais velha de Herodes Agripa I, Berenice ficou viúva duas vezes
filho Agripa na erupção do Vesúvio, em Pompéia, em 79 d.C. antes de entrar numa relação incestuosa com seu irmão Herodes Agripa li. Ape-
•24.27 Pórcio Festa. Festa provinha de uma família nobre em Roma. Embora sar do escândalo deste relacionamento, ela era freqüentemente apresentada
Félix tivesse sido ambicioso e mau, Festa era sábio e honrado. como a rainha de Herodes em ocasiões oficiais lp. ex., vs. 13,23).
ATOS 25, 26 1308
seus acusadores e possa defender-se da acusação. 17 De sorte ciência. 4 Quanto à minha vida, desde a mocidade, como de-
que, chegando eles aqui juntos, ºsem nenhuma demora, no correu desde o princípio entre o meu povo e em Jerusalém,
dia seguinte, assentando-me no tribunal, determinei fosse tra- todos os judeus a conhecem; 5 pois, na verdade, eu era co-
zido o homem; 18 e, levantando-se os acusadores, nenhum de- nhecido deles desde o princípio, se assim o quiserem teste-
lito referiram dos crimes de que eu suspeitava. 19 PTraziam munhar, porque vivi fariseu conforme da seita mais severa da
contra ele algumas questões referentes à sua própria religião e nossa religião. 6 eE, agora, estou sendo julgado por causa da
particularmente a certo morto, chamado Jesus, que Paulo afir- esperança Ida promessa que por Deus foi feita a nossos pais,
mava estar vivo. 20 Estando eu perplexo quanto ao modo de in- 7 a qual as gnossas doze tribos, servindo a Deus fervorosa-
vestigar estas coisas, perguntei-lhe se queria ir a Jerusalém para mente de hnoite e de dia, ;almejam alcançar; é no tocante a
ser ali julgado a respeito disso. 21 Mas, havendo Paulo qapela- esta esperança, ó rei, que eu sou acusado pelos judeus. 8 Por
do para que ficasse em custódia para o julgamento de César, que se julga incrível entre vós que Deus ressuscite os mortos?
ordenei que o acusado continuasse detido até que eu o envias- 9 iNa verdade, a mim me parecia que muitas coisas devia eu
se a César. 22 Então, r Agripa disse a Festo: Eu também gostaria praticar 1 contra o nome de 'Jesus, o Nazareno; 10 me assim
de ouvir este homem. Amanhã, respondeu ele, o ouvirás. procedi em Jerusalém. Havendo eu recebido autorização
ndos principais sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas
Festo, de novo, fala a Agripa prisões; e contra estes dava o meu voto, quando os matavam.
23 De fato, no dia seguinte, vindo Agripa e Berenice, com 11 °Muitas vezes, os castiguei por todas as sinagogas, obrigan-
grande pompa, tendo eles entrado na audiência juntamente do-os até a blasfemar. E, demasiadamente enfurecido contra
com oficiais superiores e homens eminentes da cidade, 5 Pau- eles, mesmo por cidades estranhas os perseguia.
lo foi trazido por ordem de Festo. 24 Então, disse Festo: Rei 12 PCom estes intuitos, parti para Damasco, levando auto-
Agripa e todos vós que estais presentes conosco, vedes este rização dos principais sacerdotes e por eles comissionado.
homem, por causa de quem 1toda a multidão dos judeus re- 13 Ao meio-dia, ó rei, indo eu caminho fora, vi uma luz no
correu a mim tanto em Jerusalém como aqui, clamando que céu, mais resplandecente que o sol, que brilhou ao redor de
"não convinha que ele vivesse mais. 25 Porém eu achei que mim e dos que iam comigo. 14 E, caindo todos nós por terra,
vele nada praticara passível de morte; entretanto, xtendo ele ouvi uma voz que me falava em língua hebraica: Saulo, Sau-
apelado para o imperador, resolvi mandá-lo ao imperador. lo, por que me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra os
26 Contudo, a respeito dele, nada tenho de positivo que es- aguilhões. ts Então, eu perguntei: Quem és tu, Senhor? Ao
creva ao soberano; por isso, eu o trouxe à vossa presença e, que o Senhor respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
mormente, à tua, ó rei Agripa, para que, feita a argüição, te- 16 Mas levanta-te e firma-te sobre teus pés, porque por isto te
nha eu alguma coisa que escrever; 27 porque não me parece apareci, qpara te constituir ministro e testemunha, tanto das
razoável remeter um preso sem mencionar, ao mesmo tem- coisas em que me viste como daquelas pelas quais te aparece-
po, as acusações que militam contra ele. rei ainda, 17 2 livrando-te do povo e dos gentios, rpara os quais
eu 3 te envio, 18 spara lhes abrires os olhos e os 1converteres
Paulo discursa perante o rei Agripa das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, "a
A seguir, Agripa, dirigindo-se a Paulo, disse: É permi-
26 tido que uses da palavra em tua defesa. Então, Paulo,
estendendo a mão, passou a defender-se nestes termos:
fim de que recebam eles remissão de pecados e vherança en-
tre os que são xsantificados 4 pela fé em mim.
19 Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão ce-
2 Tenho-me por •feliz, ó rei Agripa, pelo privilégio de, lestial, 20 mas zanunciei primeiramente aos de Damasco e em
hoje, na tua presença, poder produzir a bminha defesa de to- Jerusalém, por toda a região da Judéia, e aos gentios, que se
das as e acusações feitas contra mim pelos judeus; 3 mormen- arrependessem e se convertessem a Deus, praticando ªobras
te porque és versado em todos os costumes e questões que há dignas de arrependimento. 21 Por causa disto, alguns judeus
entre os judeus; por isso, eu te peço que me ouças com pa- me prenderam, estando eu no templo, e tentaram matar-me.
e~~~~ ~~~~~~
17°Mt27.19;At256,10 19PAt18.14-15;23.29 21 qAt25.11-12 22rA19.15 23SAt9.15 241At25.2-3,7UAt21.36;
22.22 25 V At 23.9,29; 26.31 X At 25.11-12
CAPÍTULO 26 2 a [1Pe3 14; 4 14] b[1Pe 3.15-16] cAt21.28; 24.5-6 5 dFp 3.5 6 eAt 23.6/At 13.32 7 ng 1.1 h 1Ts3.10 iFp3.11
9j1Tm 1.12-13 1At 2.22; 10.38 1 Ou opostas ou contrárias ao 10 m At 8.1-3; 9.13 n At 9.14 11 o At 22.19 12 P At 9.3-8; 22.6-11;
26.12-18 16 q At 22.15 17 rAt 22.212resgatando-te3Cf. NU EM; TR acrescenta agora; NU e M omitem 18 s1s 35.5; 42.7,16 llPe
2.9 u Lc 1.77 vc1 1.12 x At 20.32 4 colocados à parte 20 z At 9.19-20.22; 11.26 a Mt 3.8; Lc 3.8
•26.3 versado em todos os costumes e questões ... entre os judeus. com os fariseus (Fp 3.5-6). para mostrar a legitimidade de seu judaísmo. Paulo
Como bisneto de Herodes, o Grande, e filho de Herodes Agripa 1, que tinha per- argumentou que Deus havia prometido a ressurreição do corpo. Embora esta
seguido a igreja (12.1-23). Herodes Agripa li (27-100 d.C.) conhecia intimamen- fosse a crença dos judeus em geral e dos fariseus em particular, estava sendo
te as questões judaicas. Embora influente nas questões religiosas judaicas, pois usada como base das acusações contra ele.
tinha autoridade política para designar o sumo sacerdote. Agripa li não era po-
pular entre os judeus por causa de sua relação incestuosa com sua irmã Bereni- •26.12-14 A experiência de Paulo na estrada de Damasco (9.1-19). foi tão im-
ce (25.13. nota). portante que ele a contou duas vezes, uma perante a multidão de judeus em Je-
rusalém (22.6-16) e outra vez diante desta audiência principalmente pagã em
Cesaréia.
•26.5 vivi fariseu ... seita mais severa. Conhecendo o passado de Agripa,
Paulo enfatizou sua dependência no Deus de seus pais (cf. 24.14) e seu vínculo •26.20 Ver 2.38; 3.19 e nota; 17.20; 20.21; nota teológica "Arrependimento".
1309 ATOS 26, 27
ARREPENDIMENTO
At28.20
Arrependimento significa mudança de mente, de modo que os pontos de vista de uma pessoa arrependidi, seus valores,
objetivos e comportamentos são mudados e toda a sua' vida é vivida de um modo diferente. Sua mente, seu discernimento,
sua vontade, suas afeiÇóes, seu comportamento, seu estilo de vida, seus motivos e seus planos, tudo está envolvi® nessa
mudança. Arrepender-se significa começar a viver uma nova vida. , . , :"'º·;·
A chamada ao arrependimento era a convocação fundamental na pregação de João Batista (Mt 3,1), • JeSllS_(_ 4.17),
dos Doze (Me 6.12), de Pedro no Pentecostes (At 2.381, de Paulo aos gentios (At 17 .30; 26.20)e do Cristo~- cinco
das sete igrejas da Ásia (Ap 2.5, 16,22; 3.3, 19). Era parte do resumo feito por Jesus do evangelho que devia ser piewido em
todo o mundo (lc 24.471. Corresponde ao constante apelo dos profetas a Israel para que retomasse a Deus, de quem se tinha
extraviado (p. ex., Jr 23.22; 25.4-5; Zc 1.3-6). Oarrependimento é sempre descrito como o cáminho parà.a'r~de peca-
dos e a testauração do favor de Deus, ao passo que a impenitência é o caminho para a rufna (p. ex., 13:1~8). ·
A fé e o arrependimento são, em si mesmos, frutos da regeneração. Porém, como uma questão prátiea, o à1T81M .. 1Qrneirt1
inseparável da fé~ Voltar-se para Cristo em fé é impossível sem o abandono do pecado pelo arrependimento. A que
pode haver fé salvadora sem arrependimento e de que alguém pode ser justificado apenas aceitando a (;!isto or,
mas recusando-se a aceitá-lo como Senhor, é um erro perigoso. A verdadeira fé reconhece a Cristo conig~/défato, ele é,
isto é, nosso Rei escolhido por Deus, bem como nosso Sacerdote, que Deus nos deu, e a fé que confia nele como Sàfvador, se
submeterá a ele co"'*~énhor também. Recusar isso éprocurar justificação com urna fé impeni~tà, q~~.'14~iíma.
A Confissão de Westminster declara que, no arrependimento, ' '·· ··' ·' ' · ·
•movido pelo reconhecimento e sentimento não só do perigo, mas também da impureza e odiosidade de ~JMIC8dos.
como contrários à santa natureza e justa lei de Deus, e conscientizando-se da misericórdia diviu ~ em
Cristo aos qu• são penitentes, o pecador, pelo arrependimento, de tal maneira sente e abOITece seus ~ que,
deixando-os, se volta para Deus, tencionando e procurando andar com ele em todos os caminhdl de seus
mandamentos· (Confissão de Westminster, XV.2). '"'' ;;.•::yõf,<'
Sentimentos de remorso, auto-reprovação e tristeza pelo pecado gerados pelo temor de punição, sem::~~º ou
decisão de deixar de pecar, não devem ser confundidos com o arrependimento. Davi expressa o verdadeiro a~
no SI 51; revelando em seu coração o propósito sério de não pecar mais e de viver uma vida justa (Lc 3.8; At 26:20fr:
22 Mas, alcançando socorro de Deus, permaneço até ao dia respondeu: ;Assim Deus permitisse que, por pouco ou por mui-
de hoje, dando testemunho, tanto a pequenos como a gran- to, não apenas tu, ó rei, porém todos os que hoje me ouvem se
des, nada dizendo, senão bo que os profetas e cMoisés disse- tomassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias.
ram haver de acontecer, 23 disto é, que o Cristo devia padecer
e, e sendo o primeiro da ressurreição dos mortos, /anunciaria Paulo teria sido solto, se não tivesse apelado
a luz ao povo e aos gentios. para César
30 A essa altura, levantou-se o rei, e também o governador,
Paulo é interrompido por Festo e Berenice, bem como os que estavam assentados com eles;
24 Dizendo ele estas coisas em sua defesa, Festa o interrom- 31 e, havendo-se retirado, falavam uns com os outros, dizen·
peu em alta voz: gEstás louco, Paulo! As muitas letras te fazem do: iEste homem nada tem feito passível de morte ou de pri-
delirar! 25 Paulo, porém, respondeu: Não estou louco, ó exce- são. 32 Então, Agripa se dirigiu a Festa e disse: Este homem
lentíssimo Festa! Pelo contrário, digo palavras de verdade e de bem podia ser 1solto, mse não tivesse apelado para César.
bom senso. 26 Porque tudo isto hé do conhecimento do rei, a
quem me dirijo com franqueza, pois estou persuadido de que
nenhuma destas coisas lhe é oculta; porquanto nada se passou
em algum lugar escondido. 27 Acreditas, ó rei Agripa, nos pro-
2 7 Quando
Paulo enviado para a Itália
ªfoidecidido que navegássemos para a Itá-
lia, entregaram Paulo e alguns outros presos a um
fetas? Bem sei que acreditas. 28 Então, Agripa se dirigiu a Paulo centurião chamado Júlio, da Coorte Imperial. 2 Embarcando
e disse: Por pouco me persuades a me fazer cristão. 29 Paulo num navio adramitino, que estava de partida para costear a
• 22 bLc 24.27; At 24, 14; 2R23; Rm 3,21 eJo 5.46 23 áLc 24,26 e 1Co15,20,23; CI l, 18; Ap 1,5 /Is 42,6; 49,6; Lc 2.32; 2Co 4.4 24 g2Rs
9, 11; Jo 10.20; [1Co 1.23; 2.13-14; 4,1 O] 26 h At 26,3 29 i1Co n 31iAt23,9,29; 25.25 32 1At28.18 mAt 25, 11
CAPITULO 27 1 a At 25, 12,25
•26.23 Cristo devia padecer... ressurreição dos mortos. Os judeus tinham •26.28 Por pouco me persuades a me fazer cristão. O rei estava usando
dificuldade para aceitar a idéia de que o Messias iria sofrer e morrer. Jesus e seus uma tática para retardar. argumentando que um discurso de meia hora era insufi-
discípulos ensinaram esta doutrina a partir das Escrituras (17,2·3; Lc 24,27; 1Co ciente para torná-lo um cristão, No século 1, "cristão" (cf. 11.26) era provavelmen-
15.3-4) e ainda assim os judeus a rejeitaram, prenderam Paulo e queriam matá·lo, te um termo de desprezo 11Pe4, 16),
•26.27 Acreditas... nos profetas. Agripa estava diante de um dilema: se dis· •27 .2 adramitino. De Adramítio. na costa entre Trôade e Pérgarno,
sesse não. iria enraivecer os judeus; se dissesse sim, iria perder prestígio, porque estava de partida. Este capítulo está cheio de termos e direções náuticas, evi-
Paulo pediria a ele que cresse no evangelho, dência de que o autor era testemunha ocular.
ATOS 27 1310
Ásia, fizemo-nos ao mar, indo conosco b Aristarco, macedô- balhosa, com dano e muito prejuízo, não só da carga e do na-
nio de Tessalônica. 3 No dia seguinte, chegamos a Sidom, e vio, mas também da nossa vida. 11 Mas o centurião dava mais
Júlio, ctratando Paulo com humanidade, permitiu-lhe ir ver crédito ao piloto e ao mestre do navio do que ao que Paulo di-
os amigos e obter assistência. 4 Partindo dali, navegamos sob zia. 12 Não sendo o porto próprio para invernar, a maioria deles
a proteção de Chipre, por serem contrários os ventos; s e, ten- era de opinião que partissem dali, para ver se podiam chegar a
do atravessado o mar ao longo da Cilícia e Panfi1ia, chegamos Fenice e aí passar o inverno, visto ser um porto de Creta, o qual
a Mirra, na Lícia. 6 Achando ali o centurião dum navio de Ale- olhava para o nordeste e para o sudeste.
xandria, que estava de partida para a Itália, nele nos fez em- 13 Soprando brandamente o vento sul, e pensando eles ter
barcar. 7 Navegando vagarosamente muitos dias e tendo alcançado o que desejavam, levantaram âncora e foram coste-
chegado com dificuldade defronte de Cnido, não nos sendo ando mais de perto a ilha de Creta. 14 Entretanto, não muito
permitido prosseguir, por causa do vento contrário, navega- depois, desencadeou-se, do lado da ilha, um tufão de vento,
mos sob a proteção de ecreta, na altura de Salmona. B Coste- chamado 2 Euroaquilão; 15 e, sendo o navio arrastado com vio-
ando-a, penosamente, chegamos a um lugar chamado Bons lência, sem poder resistir ao vento, cessamos a manobra e nos
Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia. 3fomos deixando levar. 16 Passando sob a proteção de uma
ilhota chamada 4 Cauda, a custo conseguimos recolher o bote;
Os perigos da viagem 11 e, levantando este, usaram de todos os meios para cingir o
9 Depois de muito tempo, tendo-se tomado a navegação pe- navio, e, temendo que dessem na Sirte, arriaram os aparelhos,
rigosa, !e já passado o tempo do 1 Dia do Jejum, admoestava-os e foram ao léu. 18 Açoitados severamente pela tormenta, no
Paulo, 10 dizendo-lhes: Senhores, vejo que a viagem vai ser tra- dia seguinte, já aliviavam o navio. 19 E, ao terceiro dia, gnós
e~
2 bAt 19.29
-----~-- -~~-
3 CAt 24.23; 28.16 6 dAt 28.11 7 eAt 2.11, 27.12,21; Tt 1.5, 12 9/Lv 16 29-31, 23.27-29; Nm 297 1Lit ojejum, o Dia
da Expiação (Lv 16). entre fins de setembro e meados de outubro 14 2 Ct. NU, Gr euroc/ydon. vento nordeste; TR e M. Gr euro/ydon. vento
sudeste que levanta grandes ondas 1S 3 fomos à deriva 16 4 Ct. NU; TR e M Clauda 19 g Jn 1.5
conosco Aristarco. Paulo tinha dois companheiros com ele: Lucas como seu •27 .11-12 Ocapitão e o proprietário queriam alcançar o porto de Fênix, maior e
médico (CI 4.14) e Aristarco (CI 4.1 O; Fm 24) de Tessalônica, provavelmente seu mais seguro, a 64 km a oeste. mas ao ir em direção oeste, passado o Cabo Ma-
assistente. laia, o navio estaria exposto a ventos de noroeste.
•27 .3 chegamos a Sidom. Um porto no Mediterrâneo oriental, hoje no Líbano. •27 .17 usaram de todos os meios. Por causa do perigo de violentas tempes-
•27 .4 a proteção de Chipre. Isto é, logo abaixo do ponto oriental da ilha, para tades no Mediterrâneo. antigas embarcações carregavam cordas para reforçar o
estar protegidos dos ventos ocidentais do verão e do outono. casco e. numa emergência, amarravam-nas em volta delas. pelos lados.
•27 .5 ao longo da Cilícia e Panfília. O navio subiu a costa síria, passou por arriaram os aparelhos. Temendo que pudessem ser arrastados para Sirte (uma
Antioquia da Síria e depois foi a oeste para Mirra. Mirra era um importante região de areias perto das atuais Líbia e Tunísia). os marinheiros arriaram as velas.
porto de parada para navios graneleiros que navegavam entre Alexandria e A descrição em grego pode também significar que eles baixaram a âncora para
Roma. diminuir a velocidade do navio.
Mar Negro
mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do comer. 36 Todos cobraram ânimo e se puseram também a
nã'J\I). 2.0 E, nãl) â\)ãrecendo, havia já alguns dias, nem sol nem comer. 37 Estávamos no navio duzentas e setenta e seis ºpes-
estrelas, caindo sobre nós grande tempestade, dissipou-se, afi- soas ao todo. 38 Refeitos com a comida, aliviaram o navio,
nal, toda a esperança de salvamento. lançando o trigo ao mar.
21 Havendo todos estado muito tempo sem comer, Paulo, 39 Quando amanheceu, não reconheceram a terra, mas
pondo-se em pé no meio deles, disse: Senhores, na verdade, avistaram uma enseada, onde havia praia; então, consulta-
era preciso terem-me atendido e não partir de Creta, para evi- ram entre si se não podiam encalhar ali o navio. 40 7 Levan-
tar este dano e perda. 22 Mas, já agora, vos aconselho 5 bom tando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também as
ãnimo, porque nenhuma vida se perderá de entre vós, mas amarras do leme; e, alçando a vela de proa ao vento, dirigi-
somente o navio. 23 hPorque, esta mesma noite, um anjo de ram-se para a praia. 41 Dando, porém, 8 num lugar onde duas
Deus, de quem eu sou e 'a quem sirvo, esteve comigo, 24 di- correntes se encontravam, Pencalharam ali o navio; a proa
zendo: Paulo, não temas! É preciso que compareças perante encravou-se e ficou imóvel, mas a popa se abria pela violência
César, e eis que Deus, por sua graça, te deu todos quantos na- do mar. 42 O parecer dos soldados era que matassem os pre-
vegam contigo. 25 Portanto, senhores, tende bom ânimo! sos, para que nenhum deles, nadando, fugisse; 43 mas o cen-
iPois eu confio em Deus que sucederá do modo por que me turião, querendo salvar a Paulo, impediu-os de o fazer; e
foi dito. 26 Porém 1é necessário que vamos dar a uma ilha. ordenou que os que soubessem nadar fossem os primeiros a
lançar-se ao mar e alcançar a terra. 44 Quanto aos demais, que
O naufrágio se salvassem, uns, em tábuas, e outros, em destroços do na-
27 Quando chegou a décima quarta noite, sendo nós bati- vio. E foi assim qque todos se salvaram em terra.
dos de um lado para outro no mar Adriático, por volta da meia-
noite, pressentiram os marinheiros que se aproximavam de A ilha de Malta
alguma terra. 28 E, lançando o prumo, acharam vinte braças;
passando um pouco mais adiante, tornando a lançar o prumo,
28 Uma vez em terra, verificamos que ªa ilha se chamava
Malta. 2 Os bbárbaros 1 trataram-nos com singular hu-
acharam quinze braças. 29 E, receosos de que fôssemos atira- manidade, porque, acendendo uma fogueira, acolheram-nos a
dos contra lugares rochosos, lançaram da popa quatro ânco- todos por causa da chuva que caía e por causa do frio. 3 Tendo
rase 6 oravam para que rompesse o dia. 30 Procurando os Paulo ajuntado e atirado à fogueira um feixe de gravetos, uma
marinheiros fugir do navio, e, tendo arriado o bote no mar, a vibora, fugindo do calor, prendeu-se-lhe à mão. 4 Quando os
pretexto de que estavam para largar âncoras da proa, 31 disse bárbaros viram a víbora pendente da mão dele, disseram uns
Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não permanece- aos outros: Certamente, este homem é assassino, porque, salvo
rem a bordo, vós não podereis salvar-vos. 32 Então, os solda- do mar, a Justiça não o deixa viver. 5 Porém ele, sacudindo o
dos cortaram os cabos do bote e o deixaram afastar-se. réptil no fogo, e não sofreu mal nenhum; 6 mas eles esperavam
33 Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que se alimen- que ele viesse a inchar ou a cair morto de repente. Mas, depois
tassem, dizendo: Hoje, é o décimo quarto dia em que, espe- de muito esperar, vendo que nenhum mal lhe sucedia, mudan-
rando, estais sem comer, nada tendo provado. 34 Eu vos rogo do de parecer, ddiziam ser ele um deus.
que comais alguma coisa; porque disto depende a vossa segu-
rança; mpois nenhum de vós perderá nem mesmo um fio de Públio hospeda a Paulo
cabelo. 35 Tendo dito isto, tomando um pão, ndeu graças a 7 Perto daquele lugar, havia um sítio pertencente ao 2 ho-
Deus na presença de todos e, depois de o partir, começou a mem principal da ilha, chamado Públio, o qual nos recebeu e
• 8 e At 9.40; [Tg 5.14-15] /Mt 9.18; Me 5.23; 6.5; 7.32; 16.18; Lc 4.40; At 19.11-12; [1Co 12.9,28] 10 gMt 15.6; 1Tm 5.17 h [Fp 4.19]
11 i At 27.6 3 Lit. filhos de Zeus, Castor e Pólux, filhos gêmeos de Zeus (Júpiter) e Leda, aos quais se atribuía a proteção aos marinheiros, cujo
símbolo era utilizado nas embarcações 14/Rm 1.8 16 1At 23.11; 24.25; 27.3 17 m At 23.29; 24.12-13; 26.31 n At 21.33 18 o At
22.24; 24.1 O; 25.8; 26.32 19 4 Autoridades judaicas
toda a municipalidade de Malta". Isto encaixa bem na descrição que Lucas faz de ques febris. A doença tem sido diagnosticada em tempos modernos como sendo
Públio como sendo o "homem principal da ilha". Públio mostrou aos visitantes febre de Malta, causada pelo leite das cabras maltesas.
hospitalidade em sua propriedade na ilha. •28.16 morar por sua conta ..• guardava, Sob prisão domiciliar. Paulo morava
em sua própria casa alugada. Ali ele podia receber seus amigos e ministrar para
•28.8 enfermo de disenteria ... febre. A palavra grega sugere repetidos ata- grupos tais como os judeus romanos.
- - - -· - ---=-=-=-
PAt 25.11,21,25 20 q At 26.6-7 r At 26.29; Ef 3.1, 4.1; 6.20; 2Tm 1.8,16; Fm 10, 13 22 Slc 2.34; At 24.5,14; [1Pe 2.12; 3.16; 4.14, 16]
23 ILc 24.27; [At 17.3; 19 8] "At 26.6,22 24 VAt 14.4; 19.9 25 5Cf. NU; TR e Mnossos 26 x1s 6.9-10; Jr 5.21; Ez 12.2; Mt 13.14-15;
Me 4.12; Lc 8.1 O; Jo 12.40-41, Rm 11.8 28 z1s 42.1,6; 49.6; Mt 21.41; Lc 2.32; Rm 11.11 29 6 Conteúdo dos colchetes conforme TR e
M; NU omite 31 •At4.31, Ef6.19
•28.30-31 De 60 a 62 d.C., Paulo esteve sob prisão domiciliar pregando e ensi- 1.18; 4.12; Trôade, 2T m 4.13; Mileto, ZTm 4.20). Possivelmente ele foi até a
nando a qualquer um que quisesse ouvir. Seu assunto pode ser resumido como o Espanha (Rm 15.23-24,28), como o escrito do século I que /Clemente parece in-
reino de Deus e Jesus Cristo. No final de Atos, Paulo ainda não tinha sido julgado dicar. Em cerca de 67 d.C., Paulo foi preso novamente por Nero e executado. Em
perante Nero, como o Senhor disse que iria acontecer (27.24). Parece que Paulo 2T m 4.6-8, Paulo prevê o fim de sua vida.
esperava ser inocentado e solto (Fp 1.25; 2.24; Fm 22). Isto deve ter ocorrido an-
tes de 64 d.C., quando Nero incendiou Roma e acusou os cristãos desse crime. •28.31 com toda a intrepidez, sem impedimento algum. Para Paulo, Lucas e
Quando solto, Paulo parece ter retomado seu ministério, )ndo até a Grécia (Nicó- todos que vieram depois, a mensagem sobre Jesus e o glorioso reino de Deus de-
polis, Tt 3.12; Tessalônica, 2Tm 4.10). Creta (Tt 1.5) e Asia Menor (Efeso, 2Tm veria seguir em frente em triunfo.