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Experimento 05 Determinação Do Coeficiente Global em Um Trocador de Calor Tipo Duplo Tubo
Experimento 05 Determinação Do Coeficiente Global em Um Trocador de Calor Tipo Duplo Tubo
Experimento 05
GRUPO 01/T1
João Ribeiro
Otávio Riboli
Vinícius Bianchini
Passo Fundo
17 de Outubro de 2017.
1
1. OBJETIVO DO EXPERIMENTO
2. INTRODUÇÃO
𝑞̇ = 𝑈 𝐴 ∆𝑇𝑚𝑙 (1)
Onde 𝑞̇ é a troca de calor, U é o coeficiente global de troca de calor, A é a área efetiva de troca
de calor e ∆Tml é a diferença de temperatura média logarítmica.
A diferença de temperatura média logarítmica pode ser obtida pela equação:
∆𝑇 − ∆𝑇
2 1 1 ∆𝑇 −∆𝑇
2
∆𝑇𝑚𝑙 = 𝑙𝑛(∆𝑇 /∆𝑇 )
= 𝑙𝑛(∆𝑇 /∆𝑇 )
(2)
2 1 1 2
Sendo:
Além disso, o calor trocado por cada corrente de fluído pode ser avaliado através da equação.
𝑞̇ 𝑓 + 𝑞̇ 𝑞
𝑞̇ = (5)
2
Onde:
𝐴 = 𝜋𝐷𝑒 L (8)
Dessa forma, por meio dos dados já calculados é possível determinar-se, o coeficiente global
de troca de calor, por meio Equação 5.
𝑞̇
𝑈 = 𝐴∆𝑇 (9)
𝑚𝑙
3.2. Procedimento
Tabela 1 – Valores médios dos dados coletados no experimento diante do trocador de calor
Tabela 2 - Dados coletados no experimento com auxílio da balança digital, termômetro termopar e cronômetro.
Cabe ressaltar que a vazão da água fria foi determinada pela equação.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
𝑚̇𝑓 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 (10)
Incerteza de Incerteza
Instrumento de medição σB
escala aleatória
Comprimento (mm) Trena métrica (escala1mm) 0,06 1 1
Diâmetro (mm) Paquímetro (escala 0,05mm) 0,01 0,1 0,1
Massa (g) Balança (escala 5g) 2,89 15 15,28
Temperatura (˚C) Termopar (escala 0,1 °C) 0,06 0,5 0,5
Tempo (s) Cronômetro (escala 0,01s) 0,01 0,3 0,3
Δp (mmHg) Trena métrica (escala 1mm) 0,29 1 1
Dessa forma, σB corresponde à incerteza tipo B para cada medição, como no caso do tempo e
massa:
σB,t = 0,3s para todos os tempos medidos.
σB,m = 15,3g para todas as massas medidas.
Agora levando em conta as medidas que trabalharam com mais de uma incerteza á a necessidade
de calcular-se a incerteza do tipo A e a incerteza combinada entre esta é a do tipo B para cada situação.
Com relação à vazão mássica, esta envolve a vazão de água quente, água fria e as incertezas
relacionadas ao cronômetro e a balança. O primeiro passo para determinação da incerteza combinada
constitui a determinação da incerteza tipo B para cada vazão, a qual foi obtida pela equação.
Depois de calculada a incerteza Tipo B para cada vazão, foi necessário determinar-se a incerteza
Tipo A para cada conjunto de dados. A ordem de cálculo seguida é apresentada abaixo.
Os cálculos a seguir foram aplicados para determinar a incerteza média de cada um dos quatro
conjuntos de medidas de vazão.
1
𝜎𝑚 = √[𝑛−1 ∑𝑛𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑥̅ )2 ] 𝑔/𝑠 = desvio padrão (15)
𝜎𝑚
𝜎𝐴,𝑚̇ = 𝑔/𝑠 = desvio padrão do fluxo mássico médio (16)
√𝑛
1
𝜎𝐵𝑚̇ = 𝑛 √𝜎 2 𝐵,𝑚̇1 + 𝜎 2 𝐵,𝑚̇2 + 𝜎 2 𝐵,𝑚3̇ 𝑔/𝑠 =Incerteza tipo B do fluxo mássico médio (17)
E por fim a incerteza combinada (tipo A + tipo B) para a primeira medida (média) pode ser
obtido por meio da equação.
Os cálculos acima foram processados por meio de uma planilha “Excel” e seus resultados são
apresentados na Tabela 4, onde é relacionada vazões mássicas de cada fluído com sua incerteza.
Vale ressaltar que como o tempo foi determinado por meio de um cronômetro, e seu resultado
foi considerado como contendo uma precisão de 4 algarismos significativos. Já a massa como foi
determinada por meio de uma balança digital (descontando-se o peso do recipiente) e foi considerado
como contendo um resultado de 5 algarismos significativos, desta forma o resultado obteve no
máximo 4 algarismos significativos.
A fim de obter-se o coeficiente global de troca de calor, a seguir serão determinados os dados
necessário na equação, o que envolve o fluxo de calor trocado entre as correntes de fluido, a área
efetiva de troca de calor e a diferença de temperatura média logaritmica.
Para o cálculo do o fluxo de calor trocado entre as correntes de fluido, inicialmente calculou-se
o calor trocado por cada corrente, por meio das equações 6 e 7. E em seguida calculo-se e a média do
calor trocado entre os dois, atravéz da equação 5.
Para o cálculo do calor específico de cada caso, foi levado em conta a pressão ambiente e a
temperatura de entrada de fluido de cada tubo. Desse modo, segundo o site “Tempo Agora”, foi
verificado que a pressão atmosférica da cidade de Passo Fundo seria de 94120 Pa ou 0,9412 bar.
Assim, a partir dos dados, calculou-se por meio da planilha Excel “xsteam_calc_v2.6” disponibilizada
no ambiente do aluno, o calor específico de cada corrente, os quais são apresentados na Tabela 5.
2 2 (21)
∂𝑞̇ ∂𝑞̇
𝜎𝑞̇2 =(𝜕𝑞 ̇ 𝜎̇𝑞𝑓̇ ) + (𝜕𝑞̇ 𝜎̇𝑞𝑞̇ )
𝑓 𝑞
𝑞̇ f (kW) 𝑞̇ Médio
Medidas 𝑞̇ f (kW) 𝜎𝑞𝑓̇ (kW) 𝜎𝑞𝑞̇ (kW) σq (kW)
(kW)
Q= 100% F=100% 4,961 0,397 3,987 0,307 4,474 0,497
Q= 50% F=100% 6,002 0,403 4,841 0,250 5,421 0,460
Q= 100% F=50% 3,314 0,199 2,340 0,299 2,827 0,399
Q= 50% F=50% 4,360 0,198 3,086 0,226 3,723 0,320
A área de troca térmica que é constante para qualquer um dos casos, foi calculada por meio da
equação 8, em função do diâmetro externo do tubo interno e do comprimento do tubo. A equação da
incerteza da área é apresentada abaixo e seu resultado é apresentado na Tabela 7.
∂A 2 ∂A 2 (22)
𝜎𝐴2 = (𝜕𝐷 𝜎̇𝐷𝑒 ) + ( 𝜕𝐿 𝜎̇L )
𝑒
A (m²) σA (m²)
0,0451 5𝑥10−4
Para o cálculo da média logarítmica das diferenças de temperaturas (∆Tml) foram utilizadas as
equações 2, 3 e 4. As incertezas das mesmas foram obtidas por meio da equação abaixo e seus
resultados estão expressos na Tabela 8.
∂∆T 2 ∂∆T 2
𝜎 2 ∆T𝑚𝑙 = ( 𝜕∆𝑇𝑚𝑙 𝜎∆𝑇1 ) + ( 𝜕∆𝑇𝑚𝑙 𝜎∆𝑇2 ) (23)
1 2
Por meio dos valores obtidos, enfim, é possível determinar-se o coeficiente global de troca de
calor, o qual pode ser obtido por meio da equação 9. A incerteza para o mesmo, foi determinada por
meio da equação a seguir e seus resultados juntamente com os da equação 9 são apresentados na
Tabela 9.
∂U 2 ∂U 2 ∂U 2 (26)
𝜎𝑈2 = (𝜕𝑞̇ 𝜎̇𝑞̇ ) + (𝜕𝐴 𝜎̇A ) + (𝜕∆𝑇 𝜎∆𝑇𝑚𝑙 )
𝑚𝑙
Tabela 9 - Coeficiente Global de Transferência de calor para cada corrente e sua incerteza.
Segundo Reis (2012), o coeficiente global de transferência de calor varia de 11 a 110 W/m2K
quando o mecanismo de convecção é forçado, ou seja, temos um valor de 3000 a 30000 W/m2ºC.
Dessa forma os valores encontrados estariam dentro da faixa de valores aceitáveis para o coeficiente
global de transferência de calor.
5 CONCLUSÃO
Avaliado os resultados, é possível afirmar que mesmo desprezando as resistências térmicas por
condução e convecção, bem como as incrustações presentes, chegou-se a valores bastante reais para
o coeficiente global.
Notou-se que, com a diminuição em 50% da vazão de água quente e mantendo a vazão de água
fria em 100% houve uma pequena diminuição do coeficiente global. As inversões das vazões
quente/frio obteve-se uma maior diminuição no coeficiente global em comparação com as duas
vazões em 100%. Com as vazões em 50% do total, foi onde encontrou-se o menor coeficiente global.
Também ficou evidente que à medida que a vazão mássica aumenta, também sobem os valores
do coeficiente de película, e consequentemente o coeficiente global.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS