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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Princípios Constitucionais da Administração Pública����������������������������������������������������������������������������������2
Princípios Constitucionais Fundamentais Expressos��������������������������������������������������������������������������������������������������2

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Princípios Constitucionais da Administração Pública


Os princípios são normas de caráter geral, que têm por objetivo o norteamento do sistema
jurídico. Os princípios fundamentais da Administração Pública podem ser expressos (encontrados
no texto constitucional) ou implícitos (aqueles que, embora não contenham previsão expressa, são
extraídos do texto constitucional).
Entre os princípios expressos e os implícitos não existe qualquer tipo de subordinação ou hierar-
quia.

Princípios Constitucionais Fundamentais Expressos


Dentro da Constituição Federal, encontramos os cinco princípios fundamentais expressos:
˃˃ Legalidade
˃˃ Impessoalidade
˃˃ Moralidade
˃˃ Publicidade
˃˃ Eficiência
Art. 37 da Constituição Federal:
“A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicida-
de e eficiência e, também, ao seguinte (...)”

Princípio Da Legalidade
O princípio da legalidade pode ser analisado sobre duas vertentes:
1) Em relação ao particular (legalidade lato sensu):
Art. 5º da Constituição Federal:
“II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
Segundo esse dispositivo constitucional, o particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíba.
Nesse caso, a regra é a autonomia da vontade.
2) Em relação à Administração Pública (legalidade stricto sensu)
De acordo com o Art. 37 da Carta Magna, a Administração Pública somente pode fazer aquilo
que a lei ordena (atuação vinculada) ou autoriza (atuação discricionária). Ela jamais pode agir na
omissão da lei. O desrespeito a esse princípio torna o ato ilegal (que deve ser anulado).
Princípio da Impessoalidade
Esse princípio também pode ser visto sob três perspectivas:
1) Isonomia:
O administrador público deve tratar os administrados de maneira isonômica, sem criar distin-
ções ou critérios de preferência entre eles, que devem ser tratados de maneira igualitária.
2) Finalidade:
A finalidade de toda a atuação pública é o interesse social. A Administração sempre deve agir ob-
jetivando fins públicos. Esse princípio veda que o administrador atue visando a interesses próprios
ou de terceiros. Nessa acepção, o referido princípio também é chamado de princípio da finalidade.
3) Vedação à Promoção Pessoal (ou Partidária):

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Sob essa ótica, o princípio da impessoalidade veda que o administrador utilize obras públicas
para fins de promoção pessoal ou partidária. Exemplo: na construção de uma ponte não pode
existir no cartaz “esta é uma obra do prefeito João da Silva”. Nessa publicidade da obra, deve constar
apenas a entidade governamental e não a pessoa do administrador. Da mesma forma, é vedado fazer
alusão a qualquer partido político.
“CF, Art. 37, § 1º – A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.”
A exigência de concurso público para o preenchimento de cargos públicos efetivos e de empregos
públicos reflete uma aplicação direta desse princípio.
Outro exemplo relevante é a súmula vinculante 13 do STF, que veda o nepotismo, de modo a
observar tanto o princípio da impessoalidade como também o da moralidade.
Princípio da Moralidade
O princípio da moralidade correlaciona-se ao princípio da legalidade, de modo a complementá-
-lo. É importante salientar que a noção de moralidade, abordada neste estudo, refere-se à moralidade
administrativa, que não se confunde com o sentido de “moral”, relativo ao senso comum.
A moralidade administrativa traz o dever de probidade. Mesmo que determinado ato seja legal,
ele deve ser realizado de acordo com as ideias de ética, de decoro, de honestidade e de boa-fé.
A moralidade administrativa é um pressuposto de validade de todos os atos da Administração
Pública, pois, além de invalidar tais atos, poderá acarretar também a responsabilização por improbi-
dade administrativa (Lei 8.429/92).
Princípio da Publicidade
O princípio da publicidade pode ser observado sob duas vertentes:
1) Exigência de publicação:
Um dos requisitos de eficácia do ato administrativo (aptidão para produzir efeitos) é que ele seja
publicado em órgão oficial. Existem algumas exceções (como no caso de sigilo para proteção da se-
gurança da sociedade e do Estado).
2) Transparência:
Não basta a mera publicação. Para que esse princípio seja realmente observado, é necessário que
essa publicação esteja acessível para os administrados. Como exemplo, temos o direito à obtenção de
certidões em repartições públicas.
Art. 5º da Constituição Federal:
” XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;”

Princípio da Eficiência
Introduzido na Constituição Federal pela Emenda 19/98, esse o princípio da eficiência estabelece que
todo agente público deve realizar suas atribuições com presteza, perfeição, rapidez e rendimento funcio-
nal. Os serviços públicos devem prestados de maneira eficiente, com qualidade e produtividade.
Para privilegiar esse princípio, a Constituição Federal estabeleceu as avaliações periódicas de
desempenho para os servidores públicos, sendo que, mesmo o estável pode ser exonerado, caso não
tenha resultados satisfatórios.
Outra medida para tornar mais eficiente a prestação dos serviços públicos refere-se aos
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chamados contratos de gestão, previstos na Constituição Federal, Art. 37:


“§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da Admi-
nistração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
administradores e o Poder Público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho
para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos
dirigentes;
III – a remuneração do pessoal.”
EXERCÍCIOS
Julgue os itens a seguir:
01. A atribuição do nome de determinado prefeito em exercício a determinada escola pública
municipal constitui infringência ao princípio constitucional da impessoalidade, mesmo que
tenha caráter educativo, informativo ou de orientação social.
Certo ( ) Errado ( )
02. O princípio da eficiência determina que a atividade desenvolvida pela Administração Pública
deve observar o interesse público, sendo atribuída aos órgãos e entidades em nome dos quais
foi praticada, e não à pessoa do agente público.
Certo ( ) Errado ( )
03. O princípio da legalidade significa que a Administração somente não pode fazer o que a lei
proíbe.
Certo ( ) Errado ( )
O Prefeito de determinado Município, a fim de realizar promoção pessoal, utilizou-se de
símbolo e de slogan que mencionam o seu sobrenome na publicidade institucional do Municí-
pio. A utilização de publicidade governamental para promoção pessoal de agente público viola
o disposto no Art. 37, § 1º , da Constituição Federal, transcrito a seguir: “A publicidade dos atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informati-
vo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.
04. O fato narrado constitui violação ao seguinte princípio da Administração Pública, dentre
outros:
a) Eficiência.
b) Publicidade.
c) Razoabilidade.
d) Impessoalidade.
e) Supremacia do Interesse Particular sobre o Público.
GABARITO
01 - CERTO
02 - ERRADO
03 - ERRADO
04 - D

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