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Várias Figuras Da Auto-Tutela Ou Da Tutela Privada de Direito
Várias Figuras Da Auto-Tutela Ou Da Tutela Privada de Direito
O Estado
Para uma delas, chamada Cl�ssica ou Estadualista, apenas os Estados s�o sujeitos de
Direito Internacional. Estado e pessoa jur�dica internacional s�o duas no��es que
se identificam, portanto, a n�o ser que se verifiquem quaisquer anomalias
hist�ricas, a personalidade jur�dica internacional deriva da reuni�o de todos os
atributos da soberania.
Foi ultrapassada por uma dupla de acontecimentos. Por um lado, verificou-se uma
certa �sublima��o� das soberanias na Constitui��o das v�rias Organiza��es
Internacionais, dotadas de autonomia e capacidade de agir. Por outro lado, as
circunst�ncias levaram a reconhecer certas capacidades jur�dicas aos insurrectos e
aos movimentos de liberta��o nacional, assim como a reconhecer um verdadeiro locus
standi internacional � pessoa humana e a certas minorias.
47. O Estado
A personalidade jur�dica do Estado n�o surge com o reconhecimento, mas antes quando
se re�nem todos os elementos constitutivos. O reconhecimento apenas consigna um
facto preexistente.
O facto de um Estado ser membro de uma Organiza��o Internacional n�o implica que
tenha reconhecido todos os Estados da mesma.
Um grupo � Beligerante quando uma parte da popula��o se subleva, dando origem a uma
guerra civil, pretendendo desmembrar-se do Estado de que faz parte ou ocupar
definitivamente o poder. Neste caso, quando o grupo sublevado constitui um Governo
est�vel, mant�m um ex�rcito organizado com o qual domina uma parte consider�vel do
Territ�rio nacional e se mostra disposto a respeitar os deveres de neutralidade de
qualquer Estado atingido pela luta ou que n�o possa ficar indiferente perante ela
pode reconhecer-lhe o car�cter de beligerante. Reconhecidos, os beligerantes
adquirem, de facto, os direitos e deveres de um Estado.
Por vezes, tem sucedido que uma esquadra se amotina contra o Governo legal,
exercendo sobre o mesmo uma grande press�o pol�tica.
Nestes casos, se os Estados estrangeiros ou o Governo legal reconhecerem os
amotinados como Insurrectos, obrigam-se a n�o os tratar como piratas ou
malfeitores, desonerando-se ainda o Governo legal da responsabilidade dos seus
actos.
Todavia, tais insurrectos, mesmo quando reconhecidos, n�o podem exercer direitos de
visita, de captura de contrabando de guerra, etc.