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Criatividade, Pensamento e Processo Criativo
Criatividade, Pensamento e Processo Criativo
André Pedroso de Lacerda, Julio Carlos de Souza van der Linden (orientador)
Resumo
Introdução
O processo projetual, assim como outras atividades, é caracterizado por ser auto-
organizador e, sendo assim, é altamente pessoal. Mas em design, enquanto um campo
inovador, não basta lidar apenas com o conhecimento técnico, semântico ou metodológico, de
modo que o designer precisa buscar um ingrediente extra, que lhe permitirá atingir uma
solução original (POMBO; TSCHIMMEL, 2005). Esse ingrediente é denominado de
criatividade, pensamento criativo ou processo criativo, dependendo do autor. Considerando
que esses termos correspondem a diferentes dimensões de um mesmo fenômeno, é necessário
compreendê-los à luz da evolução do conhecimento. O objetivo deste trabalho, inserido em
uma pesquisa que investiga os fundamentos racionais e afetivos da prática de designers de
produto, é o estabelecimento de um referencial para a compreensão da criatividade e os
fatores ligados ao processo de criação individual. Tendo como ponto de partida para este
trabalho a delimitação ainda difusa entre processo projetual e processo criativo. Em alguns
casos existe uma superposição entre esses processos, como na proposta de Gomes (2004).
Noutros, o processo criativo está relacionado com atividades e tarefas ao longo do processo
projetual. E, em situações limite, o processo criativo é percebido como uma caixa-preta
Metodologia
criativos normalmente são educados por procedimentos práticos e por essa ordem modificam
seus métodos conforme suas necessidades, assim como seus métodos atuam sobre uma
metodologia geral, formando um ciclo virtuoso que pode ser melhor entendido na figura 1:
Figura 1 ciclos de relações da criatividade entre indivíduo x meio (elaborado pelos autores)
Conclusão
A questão deste projeto passa por utilizar esses conhecimentos de modo a compreender como
profissionais criativos trabalham com os métodos de projeto. Os métodos foram
desenvolvidos para auxiliar no projeto e constituem parte da cultura das sociedades
industriais. A criatividade é parte da natureza, não apenas da natureza humana.
Gabriel Tarde, fala que não há criação sem memória “a invenção mais original é sempre uma
síntese de invenções anteriores; e sua propagação só é possível pelo fato dela se apresentar
como uma resposta feliz a questões já postas à necessidade já existentes”. A invenção é a
Natureza agindo na história (THEMUGO, 2002).
Referências
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