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Estrutura organizacional

Toda a estrutura hierárquica baseia-se numa “hierarquia de funções” (Chambel & Curral, 1995,
p. 74; Chambel & Curral, 2008, p. 84), onde cada área departamental tem um líder, com
delimitação das funções baseadas em níveis de poder. Cada departamento tem os cargos bem
definidos e estruturados, havendo uma divisão de tarefas e funções, baseado nas
competências e apetências individuais de cada um (Canavarro, 2000; Seven, Shafritz & Suk,
2011).

Mintzberg, H. (2010). Estrutura e dinâmica das organizações (4ª ed). Lisboa: Publicações
Dom Quixote.

Teoria das Organizações de Henry Mintzberg

Mintzberg, no seu livro “Estrutura e Dinâmica das Organizações”, apresenta cinco estruturas
existentes dentro das organizações: o vértice estratégico, a linha hierárquica, o centro
operacional, a tecnoestrutura e o pessoal de apoio, cada um deles com funções específicas
dentro do sistema, mas que podem interagir das mais variadas formas e mediante um variado
leque de factores. Passemos então a enunciá-las, enquadrando-as sempre no contexto global
do funcionamento das organizações.

MINTZBERG, Henry, (1995), Estrutura e Dinâmica das Organizações, Lisboa: Publicações Dom
Quixote

Mintzberg (1979)

Estrutura Divisionalisada Esta é uma configuração que não estando directamente associada ao
funcionamento da escola, poderá aplicar-se à estrutura a nível macro do sistema de ensino.
Pressupõe um vértice estratégico, que poderíamos considerar o Ministério da Educação que
sendo o órgão de poder central, subdivide-se em diferentes departamentos, que poderíamos
considerar as DRE’s. A estrutura divisionalisada consiste na existência de diferentes
departamentos que ao dispersarem as funções operacionais, minimizam a interdependência
entre as divisões.(Mintzber,1995) (Fig.9).

Mintzberg, H. La estructuración de las organizaciones. Ariel, Barcelona, 1998.

Para caracterizar os diferentes tipos de estruturas organizacionais, vai-se optar por seguir a
classificação proposta por Mintzberg (Mintzberg 1998:341-519):

Forma divisionalizada. Este tipo de estrutura é caracterizado por um conjunto de

unidades semi-autónomas que se encontram acopladas, mediante uma estrutura

administrativa comum. Cria divisões para minimizar o facto da intredependência entre


divisões criar duplicação de funções operacionais. Usa, como mecanismo de

coordenação, a estandardização de resultados. A forma divisional em si mesma centra-

-se na relação estrutural entre a sede central e as divisões. As divisões devem ter o

poder de gerir as suas próprias unidades, controlando as operações e determinando as

estratégias para as áreas de que se ocupam.

Entre outros autores que teorizaram sobre as estruturas organizacionais, Mintzberg (1995) é
um dos mais citados, apresentando uma tipologia baseada em cinco configurações estruturais.

Mintzberg, H. (1979). The structuring of organizations. Englewood Cliffs, NJ: PrenticeHall.


Mintzberg, H. (1995). Estrutura e dinâmica das organizações. Lisboa: D. Quixote. Mintzberg, H.,
Raisinghani, D. &Théorêt, A. (1976). The structure of “unstructured” decision processes.
Administrative Science Quarterly, 21, 243-275.

5.2 Burocracia Mecanicista


Esta configuração é caracterizada por uma grande dependência da estrutura hierárquica
definida
pelo organigrama, em que os fluxos são altamente regulados e a informação percorre a
organização
sempre de uma maneira formal , o que está associado a um processo pouco inovador. Os
fluxos de
autoridade partem do vértice numa direcção descendente e toda a comunicação dentro da
estrutura
efectua-se entre os elementos imediatamente acima ou abaixo na hierarquia definida. Este é
um modelo
que assenta numa estandardização dos processos de trabalhos e resultados (Mintzberg, 1995)
em que
todos os indivíduos têm as suas funções rigidamente definidas para a elaboração de um
produto
previamente concebido. (Fig.8)

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