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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE CIENCIA POLITICA E ADMINISTRAÇÃO PUBLICA

Licenciatura em ciencia politica

1o Ano Pos-Laboral

Mestre: Feleciano Simȃo

Maputo, Abril de 2019


UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE CIENCIA POLITICA E ADMINISTRACAO PUBLICA

Licenciatura em Ciencia Politica

1o Ano Pos-Laboral

Tema:

Iluminismo
Revolução Burguesa na França e seu impacto no Mundo

Autores:

▪ Filipe, Nelson Venancio


▪ Neves, Gércio de Jesus
▪ Tivana, Vera Lcia
▪ Mondlane, Carlos
▪ Uqueio,Alfredo
▪ Valia,Suzana
▪ Cossa ,Clesio Valentim
▪ Timba, Lidia Michel Rodrigues
Indice
1. Introdução 5
2. Objectivos 6
2.1. Geral 6
2.2. Específicos 6
3. Justificativa 6
4. Iluminismo 7
4.1. Contexto Histórico 7
4.2. Abordagem economica 7
4.3. Abordagem Politica 7
4.4. Abordagem Social 7
5. Causas do Iluminismo 7
5.1. Renascença 8
5.2. Empirismo 8
5.3. O progresso das ciências 8
6. Caracteristicas do Iluminismo 9
6.1. Racionalismo 9
6.2. Cientificismo 10
6.3. Anti-absolutismo 11
6.4. Anti-clérico 11
6.5. Naturalismo 11
6.6. Liberalismo econômico 11
7. Filosofos do iluminismo 11
7.1. John Locke (1632-1704) 12
7.2. Voltaire (1694-1778) 12
7.3. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) 12
7.4. Montesquieu (1689-1755) 13
7.5. Denis Diderot (1713-1784) 13
7.6. Adam Smith (1723-1790) 13
8. Revolucao burguesa 14
9. A revolucao francesa 15
9.1. Causas da revolucao francesa 15
9.2. Etapas da revolução 17
9.2.1. Assembleia Nacional(1789-1792) 17
10. Impacto no mundo 18
11. Conclusão 19
12. Referencias 20
1. Introdução

O Iluminismo, também conhecido como século das luzes e a revolução burguesa na Europa no
século XVIII, foram marcos importantes para a história da humanidade, pois manifestam-se os
feitos até os dias atuais, em todo o mundo, sábios foram aqueles que despertaram o homem que
vivia nas trevas, condenado a opressão e humilhação eterna por parte dos seus semelhantes que
se julgavam mais importantes. O presente trabalho enfoca essas correntes, os períodos e os seus
precursores (os considerados homens do iluminismo ou filósofos do iluminismo).

Se hoje existem parlamentos e representantes do povo nas bancadas das assembleia, e tudo
graças a esses movimentos. Nem sempre a vida do povo foi minimamente boa como na
actualidade, no que tange a vida social econômica e política, apesar das dificuldades que o povo
enfrenta. Na antiguidade ou melhor no antigo regime o poder de uma nação era centralizado,
todas as decisões sobre o destino de uma nação estavam nas mãos da nobreza e do clero( reis e a
igreja católica romana), predominava no sistema político da época o absolutismo monárquico, o
povo não tinha voz nem podia tomar nenhuma decisão acerca das leis do Estado, o
homem nascia predestinado, se nascesse no terceiro estado, estaria assim sujeito a morrer
fazendo parte do terceiro estado( povo).

Com o passar dos tempos surgiram o pensamentos iluministas que vieram dar luz ao homem,
aquele que estava predestinados passa a pensar em evoluir. Daí que surgem as revoluções
burguesas que tiveram início na Inglaterra e atingiram o seu apogeu na França com a revolução
de 1789 que ditou a queda do absolutismo e do feudalismo e ascendeu o parlamentarismo.
2. Objectivos

2.1. Geral
Estudar o movimento que influenciou na queda do absolutismo na Europa da idade média

2.2. Específicos
Avaliar até que nível o iluminismo e a revolução burguesa influenciaram os pensamentos políticos até aos
dias hoje.

Analisar o comportamento do homem durante o absolutismo, as suas inquietações atendendo a opressão e


humilhação da elite que recai sob o terceiro estado(povo) na idade média

3. Justificativa
A escolha do tema foi sob critério do docente, com forma de avaliação no curso de ciências políticas.
4. Iluminismo
Com o fim do feudalismo e o desenvolvimento de um novo sistema ( o capitalismo ), rapidamente,
várias mudanças ocorreram em todo o mundo. Nessa mesma maneira o Iluminismo foi uma
revolução filosófica que também provocou grandes transformações.

O iluminismo foi um movimento abrangente e seus ideais, principalmente a conança na razão


humana, eram expressos também nas artes e na política. O iluminismo teve seu início na Inglaterra
e atingiu o seu pico na França.

Segundo Kant, o Iluminismo é a capacidade que o homem recebeu de utilizar-se do seu próprio
intelecto sem depender de outros para orientá-lo.

4.1. Contexto Histórico


Entre 1453 à 1789 a Europa mudou assustadoramente, nos planos políticos, econômicos, sociais e
culturais.

4.2. Abordagem economica


A descoberta e exploração dos novos continentes propiciaram a formação dos impérios coloniais.
As riquezas extraídas da América e África, bem como o trabalho escravo fizeram com que a
Europa acumulasse enormes capitais.

4.3. Abordagem Politica


Ocorreu o Estado Absolutista que era apoiado pelo clero católico.

4.4. Abordagem Social


A burguesia se consolidou como classe social. No plano ideológico o Renascimento e a Reforma
sepultaram a cultura medieval, ocasionando o nascimento de uma nova cultura. Com o
desenvolvimento do capitalismo, a burguesia queria uma nova política: economia livre dos
impostos dos Estados Absolutistas. Ocorreram revoluções para romper com o direito divino dos
reis e o poder da igreja. Enfim ocorreram novas idéias para destruir todo o Antigo Regime.

5. Causas do Iluminismo
● Renascença;
● Empirismo;
● progresso das ciências;

5.1. Renascença
O Renascimento “pode ser caracterizado como uma tendência (ou movimento) cultural laica (isto
é, não - eclesiástica), racional e científica, que se estendeu do século XIV ao XVI. Inspirando-se
na cultura grego romana, rejeitava os valores feudais a ponto de considerar o período medieval
a “Idade das trevas” (VICENTINO, DORIGO, 2011, p. 195).

5.2. Empirismo
O Empirismo exige que o conhecimento seja baseado na experiência. É a experiência e, em última
análise, nossas percepções sensoriais que fornecem o conhecimento. Para o Empirismo nada pode
ser pensado se antes não passar pelos sentidos. Não existem ideias inatas, isto é, ideias como
germes, ou, que o homem já nasceria com elas. “Por ocasião do nascimento, o espírito humano
está vazio de conteúdos, é uma tabula rasa, uma folha em branco sobre a qual a experiência irá
escrever. Todos os nossos conceitos, mesmo os mais universais e abstratos, provém da
experiência” (HESSEN, 2003, p. 55).

5.3. O progresso das ciências


A capacidade de o homem demonstrar as leis da natureza de forma matemática, principalmente
com Newton e Galileu, gerou um clima de veneração das ciências: a razão humana substituindo a
interferência divina no Universo. Entretanto, propriamente dito, foi no século XVIII que aumentou
o interesse humano pelas ciências, todos os órgãos da sociedade procuravam explicações no
método científico e os cientistas eram venerados. Surgem novas disciplinas em virtude dos
investimentos serem considerados honrarias. Na Inglaterra surge a mecanização industrial: a
máquina de fiar, o tear hidráulico, a máquina a vapor, o barco e a locomotiva a vapor. Todos esses
progressos da primeira revolução Industrial deixam o homem maravilhado.

Gera um clima psicológico cientificista. O que será isso? A ser explicado mais adiante!

Com a exaltação do conhecimento científico cria-se um reducionismo no campo do saber: o único


conhecimento válido é o científico. Cria-se um conhecimento que descarta os fatores subjetivos
interessando-se somente pelos aspectos impessoais e mensuráveis das coisas. A dimensão do
homem enquanto um ser que tem seus conflitos psicológicos é simplesmente abandonada. O que
não se pode ver não se pode provar.
A ciência ganha status de grandíssima importância. Já não é necessário Deus, basta o homem e sua
razão. Filósofos da época, como Augusto Conte, vêm na ciência à fonte de solução para todos os
males, o amadurecimento último do homem e a necessidade de criar a religião da humanidade.
“Ordem e progresso” foi a proclamação de um Conte cheio de esperança. Mas que nada! Ordem:
em que direção? Progresso: para quantos? O mundo... caminhava para o caos, poucos grupos
dominavam quase toda a riqueza, os bens culturais e o poder político do mundo” ( ALMEIDA,
1998, p. 08).

6. Caracteristicas do Iluminismo
● Racionalismo;
● Cientificismo;
● Anti-absolutismo;
● Anticlericalismo;
● Naturalismo
● Liberalismo econômico

6.1. Racionalismo
Racionalismo vem do latim ratio, que quer dizer razão, entendimento. A concepção racionalista
coloca na razão a fonte de todo o conhecimento. Só ela seria capaz de nos levar a conhecimentos
universalmente válidos, uma vez que os sentidos e a experiência nos proporcionariam apenas
ideias confusas e contingentes.( LUCKESI,p163)

A razão é a medida de todas as coisas. Gera-se um antropocentrismo. Diferente daqueles valores


da idade Média, que colocavam Deus no centro de tudo, Teocentrismo. Agora Deus está, lado a
lado com o homem. Se Deus existe ou não é problema de cada um.

É uma corrente filosófica baseada nas operações mentais para definir a viabilidade e efetividade
das proposições apresentadas.

Essa corrente surgiu como doutrina no século I antes de Cristo para enfatizar que tudo que é
existente é decorrente de uma causa. Muito tempo depois, já na Idade Moderna, os filósofos
racionalistas adotaram a matemática como elemento para expandir a ideia de razão e a explicação
da realidade. Dentre seus adeptos, destacou-se o francês René Descartes que elaborou um método
baseado na geometria e nas regras do método científico.

6.2. Cientificismo
Segundo Nicola Abbagnano, o cientificismo é a “atitude de quem atribui importância
preponderante a ciência em comparação às outras atividades humanas, ou de quem considera
que não há limites para a validade e a extensão do conhecimento científico” (ABBAGNANO
2007, p. 165).

Para inovar nas ciências jovens é necessário adotar o cientificismo. Esta é a tese metodológica
que diz que a melhor maneira de explorar a realidade é adotando o método científico, que pode ser
resumido a “verifique suas suposições”. O cientificismo tem sido explicitamente contestado por
dogmáticos e obscurantistas de todos os lados, como o neoliberal Friedrich von Hayek e o “teórico
crítico” Jürgen Habermas, um escritor pesado que conseguiu amalgamar Hegel, Marx e Freud, e
decretou que “a ciência é a ideologia do capitalismo tardio”.

O sóbrio Vocabulaire de Lalande (1938: II, 740) deu a seguinte definição de Cientificismo: “é a
ideia de que o espírito e os métodos da ciência deveriam ser estendidos a todos os domínios
intelectuais e morais da vida [social], sem exceções.” Assim, ao contrário do seus detratores, o
cientificismo não é o mesmo que o naturalismo social, ou a tentativa de imitar as ciências naturais
no domínio social: é apenas a tentativa de usar o método científico para lidar com todos os
problemas relacionados a fatos. Isto é, por exemplo, a abordagem do cientista que, após ter
encontrado um artefato raro em um sítio arqueológico, faz conjecturas sobre seus possíveis usos,
e os submete a testes: ele se engaja em arqueologia experimental.

O cientificismo não nasceu até o final do Iluminismo. A Índia antiga produziu tantas escolas
filosóficas como a Europa (veja Dragonetti e Tola 2004). Em particular, ela produziu filósofos
materialistas, realistas e humanistas. Mas até um século atrás não havia cientificismo na Índia
porque não havia ciência também. A ciência gera cientificismo, que por sua vez promove a ciência.
O cientificismo se opõe ao irracionalismo, em particular ao intuicionismo e o misterismo – a
afirmação de que há mistérios, como a natureza da mente, que a ciência nunca vai resolver. Mas o
cientificismo também é rejeitado por aqueles que tentam passar suas especulações improvisadas
como descobertas científicas. inclui a racionalidade, isto é, requisitos de clareza e coerência lógica.
O mínimo que podemos esperar de um filósofo é uma expressão clara e razões para ser contra ou
a favor das teses em que se discute.

6.3. Anti-absolutismo
Defendiam limitações ao poder do rei, ou então uma espécie de república democrática.

A primeira característica do anti-absolutismo legitimado pela história era a sua participação no


germanismo. Se o Absolutismo tinha suas “raízes históricas romanizadas”, a sua oposição tinha
como princípio o mundo germano e sua luta contra os romanos.

6.4. Anti-clérico
no geral os iluministas faziam violentas críticas à Igreja Católica e seu sistema de manipulação e
dominação.

Os homens do passado não souberam usar a razão, eram homens de superstição, mitos. Pregam
em virtude disso o rompimento com a Igreja que é o museu do passado. “O iluminismo erigiu-se
contra a tradição, afirmando que sua herança, na maioria das vezes, é erro, preconceito ou
superstição, e recorrendo ao juízo da razão crítica para contestá-la” (ABBAGNANO, 2007, p.
1150).

6.5. Naturalismo
É a crença de que o homem é um ser bom por natureza. O mal não faz parte da natureza humana,
mas está inserida na sociedade. Afirma Rousseau “o homem nasce bom é a sociedade que o
corrompe”. Devido ao renascimento são revividos aqueles valores gregos herdados dos poemas de
Homero e Hesíodo dando preponderante importância ao conceito de natureza; também com os
primeiros filósofos e a physis.

6.6. Liberalismo econômico


queriam que o Estado não interferisse mais na economia, para que pudessem ter a livre
concorrência e a liberdade de comercialização e produção.

7. Filosofos do iluminismo
● John Locke (1632-1704)
● Voltaire (1694-1778)
● Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
● Montesquieu (1689-1755)
● Denis Diderot (1713-1784)
● Adam Smith (1723-1790)

7.1. John Locke (1632-1704)


Filósofo inglês que defendia a liberdade de expressão, considerado o "pai" do que hoje chamamos
de liberalismo e fundador do empirismo, ou seja, a ideia de que o homem era uma folha em branco,
que se preenchia apenas com as experiência. Sua principal obra foi Ensaio sobre o entendimento
humano (1689).

A polêmica de Locke: Além de não acreditar que Deus tinha poder sobre o destino dos homens, o
que era um escândalo na época, Locke acreditava no direito de propriedade como sendo natural do
ser humano, e isso incluía escravos. O pensador investia no tráfico de escravos de pessoas negras
e defendida a liberdade e a tolerância, mas não aos homens primitivos, ou seja, povos que não
estavam ou não sabiam como conviver com dinheiro.

7.2. Voltaire (1694-1778)


O filósofo francês que tem uma imagem marcada como símbolo da revolução iluminista, que
depois influenciou a Revolução Francesa. O pensador escrevia muito, foram mais de setenta obras,
em forma de livros, peças de teatro, romances, poemas e outros. Sua obra mais conhecida é
Cândido, ou O Otimismo (1759)

Polêmicas que envolveram Voltaire: Chegou a ser preso duas vezes por ser um crítico mordaz da
Igreja Católica, que na época interferia muito no sistema político francês. Defendia uma linha de
pensamento conhecida por Liberalismo, que resguardava as liberdades civis. Se por um lado isso
soa positivo, suas ideias se espalharam de forma controversa ao longo do tempo. Por exemplo, na
queda da monarquia e instauração de repúblicas que, por sua vezes, aumentaram impostos para
financiar guerras de poder.

7.3. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)


Filósofo suíço que defendia a democracia direta, onde cada indivíduo seria capaz de participar de
todas as decisões políticas, ou seja, fazer prevalecer a soberania popular. Suas principais obras
foram Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens (1755) e Do
Contrato Social (1762).
As polêmicas de Rousseau: Ao contrário de todos os outros iluministas, Rousseau não acreditava
no individualismo, indo contra as teorias liberalistas da época. Para ele, com a igualdade não seria
possível que as pessoas tivessem propriedades privadas, e que o bem estar social só seria possível
se a posse de bens acabasse. Ou seja: nada de bens próprios para ninguém, todo mundo deveria ter
as mesmas coisas, ser tratado da mesma forma, ter o mesmo poder.

7.4. Montesquieu (1689-1755)


Conhecido principalmente pela sua teoria de separação de poderes - em Legislativo, Executivo e
Judiciário - , como é hoje no Brasil, esse filósofo francês fez parte da primeira geração de
pensadores iluministas e atuou principalmente no ramo da política e da psicologia. Sua principal
obra é a O Espírito das Leis (1748).

Ideias polêmicas de Montesquieu: Contra a monarquia absolutista, o filósofo acreditava que o


poder precisava ser dividido em três âmbitos, para ser melhor controlado e evitar o domínio
absoluto por parte dos reais da época. O problema dessa ideia é que ele também defendia o critério
censitário, ou seja: apenas pessoas com renda e propriedades poderiam fazer parte da estrutura de
poder, inclusive votar. A população de camadas empobrecidas ficariam de fora.

7.5. Denis Diderot (1713-1784)


Devemos a este escritor e filósofo iluminista francês a criação da primeira enciclopédia do mundo.
Como um grande defensor da expansão do conhecimento, juntamente com Jean Le Rond
d´Alembert (1717-1783), o escritor passou boa parte da sua vida organizando pensamentos e
conhecimentos da época, para divulgar a filosofia iluminista no mundo.

As polêmicas envolvendo Diderot: Tudo que foi organizado por Diderot e d´Alembert negava a
influência de Deus na humanidade. Toda ciência só poderia ser alcançada pela razão. Denis
desprezava qualquer forma religiosa e acreditava ainda que a religião destruía paixões e
desequilibrava o homem.

7.6. Adam Smith (1723-1790)


Filósofo e economista escocês, que é considerado o pai da economia moderna e o nome mais
importante quando se fala em liberalismo econômico. Adorado pela burguesia, é em seu livro A
Riqueza das Nações de 1776 que fala pela primeira vez em conceitos de auto interesse e "mão
invisível".
Ideias polêmicas de Adam Smith: Contra a intervenção do Estado na economia, a favor do livre
mercado, Smith falava da "mão invisível" que regia a economia, por exemplo, a lei da oferta e da
procura. Suas ideias deram origem a uma filosofia voltada para a riqueza, acumulação de capital,
ou capitalismo. O que, convenhamos, por si só já é bastante polêmico

8. Revolucão burguesa
Entende-se por Revoluções Burguesas os processos históricos que consolidam o poder econômico
da burguesia, bem como sua ascensão ao poder político.

Ao longo dos séculos XVII e XVIII a burguesia se demonstrará como uma classe social
revolucionária, destruindo a ordem feudal, consolidando o capitalismo e transformando o Estado
para atender seus interesses.

Em relação ao conjunto do terceiro estado, a burguesia constituía a minoria. O grupo subdivide se


em diversas categorias escalonadas Segundo o montante de rendimento auferido, oscilando desde
o que é proveniente do capital aplicado em grandes empresas, até ao nível em que o trabalho
manual pessoal constitui o único meio de sobrevivência numa precariedade de vida idêntica a do
povo .

A alta burguesia supera a Aristocracia em riqueza e cultura e detém um poder de controle sobre a
economia que de forma alguma e aceite pelos grupos dominantes, apesar do desafogo financeiro ,
muitos bens de consumo continuam a ser lhes vedados pelas leis pragmáticas contra o luxo que
estipulam com rigor a qualidade e a quantidade de tudo o que cada ordem pode usar.

Naturalmente a burguesia sentia se injustiçada não vê a sua importância reconhecida , e deseja por
isso adquirir prestígio e aceder a uma posição mais próxima do poder.

Alem de casamento com aristocracia arruinada a aquisição de cargos que conferem nobilitação e
outra das vias utilizadas para o efeito.

No primeiro lugar de hierarquia encontra-se a burguesia financeira: são os banqueiros e


financiadores do estado que tomam por contrato o recebimento dos impostos , esta actividade é
frequentemente realizada sem qualquer espécie de contemplação recorrendo à violência e a
agiotagem . tornam se por esse facto detestáveis ao olhar dos pobres que são suas vítimas. A
fortuna acumulada permite lhes muitas vezes proteger intelectuais e filósofos em clara acção de
mecenato, sejam porque realmente partilham os seus ideais e apreciam o seu convívio, seja porque
essa era mais uma maneira de ostentar a sua riqueza e angariar prestígio.

A burguesia comerciante encontrava se sobretudo nos portos, pois o grande comércio e realizado
com produtos das antilhas ( Açúcar, Café, algodão e Anil) e o tráfico negreiro. Os lucros obtidos
servem muitas vezes para financiar a indústria embrionária mas também para a aquisição de terras,
estas nem sempre são muito produtivas mas numa sociedade que se pauta ainda pelos valores
senhoriais elas valem como símbolos da verdadeira riqueza.

9. A revolucão francesa
A exemplo do que ocorreu na Inglaterra, no final do XVIII, o absolutismo constituiu um enorme
obstáculo para o plano de desenvolvimento da burguesia Francesa.

A revolução Francesa foi um reflexo da luta da burguesia pelo poder político.

No entanto o processo da Revolução Francesa não é um movimento isolado, ele está inserido num
conjunto de revoluções que questionavam o absolutismo, sendo um movimento que assolou toda
a Europa e América.

Sendo assim a Revolução carrega o termo “Francesa” pois eclodiu na França por uma série de
fatores no entanto as suas propostas eram universais.

“os burgueses Franceses de 1789 afirmavam que a libertação da burguesia era a emancipação de
toda a humanidade” (Karl Marx e Friedrich Engles) .

9.1. Causas da revolucão francesa


A difusão das ideias iluministas de Liberdade, igualdade e fraternidade, que orientaram os
revolucionários Francês na luta contra o absolutismo e a desigualdade social.

Políticas – o despotismo dos Boubons. Enquanto a maioria das nações Europeias, sob a influência
do Iluminismo, procuravam se modernizar, o estado Francês continuava arraigado no absolutismo
monárquico, na França do século XVIII, o poder do rei ainda era considerado como de origem
divina.
Econômicas- a França encontrava-se em uma grave crise económica, em virtude das péssimas
colheitas e na falta de alimentos. Os aumentos de preços provocam a fome e acentuam a miséria
dos camponeses. Além da crise econômica, o estado francês passava por uma gravíssima crise
financeira, graças ao envolvimento da França na Guerra dos sete anos (1756-1763) e na Guerra de
independência dos Estados Unidos que acarretaram enormes gastos, ampliando a dívida do estado.
Para solucionar este quadro o Estado precisava aumentar sua arrecadação, o que implicava em um
aumento dos impostos.

Sociais- a questão tributária na França vai gerar uma grave crise política, em virtude da
organização da sociedade francesa nesta época.
A sociedade francesa era estamental apresentando tres ordens.
O clero -que estava isento de qualquer tributação
A Nobreza- que além da isenção tributária era possuidora de privilégios judiciários.
A Terceira ordem- era bastante heterogênea, composta pela alta burguesia( Banqueiros,
Industriais e Comerciantes) média burguesia (funcionários públicos e profissionais liberais) e
baixa burguesia( os pequenos comerciantes) também as chamadas camadas populares( artesãos,
operários, camponeses e servos). O terceiro estado era a ordem que sustentava os gastos e os luxos
do estado francês.
Para ampliar a arrecadação tributária, o estado convoca a Assembleia dos Notáveis, composta pelo
clero e pela nobreza, convocando estas ordens a pagarem impostos, que diante da recusa deles, o
rei Luis XVI convocou os Estados Gerais, Assembleia que reunia representantes dos três estados.

No entanto o Sistema de votação dos Estados Gerais era em ordens separadas, assim ficava
garantida a supremacia do clero e da nobreza(somavam dois votos) contra um voto do terceiro
estado.

Contra este método tradicional de votação os representantes do terceiro estado passam a exigir o
voto individual( o primeiro estado tinha 291 deputados, o Segundo 270 e o terceiro 578). O
terceiro estado esperava o apoio dos deputados do baixo clero e da nobreza togada , para
conquistar a maioria .
Diante do impasse político , o terceiro estado rebela-se e a 9 de julho de 1789, com a ajuda de
deputados do baixo clero, declara-se em Assembléia Nacional Constituinte e começa a Revolução
Francesa.

9.2. Etapas da revolução

9.2.1. Assembleia Nacional(1789-1792)


Fase em que ocorreu a tomada da bastilha(14/07/1789), uma prisão que representava o absolutismo
francês. E o marco da revolução

Os camponeses, por seu lado, rebelaram-se contra os senhores: invasão das propriedades, queima
dos documentos de servidão, assassinatos. Tal reação é conhecida como o grande medo, os
camponeses reivindicavam o fim dos privilégios feudais e terras

Em Agosto de 1791 foi aprovada uma lei que abolia os privilégios feudais, no mesmo mês, no dia
26, a Assembleia aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do cidadão- um sintese de
concepção burguesa da sociedade: Liberdade, igualdade, inviolabilidade da propriedade privada,
bem como o direito a resistir à opressão.

Em setembro de 1791, foi promulgada uma nova constituição, que diminuía os poderes reais, e
transferia o poder de decretar leis ao parlamento. O direito ao voto foi restringido também, em
virtude de seu character censitário.

Pela constituição os privilégios feudais foram extintos, garantindo-se a igualdade civil, os bens da
igreja foram nacionalizados; o clero transformado numa instituição civil e sustentado pelo estado.

Nesta fase desenvolveu-se os seguintes grupos políticos:

- Os girondinos: representantes de alta burguesia;


- Os jacobinos: representantes da pequena burguesia e com influência nas camadas populares
(sans-culottes).

O processo revolucionário francês não foi bem visto pelos regimes absolutistas da Europa. A
reação foi imediata: intervenção militar na França para sufocar a revolução. O exército francês era
sistematicamente derrotado. Em 25 de julho de 1792, Robespierre acusou o rei de traição. Em 09
de Agosto o rei, Luís XVI, foi preso. A Assembléia convocou nos eleicoes para uma nova
convenção Nacional

10. Impacto no mundo


No caso de 14 d e Julho de 1789, o episódio e daqueles de maior importância para a história e
influência até a nossa maneira de pensar e viver, não é por acaso que a queda da bastilha Saint-
Antoine, marco do início de Revolução Francesa inaugura o início da idade contemporânea se hoje
vivemos em regime democrático, em que todos são considerados iguais perante a lei, agradeça a
multidão francesa que se rebelou contra o reinado de Luís 16 e tentou colocar na prática o lema de
“ Liberdade Igualdade e Fraternidade”

Os burgueses dando apoio económico e político ao movimento revolucionário, o Rei Luís 16 se


viu obrigado a convocar uma Assembleia constituinte. Uma das primeiras medidas assinadas foi
a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que universalizou os direitos sociais até hoje
inspiram constituições de países democráticos de todo mundo

A conquista de igualdade pela mulher, a ratificação do fim de escravidão, mas, sobretudo a


eliminação das desigualdades sociais, no momento mesmo em que ao desferir o golpe derradeiro
no feudalism, ela estabelece as bases sobre as quais irá progredir a sociedades liberal, do século
XIX até aos dias de hoje.
11. Conclusão
Tendo sido iluminismo, um movimento de inspiração para a revolução burguesa que influenciou
positivamente na transformação das políticas de governação, na idade média na Europa, em que a
nobreza e o Clero eram os centro das atenções, pois detinham maior poder na estrutura de
governação de estado. O terceiro estado(povo), não tinha nenhum poder de decisão nas políticas
do Estado, era governado através da opressão e humilhação . Contudo a revolução francesa foi um
marco na história moderna da nossa civilização, significou o fim do Sistema absolutista e dos
privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser
respeitados. A vida de trabalhadores urbanos e rural, melhorou significativamente, por outro lado
a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio político e social, as bases de uma
sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução, as ideias políticas
principalmente iluministas, presentes na França antes da revolução francesa também influenciaram
o processo de independência de alguns países bem como a Liberdade de expressão.
12. Referencias
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. – São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2007.

HESSEN, Johannes. Teoria do conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2003

ALMEIDA, Fernando José de. Sartre: é proibido proibir. – São Paulo: Ed. FTD, 1988

EUGENE Delacroix. A Liberdade Guiando o Povo

GRESPAR, Jorge Luis da Silva. Revolucao francesa e iluminismoistoria

DESCARTES, René. Discurso do Método. –São Paulo: Ed.Martin Claret, 2008

MONDIN, Batista. Curso de Filosofia VI.02 Sao Paulo:ed. Paulinas 1998

VINCENTINO, Claudio; DORIGO,Gianpaolo. Historia Politica, 2011

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