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DISCIPLINA: PSICOPATOLOGIA II
PROFESSOR: Ms. João Fillipe Horr
1. A partir das reflexões suscitadas em sala de aula e possíveis referências, reflita sobre
a distinção entre sofrimento e adoecimento psicológico na construção da escuta clínica e
do psicodiagnóstico. Argumente, com isso, os três caminhos possíveis de expressão do
adoecimento psicológico e situe exemplos clínicos os sustentem.
3. De acordo com Van Der Berg (1981) existem quatro dimensões existenciais que
constituem a condição humana. Estas dimensões podem ser tanto fonte de força para o
sujeito, quando a mediação de sofrimento e até adoecimento na sua experiência.
Destaque quais são estas quatro dimensões e reflita sobre a sua função na condição
humana na compreensão em psicopatologia.
O sujeito existe através das relações com o mundo; um mundo que existe porque
o sujeito existe sendo um sujeito que necessita de um mundo para se manifestar;
manifestação esta que se da por meio de um corpo, corpo este que viabiliza ou
inviabiliza esta existência, existência esta que se da nas relações com outros sujeitos que
com seus corpos coabitam, mesmo que através de percepções diferentes do mesmo
mundo, mundo este onde tudo tem um tempo de fruição.
Sendo estas quatro dimensões fundamentais para o existir, seria um equivoco
separa-las ou ate desconsidera-las na busca de compreender uma patologia.
Van Der Bergue no livro o paciente psiquiátrico diz que o nosso mundo é uma
construção subjetiva; que para compreender o sujeito temos que considerar todo o
contexto, aprendendo a ver o mundo, seu corpo, suas relações com as outras pessoas,
seu passado e futuro da forma única que este sujeito o vê. Qualquer forma de ver ou
pinçar o sujeito, o separando do mundo se transformara em uma visão artificial,
portanto equivocada. Van Der Bergue escreve que “o paciente esta doente; isto significa
que seu mundo esta doente ou, mais literalmente (embora isto pareça estranho), que
seus objetos estão doentes”.
4. A relação entre crise e urgência é uma linha tênue, mas importante no campo da
intervenção psicológica e da rede de saúde mental. A partir dos textos indicados (ver no
SAVA), defina o que é urgência, crise e suas diferenças. Reflita sobre como a crise em
saúde mental traz potencialidades interventivas.
R: Durante nossa vida passamos por momentos de tensão, aonde leva o indivíduo
ao conflito e desequilíbrio, esses momentos são considerados intransponíveis. Ileno
Izídio da Costa define a causa de uma crise “é aquele cujo aparecimento causa
desequilíbrio psíquico, no qual o sujeito se encontra desprovido das competências que o
levam a uma re-acomodação às situações de conflito” (Costa, 2008).
No contexto familiar a crise não necessariamente está no sujeito, mas o sintoma
pode estar no âmbito familiar. “Toda crise provoca uma ruptura temporária da
homeostase do sistema familiar e, por conseguinte, uma necessidade de reorganização
das inter-relações e uma descoberta de novas regras de funcionamento familiar.” (Costa,
2008).
A crise pode ser definida como “crises são aqueles acontecimentos da vida que
atacam e ameaçam o senso de segurança e controle da pessoa” (Costa, 2008), a crise
também pode ser psicótica, aonde os sintomas se tornam perceptíveis, com alucinações
e delírios do paciente, geralmente nessas crises é que acontecem as urgências, que
envolvem risco de vida do sujeito em crise, ou de terceiros.
REFERÊNCIAS