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FACULDADE DE PSICOLOGIA
PSICOPATOLOGIA
Uma vez compreendido que o tema deste trabalho refere-se aos sabres do
adoecimento psíquico, cabe a pergunta: que saberes são esses? Canguilhem (2002) é
pioneiro ao indicar que historicamente estes saberes foram constituídos a partir de uma
perspectiva positivista e que por isto almejava uma objetificação dos adoecimentos, e
consequentemente ignorava o caráter histórico-social do adoecimento mental. Os efeitos
desta pretensão positivista é pensar uma psicopatologia pura e autossuficiente, ou seja,
independente das relações estabelecidas. Pretensão a qual Silva e col. (2010) mostram ser
impraticável, pois, o adoecimento só pode ser pensado a partir das relações que o sujeito
“adoecido” estabelece. Para exemplificar
Como exemplo é citado o astigmatismo, que poderia ser considerado
normal em uma sociedade agrícola, mas patológico para alguém que
estivesse na marinha ou na aviação. Desta forma, só se compreende
bem que são “nos meios próprios do homem, que este seja, em
momentos diferentes, normal ou anormal” (p.162). Portanto, o
patológico não possui uma existência em si, podendo apenas ser
concebido numa relação.
REFERÊNCIAS
Canguilhem, G. (2002). O normal e o patológico. 5.ed. rev. aum. Rio de Janeiro: Forense
Universitária.