lilianebarreiros@hotmail.com TEMA DA AULA: Elementos formadores das Línguas Românicas T4 – ILARI, Rodolfo. Fatores de dialetação do latim vulgar. In: Lingüística românica. São Paulo: Ática, 2001, p. 135-149. T5 – A formação das Línguas Românicas. In: BASSETTO, Bruno F. Elementos de filologia românica: história externa das línguas. Vol. 1. São Paulo: EDUSP, 2001, p. 152-176.
Profª. Liliane Lemos Santana Barreiros
Origem das Línguas Românicas • O latim e suas variedades: Clássico e Vulgar • Latinização ou Romanização É a assimilação cultural e linguística da civilização latina por parte dos povos conquistados. É considerado um fenômeno único na história da humanidade.
As conquistas romanas tinham caráter
político e econômico e o uso da língua e da religião era uma questão de honra. Profª. Liliane Lemos Santana Barreiros “Se Roma não impunha sua língua nem cerceava o livre uso dos idiomas nativos, a latinização só poderia concretizar-se indiretamente” (BASSETTO, 2005, p. 103).
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Fatores de latinização • Exército romano – a base do Império e de sua expansão, pois era o 1º a entrar em contato com os outros povos, tanto na conquista como na ocupação. • Colônias militares (veteranos) – os soldados eram recompensados com terras produtivas, após a aposentadoria, e recebiam a cidadania romana. • Colônias civis – instaladas após a retirado do povo vencido para resolver às demandas de terras por parte dos plebeus, garantir a ordem, impedir rebeliões e produzir alimentos e outros bens.
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Fatores de latinização • Administração romana – aristocracia romana (uso do latim clássico, sermo urbanus)
“[...] o latim usado pela administração das
províncias foi um ponderável fator de latinização, já que era veículo de comunicação nos contatos com a população, latina e não-latina, e a língua oficial de todos os documentos” (BASSETTO, 2005, p. 107).
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Fatores de latinização • Obras públicas – estradas, abastecimento de água, teatros, edifícios públicos (fórum, templos, basílicas, monumentos e bibliotecas). • Comércio – a localização geográfica de Roma transformou-a em grande centro comercial.
• A latinização não foi uniforme em todas as
partes do Império Romano.
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Com o exército, com as colônias civis e militares e a administração, os romanos espalhavam pelas províncias sua cultura, sua língua e seu estilo de vida.
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A fragmentação do Império CAUSAS INTERNAS
• Despovoamento do Império – guerras civis,
invasões bárbaras e a peste • Empobrecimento e Impostos – população descontente e corrupção generalizada • Decadência militar – privilégios exagerados, morte, soldados bárbaros (“invasões pacíficas”).
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A fragmentação do Império CAUSAS EXTERNAS: AS INVASÕES
• “Invasões pacíficas” – presença, sobretudo de
germanos, no exército e nas colônias • Final do séc. IV – início das grandes invasões (Vândalos, Godos, Francos, Lombardos, Alamanos, Eslavos, Árabes etc.)
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As Línguas Românicas: etapas do processo de formação T6 – GARCIA, Afrânio da Silva. O português do Brasil questões de substrato, superstrato e adstrato. In: SOLETRAS, Ano II, nº 04. São Gonçalo: UERJ, jul./dez. 2002. As Línguas Românicas surgem e se desenvolvem nas províncias em que a latinização lançou raízes mais profundas e resistentes a mudanças políticas e sociais, bem como a intermináveis guerras e invasões (BASSETTO, 2005, p. 152).
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Os fenômenos externos mais relevantes que favoreceram a dialetação do latim vulgar e consequentemente a formação das Línguas Românicas... Substrato SUB + STRATUM = “camada de baixo” • Denominação atribuída por Graziadio Isaia Ascoli
• São marcas linguísticas do povo vencido
deixadas na língua de maior prestígio.
Influência de baixo para cima
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Substrato • A língua de maior prestígio cultural e político tende a se impor naturalmente sobre a outra, que perde seus falantes.
• A ação do substrato depende de causas sociais,
políticas, históricas e até estilísticas (tendências populares à simplicidade ou ao descuido, ou mesmo cultas em busca de aprimoramento ou de purismo).
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Substrato • A grande diversidade de povos da Itália antiga explica a grande quantidade de substratos (oscos, umbros, sabinos, celtas etc.).
• Itália central e meridional: substrato osco-umbro
• Assimilações: nd > nn expandere > spanne (estender; explicar); infundere > nfonne (infundir; inculcar) mb > mm palumba > palomma (pomba) Profª. Liliane Lemos Santana Barreiros Substrato • Norte da Itália: substrato celta • Mantêm os grupos consonânticos (nd > nn; mb > mm) – (fronda > fronna; piombo > piommo), porém o /u/ e o /a/ latino passam a /ü/ e /e/ como no francês.
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Substrato • Era natural que os povos vencidos, ao falar latim, aplicassem a essa língua os hábitos linguísticos próprios de seus idiomas.
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Substrato Maiores registros no léxico e na fonética
EX.: léxico português – topônimos Coimbra, Lima; nomes
comuns cama, lousa. PB – tupi (designações da fauna, flora e utensílios)
OBS.: A inclusão definitiva de um fato
linguístico modificado na língua receptora pode levar séculos.
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Superstrato • SUPER + STRATUM = “camada de cima” • Termo criado por Walther von Wartburg
• É utilizado para designar os vestígios e as influências de
um povo dominador no idioma do dominado, idioma esse que passa a ser usado por ambos, já que a língua do dominador político deixa de ser falada.
Influência de cima para baixo
Profª. Liliane Lemos Santana Barreiros Superstrato • As línguas germânicas no território da România, com as invasões bárbaras, constituíram superstratos do latim.
Bilinguismo Dominadores e dominados continuam a usar seu próprio idioma por período de tempo muito varíavel (BASSETTO, 2005, p. 152). • Osco / latim – território romano • Celta / latim – Gália • Ibérico / latim – Ibéria • Árabe / dialeto siciliano – Sicília
Não é comum a manutenção do bilinguismo.
Profª. Liliane Lemos Santana Barreiros Adstrato • É toda língua que vigora ao lado de outra, num território dado, e que nela interfere como manancial permanente de empréstimos.
• Para caracterizar uma situação de adstrato, basta que dois
povos de idiomas diferentes sejam vizinhos e mantenham relacionamento de qualquer tipo.
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Adstrato • A noção de adstrato tem a ver com a coexistência de línguas em situação de bilinguismo.
• Para a formação das línguas românicas foi
importante a presença constante do grego e até mesmo do latim literário, especialmente com relação aos empréstimos lexicais.
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Adstrato • A causa pode ser invasão ou conquista. • EX.: Adstrato Árabe na Península Ibérica (a partir de 711) – quase 8 séculos de convivência ao lado do romanço.
• Moçárabes (nativos românicos que assimilaram a
cultura árabe e eram bilingues)
• Aljamia “língua estrangeira” – textos escritos em
romance com caracteres árabes Profª. Liliane Lemos Santana Barreiros Adstrato • 1492 - os árabes foram expulsos e a população românica continuou a falar o seu dialeto, apenas enriquecido por numerosos empréstimos.
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Resumo das definições - A definição dos termos substrato, superstrato e adstrato varia bastante, assim como o que cada autor abrange com cada termo (Mattoso Câmara Jr., Wilton Cardoso e Celso Cunha e Martinet) 1) Substrato – língua nativa desaparecida de um povo dominado, que adotou a língua do dominador; 2) Superstrato – língua nativa de um povo dominador desaparecida, em virtude de este povo ter adotado a língua do povo dominado; 3) Adstrato – qualquer língua que conviveu ou convive em pé de igualdade (bilinguismo) com outra língua. Revendo os conceitos... 1) Substrato – adota-se a língua do dominador; 2) Superstrato – adota-se a língua do povo dominado; 3) Adstrato - qualquer língua que convive ao lado de outra.
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Questões de Substrato, Superstrato e Adstrato no português europeu
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Substrato • Línguas ibéricas, anteriores à conquista romana.
1) Ibérico - mais ou menos trinta palavras. As mais
importantes são: barro, baía, bezerro, balsa, cama, esquerdo, garra, manto e sapo. 2) Celta - sua influência é maior, compreende palavras incorporadas ao latim antes da conquista da Península Ibérica e depois. As mais importantes são: bico, cabana, caminho, camisa, carro, cerveja, gato, gordo, lança, légua, peça e touca. As mais recente: menir, dólmen, druida e bardo.
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Substrato • Línguas ibéricas, anteriores à conquista romana.
3) Fenício e púnico - é quase nula, a única palavra é barca,
enquanto as palavras de origem púnica são: mapa, mata e saco. 4) Grego – inúmeras palavras, porém raras são as que se pode atribuir, sem margem de dúvida, ao período de dominação grega na Península Ibérica, anterior à conquista romana. São elas: bolsa, cara, corda, calma, caixa, ermo, governar, golfo e órfão.
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Superstrato • Palavras de origem germânica, introduzidas pelos visigodos, suevos e vândalos. • A maioria, são ligadas à vida militar e aos costumes próprios dos germanos, tais como a guerra e o saque. • As mais importantes são: acha, arauto, arreio, agasalho, albergue, anca, aspa, barão, banco, banho, branco, brasa, brandir, dardo, esgrimir, espiar, elmo, espeto, estaca, estribo, espora, estampar, escarnecer, feudo, fato, feltro, fralda, fresco, ganso, garbo, guarda, grupo, galardão, guia, lata, lasca, liso, marco, morno, rico, roupa, roubar, saga, sopa, tirar, trepar, trégua. • e os pontos cardeais: norte, sul, leste, oeste. Profª. Liliane Lemos Santana Barreiros Adstrato 1) Árabe - grande influência no léxico. As palavras de origem árabe são compostas pelo artigo invariável al, quer inalterado ou reduzido a a, quando antes de x, z, c e d: arroz, azeite, açougue e aduana.
Os nomes árabes mais frequentes, relacionam-se a:
a) Plantas: algodão, alecrim, alface, alfafa, alfazema, açafrão, açucena, alcachofra, benjoim e bolota. b) Instrumentos variados: alaúde, tambor, alicate, alfanje, algema, aljava, almofariz e gaita.
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Adstrato Árabe c) Ofícios e oficinas: alcaide, alfaiate, alferes, almoxarife, califa, emir; aduana, alcova, aldeia, armazém, arrabalde e arsenal.
d) Alimentos e bebidas: aletria, acepipe, álcool, almôndega e
g) Os adjetivos: garrido, forro, mesquinho e baldio;
h) Poucos verbos, como por exemplo, alcatifar;
e a interjeição oxalá (proveniente do árabe “in sha Allah”).
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Adstrato 2) Provençal ou occitânico - apesar da longa convivência entre o português e a “langue d'Oc”, a presença de palavras de origem provençal concentra-se, basicamente, em vocábulos relacionados com a vida nas cortes, tais como: alba, balada, bedel, coxim, cadafalso, estandarte, homenagem, jogral, justa, paliçada, refrão, sirventês, trova, truão, tropel, vassalo e vianda. Além dessas, temos algumas palavras de uso mais geral, como: a1egre, anel, artilharia, salitre, rouxinol e viagem.
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Questões de Substrato e Adstrato no português do Brasil
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Havia duas diferentes línguas de intercurso (simplificadas) para entendimento mútuo 1) A língua geral, uma versão simplificada do tupi, que era usada pelos brancos e mamelucos (filhos de índia com branco) em seus contatos com os aborígenes. Também usada pelos índios da tribo tupi como meio de comunicação com as demais tribos de famílias linguísticas diferentes, que falavam as famosas línguas travadas. 2) O semicrioulo português, usado pelos portugueses na comunicação com os negros escravos e, também, com os índios e mestiços. 3) À exceção dos padres jesuítas e dos mercadores de escravos e tripulantes de navios negreiros, praticamente nenhum português entrou em contato direto com qualquer outra língua que não fosse a língua geral ou o semicrioulo português.
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Como pode ser conceituado: Substrato ou Adstrato ?
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... Adstrato, por quê ?
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Adstrato • Os índios brasileiros, salvo raríssimas exceções, jamais abandonaram sua língua para adotar a do conquistador; pelo contrário, no começo da colonização, a língua geral era mais falada do que a portuguesa, devido à grande superioridade numérica dos mamelucos e índios sobre a população branca. • A língua geral só deixou de ter importância pelo fato de os portugueses terem chacinado seus falantes, “um documento jesuítico nos diz que as 40 mil almas... estavam reduzidas a 400.” (Serafim da Silva Neto).
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Adstrato • Os negros também não abandonaram seu português crioulo para aprenderem a língua portuguesa padrão. O principal motivo disto foi que o Brasil, profundamente escravocrata e racista, não fornecia qualquer tipo de educação aos negros; a estes, bastava que soubessem o português crioulo, para que pudessem entender as ordens e cumpri-las.
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• A língua geral teve influência, quase que exclusivamente, sobre o léxico e o semicrioulo português exerceu, basicamente, sobre a morfologia e a fonologia.
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Influência da língua geral sobre o português do Brasil 1) Animais - araponga, arara, capivara, curió, cutia, gambá, jibóia, jacaré, jararaca, juriti, lambari, paca, piranha, quati, sabiá, saúva, tamanduá, tatu e urubu. 2) Plantas - abacaxi, capim, carnaúba, cipó, imbuia, ipê, jabuticaba, jacarandá, jequitibá, mandioca, peroba, pitanga, sapé, taquara e tiririca. 3) Utensílios - arapuca e jacá. 4) Alimentos - moqueca e pipoca. 5) Fenômenos naturais - piracema e pororoca. 6) Crendices - saci, caipora e curupira. 7) Doenças - catapora Profª. Liliane Lemos Santana Barreiros Influência do semicrioulo português sobre o português do Brasil 1) Fonológico - apresentando os seguintes casos: • a) redução de ditongo a vogal: dotô por doutor; isquêro por isqueiro; • b) transformação do lh em iode: muié por mulher; oiá por olhar; • c) assimilação dos grupos consonantais em nasal: tomano por tomando; quano por quando; tamém por também; • d) queda do r final: amô por amor; muié por mulher; fazê por fazer; • e) queda do l final: generá por general; papé por papel.
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Influência do semicrioulo português sobre o português do Brasil 2) Morfofonológico - apresentando os seguintes casos: • a) queda da primeira sílaba do verbo estar, como em eu tô: • b) aglutinação fonética, como em zóio por olhos; zunha por unhas; e zoreia por orelhas.
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Influência do semicrioulo português sobre o português do Brasil 3) Morfológico - manifesto por: • a) simplificação da flexão verbal, reduzida a somente duas pessoas, como em: “eu compro” / “tu/você compra” / “ele/ela compra” “nós compra” / “vocês compra” / “eles/elas compra” • b) queda da flexão de número do determinado, como ocorre em: “as muié” por “as mulheres”; “esses home” por “esses homens”.
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Influência do semicrioulo português sobre o português do Brasil 3) Lexical • a) Religião: macumba, mandinga, candomblé, babalaô e orixá; • b) Comida: tutu, angu, abará, cachaça e vatapá; • c) Instrumentos: agogô, samba, maracatu e ganzá; • d) Doenças: caxumba, calombo, calundu e banzo; • e) Objetos de uso: cachimbo, carimbo, miçanga e tanga; • f) Animais e plantas: camundongo, marimbondo, inhame, chuchu, jiló, maxixe e quiabo; • g) Locais: mocambo, quilombo e senzala; • h) Pessoas e relações pessoais: moleque, mucama, milonga, molambo, muxoxo, quizília e dengo. Profª. Liliane Lemos Santana Barreiros Conclusão 1) A influência do substrato no português é de pouca importância, resumindo-se ao léxico. 2) A influência do superstrato, apesar de maior, é resumida também ao léxico e muito especializada, sendo que muitas de suas formas tornaram-se obsoletas ou excessivamente restritas.
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Conclusão 3) A influência do adstrato é a mais importante de todas. Com exceção do provençal, todas as línguas que conviveram com o português, quer em Portugal: o árabe, quer no Brasil: a língua geral e o semicrioulo português, penetraram bastante no nosso léxico, sendo que o semicrioulo português serviu, ainda, para intensificar o processo de evolução já existente, de uma maneira muito mais intensa, é claro, nas populações de baixo nível de escolaridade e instrução.
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Recapitulando... • Os fenômenos externos mais relevantes que favoreceram a dialetação do latim vulgar e consequentemente a formação das Línguas Românicas...
Profª. Liliane Lemos Santana Barreiros
Recapitulando... • Fragmentação do latim • Romanização superficial • Superioridade cultural dos vencidos • Superposição maciça de populações • Fragmentação do Império - causas internas: despovoamento do Império; empobrecimento e impostos; e decadência militar; causas externas: as invasões. “Invasões pacíficas”; e Final do séc. IV – início das grandes invasões (Vândalos, Godos, Francos, Lombardos, Alamanos, Eslavos, Árabes etc.).