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Muita gente que ouve a expressão “políticas Afinal, onde há gente, há grupos de pessoas que
linguísticas” pela primeira vez pensa em algo 1solene, falam línguas. Em cada um desses grupos, há
formal, oficial, em leis e portarias, em autoridades decisões, tácitas ou explícitas, sobre como
oficiais, e pode ficar se perguntando o que seriam leis proceder, sobre o que é aceitável ou não, e por aí
sobre línguas. De fato, há leis sobre línguas, mas as afora. Vamos chamar essas escolhas – assim como
2políticas linguísticas também podem ser menos as discussões que levam até elas e as ações que
3formais – e nem passar por leis propriamente ditas. Em delas resultam – de políticas. (ref. 11)
quase todos os casos, figuram no cotidiano, 4pois
envolvem não só a gestão da linguagem, mas também
as práticas de linguagem, e as crenças e valores que I. Afinal, onde há gente, há grupos de pessoas que
circulam a respeito 5delas. Tome, por exemplo, a falam línguas, e em cada um desses grupos há
situação do 6cidadão das classes confortáveis decisões – tácitas ou explícitas – sobre como proceder,
brasileiras, que quer que a escola ensine a norma culta sobre o que é aceitável ou não, etc. Vamos chamar de
da língua portuguesa. 7Ele folga em saber que se vai políticas essas escolhas, assim como as discussões
exigir isso dos candidatos às vagas para o ensino que levam até elas e as ações que delas resultam.
superior, mas nem sempre observa ou exige o mesmo
padrão culto, por exemplo, na ata de condomínio, que II. Vamos chamar as discussões que levam às escolhas
ele aprova como está, 8desapegada da ortografia e das feitas por cada um dos grupos de pessoas que falam
regras de concordância verbais e nominais línguas, bem como as ações que resultam dessas
9preconizadas pela gramática normativa. Ele acha discussões, as decisões, tácitas ou explícitas, sobre
ótimo que a escola dos filhos faça 10baterias de como proceder, sobre o que é aceitável ou não, de
exercícios para fixar as normas ortográficas, mas pouco políticas. Afinal, onde há gente, há grupos de pessoas
se incomoda com os problemas de redação nos que falam línguas.
enunciados das tarefas dirigidas às crianças ou nos
textos de comunicação da escola dirigidos à
III. Vamos chamar de políticas as decisões, tácitas ou enquadrar um banco proibindo correntistas de sacar
explícitas, de grupos de línguas faladas por pessoas. dinheiro.
Afinal, onde há gente, há escolhas sobre como
proceder, sobre o que é aceitável ou não, e por aí afora,
assim como as discussões que levam até elas e as SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de S. Paulo, 18 de
ações delas resultantes. dezembro de 2015, A2 Opinião (adaptado).
b) Apenas II.
I. Em “Usuários do WhatsApp no Brasil passaram por
c) Apenas III. algumas horas de síndrome de abstinência. É que uma
d) Apenas I e III. juíza de São Bernardo do Campo havia determinado
a suspensão dos serviços por 48 horas.” (ref. 1), a
e) I, II e III. expressão verbal em destaque indica ação passada
anterior a outra também passada.
Embora não nos demos conta, cada vez que TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
acessamos um site estrangeiro, estamos tecnicamente
agindo no exterior, sob as leis do país em que ele se Quarto de Despejo
encontra. Esse é, creio, um dos milagres da internet.
Ela cria uma espécie de concorrência entre legislações
nacionais, e a tendência é que acabe prevalecendo a “O grito da favela que tocou a consciência do
norma do país mais liberal, pois é lá que os sites mundo inteiro”
procurarão se hospedar. E isso é ótimo. A tarefa de
censores ficou mais difícil após a disseminação da
rede.
2 de MAIO de 1958. Eu não sou indolente. Há tempos
que eu pretendia fazer o meu diario. Mas eu pensava
que não tinha valor e achei que era perder tempo.
Mesmo que o WhatsApp fosse 100% brasileiro, ainda
...Eu fiz uma reforma para mim. Quero tratar as pessoas
assim não faria sentido tentar obter dados
que eu conheço com mais atenção. Quero enviar
determinando a suspensão do serviço. Ao fazê-lo, a
sorriso amavel as crianças e aos operarios.
juíza puniu não só a empresa, mas seus clientes, que
não tinham nada a ver com a história. É como tentar
...Recebi intimação para comparecer as 8 horas da cruzeiros.(...) Ontem eu ganhei metade da cabeça de
noite na Delegacia do 12. Passei o dia catando papel. um porco no frigorifico. Comemos a carne e guardei os
A noite os meus pés doiam tanto que eu não podia ossos para ferver. E com o caldo fiz as batatas. Os
andar. meus filhos estão sempre com fome. Quando eles
passam muita fome eles não são exigentes no paladar.
Começou chover. Eu ia na Delegacia, ia levar o José (...) Surgiu a noite. As estrelas estão ocultas. O barraco
Carlos. A intimação era para ele. O José Carlos tem 9 está cheio de pernilongos. Eu vou acender uma folha
anos. de jornal e passar pelas paredes. É assim que os
favelados matam mosquitos.
9 de MAIO. Eu cato papel, mas não gosto. Então eu “Dona Ida peço-te se pode me arranjar um pouquinho
penso: Faz de conta que estou sonhando. de gordura, para eu fazer sopa para os meninos. Hoje
choveu e não pude catar papel. Agradeço. Carolina”
Para responder a(s) questão(ões), leia o texto a seguir. Viva melhor com menos sal
A culpa pelo abuso do sal não deve, porém, ser II. Uma causa da apreciação das pessoas pelo sal é
atribuída somente 2à indústria. A maior apresentada por meio de citação atribuída a um
responsabilidade cabe ao nosso paladar. Os nefrologista dos Estados Unidos.
especialistas acreditam que a natureza gravou em III. Dados sobre uma possível diminuição de mortes de
nosso cérebro circuitos que condicionam a gostar de brasileiros como consequência da redução do consumo
sal e procurar por ele – em razão do sódio essencial de sal são atribuídos a uma representante da
que contém. A indústria, assim como a arte Sociedade Brasileira de Hipertensão, retomada em
gastronômica, responde 3ao desejo humano. “É “Segundo ela” (ref. 6).
provável que o sal seja tão apreciado porque tem a
capacidade de ativar o sistema de recompensa do
nosso cérebro”, diz o neurofisiologista brasileiro Ivan de
Araújo, afiliado a Universidade Yale, nos Estados Está(ão) correta(s)
Unidos. Isso significa que sal nos deixa felizes [...]. a) apenas I.
Com base nas repercussões negativas na saúde b) apenas II.
pública, muitos médicos têm falado em “epidemia
salgada” e promovido um movimento similar 4àquele c) apenas III.
que antecedeu as restrições impostas ao tabaco e ao
d) apenas I e III.
álcool. Desde 2002, a Organização Mundial da Saúde
(OMS) faz campanhas para chamar a atenção sobre o e) I, II e III.
excesso de sal. O movimento que defende as restrições
ao sal já chegou 5ao Brasil. Na segunda quinzena de
junho, reuniram-se em Brasília representantes do meio
6. (Enem PPL 2013) — Ora dizeis, não é verdade? Pois
acadêmico, da indústria de alimentos, técnicos do
o Sr. Lúcio queria esse cravo, mas vós lho não podíeis
Ministério da Saúde, da Agricultura e da Anvisa,
dar, porque o velho militar não tirava os olhos de vós;
agência federal que regulamenta a venda de comida
ora, conversando com o Sr. Lúcio, acordastes ambos
industrializada e remédios. Como meta, discutiu-se
que ele iria esperar um instante no jardim...
passar, em dez anos, de 12 gramas per capita de sal
por dia para os 5 gramas recomendados pela OMS. MACEDO, J. M. A moreninha. Disponível em:
www.dominiopublico.com.br. Acesso em: 17 abr. 2010
“Essa mudança ajudaria a baixar em 10% a pressão
(fragmento).
arterial dos brasileiros. Seria 1,5 milhão de pessoas
livres de medicação para hipertensão”, diz a
nefrologista Frida Plavnik, representante da Sociedade
Brasileira de Hipertensão na reunião. 6Segundo ela, O trecho faz parte do romance A moreninha, de
Joaquim Manuel de Macedo. Nessa parte do romance,
haveria queda de 15% nas mortes causadas por
há um diálogo entre dois personagens. A fala transcrita
derrames e de 10% naquelas ocasionadas por infarto. revela um falante que utiliza uma linguagem
Becos de Goiás
Beco da minha terra... lembrando passadas eras...
no agasalho de tua sombra úmida e calada. onde família de conceito não passava.
Becos de assombração...
Têm poesia e têm drama. d) fato de que a escritora se conforma ao processo mais
tradicional na construção dos poemas.
O drama da mulher da vida, antiga,
e) necessidade de dar ao poema um tom realista,
humilhada, malsinada. afastando-o do romantismo tradicionalmente associado
Meretriz venérea, às formas poéticas como um todo.
d) IV e V.