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INSTITUTO PROMINAS

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA


ESPECIALIZAÇÃO EM
NUTRIÇÃO COM ÊNFASE EM OBESIDADE E EMAGRECIMENTO

REVISÃO DAS DIETAS MAIS USADAS PARA EMAGRECIMENTO TENDO EM


VISTA A BUSCA DO CORPO PERFEITO

Nome: MARIA DO SOCORRO BATISTA SANTOS

NITERÓI, DEZEMBRO/2016

1
INSTITUTO PROMINAS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
ESPECIALIZAÇÃO EM
NUTRIÇÃO COM ÊNFASE EM OBESIDADE E EMAGRECIMENTO

REVISÃO DAS DIETAS MAIS USADAS PARA EMAGRECIMENTO TENDO EM


VISTA A BUSCA DO CORPO PERFEITO

MARIA DO SOCORRO BATISTA SANTOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito


parcial para a conclusão do curso de Especialização em NUTRIÇÃO COM ÊNFASE
EM OBESIDADE E EMAGRECIMENTO

Orientador(a):

NITERÓI, DEZEMBRO/2016
2
DECLARAÇÃO

Eu, Maria do Socorro Batista Santos, declaro ser a autora do texto


apresentado Trabalho de Conclusão de Curso, no programa de pós-graduação lato
sensu em NUTRIÇÃO COM ÊNFASE EM OBESIDADE E EMAGRECIMENTO (com
o título “REVISÃO DAS DIETAS MAIS USADAS PARA EMAGRECIMENTO TENDO
EM VISTA A BUSCA DO CORPO PERFEITO”).
Afirmo, também, ter seguido as normas do ABNT referentes às
citações textuais que utilizei e das quais eu não sou a autora, dessa forma,
creditando a autoria a seus verdadeiros autores.
Através dessa declaração dou ciência de minha responsabilidade
sobre o texto apresentado e assumo qualquer responsabilidade por eventuais
problemas legais, no tocante aos direitos autorais e originalidade do texto.

Niterói, de dezembro de 2016.

_____________________________________
Assinatura da autora

3
AUTORA: MARIA DO SOCORRO BATISTA SANTOS

TÍTULO: REVISÃO DAS DIETAS MAIS USADAS PARA EMAGRECIMENTO


TENDO EM VISTA A BUSCA DO CORPO PERFEITO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência


parcial para a finalização do Curso de Especialização em NUTRIÇÃO COM ÊNFASE
EM OBESIDADE E EMAGRECIMENTO pelo INSTITUTO PROMINAS.

Orientador(a):

Data da defesa/entrega: ___/___/____

Membros componentes da Banca Examinadora:

Presidente e Orientador:

Membro Titular:

Membro Titular:

Média______ Data: ___/___/____

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“A educação não transforma o mundo.
A educação transforma pessoas. Pessoas transformam o mundo”.
(Paulo Freire)

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RESUMO

Atualmente as pessoas estão muito preocupadas e insatisfeitas


com o seu corpo e uma das preocupações que perpassa todos os segmentos da
sociedade é viver com saúde e boa forma, principalmente o do público feminino.
A preocupação com o corpo saudável, e acima de tudo bonito atravessa
contemporaneamente, os diferentes gêneros, faixas etárias e classes sociais.
Observa-se um crescimento da busca pela beleza e dos modelos
propostos pelos segmentos da moda, de bens e serviços em torno do corpo perfeito.
O modelo de beleza corresponde a um corpo magro, sem considerar aspectos
relacionados à saúde. A imagem corporal parece ser uma marca feminina, onde o
número de mulheres que se submetem a dietas para o controle de peso vem
aumentando gradativamente.
O padrão de beleza de corpo magro é veiculado a mensagens de
sucesso, controle, aceitação e felicidade. Assim, mulheres acreditam que sendo
magras, poderão alcançar todos os seus objetivos, sendo a perda de peso a solução
para todos os seus problemas.
Algumas mulheres são induzidas a se sentirem feias e a
desejarem o emagrecimento a qualquer custo e diversas caem na armadilha da dieta
e aderem práticas inadequadas, como o uso de remédios, laxantes, jejum
prolongado, excesso de atividade física, entre outros métodos sem se preocupar
com os danos que podem causar a sua saúde.

Palavras Chave: dietas, emagrecimento, aconselhamento nutricional, beleza, corpo

6
ABSTRACT

Today people are very worried and dissatisfied with their body
and one of the concerns that permeates all segments of society is to live healthily
and in good shape, especially the female audience. The concern with the healthy
body, and above all handsome crosses contemporaneously, the different genders,
age groups and social classes.
There is an increase in the search for beauty and the models
proposed by the segments of fashion, goods and services around the perfect body.
The beauty model corresponds to a lean body, without considering aspects related to
health. The body image seems to be a feminine mark, where the number of women
who undergo diets for weight control has gradually increased.
The lean body beauty pattern is conveyed to messages of
success, control, acceptance, and happiness. So, women believe that being thin,
they can achieve all of their goals, and weight loss is the solution to all their
problems.
Some women are induced to feel ugly and want to lose weight at
any cost and several fall into the diet trap and adhere to inappropriate practices such
as the use of medicines, laxatives, prolonged fasting, excessive physical activity,
among other methods without worry With the damages that can cause your health.

Keywords: diets, weight loss, nutritional counseling, beauty, body

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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9
Tabela 1.............................................................................................................. 10
2 - JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 10
3 - OBJETIVOS ....................................................................................................... 11
3.1 - Objetivos Gerais ....................................................................................... 11
3.2 - Objetivos Específicos ................................................................................ 11
4 - METODOLOGIA ................................................................................................ 12
5 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 12
5.1 - Dietas para emagrecimento publicadas, divulgadas e utilizadas
pelas mais variadas camadas da sociedade em geral ............................... 12
5.1.1 - Dieta do Indice Glicêmico .............................................................. 12
5.1.2 - Dieta Detox ................................................................................... 13
5.1.3 - Dieta do Dr. Atkins ........................................................................ 15
5.1.4 - Dieta Mediterrânea ....................................................................... 15
5.1.5 - Dieta Sem Glúten ......................................................................... 17
5.1.6 - Dieta do Tipo Sanguíneo ............................................................. 18
5.1.7 – Dieta Vigilantes do Peso .............................................................. 20
5.1.8 - Dieta Macrobiótica ....................................................................... 21
5.1.9 - Outras dietas menos populares ..................................................... 22
5.2 - Hábitos Alimentares .................................................................................. 22
6 - RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 23
7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 23
8 - REFERÊNCIAS ................................................................................................. 24

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1 - INTRODUÇÃO

Aproximadamente 50% da população refere algum tipo de


insatisfação com a sua aparência, e parte deste grupo procura algum tipo de
procedimento para a correção dos traços considerados indesejáveis, buscando
melhorias na sua autoestima, confiança e qualidade de vida (Hexsel et al., 2012).
Atualmente, na busca de um padrão estético social, é notório o
aumento de mulheres que recorrem a diversas dietas, com o intuito de minimizar o
desconforto de um sobrepeso, ou mesmo da obesidade. O que se observa é que a
obesidade afeta as mais diversas camadas da sociedade.
Considerada um problema grave, a obesidade cresce de
maneira assustadora nos últimos tempos, elevando essa doença ao nível de
epidemia global. Segundo Gortmaker (2011 apud Oliveira, 2013), a epidemia global
de obesidade vem crescendo nas últimas quatro décadas e os esforços de sua
prevenção ainda mal começaram nos países.
O tratamento da obesidade, entretanto, continua produzindo
resultados insatisfatórios, em grande parte por estratégias equivocadas e pelo mau
uso dos recursos terapêuticos disponíveis. Sendo assim, faz-se necessário
aprofundar os conhecimentos sobre a obesidade de tal forma a permitir uma
intervenção mais efetiva não só no seu tratamento, mas principalmente na sua
prevenção, por meio da promoção de estilos de vida saudáveis (BRESSAN;
HERMSDORFF, 2011).
Os cuidados com o corpo e com aparência estética tornam-se
uma preocupação constante na vida das pessoas, como parte dos reflexos dos
valores e padrões culturais, sociais e individuais acarretando baixa autoestima,
ansiedade e desestabilização da imagem corporal (Witt e Schneider).
Em estudos realizados (Costa e Freitas), foram avaliadas 50 mulheres com
diagnostico nutricional de sobrepeso e obesidade, com idade média das mulheres
de 41 a 13 anos e peso médio de 79,5 a 13 kg. Constatou-se que as adolescentes,
mesmo quando estão no peso adequado ou abaixo do peso ideal, costumam se
sentir gordas e, com o aumento da idade, faz com que elas queiram cada vez mais
9
perder mais peso. Quando indagadas sobre o motivo pelo qual procuravam o
emagrecimento a maioria (72%) afirmou estar preocupada com a estética, seguido
da preocupação com a saúde (54%), como pode ser observado na tabela abaixo:

Tabela 1
Motivos para a busca do emagrecimento
Estético 36 (72%)
Indicação de um médico 6 (12%)
Saúde 27 (54%)
Familiar 2 (4%)

Há uma constante necessidade de se conseguir um corpo


perfeito, tendo em vista o apelo da grande mídia, considerando padrão um corpo
forte, torneado, magro e perfeito (Witt e Schneider) .
Este estudo, portanto, visa trazer informações aos profissionais da
área de estética, bem como da área de nutrição, como um instrumento de coleta de
dados que permita avaliar algumas dietas populares, largamente utilizadas, não
somente por mulheres, como também por homens e atualmente até por
adolescentes ou mesmo por crianças, em suma, ser uma fonte de referência para
futuros estudos e o crescimento científico.

2 - JUSTIFICATIVA

Este estudo traz informações aos profissionais das áreas de


estética e nutrição, como um instrumento de coleta de dados que permita avaliar a
utilização das diversas dietas largamente divulgadas pela mídia virtual e impressa,
bem como uma fonte de referência para futuros estudos e o crescimento científico
da área de saúde e afins.
Além dos profissionais das citadas áreas, as pessoas
interessadas no assunto aqui discutido, certamente encontrarão informações
10
baseadas em trabalhos, pesquisas e revisões bibliográficas, podendo, portanto
buscar uma fonte de informação mais adequada aos seus anseios, condições e
interesses.
Visa, portanto, verificar algumas dietas populares, largamente
divulgadas e usadas por todas as classes sociais.
Não obstante, não quer promover discussão, apontar qual a
melhor, mais eficiente, a mais popular, qual é a mais cara ou mais em conta.
Enfim, não pretende discutir e apontar, apenas lançar
conhecimento quanto à existência de algumas delas já amplamente divulgadas e
utilizadas.

3 - OBJETIVOS

3.1 - Objetivos gerais

Pesquisar algumas das mais populares dietas publicadas nas


mais diversas mídias, sendo, de alguma forma, largamente utilizadas pelas mais
variadas camadas da sociedade.

3.2 - Objetivos específicos

- Pesquisar diversos tipos de dietas de emagrecimento, largamente utilizadas;


- Selecionar algumas dietas populares de tratamento consideradas mais
significativas;
- Verificar a comprovação, face aos estudos pesquisados, que as pessoas afetadas
por sobrepeso e obesidade que podem sofrer com problemas de ordem
psicossocial, tendo em vista os padrões estéticos atuais, ocasionando, em alguns
casos, comprometimento às atividades funcionais, tornando-se assim, um
problema de saúde.
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4 - METODOLOGIA

O desenvolvimento deste trabalho é baseado em uma revisão de


parte da literatura científica disponível acerca do tema em questão, utilizando-se
livros, revistas e artigos científicos, nacionais e internacionais, divulgados ou
publicados pela grande mídia.

5 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

5.1 - DIETAS PARA EMAGRECIMETO PUBLICADAS, DIVULGADAS E


UTILIZADAS PELAS MAIS VARIADAS CAMADAS DA SOCIEDADE EM
GERAL

5.1.1 - DIETA DO ÍNDICE GLICÊMICO

A dieta do índice glicêmico prioriza o consumo de alimentos com


baixo índice glicêmico. O índice glicêmico representa a velocidade em que o
carboidrato é digerido e transformado em açúcar no sangue. Ao consumir alimentos
de alto índice glicêmico, ou seja, que são digeridos mais rapidamente, a quantidade
de açúcar no sangue aumenta, sendo necessário liberar maior quantidade de
insulina para normalizar a glicemia sanguínea. Essa situação pode sobrecarregar o
pâncreas, ocasionando resistência à insulina e até mesmo diabetes.
Os alimentos que apresentam carboidrato de digestão lenta, ou
seja, liberam açúcar em menor quantidade no sangue, são os de baixo índice
glicêmico. Esses alimentos são ricos em fibras, ou seja, causam maior saciedade,
auxiliando no emagrecimento, já que será necessário ingerir menor quantidade para
se sentir satisfeito.

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O professor de nutrição canadense David Jenkins fez algumas
pesquisas e concluiu, por exemplo, que o pão branco eleva mais a glicose do que o
sorvete. Em seguida, cientistas testaram todos os alimentos que contém
carboidratos e compilaram a Tabela do Índice Glicêmico(IG), que mostra como
diferentes carboidratos afetam os nÍveis de glicose no sangue.
Os princípios dessa dieta são:
- deve-se comer apenas carboidratos com baixo IG;
- não ingerir alimentos feitos com farinhas processadas, ou brancas;
- não ingerir batatas, arroz branco, grãos refinados e produtos açucarados;
- agrupa os alimentos em três categorias:
- vermelha – contém alto IG – devem ser evitados;
- amarela – podem ser consumidos com moderação;
- verde – contém baixo IG e podem ser consumidos à vontade.
- o plano também promove uma relação saudável entre carboidratos, proteínas
magras e gorduras saudáveis;
- existe uma regra de ouro, não ficar com fome, mantém o sistema digestivo ativo, ou
seja, comer de três em três horas;
- na primeira fase exclui leguminosas e grãos, depois passa para o estágio de
manutenção, menos rígido;
- evitar o consumo de cafeína e álcool, por estimular o apetite e conter elevado IG

5.1.2 - DIETA DETOX

A palavra “detox” ganhou destaque no universo dos produtos


saudáveis e foi se incorporando a diversos programas de dieta.
A premissa da desintoxicação baseia-se na antiga crença grega
de que, precisamos eliminar o “lixo tóxico” do nosso organismo, para nos
mantermos saudáveis. Essa idéia da limpeza do organismo voltou a se
popularizar nos últimos tempos.

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Atualmente, diversas dietas à base de sucos, voltadas à
“limpeza”, chegando à desintoxicação, recomendadas por celebridades. Alega-se
que dietas detox expulsam os venenos do organismo, melhoram a digestão,
eliminam a gordura em excesso, fortalecem o sistema imunológico, limpam a
pele, tonificam os cabelos, aumentam os níveis de energia, acabam com a
celulite.
Há diversas recomendações para os tipos de dieta detox, como:
- limão ou limonada, até misturando com pimenta caiena, e xarope de boldo até
seis vezes por dia durante 10 dias;
- ingestão de purês de legumes;
- consumo de pouquíssimas calorias, basicamente na forma de líquidos;
- alimentos ricos em fibras;
- jejum total por curtos períodos de tempo;
- uso de ervas e outros suplementos;
- lavagens intestinais;
- proibição de alguns alimentos industrializados;
- evitar cafeína e álcool;
- eliminar alimentos com potencial alergênico, como trigo e laticínios;
- não recomenda prática de exercícios físicos, a não ser ioga;
- consumo baseado em uma lista bastante restrita de frutas, legumes e verduras.
A desintoxicação segue três etapas básicas: restringe a
alimentação para eliminar o “lixo” do organismo, depois reintroduz alimentos de
origem vegetal, e por último, amplia o cardápio com uma variedade maior de
alimentos, ainda muito saudáveis. Não recomenda a prática de atividades físicas,
a não ser a ioga, pelo baixo consumo de calorias.
Ha recomendações médicas que dietas de desintoxicação muito
radicais podem ser muito perigosas, podem durar de um dia até um mês.

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5.1.3 - DIETA DO DR. ATKINS

Em 1972 o Dr. Robert Atkins publicou o livro A dieta


revolucionária do Dr. Atkins, que vendeu dezenas de milhões de exemplares, e em
2002 o programa foi ainda mais popular, com a publicação do segundo livro, com a
nova dieta do Dr. Atkins.
A primeira fase visa a rápida perda de peso, restringindo os
carboidratos, por duas semanas. Inclui: carne, frutos do mar, ovos, queijo, algumas
hortaliças, manteiga e óleos. Estima-se a perda de cerca de 7 quilos em duas
semanas. Nas últimas fases esse ritmo cai para 900 gramas a 1,3 quilo no mesmo
período. Gradualmente outros alimentos são reintroduzidos na dieta.
Recomenda-se:
- a ingestão de 115 a 175 gramas de proteínas em cada refeição;
- não há contagem de calorias, mas a quantidade de carboidratos deve ser exata;
- é proibido ingerir qualquer tipo de açúcar (até o do suco de fruta);
- é proibido ingerir alimentos feitos com farinha branca outros grãos refinados como
pão, arroz e massas;
- pode consumir duas xícaras de café por dia, pois a cafeína estimula a queima de
gordura;
Considerada controversa, permite alimentos muito gordurosos,
como carne vermelha, manteiga e nata e proíbe os alimentos considerados
nutritivos, como pão integral.

5.1.4 - DIETA MEDITERRÂNEA

A dieta mediterrânea propõe uma mudança de estilo de vida,


ensina a escolher os alimentos mais saudáveis em vez de oferecer apenas uma
solução rápida e imediata.
Baseada na culinária tradicional de países como Itália, Espanha,
França (sul) e Grécia, foi divulgada pelo médico americano Dr. Ancel Keys em 1945.
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Morando na Itália, o médico observou a incidência de muitos moradores centenários
e a baixa taxa de obesidade no país.
A dieta mediterrânea é rica em azeite de oliva, peixes e hortaliças.
Utiliza porções controladas, pode proporcionar uma perda de peso lenta, porém
duradoura, de 450 a 900 gramas por semana, promove um corpo mais esguio e uma
vida mais longa.
Diversos estudos comprovaram que ela pode reduzir o risco de
doenças cardiovasculares, AVCs, diabetes e certos tipos de câncer, de ajudar no
combate à depressão e à demência. Pode ser considerado um excelente plano de
emagrecimento, quando aliado à pratica de exercícios moderados.
As principais recomendações da dieta mediterrânea são o
consumo de:
- leguminosas (feijões e ervilhas);
- cereais não refinados;
- peixes e filé de frango nas porções corretas;
- laticínios considerados light;
- azeite de oliva extra virgem;
- frutas;
- legumes;
- verduras;
- evitar batatas, a menos que utilizadas assadas ou cozidas;
- alto teor de gordura monoinsaturada em relação à saturada;
- ingestão moderada de vinho tinto às refeições (dois cálices por dia);
- baixo consumo de carne vermelha e produtos industrializados;
- alimentos frescos e sazonais (ao invés de processados);
- não utilizar frituras.
Os estudos apontam que os povos mediterrâneos, mesmo
consumindo alimentos gordurosos, as pessoas tendem a comer maior quantidade de
gorduras mono e poli-insaturadas, com menos colesterol. Alimentos ricos em
proteína magra e fibras, que saciam mais.

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Pode ser adotada por toda a vida, não apenas como um programa
de emagrecimento.
A dieta mediterrânea é considerada pelos médicos e especialistas
em saúde, como a mais saudável do mundo.

5.1.5 - DIETA SEM GLÚTEN

A dieta sem glúten foi, inicialmente, desenvolvida para ajudar a


combater a doença celíaca.
A doença celíaca é uma doença autoimune, que afeta cerca de 2
milhões de brasileiros e seus sintomas compreendem desde um leve inchaço e
indigestão a dores de estômago mais intensas, diarréia e anemia, por causa da má
absorção de nutrientes pelo organismo.
O glúten é encontrado no trigo, na cevada e no centeio. Foi
identificado pela primeira vez como gatilho para a doença em 1950, quando o
pediatra holandês Willem Dicke descobriu que a eliminação do trigo da alimentação
fazia os sintomas desaparecerem. Conseguiu transformar a vida de milhões de
portadores da doença e continua sendo a base do tratamento até hoje.
A dieta começou a ter o emagrecimento como objetivo depois que
algumas celebridades afirmaram evitar comer glúten. É desaconselhável o
autodiagnóstico, o ideal é consultar um médico. No livro The G-Free Diet , a autora
Elisabeth Hasselbeck, promove uma alimentação sem glúten por outros motivos,
como perda de peso, controle da síndrome do intestino irritável, aumento da energia,
melhora da concentração e digestão mais rápida.
Algumas pessoas não possuem a doença celíaca, mas não
digerem completamente o glúten, por deficiência de algumas enzimas, ou
intolerância ao trigo.
Devem ser eliminados da alimentação todos os grãos que contém
glúten. O glúten está presente em diversos alimentos largamente consumidos, como:
- cereais matinais industrializados;
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- sopas, molhos, cerveja, refeições semiprontas;
- salsichas, sorvetes e batata chips,
- pães, massas, bolos, biscoitos e empanados;
- alguns espessantes e coberturas muitas vezes contém glúten;
Por lei, em todos os alimentos que contém qualquer ingrediente
derivado de trigo, cevada, centeio ou aveia deve ser apontado na lista da
embalagem. Por isso a dieta encoraja a leitura dos rótulos e a conscientização em
relação ao que consome.
A dieta sem glúten permite a ingestão de carne, peixe, frutas,
legumes e verduras, arroz, batata, lentilha e alguns grãos, como trigo sarraceno,
quinoa e painço. Reduz a quantidade de carboidratos e pode estimular o consumo
de frutas, verduras e legumes.
É difícil a eliminação do glúten de todas as refeições, já que ele
está presente em muitos produtos industrializados. A simples eliminação do glúten
não garante que os alimentos tenham baixas taxas de calorias, gordura, açúcar ou
sal. Costuma retirar o sabor característico de certos alimentos, como pães, além do
que os produtos podem ser duas ou três vezes mais caros.

5.1.6 - DIETA DO TIPO SANGUÍNEO

A dieta do tipo sanguíneo foi criada há mais de 60 anos pelo médico


americano Dr. James L. D’Adamo. Ele acreditava que o tipo sanguíneo poderia
afetar diretamente a saúde e a boa forma física. O Dr. D’Adamo afirmou que tratou
de milhares de pacientes que experimentaram todas as dietas existentes, e a maior
queixa é a de que, depois de todos aqueles meses de sacrifício, eles acabavam
ganhando os quilos de volta. Diz que, descobriu que o problema de 95% dos seus
pacientes que lutam contra a balança é a ingestão de alimentos que não são
adequados ao seu tipo sanguíneo. O conceito e a dieta ganharam seguidores entre
as celebridades, porém não há base científica, não foram bem aceitos por médicos e
nutricionistas.
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Os conceitos da dieta do tipo sanguíneo são no sentido de combinar
os alimentos adequados ao seu tipo:
- Tipo sanguíneo O: esse é o grupo mais antigo; as pessoas que pertencem a esse
grupo devem seguir uma dieta “caçadora”, como nossos antigos ancestrais. Devem
ingerir muita proteína e pouco carboidrato e limitado consumo de laticínios;
- Tipo sangúineo A: este grupo evoluiu depois do O, quando nossos antepassados
plantavam mais do que caçavam, as pessoas desse grupo precisam de menos
proteínas e mais grãos, ou seja, devem diminuir o consumo de carne e comer muito
mais hortaliças e carboidratos integrais;
- Tipo sanguíneo B: devem fazer uma dieta balanceada composta de hortaliças e
grãos, um pouco de tudo, já que os sortudos do grupo B aparentemente emagrecem
com mais facilidade do que os outros tipos.
- Tipo sanguíneo AB: é o mais novo e raro, pode ingerir os alimentos de uma dieta
moderna mais facilmente, porém devem evitar o consumo exagerado de carne e
procurar consumir mais vegetais.
Os exercícios que cada tipo deve praticar também devem ser
diferenciados. Pessoas do tipo O são mais ativas, se beneficiam mais com corridas;
as do tipo A são mais sedentárias, devem praticar com mais moderação.
Pontos a destacar para as pessoas que fazem a dieta do tipo
sanguíneo devem:
- dispor de tempo para pensar sobre comida e culinária;
- tempo para fazer compras;
- ter força de vontade para fazer uma mudança permanente;
- ingestão de alimentos frescos e naturais;
- eliminação de alimentos industrializados, álcool e café;
- fazer um exame de sangue para identificar o tipo sanguíneo.
Médicos e nutricionistas costumam afirmar que não existe nenhuma
diferença na forma pela qual processamos os alimentos e que não existe
fundamentação científica que sustente a teoria de que o grupo sanguíneo tenha
relação com a digestão.

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5.1.7 - DIETA VIGILANTES DO PESO

A dona de casa e nutricionista Jean Nidetch, ao receber algumas


amigas com quilos a mais, discutiram a melhor forma de emagrecer. Decidiram,
então, seguir uma dieta por ela recomendada e trocar dicas. O grupo foi
aumentando, e junto ao empresário Al Lippert fundou a organização Weight-
Watcher. No Brasil, na década de 1960 nasceu o conceito do vigilantes do peso.
Essa dieta, inicialmente, baseou-se num sistema de pontos, que foi
modificado em 2010 e transformado num novo programa chamado ProPontos,
medida que gerou controvérsias.
Características a destacar para se aderir a essa dieta:
- os seguidores da dieta verificam o guia de pontos impresso ou disponível on-line;
- a faixa é determinada de acordo com a altura, peso, sexo e faixa etária;
- cada faixa receberá uma cota de pontos semanal específica;
- cada faixa pode escolher entre vários alimentos saudáveis para então dividir entre
três refeições e lanches até cumprir sua cota;
- a dieta atribui a cada alimento um determinado valor, baseado na quantidade de
proteínas, carboidratos gorduras, fibras que contém;
- maximizar os pontos optanto por uma quantidade maior de “alimentos poderosos”
que dão maior sensação de saciedade;
- comer os grãos integrais, carnes magras, laticínios light;
- consumir quantidades ilimitadas de frutas, legumes e verduras que não contenham
amido;
- quantidade limitada de alimentos gordurosos e doces, inseridos no estoque de
pontos;
- incentiva a prática de atividades físicas e atribui pontos adicionais a cada uma;
- liberdade para comer o que quiser, desde que mantenha a meta diária estipulada
no sistema ProPontos;
- pagar uma taxa para participar das reuniões semanais e participar do grupo;
- pesar-se semanalmente, recebendo incentivo do grupo.

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5.1.8 - DIETA MACROBIÓTICA

Criada pelo filósofo japonês George Ohsawa na década de 1930,


sendo base para o que hoje conhecemos como alimentação macrobiótica. O seu
criador acreditava que uma dieta simples era o segredo para uma boa saúde, evitar
certos alimentos poderia até mesmo curar o câncer e outras doenças, ou seja, deve-
se ingerir muitas hortaliças cruas e orgânicas, eliminação de alimentos de origem
animal. Baseia-se na crença de que o alimento tem uma energia invisível (Yin e
Yang) que afeta a saúde e não pode ser medida cientificamente.
A dieta recomenda :
- alimentação pobre em gorduras e rica em fibras, sendo 50% em grãos integrais
(arroz integral e trigo sarraceno), 20% a 30% de hortaliças, 5% a 10% de feijões,
5% a 10% de missô e 5% de condimentos e outros alimentos, que incluem bebidas,
peixes e sobremesas;
- permite castanhas, sementes, picles e chás não estimulantes e não aromáticos;
- a comida deve estar crua ou levemente cozida;
- panelas, frigideiras e outros utensílios de cozinha não podem ser feitos de outro
material além de madeira, vidro, cerâmica ou aço inoxidável;
- proibido uso de micro-ondas e de suplementos vitamínicos e minerais;
- deve-se comer somente se houver fome, mastigar bem, relaxar e sempre manter
boa postura ao sentar;
- evitar toxinas provenientes de laticínios, carnes, ovos, café, açúcar, ervas
estimulantes e aromáticas;
- evitar alimentos industrializados e refinados;
- evitar ou comer com moderação algumas hortaliças, batata, tomate, berinjela,
pimenta, aspargos, espinafre e abacate;
- recomenda a prática de ioga, alongamentos e caminhadas diárias.

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5.1.9 - OUTRAS DIETAS MENOS POPULARES:
- DIETA DUNKAN
- DIETA DAS PROTEINAS
- DIETA DOS CARBOIDRATOS
- DIETA DO LEITE
- DIETA DA SOPA
- DIETA DA USP ORIGINAL
- DIETA PARA PERDER BARRIGA
- DIETA PARA GANHAR MASSA ALIMENTAR
- DIETA CETOGENICA – PARA QUEM TEM CANCER
- DIETA PARA ENGORDAR
- DIETA JAPONESA
- DIETA PALEOLÍTICA
- DIETA DO OVO
- DIETA DO LIMÃO
- DIETA DA BATATA DOCE
- DIETA LIQUIDA

5.2 - HÁBITOS ALIMENTARES

Estudos científicos comprovam o poder de certos alimentos e sua


influência na saúde humana (GARCIA, 1997). Nas últimas décadas ocorreram
mudanças importantes nos hábitos alimentares dos brasileiros. O conhecimento
sobre os alimentos também evoluiu bastante. Em contrapartida, o aumento de
alimentos industrializados associado à vida moderna, falta de tempo e stress do dia-
a-dia favorecem alterações no padrão alimentar que nem sempre correspondem ao
ideal. É cada vez maior o número de indivíduos acima do peso ou com problemas de
saúde relacionados a alta ou baixa ingestão alimentar, mais a inadequada ingestão
de nutrientes necessários a qualidade de vida (BATISTA & RISSIN, 2003).

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Alguns alimentos devem ser evitados e deixados para ocasiões
especiais, e outros devem ser valorizados devido ao grande beneficio que trazem ao
organismo (BORGES & JORGE, 2009).

6 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

Uma alimentação saudável, prática de exercícios físicos, são


cuidados que devem ser adotados pelas pessoas que desejam emagrecer.
Emagrecer de forma saudável não tem a ver apenas com calorias,
mas também com a qualidade da alimentação e a garantia de que os alimentos
consumidos fornecem todos os nutrientes de que se precisa para ter boa saúde.
Consultar um médico antes de iniciar uma dieta. (Jones, 2016).
Todas as dietas aqui apresentadas, são largamente utilizadas por
todas as classes sociais, etinias, e faixas de idade. Algumas foram severamente
pesquisadas e comprovadas cientificamente como seguras e eficazes,
proporcionando, tanto aos profissionais envolvidos em recomendá-las, como para as
pessoas que buscam emagrecimento, tendo em vista que, cada pessoa é única e
deve ser respeitada e valorizada em seus desejos e anseios.

7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

O culto ao corpo é parte de um sistema mundialmente orientado


pelo mercado e estimulado pela mídia, que contribui para que a sociedade
desenvolva comparações em relação ao próprio corpo, tornando-o objeto de desejo.
Dessa maneira, o resultado é a emergente necessidade de investimento no corpo,
seja para inserção no âmbito mercadológico quanto para o bem-estar psicossocial
(BAUDRILLARD, 1991). Segundo Dweck (1999), as pessoas de boa aparência são
muito mais bem remuneradas que as de aparência considerada ruim. A beleza é um
importante elemento nos processos seletivos do mercado de trabalho e das capitais
desenvolvidas na síntese de matérias-primas necessárias à prestação de serviços
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na área da beleza e estética (FISBERG, 2009). O estado de espírito dos
consumidores atuais os leva à busca de novas tendências e serviços que atendam
às suas necessidades e lhes tragam benefícios em relação à autoestima. É
expressivo o número de homens e mulheres que procuram alternativas para obter
resultados rápidos e que não exijam muitos sacrifícios, a fim de aliar saúde,
jovialidade e beleza.

8 - REFERÊNCIAS:

1. A Produção do Conhecimento que Trata do Corpo e da Beleza – Implicações


para Educação Física - Ms.Liege de Oliveira Filgueiras da Silva, Dra. Karenine de
Oliveira Porpino;
2. Estética - valorização do corpo e da beleza através do cuidado nutricional -
Juliana da Silveira Gonçalves Zanini Witt, Aline Petter Schneider
(FAMED/UFRGS);
3. Livro: A melhor dieta para você - Caroline Jones - 2016
4. Influência da estética na busca pela redução do peso corporal, prevalência de
práticas de emagrecimento e insatisfação corporal em mulheres com idade entre
20 e 65 anos - Francine da Rocha Costa, Angelica Rocha de Freitas;
5. Práticas indiscriminadas de dietas de emagrecimento e o desenvolvimento de
transtornos alimentares. Revista de Nutrição 2006: 19(6); 693-704 - Souto S,
Ferro-Bucher JSN;
6. Alimentação Saudável, Atividade Física e Qualidade de Vida - Alessandra de
Souza Cerri, Ana Claudia Alves Martins, Christiane de Vasconcelos Affonso,
Dênis Marcelo Modeneze, Efigênia Passarelli Mantovani, Estela Marina Alves
Boccaletto, Evandro Murer, Frederico Tadeu Deloroso, Gerson Oliveira, Guanis
de Barros Vilela Junior, Jane Domingues de Faria Oliveira, Jaqueline Girnos
Sonati, Ricardo Martineli Massola, Ricardo Martinelli Panizza e Roberto Vilarta
(Autores e Pesquisadores do Grupo de Estudos em Atividade Física e Qualidade
de Vida da Faculdade de Educação Física da UNICAMP).
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