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Assim que a APU estiver ligada em solo, deverá ser aberta a APU BLEED na parte de
sistemas de ar do Overhead Panel.
Com a válvula já aberta, o avião estará recebendo ar através da APU. O ar irá neste
momento alimentar o sistema de ar condicionado e também servir para a partida do motor.
AUTO: A válvula irá abrir apenas quando a ENGINE BLEED AIR VALVE ou PACK for
fechada.
L PACK / R PACK
Essas chaves acionam a PACK VALVE. Esta válvula dá acesso ao sistema de ar
condicionado. Ela pode estar em OFF / AUTO / HIGH.
AUTO: Quando a PACK VALVE do motor esquerdo e do motor direito estão em AUTO, elas
operam com um fluxo de ar normal.
• Esta troca automática NÃO ocorre quando o avião estiver no solo ou em voo com
flaps estendidos, para assegurar o funcionamento adequado do motor, no caso de
operar monomotor e também pelo fato de quando estamos com os flaps estendidos
(operações de decolagem e pouso) estamos obviamente próximos do solo, onde a
pressão é maior, não sendo necessário que as PACKS estejam em HIGH.
• Se ambas as ENGINE BLEED AIR VALVE estiverem fechadas e a APU BLEED AIR
VALVE estiver aberta, as chaves de PACK estarão em HIGH.
• No momento de start dos motores, o procedimento padrão é a colocação das PACK
VALVE em OFF. Para que todo ar existente seja usado para o STARTER.
• No solo, com o suprimento da APU, as PACKS deverão estar em HIGH.
*Usa-se apenas uma PACK por motor, para não sobrecarregar o mesmo, ou seja, em caso
de perda de um dos motores, com a ISOLATION VALVE em AUTO ela abrirá e cabe ao
piloto fechar uma das PACKS (de acordo com os QRH`s e Checklist`s) e manter o avião
com somente uma PACK funcionando em HIGH.
*Em voo, apenas uma PACK em HIGH é capaz de pressurizar o avião mesmo no seu teto
máximo (41000ft).
*Em caso de pane em uma PACK durante o voo, pode-se manter a altitude, pois como foi
dito apenas uma PACK em HIGH é capaz de pressurizar o avião até mesmo no seu teto,
porém se decolar sem uma PACK o nível máximo de voo para despacho será FL250.
*Durante o voo, caso seja necessário acionar a APU e se estiver sem os motores, ou seja,
tendo apenas corrente contínua (DC) proveniente da bateria, deve-se descer até no mínimo
FL250 de forma a garantir que o acionamento da APU de fato ocorra na primeira tentativa,
pois, a bateria garante apenas duas tentativas de acionamento em média.
Em voo, o LEFT RECIRC FAN estará operando normalmente a não ser que uma PACK for
para HIGH.
Em voo, o RIGHT RECIRC FAN estará operando normalmente a não ser que ambas PACK
forem para HIGH.
Em solo, o LEFT RECIRC FAN estará operando normalmente a não ser que ambas PACK
forem para HIGH.
Em solo, o RIGHT RECIRC FAN estará operando normalmente mesmo que ambas PACK
forem para HIGH.
Possui um ducto que suplementa o ar e outro ducto exaustor, cada um com a sua
respectiva NORMAL FAN e ALTN FAN.
Em caso de acendimento ‘’OFF’’ no painel, representa que não tem nenhum fluxo de ar na
FAN selecionada.
*O ar que sai pela EXHAUST FAN, é usado para aquecimento do FWD CARGO no caso de
transporte de cargas vivas, passando por baixo da zona de carga.
DUAL BLEED
A indicação luminosa DUAL BLEED irá acender em caso a APU BLEED VALVE estiver
aberta ao MESMO tempo que a ENGINE BLEED AIR VALVE do MOTOR 1 ou, APU
BLEED AIR VALVE aberta ao MESMO tempo que a ENGINE BLEED AIR VALVE do
MOTOR 2 com a ISOLATION VALVE aberta.
*Logo, se em voo o motor 2 desligar, você não poderá ligar a abrir a APU BLEED, pois dará
DUAL BLEED devido a BLEED do motor 1 estar aberta.
Se este aviso acender, o motor deve ser mantido em IDLE (marcha lenta), pois se acelerar,
o ar de sangria do motor vai aumentar a pressão dos dutos, vencendo a força do ar e a
válvula da APU (BACK PRESSURE ou REVERSE PRESSURE). Lembrando que pode
haver um BACK PRESSURE no sentido inverso, com os motores em IDLE a pressão da
APU é maior que a dos motores, fazendo com que o ar tente ir para o 9º estágio, porém a
HIGH STAGE VALVE fecha automaticamente prevenindo de qualquer dano no motor.
Ela estará totalmente aberta, caso o avião esteja no solo ou com flaps estendidos
(operações de decolagem e pouso) pois nessas etapas o fluxo de ar é muito pouco para o
bom funcionamento dos trocadores de calor, contando ainda com o funcionamento de uma
pequena FAN para ajudar na entrada de ar nesses casos.
*Em caso de indicação que a RAM AIR esteja totalmente aberta durante o cruzeiro, pode
indicar um problema no trocador de calor devido a acumulo de sujeira no mesmo.
WING-BODY OVERHEAT
*Não esquecer que a APU se encontra conectada no sistema pneumático pelo lado
esquerdo, então, nada mais lógico que em caso de problema no fornecimento de ar pela
APU por um vazamento, acenda a WING-BODY OVERHEAT esquerda.
Sistemas de Aeronaves 2017 11
BLEED TRIP OFF
Esta luz indica uma pressão ou temperatura anormal ou até errada nos ductos de sangria
de ar do motor, fazendo com que a referida ENGINE BLEED AIR VALVE feche.
Esse sistema é constituído por um botão de RESET (TRIP RESET). Caso uma dessas
luzes acenda, e você RESET o sistema, é interessante que você espere um curto período
de tempo para tentar abrir a ENGINE BLEED AIR VALVE que tinha sido fechada, pois o
sensor de pressão se situa antes dessa válvula e o sensor de temperatura se situa após a
mesma, logo se ela voltar a funcionar normalmente, saberemos que foi uma indicação
anormal de temperatura, pois o tempo de espera foi suficiente para arrefecer o ducto, e
caso não funcione saberemos também que o problema está na pressão do sistema.
O ar após passar a PACK VALVE terá dois caminhos possíveis, uma parte seguirá para o
TRIM AIR SYSTEM e a outra parte seguirá para o sistema de refrigeração de ar.
O ar que entra no sistema de refrigeração é novamente dividido, parte irá para a RAM AIR e
a outra parte irá para a PACK TEMP CONT VALVE e em caso de falha desta válvula, a
STBY entrará em ação.
WATER SEPARATOR
O ar chega nesta válvula com uma temperatura extremamente baixa, no entanto o WATER
SEPARATOR tem como função tirar a umidade do ar que está passando. Um “cone”
coberto com um pano de poliéster absorve a água do ar. Se caso o pano congelar, uma
válvula - por efeito de molas - é aberta e o ar acaba passando com umidade mesmo.
A água que fica no water separator é armazenada na entrada da RAM AIR para ser
descartada e ajudar a resfriar o ar que passará por ela.
É uma central onde todo o ar do sistema irá se encontrar e lá será distribuído novamente. O
ar-condicionado externo é ligada diretamente no MIX MANIFOLD, logo as PACKS deverão
estar desligadas, e será usada quando a APU estiver inoperante, o avião não possuir uma
ou não for permitido o uso desta no aeródromo.
Estas válvulas controlam o ar quente que entrará nos dutos do ar condicionado para se
misturar com o ar resfriado proveniente da ACM. Este ar resfriado entrará no MIX
MANIFOLD, que ao sair da mesma, se mistura com o ar proveniente das válvulas TRIM AIR
que tem como objetivo aquecer o ar e mantê-lo na temperatura desejada.
Todo o ar quente do sistema passa através de uma válvula, a TRIM AIR SHUTOFF VALVE,
ela serve para em caso de superaquecimento dos ductos, ser desligado através do switch,
isolando o sistema das TRIM AIR e não entrando mais ar quente, fazendo assim com que
os ductos consigam ser resfriados.
O avião é dividido em FLIGHT DECK ZONE, FORWARD ZONE e AFTER ZONE. Cada uma
dessas zonas, possui a sua própria TRIM AIR e um switch para ajuste.
Lembrando que a L PACK prioriza sempre o FLIGHT DECK, e o ar que sobrar vai para a
MIX MANIFOLD onde será misturado com o ar da R PACK e ainda com o ar proveniente da
RECIRCULATION FAN. Em caso de falha da L PACK, a R PACK assume e passa a
alimentar o FLIGHT DECK.
AVISOS LUMINOSOS
ZONE TEMP
O aviso na zona da CONT CAB indica falha no sistema primário e secundário de controle
da temperatura ou superaquecimento. Enquanto que os avisos no FWD e AFT CAB indicam
superaquecimento.
A cabine é pressurizada e controlada durante todas as fases do voo pelo CPC (Cabin
Pressure Controller) que possui dois sistemas automáticos (AUTO e ALTN) e um manual
controlado pelo próprio piloto. O ar usado é proveniente do sistema de ar-condicionado (ar
sangrado dos motores ou da APU) sendo que a pressurização é controlada modulando a
OUTFLOW VALVE. As únicas zonas não pressurizadas são: radome, compartimento do
trem de pouso do nariz e principal, e atrás da BULK HEAD.
*O CPC irá trabalhar para manter a altitude de cabine em no máximo 8000ft, para o teto
máximo certificado de 41000ft.
Caso o aeroporto de pouso esteja dentro do diferencial de pressão de cabine (no caso de
aeroportos em locais elevados), o avião irá manter a altitude de cabine igual a do aeroporto
de pouso. No caso de La Paz por exemplo, cuja altitude está muito próxima de 14000ft,
temos que ter aviões equipados com HIGH ALT LDG para que as mascaras não caiam.
OUTFLOW VALVE
Como já foi dito, está válvula é responsável pelo controle da pressurização do avião,
modulando a todo o momento, de forma que mantenha sempre o diferencial de pressão
adequado em relação a altitude da aeronave e a altitude de cabine.
Durante o táxi o avião inicia a sua pressurização para cerca de 100ft para preparar a
fuselagem para a decolagem, enrijecendo a mesma e deixando a transição muito mais
suave para os passageiros, e durante a decolagem a outflow valve modula no sentido de
fechar.
São duas, que têm o objetivo de manter o diferencial de pressão para no máximo 9.1 psi.
AUTO MODE
No caso do modo MANUAL, é feito pelo piloto através do switch da OUTFLOW, tendo que
seguir uma pequena ‘’tabela’’ de referência situada no painel para pressurizar o avião.
No caso de acender somente a AUTO FAIL, temos uma falha total no sistema automático
de pressurização, tendo que pressurizar o avião no modo MANUAL. Está luz pode ocorrer
devido as seguintes condições:
• Perda de corrente continua (DC);
• Falha na outflow valve;
• Falha no CPC;
• Excessivo diferencial de pressão (<8.75 psi);
• Excessiva razão de subida da cabine (2000 ft/min);
• Altitude da cabine maior que 15800ft.
Caso a AUTO FAIL acenda juntamente com a ALTN, significa que o modo secundário de
pressurização automática (ALTN) entrou e está funcionando corretamente. Esta mudança
não faz com que o switch mude para o ALTN, porém o sistema já se encontra neste modo e
funcionando, contudo, mudando o switch manualmente para ALTN fará com que a luz
AUTO FAIL apague.
O modo de cruzeiro e de descida são ativados quando o avião atinge 0.25 psi antes ou
abaixo da FLT ALT respectivamente.
Acontece quando não chegamos a atingir o nível de voo selecionado no FLT ALT situado
no painel de pressurização devido há uma descida não programada, e de forma automática
o sistema muda a altitude do aeroporto de pouso (LDG ALT) para a altitude do aeroporto de
decolagem para caso seja necessário um retorno ao aeroporto de origem devido à algum
problema. Para reset desta luz, basta mudar o FLT ALT para a altitude que estiver
mantendo no momento.
A operação normal deve ter uma pressão de 3000psi, e aguentando uma pressão de até no
máximo 3500psi, tendo cada sistema um reservatório pressurizado de fluido inclusive o
sistema standby que é ligado no sistema B.
- Aileron - Aileron
- Leme - Leme
- Profundor e Elevator Feel - Profundor e Elevator Feel
- Flight Spoilers (2 em cada asa) - Flight Spoilers (2 em cada asa)
- Ground Spoilers - Leading Edge Flaps e Slats
- Alternate Brakes - Normal Brakes
- Reverso do Motor 1 - Reverso do Motor 2
- Piloto Automático A - Piloto Automático B
- Normal Nose Wheel Steering - Alternate Nose Wheel Steering
- Trem de Pouso - Unidade de Transferência do Trem
- Power Transfer Unit (PTU) - Autoslats
- Yaw Damper
- Trailing Edge Flaps
Ex.: Em voo de cruzeiro, caso se perca o Motor 1, a EDP do sistema A vai parar. Se o
sistema fosse dependente somente desta bomba, tudo que o sistema A alimenta iria
colapsar. No entanto o sistema A possui a EMDP1, que é operada com corrente alternada
pelo motor 2, com isso, o cruzamento de EMDP mantém os dois sistemas operando em
caso de perda de um dos motores.
ENG 1 / ENG 2
OFF – O sistema energiza o solenoide, trazendo a bomba para o ângulo mínimo. A bomba
NÃO desliga já que está acoplada ao motor.
ON – O sistema está livre.
ELEC 2 / ELEC 1
OFF – A válvula está desligada.
ON – A válvula é ligada.
Nesta imagem, a bomba do motor já não opera, e a bomba elétrica opera os 20% restantes.
O reservatório tem apenas um standpipe para ambas as bombas. No entanto, mesmo com
o fluído no topo do standpipe, o fluído remanescente é suficiente para a operação da Power
Transfer Unit (PTU).
Este sistema entra em ação quando ocorre falta de pressão do sistema A para retrair o trem
de pouso, fazendo com que a válvula de controle seja fechada, o sistema A é isolado, e
então o sistema B recolhe o trem. Isto só ocorre nas seguintes condições:
• Aeronave em voo;
• RPM do Motor 1 cai abaixo do valor limite (N2 < 50%);
• A manete de trem de pouso é posicionada em UP;
• O conjunto de trem de pouso não recolheu e nem está travado.
O Sistema standby irá operar caso não exista mais pressão em um dos sistemas A e B, ou
ambos. Pode ser acionado manualmente ou automaticamente e usa uma bomba elétrica
para prover o sistema. Ela só abastece os seguintes comandos:
• Reversos dos Motores;
• Leme;
• Leading Edge Flaps e Slats (Somente para estender);
• STBY Yaw Damper.
FLT CONTROL
Estas chaves definem se os controles de voo de cada sistema estão em OFF / ON / STBY
RUD.
Estas chaves JAMAIS deverão ser usadas pelos pilotos. Ela é de uso EXCLUSIVO dos
mecânicos. Quando na posição OFF, ela fecha a Flight Spoiler Shutoff Valve.
ALTERNATE FLAPS
Esta chave ativa os FLAPS em modo alternativo. Veremos mais sobre na seção controles
de voo (FLAPS).
Quando este aviso for iluminado indica baixa quantidade de fluido no reservatório STBY.
Estas indicações estão colocadas no painel central do avião. Ao colocar na opção SYS o
sistema divulga dados sobre o sistema hidráulico, mais especificamente, a quantidade em
porcentagem de cada sistema e a pressão do mesmo.
Aileron Feel and Centering Unit – simula as forças aerodinâmicas no manche de acordo
com a velocidade e a amplitude do movimento, e leva o manche para a sua posição central
ou neutra. Isto ocorre, pois, os cabos não são ligados diretamente do manche para as
superfícies de controle, entre eles existe esta unidade que recebe os inputs dado pelo
piloto, e através de molas e sendo ele alimentado pelo sistema com maior pressão (A ou B),
simula as forças aerodinâmicas.
O aileron trim são comandados por dois switches, na qual devem ser comandados em
simultâneo. Na verdade, o que este sistema faz é atuar na Feel and Centering Unit,
alterando a posição neutra do manche, logo quando usado, fará com que o manche fique
‘‘torto’’ para o lado que foi trimado. Caso este sistema for comandado com o piloto
automático conectado nada irá acontecer, porém quando desconectar o A/P o sistema irá
aplicar todo o trim que se foi comandado anteriormente de forma abrupta e contínua,
causando assim um movimento de roll repentino.
A imagem fornece a indicação da localização dos Flight Spoilers e dos Ground Spoilers,
lembrando que ambas as asas possuem as mesmas superfícies. São alimentados pelos
sistemas hidráulicos A e B de forma cruzada conforme a figura abaixo, fazendo com que
não ocorra assimetria caso algum sistema hidráulico falhar.
Em caso de necessidade, o uso dos speed brakes durante uma curva farão com que haja
um incremento na razão da curva.
SPEED BRAKE ARMED LIGHT – após ocorrido o self-test (teste rápido feito pelo sistema,
que percorre toda a linha para saber se tudo está correto) indica que o sistema se encontra
armado.
SPEED BRAKE DO NOT ARM LIGHT – alguma falha foi detectada durante o self-test ou
alguma condição anormal no sistema. Neste caso o speed brake ainda pode ser operado
manualmente.
Durante um RTO ou pouso, com o speed brake lever em DOWN, os spoilers irão levantar
automaticamente nas seguintes condições:
• Rotação do conjunto de trem de pouso maior que 60kt;
• Ambas manetes de potência em IDLE;
• Reversos aplicados.
*Após RTO ou pouso, qualquer avanço nas manetes de potência fará com que o speed
brake lever vá para a posição DOWN e os spoilers retraiam.
O manche dos pilotos se encontram conectados por cabo e por um tubo torque na PCU, e é
alimentada pelo sistema hidráulico A e B. Durante a operação normal ao movermos a
coluna, o tubo torque irá mover o profundor.
Este tubo alimenta os atuadores e o Elevator Feel Unit simultaneamente, fazendo com que
haja uma sensação mais real no manche. No entanto, em caso de perda de ambos
sistemas hidráulicos, os profundores poderão ser movidos mecanicamente, sendo
necessário uma força maior para movimentar o manche devido a fricção e as forças
aerodinâmicas, pois já não é o tubo torque que movimenta a superfície, mas sim os próprios
cabos (Manual Reversion).
Caso algum manche emperre, se aplicando força fará com que o sistema separe ambos os
manches, logo o manche que mover livremente após a separação será o que poderá ser
utilizado para comandar o pitch da aeronave. Esta separação provoca uma diminuição no
curso do profundor, contudo continua sendo o suficiente para o flare.
Mach Trim System – prove estabilidade em altos números Mach oriundos da ADIRU, ao
passar M.615 a aeronave começa a ajustar os profundores em relação ao estabilizador
horizontal para pitch up de forma que se comporte como uma aeronave estaticamente
estável, contrapondo a tendência de pitch down devido ao tuck under quando se atinge o
mach crítico. Este ajuste nada mais é do que a mudança da posição neutra do manche.
Speed Trim System – este sistema entra quando a aeronave se encontra com uma
velocidade diferente da qual ela foi trimada. O STS monitora vários fatores, na medida que
a velocidade aumenta ou diminua em relação a velocidade para qual a aeronave foi
trimada, o STS atua comandando o estabilizador horizontal de forma que retorne à
velocidade trimada através do autopilot stabilizer.
Durante o uso do A/P o stabilizer trim fica acoplado e é usado por ele próprio, logo qualquer
input de comando no stabilizer trim pelo piloto, fará com que o A/P se desconecte.
Caso se comandar o manche para o sentido oposto que se está trimando a aeronave, a
trimagem elétrica será interrompida, porém existe o STABILIZER TRIM OVERRIDE Switch
que quando na posição override, permite trimar a aeronave eletricamente mesmo com o
manche no sentido oposto.
Ex.: Caso tenhamos um manche emperrado para pitch down, passando o Stabilizer Trim
Override Switch para Override, iremos conseguir trimar a aeronave para pitch up.
A STABILIZER OUT OF TRIM Light, somente poderá acender com o A/P conectado e
indica que o mesmo não está trimando a aeronave de forma correta.
Stall Identification – este sistema controla o Yaw Damper, Elevator Feel Shift e o Speed
Trim System, e estes três sistemas irão trabalhar juntos de forma a prevenir o stall.
*Por exemplo, durante elevados ângulos de ataque com os LE slats na posição MID entre
flaps 1 e 5, o sistema irá aplicar full LE slats; o sistema hidráulico aumenta a pressão do
elevator feel system de forma a aumentar o curso do manche para pitch down; o STS
comanda o estabilizador horizontal para pitch down; o yaw damper diminui o seu ângulo de
atuação com flaps down; PLI (Pitch Limit Indicator) que é o sistema desenhado para a
recuperação de windshear, mostra para o piloto qual o ângulo de ataque irá iniciar o stick
shaker; o stall strip que é uma espécie de protuberância na raiz da asa, faz com o stall
ocorra de forma prematura na raiz e somente após na ponta da asa, deixando a aeronave
mais estável nessas condições.
Na PCUs principal, existe a Force Fight Monitor (FFM) que detecta qualquer diferença de
pressão entre os atuadores dos sistemas A e B que venha a durar mais que 5 segundos.
Isso pode ocorrer caso um dos atuadores esteja emperrado ou que estejam desconectados,
fazendo assim com o FFM acione automaticamente a standby hydraulic pump e abra a
standby rudder shutoff valve e assim alimente a Standby rudder PCU.
O Rudder Trim, nada mais é do que a mudança da posição neutra pelo rudder feel and
centering unit.
Yaw Damper – é composto pelo yaw damper principal e standby, sendo eles controlados
pelo Stall Management/Yaw Damper (SMYD) através de dados oriundos da ADIRU. Tem
como objetivo prevenir o dutch roll, amortecimento de rajadas e para a realização de curvas
coordenadas.
Existe um Yaw Damper Indicator no painel, que indica o movimento do leme pelo yaw
damper e em nenhum momento indica a aplicação dos pedais pelos pilotos.
Os Leading Edges (LE) são compostos por 4 flaps de bordo de ataque e 8 slats no total,
sendo assim 2 flaps de bordo de ataque e 4 slats para cada asa.
O Trailing Edge (TE) ou flaps de bordo de fuga vão desde a posição 1º até 40º.
Os flaps de 1 – 15 aumentam a sustentação e os flaps de 15 – 40 aumentam a sustentação
e o arrasto. As posições de flaps para pouso em condições normais serão entre 30 – 40.
Na manete de flaps existe os Flap Gates na posição 1 e 15. O flap 1 é usado para
arremetidas monomotor e o flap 15 para arremetidas normais, logo esses gates garantem
que durante o procedimento de arremetida o piloto recolha os flaps sem precisar ver se
realmente levou o lever para a posição 1 ou 15, pois eles garantem que o lever pare nessas
posições e que não haja nenhuma mudança de flap inadvertida.
Outra indicação de luzes é dada no painel central, e indica a posição dos LE FLAPS:
Sistemas de Aeronaves 2017 60
LE FLAPS TRANSIT – Quando qualquer LE DEVICE estiver em trânsito.
LE FLAPS EXT – Quando os LE FLAPS já estiverem FULL EXTENDED e os slats em MID
position e quando todos LE DEVICE estiverem FULL EXTENDED.
Sobre o modo normal de movimento dos Flaps que é pelo sistema hidráulico B, possuímos
uma prevenção contra assimetria dos mesmos, através da Flaps/Slats Electronic Unit
(FSEU) que envia um sinal para a TE FLAP BYPASS VALVE, fechando a mesmo e
parando assim a movimentação dos flaps.
*Caso haja assimetria, deve-se deixar o flap lever na posição mais próxima da qual ocorreu
a assimetria, para caso o sistema volte a funcionar o flap mantenha a posição e não agrave
a mesma.
A Power Transfer Unit (PTU) é unidirecional, sendo possível apenas usar a pressão do
sistema hidráulico A para o sistema hidráulico B, essa unidade de transferência entra em
ação no momento que a pressão do sistema hidráulico B diminuir abaixo do limite (2350psi)
e caso se tenha flaps estendidos (entre 1 e 15), para ajudar a recolher ou estender os LE
devices na mesma velocidade de operação normal.
Flap Load Relief – é comandado pelo FSEU que recolhe os flaps quando exceder a
velocidade do mesmo, protegendo a superfície de qualquer dano causado por sobrecarga
aerodinâmica. Caso a velocidade volte a diminuir o sistema irá estender os flaps novamente
para a posição anterior. Este sistema está disponível apenas para os flaps 30 e flaps 40,
lembrando que o flap lever não se move, mas pode-se ver a variação da posição do flap
através do Flap Position Indicator Displays.
Com isso podemos dizer que as duas formas de moviementar os flaps são através do Flap
Lever ou do Flap Load Relief; e as duas formas de movimentar os LE slats são através do
Flap Lever e do Autoslats.
Quando colocamos o master switch em ARM, ele irá enviar um sinal elétrico para a bomba
do sistema hidráulico standby e quando colocarmos o switch position em DOWN, ele irá
estender os LE hidraulicamente pelo sistema standby para a sua posição máxima, não
sendo possível recolher os LE através do alternate flaps.
*Aconselha-se que quando estivermos estendendo os flaps pelo Alternate Flaps, que o
façamos até no máximo Flap 15, pois a bomba elétrica possui uma vazão muito menor do
que as bombas principais do sistema que são mecânicas, e em caso de arremetida o
recolhimento dos flaps seria muito lento.
Sistemas de Aeronaves 2017 62
Sistemas de Aeronaves 2017 63
Intencionalmente em Branco
Os trens principais recolhem para o centro da fuselagem, já o trem do nariz recolhe para
frente. Durante o recolhimento do trem o sistema faz com que os freios atuem e
automaticamente parem a rotação das rodas. Após o recolhimento, o trem é mantido no
lugar devido as travas mecânicas. Como o trem do nariz não possui freio, amortecedores
dentro do compartimento param o movimento da roda (snubbers).
Caso o pneu do trem de pouso principal seja danificado durante a decolagem, e o trem for
comandado para recolhimento, existe um mecanismo chamado fitting que ao ser atingido
por um pedaço de pneu durante o recolhimento, se quebra. Isso faz com que o
recolhimento seja interrompido e abruptamente o trem de pouso é estendido novamente,
isto ocorre para que não haja qualquer tipo de estrago nos sistemas dentro do
compartimento do trem.
Cada manete representa um trem de pouso, sendo assim, caso apenas um não tenha sido
estendido é possível mover o mesmo sem que haja qualquer tipo de consequência para os
demais. Para aciona-las deve-se puxar até o limite, cerca de 61cm.
FECHADA:
• Trem opera normalmente.
GATILHO DE SOBREPOSIÇÃO
AVISOS LUMINOSOS
Existem dois avisos luminosos de indicação para cada trem:
LUZES VERMELHAS
ILUMINADA:
• Trem relacionado não está baixado e travado (Com as manetes em IDLE e abaixo
de 800ft AGL);
• Trem relacionado não está de acordo com a posição da manete;
• Trem relacionado está EM TRÂNSITO.
APAGADA:
• Trem relacionado está recolhido e travado com a manete em UP ou OFF;
• Trem relacionado está baixado e travado com a manete em DN.
Sistemas de Aeronaves 2017 69
LUZES VERDES
ILUMINADA:
• Trem relacionado está baixado e travado.
APAGADA:
• Trem relacionado não está baixado e travado.
Além das luzes junto à manete, existem outro conjunto de luzes no Overhead Panel. Elas
existem para confirmar a posição do trem. Pois é possível que apenas o led da luz esteja
queimado. Por este motivo, o sistema fornece duas indicações para que exista uma
comparação.
LUZES VERDES
ILUMINADA:
• Trem relacionado está baixado e travado.
APAGADA:
• Trem relacionado não está baixado e travado.
Se caso a luz na manete estiver vermelha brilhante indicando que o trem não está baixado
e travado, mas no overhead mostrar a luz verde, isto indica que o trem está baixado e
travado e houve uma falha na indicação das luzes da manete. Para que a falha seja
verdadeira, ambas as luzes deverão estar vermelhas.
*Basta que um conjunto de indicação do trem de pouso mostre que o mesmo está baixado
e travado, para se tomar esta informação como verdadeira.
O nose wheel steering tem uma amplitude de controle de 78º para cada lado e opera
somente quando em solo. Tem como controle uma direção a esquerda do comandante ou a
direita do Primeiro Oficial.
Perdendo ambos sistemas hidráulicos, ainda temos o sistema de freio através deste
acumulador de pressão, permitindo um certo número de aplicação dos freios que vai variar
de acordo com a intensidade da aplicação (em torno de 6 aplicações).
Antiskid Protection – funciona tanto pelo sistema hidráulico A como pelo sistema
hidráulico B. Pelo sistema B, a proteção de anti-derrapagem ocorre de forma individual em
cada roda, sendo capaz de variar a pressão do freio somente na roda que seja detectada a
derrapagem,
O modo Rejected Takeoff (RTO) quando selecionado, acende a AUTO BRAKE DISARM
Light por aproximadamente 2 segundos, e em seguida apaga indicando que o self-test foi
bem-sucedido de acordo com as condições abaixo:
• Aeronave no solo;
• Antiskid e autobrake operacionais;
• Autobrake na posição RTO;
• Velocidade do trem de pouso menor que 60kt;
• Manetes de potência em IDLE.
Uma vez feito o teste, o sistema irá aplicar freios no máximo caso:
• Velocidade do trem de pouso maior que 90kt;
• Manetes de potencia sejam levadas para IDLE.
Parking Brake – é alimentado tanto pelo sistema hidráulico A e B como também pelo brake
accumulator caso necessário. Para aplicar deve-se pressionar os pedais no máximo e
levantar o PARKING BRAKE Lever.
Air/Ground System – este sistema possui 6 sensores, sendo 2 em cada conjunto de trem
de pouso, enviando sinais para a Proximity Sensor Electronic Unit (PSEU), e assim assumir
se o avião se encontra no solo ou em voo.
O tanque central abriga a maior parte do combustível, tendo a capacidade para 13.066Kg
(28.803 Lbs) e opera a 50psi. Já os tanques das asas têm capacidade para 3.915Kg (8.630
Lbs) cada e opera a 45psi. Somado um volume total de combustível de 20.896Kg (46.063
Lbs).
BOMBAS DE SUCÇÃO
Quando a pressão nas bombas dos tanques das asas está baixa, cada motor tem
capacidade de puxar o combustível através das bombas mecânicas acopladas na caixa de
acessórios dos motores. Caso isso ocorra durante a subida, pode provocar o surgimento de
bolhas de ar devido a diminuição da pressão atmosférica e consequentemente perda de
potência ou flameout.
Após atingir o nível de cruzeiro, estas bolhas irão desaparecer depois de um certo tempo
que vai depender do próprio nível de cruzeiro em que a aeronave se encontra.
VÁLVULAS SHUTOFF
Cada motor possui uma ENG SHUTOFF VALVE e uma SPAR SHUTOFF VALVE na sua
entrada de combustível, elas são fechadas para o corte dos motores ou abertas durante o
acionamento através Engine Start Lever. Também poderá ser fechada caso seja puxado
os Engine ou APU fire switches.
Engine Start
Lever
Engine e APU
Fire Switches
ABASTECIMENTO
O abastecimento é realizado através da asa direita, na qual possui o painel de
abastecimento, após o engate da mangueira é possível escolher qual válvula abrir e para
qual tanque abastecer. O padrão é o abastecimento dos tanques das asas primeiramente,
pois quanto mais pesado a asa estiver, menor será a sua deflexão (limitações estruturais) e
após segue-se com o abastecimento do tanque central.
Bombas do Tanque
Central
Bombas do Tanque
Esquerdo
Bombas do Tanque
Cada bomba possui um switch com OFF e ON.
Direito
OFF – Desativa a bomba de combustível.
ON – Ativa a bomba de combustível.
FILTER BYPASS
Este aviso permanece em operação normal, apagado. Se caso for iluminado, significa que o
filtro de combustível na linha para o motor está entupido e foi necessário abrir a válvula by-
pass, tendo um aviso para cada linha de cada motor.
LOW – Indica quantidade nos tanques das asas inferior a 907 Kg. Indicação continua até
que o tanque seja reabastecido com mais de 1134 kg.
IMBAL – Os tanques das asas diferem em mais de 453 Kg e indica no tanque com
menor quantidade de combustível. Permanece indicando até que a diferença seja de 91 Kg
ou menos.
Ex.: Em caso de desbalanceamento, abre-se a crossfeed e desliga-se a bomba do tanque
com menos combustível até que ocorra o balanceamento, após isso a bomba é religada e a
crossfeed valve deverá ser fechada (exatamente nesta ordem).
A APU é capaz de suprir 2 PACKS no solo e uma PACK em voo dentro de certos limites de
altitude, que são:
• 41000ft – Elétrico;
• 17000ft – Pneumático;
• 10000ft – Elétrico e pneumático.
A APU usa corrente elétrica AC para o seu acionamento proveniente do barramento Nº1,
caso a corrente elétrica AC não esteja disponível (motores desligados) a APU irá usar a
bateria principal da aeronave para acionar (DC).
Electronic Control Unit (ECU) é a central que controla APU, capaz de cortar a APU nos
seguintes casos:
• Excesso de velocidade;
• Baixa pressão;
• Temperatura alta;
• Fogo;
• Excesso de EGT;
• Falha no sistema de controle de combustível e;
• Falha do sistema de monitoramento de falha da ECU.
Durante o uso da APU em voo, caso ela seja a única fonte de energia elétrica no avião, o
sistema gerencia os equipamentos que irão receber energia de forma a não sobrecarregar a
APU (Shedding), deixando assim somente os equipamentos necessários a continuidade do
voo.
LUZ FAULT:
• Existe algum problema que causa um corte automático da APU;
• Se a luz estiver acesa e o APU Switch for comandado para OFF, a luz permanecerá
acesa por 5 minutos;
• Luz apaga quando a APU é desligada.
LUZ OVERSPEED:
• A RPM limite foi excedida resultando em um corte automático da APU;
• O sistema de proteção de overspeed falhou durante o self-test da APU;
• Se a luz estiver acesa e o APU Switch for comandado para OFF, a luz permanecerá
acesa por 5 minutos;
• Luz apaga quando a APU é desligada.
EGT Indicator
• Indica o EGT da APU e continua ligado por 5 minutos após o corte da APU.
Existem dois princípios básicos no sistema elétrico desta aeronave, que são:
• Não existe paralelismo de fontes de corrente alternada (AC);
• Quando uma nova fonte de corrente é conectada, a fonte de corrente anterior é
desconectada.
Existem ainda uma fonte externa de corrente alternada, chamada Ground Power Unit
(GPU), na qual é capaz de alimentar ambos barramentos da aeronave com AC.
Já a APU, possui um gerador que fornece corrente AC para ambos os barramentos no solo
ou em voo.
É preciso antes entender que existe um sistema que conecta as BUS TRANSFER. Através
dos Bus Tie Brakers (BTB’s) os barramentos são conectados em caso de necessidade. O
switch BUS TRANSFER no painel controla os BTB’s, e quando na posição AUTO, o sistema
automaticamente irá conectar ou desconectar os barramentos. Isto funciona da seguinte
forma nos seguintes casos:
Ex.:
1. A aeronave está com uma fonte externa conectada, então se aciona um dos
motores. Assim que for colocado o switch do motor respectivo em ON, para
assumir a sua Transfer Bus é cortada a conexão entre os barramentos. Então
um barramento será alimentado pelo gerador do motor e o outro barramento
alimentado pela fonte externa.
2. A aeronave está com a APU alimentando a Transfer bus, então se aciona um
dos motores. Assim que for colocado o switch do motor respectivo em ON, para
assumir a sua Transfer Bus, é cortada a conexão entre os barramentos. Então
um barramento será alimentado pelo gerador do motor e o outro barramento
alimentado pela APU.
Sistemas de Aeronaves 2017 100
De acordo com o segundo exemplo, se o piloto remover a alimentação da APU no
barramento, as Transfer Bus irão se conectar, no entanto, a luz Source Off irá acender, isto
significa que um lado está sendo alimentado pelo outro, ou seja, um motor está alimentando
ambas as Transfer Bus. Segue abaixo a representação deste caso:
2) O piloto então aciona o motor Nº2 e o coloca para alimentar a Transfer Bus 2,
automaticamente os barramentos serão desconectados entre si e a APU será
desconectada do Transfer Bus 2.
3) Então o piloto decide tirar a APU da Transfer Bus 1, quando isto acontece, o
gerador do motor Nº2 irá alimentar ambas as Transfer Bus. No entanto, a luz
Source OFF irá acender.
É necessário atentar que em operação normal isso não irá acontecer, este recurso apenas
entrará em ação em caso de sobrecarga do sistema.
TELA
BAT DISCHARGE
É iluminada caso o a bateria estiver operando e a razão de descarga está muito elevada.
Iluminada:
• No solo - Algum transformador falhou;
• Em voo - Transformador 1 falou; ou transformadores 2 e 3 falharam.
ELEC
MAINT
SWITCH MEDIDOR DC
BATTERY SWITCH
OFF –
• Remove energia da battery bus e da hot battery bus quando operando com uma
fonte de energia normal;
• Remove energia da battery bus, hot battery bus, DC standby bus, inversor e AC
standby bus quando a bateria é a única fonte de energia.
ON –
• Fornece energia para a hot battery bus;
• Energiza os relés para fornecer uma mudança automática do sistema elétrico
standby para as baterias com a perna da alimentação normal.
GALLEY SWITCH
DRIVE
Iluminado, indica baixa pressão de óleo do IDG (Integrated Drive Generator) causado por:
• Falha do IDG;
• Desligamento do motor;
• IDG automaticamente desconectou devido à alta temperatura do óleo;
• IDG foi desconectado pelo switch DISCONNECT.
DISCONNECT SWITCH
Serve para desconectar o IDG caso a alimentação elétrica esteja disponível e as Engine
Start Lever estiverem em IDLE. Não pode ser reconectada em voo.
Sistemas de Aeronaves 2017 107
STBY PWR OFF
OFF – Ambos AC Standy bus e DC Standby Bus e o inversor (static inverter) não estão
alimentados. Luz STBY PWR OFF ilumina.
BAT – AC Standby Bus é alimentada pela bateria através de um inversor (static inverter), e
a DC Standby bus e a Battery Bus são alimentados diretamente pela bateria.
Switch spring loaded to neutral (ação de molas, o faz ficar sempre no meio).
Iluminado: indica que a GPU está disponível (Não significa que está sendo usada) e
permanecerá acesa mesmo quando o GRD PWR switch for passada para a posição ON.
Isto acontece, para evitar que a aeronave inicie o pushback com a GPU conectada.
Switch spring loaded to neutral (ação de molas, o faz ficar sempre no meio).
OFF – Desconecta a GPU da AC Transfer Bus.
ON – Conecta a GPU na AC Transfer Bus.
Sistemas de Aeronaves 2017 109
BUS TRANSFER SWITCH
Iluminado: indica que o barramento do lado respectivo não está sendo alimentado.
SOURCE OFF
Iluminado: indica que nenhuma fonte foi manualmente selecionada para alimentar o
respectivo barramento, ou a fonte manualmente selecionada desconectou.
Iluminado: indica que o respectivo IDG está funcionando, porém não está fornecendo
energia para alimentar o respectivo Transfer Bus.
Iluminado: indica que a APU está operando, mas não está alimentando nenhum
barramento.
Switch spring loaded to neutral (ação de molas, o faz ficar sempre no meio).
OFF:
• Com a APU fornecendo energia para ambos as AC Transfer Bus:
• Movendo um único switch para off, irá iluminar a SOURCE OFF do seu
respectivo lado. Mas através dos BTB’s a APU continua alimentando as duas
transfer bus;
• Movendo o segundo switch para off, irá desconectar a APU de ambas as
transfer bus.
• Com a APU fornecendo energia para uma AC Transfer Bus e o IDG do motor
fornecendo energia para a outra AC Transfer Bus:
• Movendo o switch para off, irá desconectar a APU da respectiva AC Transfer
Bus e o IDG irá assumir ambas.
ON:
• Com nenhuma fonte ainda conectada às AC Transfer Bus:
• APU passa a alimentar ambas as AC Transfer Bus.
• Com ambas as AC Transfer Bus alimentadas pelos IDG’s:
• APU passa a alimentar a respectiva AC Transfer Bus.
Switch spring loaded to neutral (ação de molas, o faz ficar sempre no meio).
Se apertado fornece controle manual das Ground Service Busses. Permitindo realizar
alguns serviços na aeronave usando uma fonte externa sem ativar as AC Transfer Bus.
Iluminada:
• ON – Conecta a alimentação externa nas Ground Service Busses.
• OFF – Desconecta a alimentação externa das Ground Service Busses.
Caso a temperatura aumente até um determinado limite 174ºC, uma luz no painel acenderá
indicando overheat, caso a temperatura ultrapassar o limite de 304ºC, é indicado fogo. A
maioria dos casos de indicação de fogo no motor, é causado por vazamento de ar em
algum ducto do mesmo.
Para que haja a indicação de overheat ou fogo na cabine, é necessário que ambos os loops
identifiquem tal situação. O sistema irá sempre priorizar o “melhor cenário”, isto acontece
pois caso haja a indicação de fogo em qualquer situação, o piloto irá cortar o motor sem que
talvez seja realmente necessário.
Ex.:
• LOOP A FIRE, LOOP B NORMAL – Não haverá nenhuma indicação;
• LOOP A FIRE, LOOP B OVHT – Terá indicação de OVHT.
Porém caso um dos loops esteja com falha, e o outro detectar overheat ou fogo, irá acender
a respectiva indicação e soar o alarme caso seja fogo.
Ex.:
• LOOP A FIRE, LOOP B FAULT – Haverá indicação de fogo;
• LOOP A OVHT, LOOP B FAULT – Haverá indicação de Overheat.
Existe ainda um painel que se encontra na cavidade do trem de pouso principal, que é
usado para caso o avião não esteja tripulado, porém com a APU operante.
Somente o trem de pouso principal possui o sistema, e é somente para detecção, não
sendo possível a extinção do fogo.
Existe apenas um loop para detecção de fogo. As indicações em caso de fogo no trem
principal são:
• Alarme de fogo;
• Iluminação de ambas as luzes de FIRE WARN;
• Iluminação da luz de WHEEL WELL.
OVHT DET
ENG 1 OVERHEAT
WHEEL WELL
FAULT
Iluminado: com overheat detector na posição NORMAL, indica que ambos loops de um
motor falharam, ou caso o overheat detector esteja na posição A ou B, irá indicar que o loop
selecionado de um motor falhou.
BELL CUTOUT
L / R BOTTLE DISCHARGE
Este switch testa o circuito dos extintores de incêndio, se iluminar as três luzes, significa
que todas estão em funcionamento.
TEST
Pressionando o botão de test, a luz será iluminada caso os extintores de incêndio estiverem
operando.
DET SELECT
ARM
DETECTOR FAULT
A camada interna de vidro garante a integridade de toda janela, a camada externa de vidro
protege contra impacto, enquanto a camada de vinil age como uma redundância para caso
haja um dano na camada externa de vidro (Fail Safe).
Dependendo da versão da aeronave, existe ou não aquecimento nas janelas 3 (L3 e R3),
caso não tenha aquecimento elétrico as janelas 3 serão constituídas apenas por 2 camadas
(interna e externa) e entre elas existirá uma abertura de forma que o ar interno da aeronave
circule pela mesma e evite o embaçamento. Devido apenas a essas duas camadas de
vidro, a camada externa passa a garantir a integridade da janela e a camada interna age
como a fail safe.
Existe ainda dois switches na qual permitem o aquecimento para os pés dos pilotos e ar
para as janelas 1 (L1 e R1) para evitar o embaçamento, caso o sistema de aquecimento
das janelas falhe.
Existe um WINDOW HEAT Test Switch na qual permite simular uma condição de
superaquecimento levando o switch para OVHT ou efetuar um self test levando o switch
para PWR TEST.
LIMPADOR DE PARA-BRISA
As janelas 1 (L1 e R1) são equipadas com limpador de para-brisa, que somente deve ser
ligado em situações de chuva na qual o para-brisa se encontre realmente molhado, caso
contrário o atrito do limpador com o para-brisa poderá danificar a janela.
Todas janelas do cockpit possuem um repelente de chuva que deve ser aplicado a cada
100 decolagens em média. Em versões anteriores, existia um switch para aplicação do
repelente, porém caso aplicado em temperaturas altas causava sérios danos nas janelas e
por isso foi retirado e hoje em dia é aplicado em terra.
Vale lembrar que as portas de pressão estática não são aquecidas, devido mesmo ao seu
posicionamento na fuselagem.
No solo, quando acionado o Wing Anti-Ice, as válvulas somente abrirão caso a manete de
potência de ambos motores estiverem abaixo da posição de ativação do Takeoff Warning
(60º) e caso os sensores das asas captarem uma baixa temperatura. Caso a temperatura
captadas pelos sensores for acima de 120ºC (Overheat) ou a posição das manetes de
potência passarem o ângulo de 60º (ativação do Takeoff Warning), as válvulas serão
automaticamente ser fechadas.
Este fechamento das válvulas Wing Anti-Ice quando as manetes de potência passam o
ângulo de 60º, ocorre devido a conservação máxima de ar para uso dos motores durante a
decolagem.
Em voo, não há qualquer tipo de prevenção contra superaquecimento (pois o próprio vento
relativo resfria a superfície) e em relação a posição da manete de potência. A lógica do
Stall Warning muda para “Icing conditions” e consequentemente do Stick Shaker
também, e permanece mesmo que o Wing Anti-ice seja desligado.
On:
• Iluminada: indica que o aquecimento das janelas está funcionando;
• Apagada: switch em Off, detecção de superaquecimento, falha do sistema ou o
sistema está na temperatura correta.
FOOT AIR
Pull: ar aquecido para a posição das pernas dos pilotos.
WINDSHIELD AIR
Pull: ar aquecido para as janelas 1 (L1 e R1) para evitar o embaçamento.
PARK: leva os limpadores até a posição de travamento que a protege do vento relativo;
INT: 7 segundos de atuação intermitente;
LOW: operação em velocidade baixa;
HIGH: operação em velocidade alta.
LUZES
• Iluminadas: indiciam que o aquecimento dos tubos de pitot e sensores não está
funcionando.
L ELEV PITOT / R ELEV PITOT – Tubos de pitot responsáveis pelo air data da elevator feel
unit.
A porta precisa de corrente contínua (DC) para que a mesma possa ser travada.
Por dentro da cabine, a porta pode ser aberta através da “maçaneta” apenas, porém pelo
lado dos passageiros a porta somente poderá ser aberta após inserir o código de acesso.
Mesmo após a aplicação correta deste código, o piloto tem alguns segundos para impedir
que a porta abra através do FLT DK DOOR Switch, passando o mesmo para a posição
DENY.
Existem ainda um switch chamado Deadbolt, na qual permite o travamento total da porta
mesmo que o o código correto seja inserido.
O sistema de oxigênio dos passageiros, ocorre através de uma reação química dentro
dos chamados “geradores de oxigênio” que se encontram na Passenger Service Unit
(PSU), exatamente acima das poltronas dos passageiros, esta reação provoca uma
liberação de calor, fazendo com que o gerador chegue a uma temperatura de 232ºC. Em
cada gerador está conectado 4 máscaras, e 2 máscaras caso seja na estação dos
comissários ou nos lavatórios. Estes geradores somente são ativados quando uma das
máscaras conectadas a ele é puxada, capaz de gerar fluxo de oxigênio por
aproximadamente 12 minutos.
Quando as portas estiverem na posição ARMED, e a mesma for aberta tanto por dentro
como por fora da aeronave, a escorregadeira irá inflar automaticamente em
aproximadamente 6 segundos. Este sistema é armado quando se coloca as Girt Bar nas
travas situadas no chão da aeronave, de forma que quando for aberta, estas travas
mantêm a girt bar presa e a girt bar por sua vez irá puxar a escorregadeira do seu
compartimento e o mesmo automaticamente inflará. Existe ainda um modo manual para
inflar as escorregadeira mesmo ao lado da porta.
Na cabine de comando, as janelas 2 (L2 e R2) podem ser abertas e usadas como uma
saída de emergência usando como auxílio uma corda que se encontra na parte superior da
cabine.
Keypad: permite a inserção do código de acesso que deve ser entre 3 a 8 dígitos.
Access Lights:
• Iluminada (Vermelha) – porta travada ou o Flight Deck Access System está na
posição OFF;
• Iluminada (Ambar) – código de emergência foi inserido de forma correta;
• Iluminada (Verde) – porta destravada.
LOCK FAIL:
• Iluminada: indica que com o Flight Deck Door Lock em AUTO, o sistema de trava
da porta falhou ou o Flight Deck Access System está em OFF.
AUTO Unlock:
• Iluminada: indica que o código de emergência foi inserido de forma correta. Esta luz
pisca e um sinal sonoro na cabine é ativado durante um certo tempo até a porta ser
destravada.
Oxygen Flow Indicator: indica que há fluxo de oxigênio quando aparece a cruz amarela.
TEST/RESET Switch:
• Com o painel da máscara de oxigênio esquerda fechada, o a bandeira OXY ON não
irá aparecer, ativa o oxigênio temporariamente para o teste;
• Com o painel da máscara de oxigênio esquerda fechada, o a bandeira OXY ON não
irá aparecer, desativa o oxigênio e desabilita o microfone da máscara.
O objetivo do Master Caution, é indicar para o piloto algum problema com um sistema que
não esteja no seu campo de visão, como por exemplo no overhead. E a indicação do
sistema com problema será feito no Annunciator Lights.
Existe ainda o Fire Warn, que acenderá apenas em caso de fogo (como visto no capítulo
“Sistema de Proteção Contra Fogo”).
A 900ft antes de atingir a altitude selecionada, uma “caixa branca” aparece ao redor da
altitude selecionada e a caixa ao redor da altitude atual se torna realçada, juntamente com
um sinal sonoro, sendo que a 300ft de atingir a altitude a caixa branca ao redor da altitude
selecionada desaparecerá.
Caso se passe a altitude selecionada em cerca de 300ft, irá soar um alarme e uma caixa
âmbar ao redor da altitude atual irá aparecer e começará a piscar. Esta caixa âmbar
continuará piscando ao menos que:
• A altitude de desvio é menor que 300ft;
• A altitude de desvio é maior que 900ft;
• Uma nova altitude é selecionada no MCP.
No interior deste dispositivo, existe um cartucho (cartridge) que indica nas cores verdes e
vermelhas. Sendo este feito de Honeycomb, na medida que a cauda da aeronave bate no
solo, a indicação verde deste cartucho vai desaparecendo, sendo que quando a sua
indicação estiver totalmente vermelha, o mesmo deverá ser trocado.
INOP
Iluminado: Problema no GPWS.