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Material Teórico
Instituições Sociais: Família, Escola e Comunidade
Revisão Técnica:
Prof.ª Me. Denise Jarcovis Pianheri
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Vera Lidia de Sá Cicaroni
Instituições Sociais:
UNIDADE Família, Escola e Comunidade
Conte com o tutor para qualquer situação em que sua interferência seja necessária. Lembre-
se de que o seu desempenho depende de uma rotina de estudo organizada e, principalmente,
da sua responsabilidade
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Unidade: Instituições Sociais - Família, Escola e Comunidade
Contextualização
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Para darmos início à unidade I, convido você a refletir sobre o tema Escola, Família e Comunidade.
Assista ao clipe da música Another Brick In The Wall, que fez sucesso na década de 70, com a
banda de rock Pink Floyd. Nessa produção, o grupo inglês protesta contra a rígida educação escolar
da época. Vale a pena conferir clicando no link:
https://youtu.be/vrC8i7qyZ2w
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Nesta primeira unidade da disciplina Escola, Família e
Comunidade, inicialmente, serão apresentados os aspectos
históricos que constituíram as definições das instituições
sociais e os papéis exercidos por elas ao longo da história.
Serão situados os tempos históricos e as transformações
em relação à Escola, Família e Comunidade além dos
aspectos legislativos que fundamentam o atual momento
do cenário social, educacional e familiar. Para tanto, o
texto será organizado em dois grandes títulos:
Segundo Cambi (1999), a Antiguidade, influenciada pela cultura Ocidental, foi centrada no
ser humano e marcada pela relevância dada à vida cotidiana. Nesse contexto, destacaram-se
as civilizações concentradas na região do Mediterrâneo, como Grécia e Roma, que expandiram
sua cultura e influenciaram a educação de outros povos.
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Confira o filme “O Nome da Rosa”, que apresenta a história ocorrida no ano de 1327 – Século XIV
– num Mosteiro Beneditino Italiano e que retrata todo contexto da Idade Média.
https://goo.gl/uV9pfh
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Tempos Modernos: revoluções e transformações
A Modernidade, conhecida como a era da ruptura em relação à Idade Média, foi marcada
por fortes transformações sociais, econômicas, políticas e educacionais. Para Cambi (1999),
a Modernidade é uma época histórica com características orgânicas e complexas na qual
se deu a reconstrução de uma sociedade nova, mais livre e mais coesa. Esse período deu
origem a um sistema organizado que tinha como eixo o indivíduo, a eficiência no trabalho
e o controle social.
Segundo Franco Cambi (1999, p.197), a Idade Moderna:
Como revolução social, promove a formação e a afirmação de uma nova
classe: a burguesia, que nasce nas cidades e promove o novo processo
econômico (capitalista), assim como delineia uma nova concepção de
mundo (laica e racionalista) e novas relações de poder (opondo-se à
aristocracia feudal e aliando-se à coroa, depois entrando em conflito
aberto também com esta e com o seu modelo de Estado-patrimonial e de
exercício absoluto de poder).
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Em Síntese
Antiguidade
Sociedade: Civilizações Mediterrâneas (Pluralismo cultural).
Escola: Previlégio de poucos (Trabalho intelectual - Paideia).
Família: Patriarcal, autoritária e disciplinar responsável pela educação
para o trabalho.
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Idade Média
Sociedade: Feudalismo x Igreja Católica (Estática unificada).
Escola: Oferecida apenas para a Nobreza (Igreja).
Família: Patriarcal, diversa, responsável pela educação religiosa por meio
do autoritarismo
Idade Moderna
Sociedade: Estado Capitalista (Burguesia);
Escola: Controle e unificação social (Ideologias);
Família: Núcleo familiar (mãe, pai e filho). Responsável pela formação social.
Idade Contemporânea
Sociedade: Democracia participação social de todos;
Escola: Função social - Democratização do Ensino;
Família: Primeira instituição natural responsável pela formação integral
(biológica, social e psíquica).
Assim como ocorre com a história, quanto mais conhecemos as leis e seus contextos,
mais compreendemos as lutas sociais e a evolução histórica das constituições que regem a
sociedade. Sendo assim, este item do texto abordará como a atual legislação apresenta a Escola,
a Família e a Comunidade e qual o papel de cada uma dessas instituições, principalmente, no
desenvolvimento psicossocial da criança.
Os documentos legislativos que regulamentam a garantia de direitos e os deveres dos
cidadãos brasileiros, tais como a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da Criança e do
Adolescente (1990), a Lei de Diretrizes e Bases (LDB – Lei n.º 9.394/96) e a Política Nacional
de Educação em Direitos Humanos (2010), entre outros, contêm os pressupostos que explicitam
os princípios das Políticas Públicas aplicadas na realidade atual.
No entanto, os documentos legislativos que fundamentam este estudo são a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional 9.394/96 (LDB) e o Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº
8.069, de 13 de julho de 1990 – o ECA, que refletem a busca pela garantia de direitos e deveres
numa sociedade democrática.
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Para saber mais sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e sobre a importância e a função da
família, acesse o link abaixo, que lhe dará acesso a depoimentos de crianças a respeito do ECA.
https://youtu.be/vf_0AOn2QDc
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É perceptível que a responsabilidade familiar ampliou-se ao longo da história, pois,
no passado, sua função oscilava apenas entre o trabalho e os princípios religiosos. Numa
dinâmica orgânica, tais transformações refletem o resultado de lutas e conquistas que têm
sua origem nos tempos mais remotos do século XXI. Na verdade, a família tem ocupado
papel central neste século, como se pode verificar no Art. 19 do ECA (1990), que prevê o
direito à convivência familiar:
Art. 19 – Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio
da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência
familiar e comunitária em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de
substâncias de entorpecentes.
A análise, cuidadosa e crítica, dos aspectos legislativos permite observar que a função familiar
ainda se submete, mesmo que de forma inconsciente, aos princípios Estatais, desempenhando
também o papel de reprodutora do Estado. A liberdade e os ideais de solidariedade humana,
preconizados na LDB 9.394/96, servem de exemplo dos “ideais” do Estado, que também
interferem na educação familiar.
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A educação escolar vincula-se ao crescimento contemporâneo, uma vez que age nos âmbitos
social, político e econômico; é realizada por uma escola em constante transformação que procura
respostas para as situações sociais, culturais e de mercado de trabalho. Nessa perspectiva, a
escola não é neutra, mas sim partidária de ideologias que vigoram na sociedade e no Estado.
De acordo com Paulo Freire (2002, p.124), “É impossível, na verdade, a neutralidade da
educação”. Para que a educação fosse neutra seria preciso que não houvesse discordância
nenhuma entre as pessoas com relação aos modos de vida individual e social, com relação ao
estilo político e aos valores a serem ensinados.
Submersa numa sociedade de direitos e deveres, a educação escolar, no Brasil, é baseada
nos seguintes princípios:
Muitos dos princípios que regem a LDB 9.394/96 reconhecem a escola como um espaço
de formação de cidadãos de uma sociedade plural e miscigenada como a do Brasil. Além
disso, também valorizam a democratização do ensino, prevendo, por lei, a igualdade de
condições para o acesso, permanência, gratuidade, gestão democrática e garantia do padrão
de qualidade para todos.
Assim como a LDB 9.394/96 assegura o direito à educação escolar, o ECA (1990) também
destaca, no Capítulo IV, que:
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Face às demandas e aos desafios colocados pela sociedade atual, as funções historicamente
delineadas para a escola modificaram-se e passaram a exigir novos olhares para a prática da
educação, o que implica rever conceitos e assumir posturas dialógicas e articuladas, determinando
novos acordos entre a escola, família e comunidade. Sabendo-se que há, ainda, um longo
caminho entre o escrito e o praticado, a lei pode ser considerada, neste caso, como o primeiro
passo rumo à concretização dos ideais de uma sociedade democrática.
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Com uma política nacional de direitos humanos, a comunidade da qual fazemos parte
aperfeiçoou suas condições de cidadania, tornando-se protagonista política e social, numa
sociedade cada vez mais móvel e num mercado de trabalho cada vez mais globalizado, em
expansão e em constante transformação.
Vale destacar que a comunidade que está além dos muros da escola revela-se, atualmente,
mais consciente e capaz de participar da vida pública, mostrando-se preparada para o pleno
exercício da democracia, o que demonstra que, mais uma vez, tanto a escola quanto a família
necessitam de rever os seus papéis.
Em Síntese
Legislação
• Constituição Federal de 1988
• LDB 9.394/96
• ECA (1990)
Comunidade
• Cidadãos de direitos
• Democrática
• Complexa
Escola
• Para todos
• Articulada ao mundo do
trabalho e às práticas sociais
Familia
• Nucleo afetivo e plural
• Dever de educar
Glossário
Paideia: formação do homem através do contato orgânico com a cultura.
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Material Complementar
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Caro aluno, acessando os links abaixo, você terá a oportunidade de ler, na integra, em sites oficiais,
as leis apresentadas na Unidade I.
Lembre-se: em caso de dúvida não deixe de consultar o tutor!
LDB
https://goo.gl/oXee3
ECA
https://goo.gl/UdwKV
Constituição Federal
https://goo.gl/NyLnS1
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Referências
BRASIL, Constituição Federal da República Federativa do Brasil. Promulgada
em 5 de outubro de 1988.
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Anotações
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