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AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA

1. IDENTIFICAÇÃO

Nome: XXXXXXXXXXXXXXXXX Idade: 14 ANOS Data de Nascimento: 10/08/2005


Escolaridade: 7º ano E.F.I (rede pública de ensino)
Responsáveis:
Responsável pelo relatório:
Data do relatório:

2. ENCAMINHAMENTO

A mãe buscou avaliação neuropsicológica para investigação de suspeita de


autismo.

3. HISTÓRIA

Queixas: Dificuldades na aprendizagem, concentração, relacionamentos e alterações no


humor.

Dados Gestacionais:

Dados do Neurodesenvolvimento:

Socialização:
Sono:

Alimentação:.

Brincadeiras e principais interesses

Comportamentos repetitivos:

Vida Escolar:

Saúde Geral:
Observações:

4. Histórico de Exames e Avaliações Anteriores


Data: 26/01/2017
Informe Psicopedagógico
Psicopedagoga XXXXXXXXXX
Data: 07/2018
Tomografia de crânio
Data: 25/06/2019
Relatório Psicológico
Psicóloga XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Data: 03/07/2019
Relatório Fonoaudiológico
Fonoaudióloga xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Data: 09/09/2019
Relatório Escolar
Coordenadora Pedagógica xxxxxxxxxxxxxxxx

Data: 22/03/5019 a 25/07/2019


Anotações dos professores sobre ocorrências
em aulas

5. PROCEDIMENTO DA AVALIAÇÃO

 Entrevistas com a mãe;


 Anamnese com a mãe;
 Teste Neuropsicológicos,
 Teste G 36;
 WISC-IV: Escala Wechsler de Inteligência para Crianças (15 subtestes: Cubos
(CB); Semelhanças (SM); Dígitos (DG); Conceitos Figurativos (CN); Código
(CD); Vocabulário (VC); Sequência de Letras e Núm. (SNL); Raciocínio Matricial
(RM); Compreensão (CO); Procurar Símbolos (PS); Completar Figuras (CF);
Cancelamento (CA); Informação (IN); Aritmética (AR); Raciocínio com Palavras
(RP).
 Análise: Quanto à capacidade intelectiva através do WISC-IV, quanto ao QI Total;
 Teste projetivo gráfico (HTP);
 Escala de Traços Autísticos (ETA) Ballabriga et al., 1994; adapt. Assunção et al.,
1999;
 Observação da adolescente em contexto livre e estruturado.

6. ATITUDE EM TAREFA:

7. ANÁLISE DOS DADOS

FUNÇÃO INTELECTUAL

Teste WISC- IV – Escala Wechsler de Inteligência para crianças ( Faixa etária: 6


anos e 0 meses a 16 anos e 11 meses).

A Escala de Inteligência Wechsler para Crianças, foi desenvolvida levando em


consideração a concepção da inteligência como uma entidade agregada e global, ou seja,
capacidade do indivíduo em raciocinar, lidar e operar com propósito, racionalmente e
efetivamente com o seu meio ambiente. Por esta razão, os subtestes foram selecionados
com o objetivo de investigar muitas capacidades mentais diferentes, mas que juntas,
oferecem uma estimativa da capacidade intelectual geral da criança.

Resultados obtidos por XXXXXXX

• ICV (Índice de Compreensão Verbal) 110 Percentil 75 Classificação: Média superior;


• IOP (Índice de Organização Perceptual) 88 Percentil 21 Classificação: Média Inferior;
• IMO (Índice de Memória Operacional) 88 Percentil 21 Classificação: Média inferior;
• IVP (Índice de Velocidade Processamento de Informação = 97 Percentil 42
Classificação: Média;
• QIT = 95 Percentil = 37 Classificação: Média
FUNÇÕES ATENCIONAIS

Definição: “Trata-se de uma função mental complexa que corresponde a capacidade de


selecionar um estimulo recebido pelas vias sensoriais, focalizá-lo, identificando suas
características (atenção concentrada), ou dentre vários estímulos selecionar um
especificamente (atenção seletiva). Também envolve a habilidade de prestar atenção em
mais de um estimulo (atenção alternada)”.

• Concentrada – Preservada;
• Seletiva – Déficit moderado;
• Alternada – Déficit grave.
OBS: No teste de atenção concentrada, houve acertos (77), erros (00) e omissões (14),
sendo que o resultado final foi dentro da média, entretanto, do ponto de vista qualitativo é
evidente que há prejuízos na resistência a distração.
Os testes de atenção seletiva e alternada, apresentaram resultados significativamente
alterados pois se referem a funções mais complexas e exigentes da atenção.

MEMÓRIA

Definição: “ Trata-se de memória de curto prazo (imediata), a habilidade de armazenar


uma quantidade limitada de informações que serão utilizadas em poucos minutos após ter
tido contato com o conteúdo a ser armazenado (memória de evocação tardia; a
capacidade de armazenar uma grande quantidade de informações de modo que estas
permaneçam na mente por um longo período de tempo ou mesmo pela vida toda se refere
à memória de longo prazo. A memória de longo prazo também pode estar relacionada a
consolidação do aprendizado, quando o indivíduo consegue evocar alguma informação
da qual teve acesso, após algumas horas ou dias (memória de evocação tardia). A
memória operacional é responsável por manter e organizar as informações, seja elas
recentes ou armazenadas há algum tempo, e permite que essas informações sejam
utilizadas durante o raciocínio. Ela é essencial para o aprendizado e para auxiliar outras
habilidades fundamentais para o desenvolvimento nos estudos, no trabalho ou em
atividades cotidianas. A memória, portanto, consiste num sistema integrado que permite
tanto o processamento ativo da informação, quanto seu armazenamento transitório. Inclui
outros tipos de informação (de ordem verbal, simbólica, etc). Pode estar relacionada com
as habilidades de compreensão, aprendizado e raciocínio”.

• Amplitude Atencional – Déficit moderado;


• Memória de evocação imediata e aprendizagem de novas informações – Preservada
para material verbal e levemente alterada para material visual;
• Memoria de evocação tardia – Alterada para material verbal e levemente alterada
para material visual;;
• Memória Operacional – Déficit leve;
• Memória Episódica de Evocação Imediata – Preservada para material verbal e
levemente alterada para matérial visual;
• Memória Semântica – Preservada;
• Memória Episódica de Evocação Tardia – Déficit moderado para material verbal por
via auditiva e alterado para material visual;
• Memória Episódica de Reconhecimento – Preservada.

LINGUAGEM

Definição: “É a capacidade de receber, articular, programar, compreender e expressar a


fala. Inclui a capacidade de adequar conceitos de relação, sucessão e consequência
através de elementos gramaticais, de nomear através de codificação e combinação das
características essenciais dos objetos”.

• Espontânea – Presente mas com pequenas alterações, por vezes não consegue
encaixar palavras na fala dizendo que não se lembra;
• Nomeação – Preservada;
• Fluência verbal – Déficit moderado para fluência verbal nominal e déficit leve para
fluência verbal categórica;
• Compreensão – Preservada.

HABILIDADES ACADÊMICAS

• Escrita – XXXXXX apresenta disgrafia;


• Leitura – Preservada;
• Cálculos – Preservada.

FUNÇÃO VISUO-PERCEPTIVA E CONSTRUTIVA


Definição: Visuopercepção envolve a capacidade de se localizar no espaço e mover-se
adequadamente por ele, manipular objetos de modo eficiente, ter noção de distância,
comprimento, tridimensionalidade, lateralidade (direita e esquerda). Já a visuoconstrução
se trata da capacidade de traduzir uma percepção visual em uma ação apropriada. Seria
a habilidade de juntar peças, construir coisas, desenhar. Envolve também noção espacial.

 Habilidade visuoperceptiva – Déficits leve;


 Habilidade visuoconstrutiva – Preservada.

PRAXIA

Definição: Função ligada a área motora e permite a realização de gestos coordenados e


eficazes.

 Orofacial – Preservada e
 Ideomotora – Preservada.

FUNÇÕES EXECUTIVAS

Definição: São responsáveis pela capacidade de agir com propósito, pensar


racionalmente e de forma lógica, organizar, planejar e executar tarefas, tomar decisões,
resolver problemas, integrar informações para compreender conceitos e agir de forma
criativa. Estas funções incluem raciocínio, lógica, estratégias e tomada de decisões, além
de manter ações permanentes de controle mental. Este conjunto de funções tem um papel
central na organização e no planejamento de todas as nossas ações pois auxiliam na
manutenção de iniciativa, estabelecimento de objetivos, regulando as tarefas por meio do
auto controle, repensando as estratégias de acordo com o plano original.

 Raciocínio Lógico e Abstrato – Déficit leve;


 Estimação cognitiva - Déficit leve;
 Controle Inibitório – Déficit leve;
 Iniciação e resolução de problemas – Déficit leve;
 Integração de Informações – Déficit leve;
 Manipulação Mental de Informações – Preservada;
 Flexibilidade Mental –Déficit leve
 Organização e Planejamento – Déficit Leve;
 Velocidade de Processamento de Informações – Preservada.

8. CONCLUSÃO

9. SUGESTÕES E ENCAMINHAMENTOS
 Avaliação médica para definição diagnóstica e laudo;
 Psicoterapia na abordagem cognitivo comportamental para treinamento de habilidades
sociais;
 Suporte pedagógico para auxiliar na defasagem e estratégias para os déficits de
aprendizagem;
 Reavaliação neuropsicológica em 18 meses e após intervenções sugeridas.

__________________________

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA

American Psychiatric Association; DSM-5 / Manual diagnóstico e estatísticos de


transtornos mentais. 5ªed. tradução: Maria Inês Correa Nascimento ...et al. – 5ª ed.
Porto Alegre: Artes Médicas, 2002.

Controlled Word Association, Word Fluency, Letter fluency, Category fluency. [COWA;
FAS Test; FAS]. (1969; 1994).

Rey Auditory-Verbal Learning Test, Lezak, Geffen; Majdan, & WHO/UCLA versions.
[RAVLT; AVLT]. (1983; 1994; 1996; 1990).
Rosa, H.R. & Alves, I.C.B. (2000). R2: Teste de inteligência não verbal para crianças. -
Manual. São Paulo: Vetor Editora.

Retondo, Maria Florentina Godinho - Manual Prático De Avaliação HTP (casa-árvore-


pessoa) Livro em Português (Brasil) - Editora: Casa do Psicólogo - Ano: 2000.

Sinopys Editora e Sistemas Ltda., 2017 – Avaliação Neuropsicológica Infantil – Luciana


Tisser (org.).

Spreen, O.; Strauss, E. (1998). A Compendium of neuropsychological tests:


Administration, norms, and commentary. (2nd ed.). New York, NY: Oxford University
Press.

Token Test, NCCEA SubTest 11 scoring sheet. (1969). Spreen, O.; Benton, A.L. IN O.
Spreen; E. Strauss. (1998), A Compendium of neuropsychological tests: Administration,
norms, and commentary. (2nd ed.). New York, NY: Oxford University Press.

Wechsler, D. (2013). Escala Wechsler de Inteligêcia para Crianças: WISC IV. Manual de
intruções para aplicação e avaliação. Adaptação e Padronização Brasileira: Rueda.
F.J.M., Noronha, A.P.P., Sisto, F.F., Santos A.A.A., & Castro. N.R.C., 4ª ed. São Paulo:
Casa do Psicólogo.

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