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':n,:QUE 11: LóGICA?
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,)f~i;~,~ palavras "16gica" e "16gico" são familiares a todos n6s." Fala-


!:~,~ós fréqüentemente de comportamento "16gico" em contraste
:qpl'Íl t1h1,cómportamento "ilógico", de procedimento "16gico"em opo- ~;
):ii$!~9,:\~fun"il6gicO", de explicação "lógica", de espírito "lógico" ;etc. )1
"':~';'~8d9~estes casos, a palavra "16gico" é usada, fundamentalmente;
, '~::m~sma acep-QiQde "razoável". Uma pessoa com espírito "16gico"
'~;)iW~"PJ~~soa";azoáveI"; um procedimento "irrazoável" é aq'!ele que
",,s~~.';,~8P§ldera."II6gico". Todos estes usos podem ser consIderados
,,",Ç,çimg,r:q.~rivativosde um sentido mais técnico dos: termos "16gico" e
',~~{lÕ~çp~;i'para caracterizar os argumentos' racionais. Esta conexão
't?~t7se-á ,cada vez, mais clara à medida que o estudante avance na
fl~itHJ:"~e amplie os seu~' conhecimentos rio assunto., '
'L::'~i~t1fyi<iep.t~mente,para compreender o que é, de fato, 16gica, uma
~§,§R~~m que estudá-Ia. Num certo sentido, todo este livro consiste
z.i~~'a.p1pla exPlicação do que é l6gica. Mas o estudante, em pers-
;;~~!~pode ser ajudado, se lhe dermos uma explicação preliminar
oIi>PQo~~{?Vque encontrará no livro. Entretanto,deve ser advertido de
9Y:~"Jlp'Hresente capítulo somente tentaremos oferecer-lhe, uma ex-
,pli9~<t rudimentar e aproximada do que é 16gica.
L, " ...'q estudo da lÓgica é o estudo dos métodos e princípios usados
I para 'distinguir o raciocínio correto do incorreto. Naturalmente, esta
tdefinição não pretende afinnar que só é possível argumentar corre-
~mentecom uma pessoa que tenha estudado 16gica. Afirmá-Io seria
tao errôneo quanto pretender que só é possível correr bem se se estu-
dou física e fisiologia necessárias para a descrição dessa atividade. AI-
gI.,Ulsexcelentes atletas ignoram completamente os processos complexos
,qll~ se desenrolam dentro deles próprios quando' praticàm o esporte.
.~:I'lã() seria necessário acrescentar que os professores veteranos, os
" q}i~~s,sabeni mais dessas coisas, teriam um desempehhô muito fraco se
..
arriscassem, a sua gignidade numcanipo de atletismo. Mesmo dis-
pondo.d~igual equipamento muscUlar e nervos básicos, a pessoa que
sabe.. pode não superara "atleta natural". . .
Ma$, dada a argúcia inata do intelecto, uma pessoa com conheci-
mento de lógica tem mais probabilidades. de raciocinar corretamente
do que aquela que, não se aprofundou nos princípios gerais implica-
do~ nessa atividade. Há muitas razões para isso. Em primeiro lugar,
o estudo adequado da lógica abordá-Ia-á tanto como arte, tanto como
ciência e o estudante deverá fazer exercícios .sobre todos os aspectos'
da teo.da que aprende. Nisto, como em tudo, a prática ajuda o aper-
feiçoamento. Em segundo luga.r~'uma parte tradicional do estudo da',. ,,'

lógica consiste no exame e na análise dos métodqsincorretos do ra- ( !I


ciocínio, ou seja, das falácias. Esta parte da matéria não só dá uma J
visjio mais profunda dos princípi()s do raciocínio em geral, como o \ II
conhecimento desses ardis auxilia também a evitá-Ios. :ç>orúltimo,
o estudo da lógica proporcionará ao estudante certaS técnicas e certos
métodos Çle fácil aplicação para determinar a correção ou incorreção
'de todos os raciocínios, incluindo os próprios. O valor desse conhe-
cimento reside no fato de ser menor a probabilidade de sé cometerem
erros, quando é possível localizá-Ios mais facilmente. I
A lógica tem sido freqüentémente" definida como a, ciê,ncia das i
ji
leis do pensari;1ento. ,lv.Iasesta definição, conquanto ofereça um indício .o
~obre a naturezadalógic~, não é exata. Em prirheiro lugar, o pensa-
mento é um dos processos estudados pelos psicólogos. A lógica não'
pode ser "a" ciência das leis do pensamento, porque a. psicologia tam-
b~ é lima ciência que trata das leis mentais (entre outras coisas).
E a. lógica :não é um famo da ,psicologia: éum campo de estudo
separado e distinto. ' , " >
Em segundo lugar, se "pensamento" é qualquer processo mental '

que se' produz na psique das pessoas, nem todo o pensamento coris-
titui um objeto de estudo para o lógico. Todo raciocínio' é pensa-
mento, mas nem todo pensamento é raciocínio. Por exemplo, é pos~í- ,

vel "pensar" em um número entre um e dez, 'como, num jogo de sala,


.sem elaborar qualquer "raciocínio" sobre o mesmo. Há muitos pro-
cessos ment~is,9\l tipos de pensamento que são distintos do raciocínio. . '

É possível recordar algo, ouinlaginá-lo, ou lamentá-Io, sem raciocinar-


~bre' isso. Uma pessoa pode deixar seus pensamentos '~vogar' à
deriva" numa divagação ou fantasia, construir castelos no ar ou seguir
aquilo a que' os psicólogos chamam livre associação, na qual uma
imagem substitui outra nillIla ordem que nada. tem' de lógica. Com
freqüência, essa sucessão de pensamentos na livre associação reves-
te.se de grande signfficado e nela. se baseiam algumas técnicas psi-
quiátricas. Não é preciso ser psiquiatra, é clap), para .compreender
o caráter de iliria pessoa, mediante a observação desse fluxo que prQ-
mana dê sua. consciência. 1t a base de uma técnica literária muito
eficaz, da qual fói pioneiro James Joyce, em sua grande . obraUlysses.
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C9,psic610g0. QUandQ,qs,PSiC6logoê,~~anliI1a~"~9
extremament~ complexo, alt,arneÍlt ",
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,~iêtindo em inábeis procedimentos de "tentatiVa.-~e
,.~.:porrepentinos- ,e, por vezes, ,aparente1IleIlte<i~~2
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pelos qUais a mente' chegaàssuas;coriclus-,


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a conclusão a que se cnegou,deriva das ,premissas 1.ls8.d~'
"'p.g~-se"'ãS--premi$ãSiomepem~b~S--O~-CÕasB:"Pi"o',,,>
conclusão, se a afirmação da verdade das prenrlssas~arant"
,mação de que a ,conclus,ãotambém é verdadeiÍ'a,entãq ,oràcM
,correto. 'No caso contrário; é incorreto. A distinçã()entr~"j
cÍl1io"correto, e o incorreto é o problema centra.lque incuxii1
\ f~ar:-~OS--'m~fodo(iJis :i~QriIcas 4Q~]Q8içQ3§fam~ae~x!!Y~tflj
mQr~Im~,"..C.Qm~~-,.!~~li!l@ed~,.eIyci(ug:."~s~ ~ãiSYD.~ãp;.,:,9
~§1!,~~!~~MQ-~m,.tQ49s-9~,,~J~~~E~, ~~~ndep!~.w~t~;. ',.
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"~--~-~""'-'-"'--""' ,desse' pontõ de "-'-"---""-"""'"
VISta espeçl~J. , '/"," " "

PREMISSASECO~CLUS()ES .,
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, ' Para aclarar a explicação de 16gica proposta na seçãoante9~~ c,

sera Útil~'apres-entar'e examinar, alguns dos termosespeciaise,rnpte~~",p


dos ,pelo' lÓgiCo.em seu" trabalho,'~erê.Dcia..-é~Ul1LP-rOçe~s(jpel(.)~;;!
>~';~~;;6~~~~~~~~1~~:~~~2~:~~~:~~~Pi~çi:~Q~
~~;=~~o~~ji~i~~Qjill~1fr9~~lrJkr~~~;!~~~~és~~~~I>.E6
~lMÕ~S 'eIi!~~!~~-~-" c-~~--~~'~~---~",_._"-"--"-~~--'"""-,
-"-;-"'-;f'i;T<0'{~t
Irving,M. Copi

As proposições são verdadeiras ou falsas e nisto diferem das, per-


~tas, ordens e exclamações. Só as. prop~~:Rodernser afirmadas
JU negadas; uma pergunta pode ser respondida, uma ordem dada e
lrna exclamação proferida, mas nenhuma delas-p-ode ser afirmada
::m negada, nem é possível julgá-i'as 'comõ-Vêidadeiras Qufalsas. ",.,

-É1iêCessário distinguir as sentenças das proposições para cuja afir- '

mação elas podem ser usadas. Duas sentenças (ou orações declara--
~ivas) que constit:uem claramente duas orá,ções distintas, porquecon-
sistem de diferentes palavras, dispostas de modo diferente, podem
ter o meSmo s~gnificado,no mesmo conte."to, e expressar a mesma.
proposição. For exemplo: . '.

João ama Inês.


'Inês é 'amada por. João.
São duas sentenças diferentes, pois a primeira ,contém três palavras,
ao passo que a segunda contém cinco, 8rprimeira começa c~m a. pa- .
lavra "João", enquanto a segunda começa com a palavrattlnês"
etc. Contudo, as duas sentenças têm exatam.ente o mesmo significado.
çostuma-se usar a palavra uproPosição"\ppra desi~r Q~~~ado
d~.\l!l}!\. s@te!!Ç~~tL.oraç~o .,.geclarati~ " .
. A diferença entr~ oraçõ.es' e ,propósições é evidenciada ao obser-
var-se que uma oração declarativa faz sempre parte de uma lingua-
gem determinada, a linguagem em que ela é 'enunciada, ao. passo que'
'as proposições não são peculiaresa ne11hluna das linguagens em que
p~~~~_..~~r:..~~;'-~~~~~.. As quatro sentença~--' '.
Chove.
It is raining.
11 pleut. .

Es. regnet.

São certamente diferentes, visto que a, primeira está em português,


a segunda em inglês, a terceira ém francês e a ,quarta em alemão.
Contudo, têm todas um único significado e, em contextos apropria-
dos, podem ser usadas para' declarar a' proposição de que cada uma
.

. delas é uma formulação diferente. .


Em diferentes contextos, uma única sentença pOde ser usada para
fazer declarações muito diferentes. Por exemplo: .'

O atual PreSidente dos Estados Unidos é um democrata.


Seria proferida, em 1962, para fazer :uma declaração sobre J. F. Ken-
nedy, mas. em 1964 seria proferida para fa2:er uma declaração sobre
L. B. Johnson. Nesses diferentes -'- contextds t~~PQrai~, ~-§~~:.t~AÇ~-.~,ID
i 'a if e'rei~~
t:.~ p,roP?,Si,ões ' 9U '!P-'{.! r
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'a ra nUn '

~l!~'!)
!~.o seri~-1!sa ~a'~i> -~e "
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d1-(~..!~I!tes
_.Q.~'~ra~§: ,O~.!~n:!:lQ,s..
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, , "propoSlça~ e. ~~unc:adQ nao
, , , , , . , .

sao si_nônil1l~s, ~~s'-.E§?~~Q;!~xto


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~gJt..in.y.~ ,.
.S~PllS~~OS '~ \
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numa acepcaú auase ldentlCa. Alguns autOres--de,tema~s,de. loglCa.


.~ ,,' -, ,
/' " ,"c",./ ;""", Ô"

.'~declai'açãb~' 9iV'!'eriúi1Citido"~;à;

r]W@~ ~~d~~~~~~~~:t~â~:~~~=;~,t.~~s
.iã.htO Q processO. ,de~ii1férê~c,ia}~ão~irite~essft:,a.O$:,:,
~IH1;1etiI1.ferênCiãiJossív~l~xiS~~Y~I~tV Jç ~',<

J"'J;qrn; ,.ess!3s '. ~rgurpen.:!g,~~,'q!l~>~t lpglc8t;~,"


py'."';Nes.~e s~J:ltJdq!.\1l!Il1argtU11eh!o*é'!;qualqueI\;'
âL'gue..ê!L'àfirínéL; ser', umageUts derivada'S;' ,

,~tbI1Siderac!as provas 'evld~ntes ,daveJ.:aa.d~


~lftvra,.'argUm~ntoJé"~re:qüentem~nte;jlSaC1a,Y;,
f~~~~s~ ,mas, êm -.:íógiria~:f~m ..o'seBtiaci "'féc5L,.
~~~~. é \~~ad1~~~1:d~~~~~~0;.~~.~sl~j
"iSDS: tãiInos"1."P"W~~~j)~'~e"--'iT~ITi.ã.ê5'I~%
hto é a úela prOlÍo!i~Q.,qtIe$~\~irrria'com
s,,'d~SS~~}!l~~mo~~I!tQ,t:'~, ))01' ,s\la. ;J
\9.)J,~L"~~Q".~!!:"!l}9i~q~s,ç,ÇIDN~Í>!Qya,ó,!l/l'!'
ia().s~.Q,afLPz.emissas- desse, arW!i~i'ié:>:;l'"
,~~mp-~~J~~,~~~~~~:n:::~~:rtli~~=~
tro~ Considetemos"poreJtemplo,:O !?eguin~~~fJ.rlrnm~:
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,ç'iido ,o que épredetéhIÚnado ,(!i,'pecessá~9~ ",~.


;,~,W()~o evento é pred~ter~d~.),~',
"~~og9, t°ci° e~ento; e nec~ssán0.1 ,J: ~,J.

;"".Ç2i,L~qui, a proposição todo evento é necessário'é."~a"ê6nélt_~~


, ,p utI~s";dú.as proposições sãó. asprenlissas. 'Mas â,~e~dafpr~~j
iiá'eêt~,argumento - todo eventO é predétermiTlfJdQ,i~7-~~;~rC,o~'-'
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~J~,~~.ó~ uma coric}usãp. êÓ,é :p'r~~ssa,:~qu~P.d<>,~iOC<jfre,~~
~lÇ~O num "argumegto ,QU raclOclIllp." Sóe"c?0p.~1W3,~.9.~~.gii;!j:%
l}!'IR'argumento ep:l,qlJé se afirma "deç.°l'rer c;i~s'I?:r9P9§Mt_9~~,jf1'!,
"jif;-:f",~~t~s ,nesse arguniento. ;Assim, "prêmissa" ,e,4Iç0hAI~"~gt'.'~~~'1i[.
rqps.,.,;relatlvos, como "empregador" e "empregado"" 'Uw, '~*'>
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9F~~qasI>rimeiro e'~, cQnqlusão,no fim. ,Mas nem, tocip~",o~"~~~~~,'


:~;;E:~te'argWnentô e,o seguÍntésão analisados
,~, "tto;#eciuzido à FOrma, S#og~!ltica. '

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24 Irv"ing M. Copi

mentos são dispostos dessa maneira. Freqüentemente, a conclusão


é enunciada primeiro, seguindo-se~lhe as premissas que forem pro-
postas em seu apoio, como no seguinte argumento da Política, de
Arist6teles: '

Em uma democracia, ::, pobre tem mais poder do qUe o rico,


porque há mais dos primeiros, e a vontade da maioria é su-
prema. , ,
Note-se, de passagem; que tEimos néste caso mais uma:'distinção
entre orações declarativas (sentenças) e proposições. Como neste
exemplo, uma única, sentença pode formular um argumento completo,
ao passo que um argumento~nvolve sempre, pelo menos, duas propo-
sições: uma conclusão mais' uma ou mais premissas. '
A conClusão de um argumento não tem de ser enunciada, neces-
sariamente, no seu finaY,ou no seu começo. Pode estar - e freqüen- ,
temente está -- intercalada entre as diferentes premissas oferecidas
em seu apoio. Por exemplo, em Um Tratadg da Natureza Humana,
David Hume argumenta: ' ,

Como' a moraL.. tem influência nas ações e afeições, segue-se que ela não
pode ser derivada da razão; e isso porque a razão, por si s6, como j~
provamos, jamais pode, ter u.ma.tal influência.,' '- " "
, "(I , :'

Aqui, a conclusão de que a moral 'não pode ser derivada da razão


ernana, segundo' pretende' o seu autor, das' proposições que precedem
e sucedem à formulação de Hume. ',1' , , '

, ,Para levar ~ cabo a. tarefa do lógico de dist~guir os argtIJ:nentos


corretos dos incorretos; deve-se estar apto, primeirarn~nte, a recoIlhe-
cer os argumentos quando eies ocorrem, e a identificar as suas pre-
missas e conclusões,' Coméçaremospor examinar o segundo desses
problemas. Em face de um argumento, como podemos dizer qual
é a sua conclusão e qUals são as suas premissas? Já vimos que um
argUmento pode .ser. enunciado com a sua conclusf,j,oem primeiro
m Últim o lUgar ou e:r:tre suas va'ria' s pr ~m
' is sas. Lag O, ~ C on
-
. , luga! ,e
clusao de um argumento nao pode ser ldentiflcada em funçao da
, , ,, ,
,
"
,
,

sua posição no enunciado de um 'argumento. Então, como recoIlhe-


j cê-la? Há certas palavraS 'ou fraSes que servem, tipicamente, para
" , , ,

introduzir a conclusão de um argumento. Entre os mais comuns indi-


cadores de conClusãotemos: "'12.°rt~to"~ '~c;!€If', "lQg~',"~, "ÇRI;k
s.e,qi!~~~~nte","~~-se que", "P9,gemQs !!1.!~ci:(' e "p~~o~-~~E-
cluir". Outras palavras ou frases servem, tipicamente, para assinalar.
as premissas de um argumento.. EntI.'~ !os indicadores de premissas
mais comuns temoS: "'porque";,'aesde que", "poisque~', "comq", "w:d9
que", "tanto mais que" e "pela razão Çi.eque". ,Uma vez reconhecIdo
um arguffiento;"~essas--pala;v'-ras--e frases ajudam-nos a identificar as"
suas premissas e sua"conclusão.,
l1i.ttodução ,à Lógica

-, Mas neIn todos os trechos que contêm um argUfuento são


gitdos a conter esses termos lógicos especiais. Consideremos)
exemplo, o seguinte trecho de .uma decisão relativamente recente do
Supremo Tribunal Federal dos Estados
.
Unidos:
.
.

É' necessário um raciocínio obtuso para injetar, qualquer. ;questão dó


"livre exercício" _de religião no presente caso. Ninguém:'é obrigado a assistir
às aulas de religião e nenhurp. exercíc~o ?u instruçã() de çarátér'religiosó'
é levado para as aulas das escolas publIcas. Um estudante -nãO precisa'
receber instrução religiosa. Está entregue aos seus próprios deSejos, quanto
à maneira ou tempo que reputa apropriado às suas devoções religios~s.
se as tiver. 2 '. ',- '

'Aqui, a conclusão, que poderia. ser parafraseada como' uo:pà~o


presente não tem r-elação com o 'livre exercício' dáreligião",éi'enJin- !
ciada ria primeira frase. As três últimas, frases oferecemqâses.oti ;
provas em apoio dessa conclusão. Como podemos nóssa~er'que.';a
primeira frase formula a conclusão e que as outras três {orfuulaIP.~
I
!
. premissas? O contexto,é imerlSamente 'Útil neste ca~,g cdrno,:dç J~tô, i
o . é usualmente. Também são Úteis algurnas.df1Sfra~e.s;'.u~âq~",pá~a; i
"i' expressar as várias e diferentes proposiQõ~s'êrivoiviaásJ' :A~Jr~~§;f'~ .'I
necessário um raciocínio obtuso p~raÜlJetf1r'\>y:N êl,lg~~~ ~)..a,7:'<1)1~st~p. i
de l5~ber 'se, o. probl~ma'd?"livr;e.;;#~~rC~éi?"Jd~,'(l:7-Jj~t~S) . .~~)ip~~Mlq "

ou nao neste caso e, preclsarnent~; ~9'!pqnto:+q~;çJlP~ng, 't!:~tj ,

o' litígio se concentra. As ()utr~.proÍ?o,~!?Jit~;~~<>j:~1+9;t;~.a "";, ';',";.' ,ter.,',!


:~~o~~~~tt~c.~~~b~~~}~~~:~rl~~:d:i~~ii&~\1~~&fs\~~~g~~:~~là.'.,.'fl~":' 'i

c",,' ,,'
.~...
II.Q~;;'Jv.[à.s:'.
",pn~ftí:Z~~~:~:'!
,;=~Xpré'sençadess~ palavras, ignor~ríamos a
'<,l:"P~9~1>.~çãq"<á çp~c!~ãos.é;I-éfere.Nesté 'caso, a conclusão é que
;'3:'i,;~a'prbibiçãQde suiddio~. dO..f;ódigoPe1iaI" é ridícula. "~ premissa ofe-
i4',;,lErecida eni' seuap()io é Clue"nenhuma penalidade 'pode assustpr um
, '{, "homem que não teme â' própria morte. Este exemplo também n()s
'\;, mostra que as proposições 'podem ser enunciadas na forma de,' "per:-
", guntas retóricas'\ aS quais são usadas mais para fazer afirmações
~

do que formular interrogações, muito embora aquelas estejam .em


forma ínterrogativa. ' " ' ". '

2:'0 Juiz Douglas,pelo Tribunal; ZOfach vs,.,Clauson 343:US3~ (19~2>C"

'" (
26 . Irving M. Copi

. Alguns trechospodêni conter dois ou mais argumentos, quer em


sucessão, quer 'interligados. Porexemplo,.em Concerning Civil Go-
vernment, John :Locke escreveu: .' . .

Não é necessário
sempreeni
- -
riem de muita conveJ:1iência que olegislativo esteja
atividade; mas é absolutamente necessá,rioque o poder executivo
, esteja, pois não há uma necessidade permanente de elà.boração de novas
'. leis, mas é sempre imprescindível a execução das leis promulgadas. .
Este trecho pode ser am1.lisado .de vá:r:ias :maneiras; porém, um
modo perfeitâmente correto é considerá-Io como se' contivesse dois
argumentos.. Em um deles, a conclusão de que não é necessário que
o poder legislativo esteja, em' sessão permanente baseia-se em que não
é preciso que novas leis estejam sempre a ser feitas. Nq outro, a con-
clusão de que é absolutamente necessário que 'o poder executivo esteja
em exercício contínuo baseia-se no fato de, que há sempre necessidade
de 'proceder à execução dás leis promulgadas. Em alguns trechos que
contêm mais de um argumento, sua conexão é ainda mais estreita,
comoIl9 caso de a conclusão de uni I;trgumento ser premissa de outro~
Considere-se, por exemplo, o seguinte trecho:
Como não existe resistência elétrica na bobina condutora de eletricidade
dc:t.um magneto supercondutor, nenhuma energia é dissipada como calor;'
e' fortes campos podem ser mantidos sem, pratícamente;: qualquer consúmo-
deemergia. 3 . ..:;

Temos aqui a premissa 'não há resistência elétrica na bobina que trans-


porta a corrente de um magnéto' supercondutor, da qual nenhuma
energia é dissipada como calor de um magneto supercondutór, inferida
como.conclusão no primeiro argUmento. Depois,-nb segundo argilmen-
to, a conclusão do primeiro serve como premissa da qual é inferida
uma outra conclusão- fortes campos podem ser mantidbsnum mag-
neto supercondut~r, sem praticamente dispêndio algum de energia.
EXERCíCIOS 4

'. I. IdentifÍcar as premissas e conclusões ,nos seguintes trechos, cada -wn dos
quais contém apenas um argumento: ..

~ 1. Foi assinalado que;. embora os ciclos de negócio não sejam períodos,


sao, adequadamente descritos pelo termo "ciclos" e, portanto, são suscetíveis
de medição.: . " e, . .
JAMES.ARTHUR ESTEY, Business Cycles.
2. . Desde q~e ia filosofia polític~ é um'~ámo da filosofia) até a explicação
mais provisória dó que é filosofia política não pode dispensa'ruma explicação,
por mais provisória que seja, do 'que a filosofia é.
. LEO STRAUSS, What 1s Political i,'hilOSophY? and Other studies
3. W. B. Sampson,.P. O. Craig eM. Strongin, "Advances:iÍl Superconducting Magnets",
Scientijic American, VoI. 216, N." 3, março de 1967. ,

4. A solução dos exerciêioscom estrelinhaé dada no' final do livro, das págs. 443
a 469.., .
* Obra traduzida pela MESTRE JOU. sob o titulo CICLOS ECONóMTCOS. 1967,
Introdução à Lógica
, -, 'o,"

3, Quer nossa discussão diga respeito aos negócios públicos ou a, qualqúêé


outro tema, (devemos conhecer alguns, ou todos os fatos sqbre O ,temade\q\1é
'estamos falando ou a cujo propósito discutimos. Caso contrário, nãÇ> tex:emos
os materia,is de que os argumentos, são construidos. -, "

, ARISTÓTELES,A "Rêt6ríca
4. " . . .a mais popular descrição que se pode dar de um <:.QJ!tr.atp_~,tarnbem
a mais exata, notada mente, pois',é uma promessa ou conjunto de promessas que-
a lei fará respeitar."- Portanto, está claro que um estudo de contratos é um
estudo de promessas. ' " " ,

WILLIAM H. SPENCER, A Te:ptbook of Law andBusinéss i


*
5, A água tem ,um calor latêrite superior ao do ar: ~ais ,caloria:\,são!
necessárias para aquecer uma determinada quantidade' de água dO.que',p:ará
'

aquecer, um igual montante de ar., Assim, a temperatura ,domarctet!,!rmina, I


I
de um modo geral, a temperatura doar, acima dele. 5, ". "i
,- ',', "

6. ' Ele [Malthust por exemplo, diz qJ,le os lucros e saláriós podem-s\.l1?WaQ, Li
mesmo tempo, e,com freqüência, é o que aCQritece; IS1,O,'digo,EJu,ijamaisi'pol:1é; '.\j
ser verdade. Por quê? Porque \o valor' é medido por' proporçpes,;:e, tlJ:11ya!Or I

elevado si![nifica uma grande proporção de todo o prod~to.,p~ste'1:llqt!°,\qua9doc, I


a propor.çao' de um todo aumenta, a out:a tem que~lp:~1.nu~~.:l",;{:~;L;: ,<~" ",'; .1
DAY~D_RICA~~O;7~9tes";Q~j.M'aJt~u~"t,i,1
7. O cidadão que tanto preza a .sua"'inde~e1J.dêIlci~i:"EJ'riãÕ~'~~ei"~JJ~~~:~'riJI:rV';j!l
parti9° _político est á, realm e?t e, fr a? d a nd o' "- a '~ i'nd_ecp eÍl d'',!3 nc~a;'j p o"!~9.' 4e._
" t,i.áP' a)I'_'"'
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o qumhaodo poder ,

de deClsaononwel.,prlma,n9.:[!L,
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~ Como a felicidady COP~i'ête" ,~~Po~~:~~J~~~~;~:~~ZJJf~~:~~l~~~~t,~~~",; 'I


de espírito. depende .'da confiap,Ç.~",' , ' ,,- ',' 'e~c~Jllq,~~~~~:Ç()F-fliJ.nÇ~1

~~~:~:~~:~:~~:~~~'
, seus HelvetlU~ eédo"I:,esto
~li~~f~~~~~~fJ~;"1
. me qt1el~';,~speCle"
umca demedQ"

. Y;1~}i~:;~~it~;
,',',°<::11:, I~J!JlsxreS.pe_,A~
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;1':k~~r,~,P;íASJ:q-911~~u;.~«fi1Pllf,
it W~i~;:~~~:;;~:;?~(:
PJ:9fHIS\onalS e a oferta e, procura.'
i
'ké sociológicas, mais do que estrita-
.!

,",~Ih~rt,,/é, . ~miéàs;~ porcgri tei"':estão':decisivamente identificadas com 'fenô" !


isr:~ão~~c~riÔmicos~à'Cb ."d~k(}, " ' . " ,"i
. ;',,~, ~";,SIG1roNbNOSp\V,~ 'V1L,t'IAMH, FORM,' Man, WQrkand Society I
11. 'áo:rd~(;~~ab~liçãoíev~;ia: évidente~ente, ampa socialização progressi;va i
da propriedade dos bens dos pr.odutores, e como a/Í1.erapça estimula defi~iti,:.a- .i
,mfm~e aquela acumulação de riqueza' que é vital ao funcionamento do capltahs- i
~o,então~; ~ herança é uma instituiçãQ inata da economia capitalista. 6
5. H. F. Garner, uRivers iIi the Making", Scientific Amer.ican, VoL 216,N.O 4, ,abt;,il
1967.' " ,
Transcrito de Comparative Economic Systems, com licença de
Hoot. Copyright, 1948. Harper &,~r()thers, Nqva}orque.
"
"
'f, , , '" ' , "" ',,' ;'f,"';

. .,3. 9omo umjndiv~dlloa~aI1donadoa si própr~oa~o ~Od~'rE(a~izár01


poas cOlsasquepo<ienade outro, modo obter,tem tievlveretrl:l;!)l3;lhí
,0utrDS. ,Mas a sociedade não, é ,pqssÍ'vel sem simpatia ,e anfc)r;p()):'~:
virtude primordial que é dever; de todos e de cada um, desenvolver, €:Si
à humanidade. ," ' , ,','>'>

" I) ; , lVI, M.SHARIF, Muslim,Tlt9ugl#


(l,\ ,', "'f--" >, ',' , ',,' ",. "';,,,;,s;;'/..,:..
4. Embora a liberdade se"erlContre" realmente,,~ntre asmai°J:'es*E(ijE(sS~~',
não é tão grande quànto a proteção; à tnedida que a finalid<lde~a,p'i~ffi~~r~:? !
,é' o' progresso" e, aperfeiçoamentO da rlJ.ça" a finalidade da, segundl:l é:a.:r>reSi:)f ;':
vação" e perpetuação ".da ,própriaraça.'Por, isso,' quando'as dUás,én.trapJ.."eW.§2.):Í
coI1f!it~, '3; liberdade 98ve e t~m. semp:e,~ue c7gerpPa.ssoà,pr?teç~,<?;;vi.§É~!f~H~;;~0\!
a eXIstenCla da raça ede mal::; u:nportancla.d,qqUi:)ose]l a);Jerfi:)IçoaIl1rnto.;
"-. .. "",.,,' <_JO~~',~fP~R~~,.t1Jis~;is;t~?j~i~~~;"
*.5. , . . .Jdlzem.n()s~guef-esse~.p$g;St'c.rge,prescEeye" a~g]llgenciaf7'.o;
pára, to~as~s- faltas, (nãq'êxerCf:))1em,1.1:r;nf(tnem,Plltl'aG~:>i~!;fl11a.s'tI,!;?:~?fa..tIJ.;> "',,","
,° opost<?li',entad',J'um castlgo, qUE('vem', n%~1l11çlf:),t9c:la.sas.c8ISIJ.S,q]l'l1:~c:l()i8,rp,MB,~9~u.:;
está irremedia velmenteperdido, ',,',não,pode, ter<Gomo, °'bJ,etIy(). IJ.IJerff:)lgg~l"~~,~J;~IJ\;
suadir;é, portanto, pura Vingança;,' -", , ;", """"",','",'","'" "','""" ' ,

. Ci)j- ,ART1{URiSCHO'

."'7."rránS<ftito ,de, Sleep" com, ~u'tofização, de(:}aYGaer Lucee Julius SegaL .çopyrigpt, ",
966.Coward-McCann, Jnc. Nov:aJOl'que~" ,', ,'r. "" ' , ., '
:'?,.,.ReIJrodUZidode'~'r~i~"U.zit?uth!ibl!;Js" c:>fJIidia",~,.,por"M'N", Srinivas",~.;:Artdl'é('Be-'. ",
~iJle..,~m Scientific 4,merican,VQII213j"l'f .~.6;idez;eniD:r6.;ge?1965C ' ,', , ','
>'
28 Irving M;çop~ "
12. O turismo [no Egito] deveria produzir, normalmente, $lQO milhões de
dólares por ano com atraçõ€!s, ,taiscomo as pirâmides, a Esfinge, eoutros túmulós
e templos faraônicos. Mas;\éste ano, as receitas turísticas não irão além de$ 40
milhões,aproximadamenteJ.porque os bri tânicos~ 'impuseram severas restrições
monetárias aos seus turistas; a .Alemanha 'Ocidental desencorajou seus .yera-
neantes a ir ao Egito, pois o, Cairo rompev: relações diplomáticas por causa do
reconhecimento de .Israel por Bonn, e os americanos,' os que mais gastam", estão
fartos. de hotéis. de segunda' classe, serviço inferior e comida abomil1ável.
, LEE GRIGGS,. "Business ArOUl1d the Globe: Egypt'sBrokel1-down '.'
EconOmY,"F'ortu~e, maio de ,1967, pág. 70
13. Unia mulher semifamintados Highlands dá ffeqUentementea luz mais
de vinte filhÇ)s, ao passo que uma rica e elegante" é,muitá,s vezes", incapaz de
cria~.um único; em geral, fica. exaustt:co~ dOisoq trê,s..A ~steri!id~de,~ãoel
frequente entre mulheres da socIedade, e mUlto rarae!1tre a~ desItua.çaomfenor.
Oluxo nó belosexo, conquanto inflame, talvez; a paixã990gozo,pa1'8ceenfra-C
quecer e, freqüentemente, destruir todas as forças da procriaçãO. . ,..., . '
ADAM SMI;r'H,'A Riqueza das Nações
'. , (,) .
14. A janela do ladooeste;.através da qual 'ele olhara tão fixamente, tinha,
observei eu, uma peculiaridade ~uea distinguia de todas as outrasjanel1'ls da
casa: ;tJ.ominavaa paisagem Jnáispróxima da charneca; Havia uma. abertura
entre duas árvores qU6JÇ.habilitava a quem estivesse nesse ponto de observação
olhar diretamente 'par.a baixo, ao passo que das outras janelas só se podia dis-
tinguir um trecho distante da charneca. Conclui-se, portanto, que "Ba.rrymore;. O
uma vez que só essa janela servia aos seus propósitos,deveria e(st~r vigiando ( V
alguma coisa ou alguém na charneca. .

. A, CONAN DOYLE, O Cáodos Baskervilles

J/( Maupertuis era um. homem engenhoso, masnão.'u.m homem de f()rtl)'


sentido prático. Isto é evidenciado pelos,esquemas que estava incessantemente,
ideando: auc;Iazes proposições para fundar uma cidade em que só se falasse
latim, ,cavar um poço profundo a fim de 'encontrar nova$ substâncias" instituir'
r
investigações psicológicas 'através do ópio e da dissecaçã,o de 'macacos, explicar
como se il'orma o embr~ão por gravitação, e assim por diante.
ERNST MACH, The Science of Mechanics

11. Cada um dos seguintes trechos contém mais de um argumento. Distin-


gui-los e identificar suas premissas e conclusões: ' . \.

* 1. Q!Ai~~tituiÇãO do longo aprendizado não é favorável à formação de jove~s


para a indústria; IUm jornaleiro, que trabalha por peça, é provavelmente ativoi(J~
porque.ex:trai. o benefício de todos os esforços. resultantes da sua atividade. i Um',),
aprendiz é provavelmente preguiçoso;~e quase sempre o é, porque não tef!1 qual-.
quer interesse imediato em ,
ser outra coisa.'n1:
r: . ..
'(2-~~1 .;.
, ADAM SMITH, A Riqueza das Naçqp
. n
2.rNão podemos comparar um pro~essov'l com li a passagem do tempo"J-
não existe tal coisa - ,!fias' unicamente com um, outro processo"\( como o -fun-
cionamento de um crmlômetro). . .U<\ fI' ". ...1
Logo, só podemos descrever o lapso de tempo, confiando em algum outro
processo.
"

. . '

'. " LUDWIQ WITTGENSTEIN, Tractatus Logico-Philosophicus

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