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Edição XXXViI • nº 260 • SETEMBRO de 2015 • mensal • Distribuição Gratuita

Sinais de Entrada e de Saída nas


Unidades de Controle

Com o passar do tempo, os veículos são cada vez mais equipados com
unidades de controle para gerenciar os mais diversos sistemas, por PEÇA certa
exemplo, do motor, dos freios, da transmissão, do ar-condicionado, do
air bag etc.
Palhetas: Segurança e confiança
Não importa qual é o sistema, todos são basicamente constituídos por de seu cliente
sensores, unidade de controle e atuadores, nos quais a unidade de con-
trole tem a função de captar (sentir) os sinais de entrada provenientes
dos sensores, processá-los (pensar) e depois acionar (agir) os atuadores.
Referente a isto, a informação mais importante que os profissionais da
área de reparação automotiva devem saber é que este processo é de-
sempenhado de forma igual em qualquer unidade de controle, ou seja,
a análise dos sinais e o acionamento de atuadores.
Nesta matéria explicaremos, de forma geral, como uma unidade de con-
trole “sente” os sinais dos mais variados tipos de sensores, e as técnicas
profissionais de medição para analisar os sinais enviados aos atuado-
res, de forma que eventuais avarias não sejam mascaradas.

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editorial

VOLKSWAGEN É A MAIOR Edição XXXVii • nº 260 • SETEMBRo dE 2015 • MEnSal • diSTRiBuição GRaTuiTa

SinaiS de entrada e de Saída naS


UnidadeS de Controle

Recentemente a prestigiada revista de negócios EXAME divulgou o ranking Com o passar do tempo, os veículos são cada vez mais equipados com
unidades de controle para gerenciar os mais diversos sistemas, por PeÇa Certa

“Melhores&Maiores” e entre os fabricantes de automóveis a Volkswagen ficou


exemplo, do motor, dos freios, da transmissão, do ar-condicionado, do
air bag etc.
Palhetas: Segurança e confiança
Não importa qual é o sistema, todos são basicamente constituídos por de seu cliente
sensores, unidade de controle e atuadores, nos quais a unidade de con-
trole tem a função de captar (sentir) os sinais de entrada provenientes

em primeiro lugar.
dos sensores, processá-los (pensar) e depois acionar (agir) os atuadores.
Referente a isto, a informação mais importante que os profissionais da
área de reparação automotiva devem saber é que este processo é de-
sempenhado de forma igual em qualquer unidade de controle, ou seja,
a análise dos sinais e o acionamento de atuadores.

As boas notícias não param por aí, no mesmo estudo a Volkswagen foi clas-
Nesta matéria explicaremos, de forma geral, como uma unidade de con-
trole “sente” os sinais dos mais variados tipos de sensores, e as técnicas
profissionais de medição para analisar os sinais enviados aos atuado-
res, de forma que eventuais avarias não sejam mascaradas.

sificada entre as 12 maiores empresas privadas do Brasil. NO__Set15.indd 1 26/08/2015 15:47:31

Este reconhecimento é baseado em dados concretos como faturamento, en- JORNALISTA RESPONSÁVEL:
tre outros quesitos avaliados pela equipe de jornalistas da tradicional publica- Marcelo Gabriel
ção da Editora Abril. MTB: 36065/SP
Para os profissionais da reparação automotiva a liderança da Volkswagen é
uma situação reconhecida por todos, afinal na sua oficina é uma das marcas CONSELHO EDITORIAL:
mais presentes com modelos variados, mas que têm na qualidade, facilidade de Cecília Bianchi
reparação e disponibilidade de peças um ponto em comum. Daniel Morroni
Falando em qualidade, nós da equipe de pós-vendas da Volkswagen temos Décio Martins
outra excelente novidade para dividir com nossos caros leitores e diz respeito a Jean Cheverry
avaliação que os reparadores que participaram dos treinamentos da TV Notí- Luciana Braghetto
cias da Oficina deram aos três programas já realizados em 2015. Marco Aurélio Fróes
Os mais de cinco mil profissionais que responderam a avaliação deram (num Rafael Armelin
ranking de 0 a 5) a nota média de 4,5 pela qualidade dos treinamentos. Ricardo Iwamoto
Se você ainda não participou de nenhum treinamento, não perca tem- Rodrigo Facini
po. No dia 27 de outubro acontecerá a última transmissão do ano de 2015, Sidney Jarina
sobre o tema INJEÇÃO DIRETA DA TIGUAN 2010, um tema atual e que des- Wagner Carrieri
perta muito interesse nos profissionais da mecânica (para participar aces-
se o site www.no­t iciasdaoficinavw.com.br e faça sua inscrição). EDITORAÇÃO / COMERCIALIZAÇÃO:
Dentre as recentes boas notícias, esta é sem dúvida um dos destaques para Germinal Editora e Marketing Ltda.
nós, que temos a missão de conduzir este programa de treinamento técnico Impressão:
que é desenhado para agregar conhecimento ao reparador independente. Log & Print Gráfica | Tiragem: 50 mil exemplares
Afinal, a liderança da Vokswagen, atestada pela revista EXAME, não teria
tanto valor se não fossemos os maiores também para nossos parceiros repara-
dores.
Boa leitura!

Time Notícias da Oficina A revista Notícias da Oficina quer saber mais sobre
você. Mantenha sempre atualizada a sua assina-
tura através do site noticiasdaoficinavw.com.br ou
entre em contato pela Central de Relacionamento
Notícias da Oficina: (11) 3071-4633.

Sabia que a Volkswagen possui um Catálogo de Peças online à sua disposição?


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REPARAÇÃO PASSO A PASSO capítulo 1

SINAIS DE ENTRADA - CIRCUITO


PRIMITIVO DE UMA UNIDADE DE
CONTROLE
M uitos sensores necessitam de ali-
mentação de tensão. Esta pode ser
externa ou proveniente da própria uni-
sos se produz uma queda de tensão atra-
vés de uma resistência pull-up ou pull-
down dentro da unidade de controle. A
dade de controle. Se a alimentação pro- combinação do sensor com a resistência
vém da unidade de controle existem as na unidade de controle constitui um cir-
seguintes particularidades: cuito divisor de tensão. A corrente de
• O massa dos sensores provém di- medição é tomada no circuito divisor de
retamente da unidade de controle para tensão e constitui a magnitude de medi-
evitar que, por diferenças de potencial ção para a unidade de controle.
entre massa do motor / massa da carro- • Em um cabo de sinal aberto, ou seja,
ceria, falsifiquem-se os sinais dos sen- desconectado do sensor, pode-se medir
sores. seja uma tensão fixa de 5 V ou 12 V, ou
• A tensão de alimentação é estabili- uma tensão de 0 V. Em alguns casos tam-
zada em 5 V para evitar que os sinais se- bém pode-se medir um sinal retangular
Fig.2: Sinais de entrada de interruptores:
jam falsificados e que o sensor siga tra- ou um sinal periodificado.
balhando de forma confiável dentro de • A/D: Conversor Analógico/Digital: O valor da
uma eventual subtensão da rede de bor- tensão analógica, variável ou não, é digitalizado na
do. A tensão interna de 5 V de uma uni- unidade de controle, processado e depois volta a ser
dade de controle geralmente está dispo- analógico em certos casos para ser utilizado como
sinal destinado a excitação de atuadores
nível nos blocos de valores de medição. • μC: microprocessador
Curiosidade: Um sensor Hall pode ser • RAM: random access memory = memória de acesso
alimentado com 5 V e ao medir o sinal se aleatório
obtém um sinal retangular 12 V, porque • ROM: read only memory = memória somente de
a resistência pull-up na unidade de con- leitura
trole está conectada a 12 V.
• Segundo o projeto do sistema em A unidade de controle alimenta uma
questão, os sensores também podem ser Fig.1: Circuito primitivo de uma unidade de controle
tensão antes da resistência pull-up. Se-
alimentados com 12 V ao invés de 5 V. Ob- para sinais de entrada gundo o sistema do veículo em questão,
servando um circuito primitivo de uma esta tensão pode ser de:
unidade de controle (Fig.1) concluímos Interruptor de contato • 5 V permanentes
que o sinal dos sensores, na verdade, é O circuito primitivo da Figura 2 equivale • 12 V permanentes
gerado pela própria unidade de contro- ao de uma unidade de controle com sen- • Impulsos de tensão ou tensões re-
le. O sensor apenas altera “o estado do sor do tipo interruptor de contato (ex. tangulares
sinal” para que a unidade de controle contato de porta, contato de capô, inter- No interruptor, ao estar aberto, pode-
possa “sentir” o que está acontecendo ruptor de pressão de óleo, etc.). se medir esta tensão procedente da uni-
por meio da entrada de seu conversor Como o interruptor é um sensor que dade de controle.
A/D (Analógico/Digital). Em um veícu- está conectado à massa, utiliza-se uma Com o interruptor fechado f lui uma
lo, pouquíssimos sensores geram o sinal resistência pull-up. Esta resistência está corrente, com isso, aumenta o consumo
por conta própria, dentre eles podemos antes do sensor (ou interruptor) e dentro de corrente da unidade de controle.
citar os sensores de rotação indutivos e na unidade de controle, formando um Os sistemas elétricos dos veículos
os sensores de detonação piezoelétricos. divisor de tensão. Neste caso o sensor estão construídos de modo que quase
conecta à massa o potencial estabiliza- todos os interruptores que trabalham
Particularidades dos sinais dos sensores: do na unidade de controle que pode ser deste modo (contatos de porta e de capô,
• Existem os sinais que f luem da uni- de 5 ou 12 V. A unidade de controle avalia comutadores das fechaduras das portas,
dade de controle em direção ao sensor, e o valor de tensão, neste caso 0 ou 5/12 V, …) encontram-se abertos com o trava-
os sinais que f luem do sensor em direção para os dois estados do interruptor (liga- mento central acionado para reduzir o
à unidade de controle. Em ambos os ca- do/desligado). consumo de corrente.

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REPARAÇÃO PASSO A PASSO

Com a aplicação de uma tensão por da bateria. Neste caso, se o valor medi- o resultado da medição.
impulsos é possível reduzir o consumo do for aproximadamente o da tensão da
de corrente quando o interruptor está bateria, significa que o cabo, conectores
fechado e ampliar o diagnóstico de ava- e unidade de controle estão em perfeitas
rias, por exemplo, de um mau contato. condições.

Potenciômetro Termosensor
Os sensores do tipo potenciômetro são Termosensores são utilizados quando
utilizados quando precisa-se determinar precisa-se medir a temperatura de com-
a posição exata de um componente me- ponentes ou de f luidos. Trata-se de um
cânico. São encontrados, por exemplo, resistor que tem a propriedade de alterar
nos servomotores das portinholas de um o valor de sua resistência em função da
sistema de ar-condicionado, no corpo de temperatura a que está submetido.
borboleta do motor e nos servomotores Dependendo do propósito, podem ser Fig.4: Sinais de entrada de termosensores
de regulagem do alcance dos faróis.Para utilizados na versão NTC, em que a sua re-
que a tensão do cursor de contato não sistência diminui com o aumento da tem- Comutador
varie em função da tensão de alimenta- peratura, ou PTC, na qual a sua resistência Comutadores são associações de inter-
ção da rede de bordo, estabiliza-se a ten- aumenta com o aumento da temperatura. ruptores que têm a função de informar
são de alimentação do potenciômetro A resistência pull-up constitui em diversos estados operativos. Um exem-
através da unidade de controle. E para conjunto com o termosensor um divisor plo tradicional de um comutador é o bo-
que se possa utilizar os valores dos po- de tensão. A tensão do divisor é por sua tão de acionamento dos vidros elétricos.
tenciômetros, inclusive quando houver vez a magnitude de medição para a uni- No exemplo da Figura 5, a unidade
subtensão na rede de bordo, a sua ten- dade de controle. Com o sensor conecta- de controle da porta aplica uma tensão
são de alimentação é sempre inferior a do e funcionando normalmente a tensão retangular no cabo do comutador. Por
da rede de bordo. O mesmo acontece, de é, segundo a temperatura, sempre maior meio da conexão de diversas resistências
forma geral, para todas as resistências que 0 V e menor que 5 V. Todas as demais a esta ou até pela conexão direta à massa
utilizadas para a detecção de sinais. tensões que não são plausíveis provocam pode-se gerar 5 diferentes níveis de ten-
o registro de uma avaria na memória da são no cabo de sinal.
unidade de controle. Os diferentes níveis de tensão, den-
No caso de interrupção ou curto ao tro de suas tolerâncias, estão associados
positivo a tensão no pino de conexão da na unidade de controle a determinadas
unidade de controle é sempre de 5 V ou funções, por ex:
superior a 5 V; disso resulta o registro da • Comutador não acionado
avaria “Interrupção / curto ao positivo • Subida manual do vidro
...”. Em todos os casos se registra uma • Subida automática do vidro
descrição correspondente da avaria. • Descida manual do vidro
Se ocorre um curto à massa a tensão • Descida automática do vidro
no pino de conexão da unidade de con- Existem blocos de valores de medição
trole é sempre de 0 V; disso resulta o re- associados a cada comutador, com as in-
gistro da avaria “Curto à massa ...”. dicações relativas ao estado comutação.
Nos casos dos curto-circuitos com Por isso, em caso de funções anormais
Fig.3: Sinais de entrada de potenciômetros. Um positivo e com massa, incluindo os es- esporádicas ou ao obter valores de me-
defeito de contato intermitente em um potenciômetro porádicos, pode-se localizar as avarias dição não plausíveis, torna-se necessá-
dificilmente é detectado com um multímetro no modo de medição contínua do DSO
enquanto se move ou golpeia os cabos e/
Um defeito de contato intermitente ou os componentes.
em um potenciômetro dificilmente é de- Por regra geral um sensor de tempera-
tectado com um multímetro, em virtude tura funciona com 5 V constantes.
da lentidão de reação deste tipo de ins- Existem casos em que os mesmos podem
trumento de medição. Por esse motivo trabalhar com tensão por impulsos. A
deve-se efetuar o teste do sinal com aju- tensão por impulsos traz 2 vantagens:
da do osciloscópio (Fig.3). Esse tipo de • Economia de energia (corrente de
falha pode não ser inscrita na memória medição)
de avarias da unidade de controle. • A corrente que f lui pelo NTC é trans-
Outro teste consiste em medir, com o formada em calor pela sua resistência, o
conector do sensor desconectado, a ten- que significa que a corrente aquece a re-
são no cabo do sinal contra o positivo sistência e com isso altera sensivelmente Fig.5: Sinais de entrada de comutadores

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rio verificar os comutadores ou os cabos da tensão alternada depende da distân- Com frequência se supõe, equivoca-
com o auxílio do osciloscópio. cia do sensor até os segmentos dentados damente, que a tensão positiva de um
Na figura 5a podemos visualizar o e também da sua rotação. Devido à sen- sensor Hall tem suas origens no próprio
sinal de entrada de um comutador para sibilidade característica deste sinal, os sensor. Para facilitar a compreensão do
acionamento dos vidros da porta acio- cabos do sensor são blindados contra in- tema se apresenta um esquema equiva-
nado em suas diferentes posições. O si- terferências eletromagnéticas por meio lente do contato no sensor Hall (Fig.7).
nal gerado na unidade de controle pode de uma malha (Fig.6). A alimentação de tensão e a tensão do
ser uma tensão constante de 5V ou 12V, sinal podem ser totalmente diferentes,
ou um sinal PWM estabilizado com uma segundo o sistema tratado, por exemplo,
largura de impulsos de aproximadamen- um sensor pode ser alimentado com 5 V
te 15 % e uma frequência de aproxima- e a tensão do sensor pode ser de 12 V.
damente 100 Hz. Conforme a resistência
comutada pelo botão do acionamento Comutador Hall:
dos vidros, uma tensão específica será Um comutador Hall trabalha, basica-
reconhecida pela unidade de controle mente, igual a um sensor Hall. Como
(considerando uma margem de tolerân- exemplo podemos citar o sensor de posi-
cia) e, com isso, o motor elétrico do vidro ção da embreagem e o comutador da luz
será devidamente acionado. A tensão de freio do Jetta.
máxima possível é reconhecida como O ideal para se medir o sinal dos sen-
“botão não acionado”, e a mínima como sores Hall é utilizar o osciloscópio, pelo
“descida automática”. Desta forma, com mesmo motivo dado anteriormente aos
apenas um cabo conectando o botão de sensores de rotação indutivos.
acionamento do vidro com à unidade de Fig.6: Sinais de entrada de sensores de rotação
controle podemos estabelecer 5 estados indutivos. Um exemplo dos poucos tipos de sensores Sensor de rotação de roda ativo
operativos do mesmo. que geram sinal por conta própria O sensor de rotação de roda ativo é um
exemplo de um sensor que também tra-
Neste caso, com o multímetro somente se balha segundo o princípio Hall. O sen-
pode comprovar: sor é bipolar e recebe tensão da unidade
• Medição da resistência da bobina de controle. Isso permite que o sensor
• Medição da tensão alternada seja diagnosticável com a roda parada
Sempre deve-se dar preferência ao oscilos- (Fig.8).
cópio para a comprovação, pois assim pode-
se analisar a imagem do sinal. Para certas fa-
lhas também é recomendado que se registre o
sinal correspondente a uma volta completa da
roda geradora de impulsos e analisá-la

Sensor Hall
Na maioria das aplicações, o sensor Hall não
fornece um sinal de tensão e sim conecta à
Fig.5a: Sinal de entrada de um comutador para massa a tensão pré-definida pela unidade de
acionamento do vidro da porta controle através da resistência pull-up, como
uma espécie de interruptor eletrônico.
Sensor de rotação indutivo Fig.8: Sinais de entrada de sensores de
Os sensores indutivos são utilizados em rotação de roda ativos
alguns veículos como sensores de rota-
ção do motor ou também como senso- Com a troca da polaridade magnética da
res de rotação das rodas para o sistema roda geradora de impulsos, varia a resistên-
ABS. Um sensor indutivo consta de um cia interna do sensor e se produzem duas
ímã permanente e uma bobina de indu- diferentes intensidades de corrente. Com as
ção. Os segmentos dentados que passam diferentes intensidades varia o valor da que-
diante do sensor fazem variar a inten- da de tensão na resistência pull-up, o que é
sidade do campo magnético na bobina, “sentido” pela unidade de controle.
a qual produz uma tensão induzida al- Novamente, se com o conector do sensor
ternada. Esse sinal de tensão alternada desconectado encontrarmos uma tensão de
possui uma frequência dependente da 12 V, significa que cabos, conexões e unida-
rotação da roda geradora. A amplitude Fig.7: Sinais de entrada de sensores Hall de de controle estão em ordem.

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REPARAÇÃO PASSO A PASSO capítulo 2

SINAIS DE SAÍDA - TÉCNICA PARA A


MEDIÇÃO CORRETA
Circuito Primitivo de uma Unidade de Con- gundo o seu tipo e arquitetura, de aproxima- através da bobina da mesma até a saída da
trole para Sinais de Saída damente 60–140 Ω. Isto significa que flui uma unidade de controle. Esta particularidade
Os terminais de potência de uma unidade de corrente máxima de 200 mA através do está- pode ser aproveitada pela unidade de contro-
controle, tanto o positivo como o negativo, gio final de potência da unidade de controle. le para fins de diagnóstico.
são identificados na maioria dos casos pela Uma lâmpada de teste de 12V / 3W tem As eletroválvulas são excitadas na maioria
maior secção (bitola) dos cabos nos esque- uma intensidade de corrente a quente de dos casos pelo seu lado negativo por parte da
mas elétricos. 250 mA em virtude de sua característica tipo unidade de controle. Segundo a aplicação,
A alimentação de tensão de uma unidade PTC. A intensidade de corrente a frio é cerca podem ser excitadas de forma comutada
de controle pode ser feita através dos termi- de 10 vezes maior. (liga/desliga), periodificada (frequência va-
nais de potência ou por meio de conexões à riável) ou por sinais PWM. Para se evitar in-
parte. terpretações erradas das medições, deve-se
Nas unidades de controle de última ge- utilizar o osciloscópio medindo em paralelo
ração os atuadores somente são excitados diretamente no conector do componente.
através de etapas finais resistentes a curto- Medindo desta forma, eventuais resistências
circuitos. no circuito de acionamento (por exemplo, co-
As lâmpadas incandescentes, em veículos nexões oxidadas) serão visualizadas no osci-
mais modernos, são excitadas mediante si- loscópio.
nais PWM para o controle da claridade e au-
mento da vida útil das lâmpadas, em virtude Fig.10: Sinais de saída de uma unidade de controle
da limitação de tensão. para acionamento de um relé
As válvulas eletromagnéticas são excita-
das, segundo sua aplicação, de forma comu- Isto significa que, no momento da cone-
tada (liga/desliga), periodificada (variação xão da lâmpada de teste, flui uma corrente
de frequência) ou por meio de sinais PWM de aproximadamente 2,5 A através do estágio
(Fig.9). final de potência da unidade de controle. No
entanto, o transistor somente está dimensio-
nado para fazer funcionar um relé (200 mA). Fig.12: Sinais de saída de uma unidade de controle
Neste caso, uma lâmpada de teste pode des- para acionamento de uma eletroválvula
truir a unidade de controle.
O sinal de saída para acionamento de um Como podemos concluir, não importa
relé sempre deve ser verificado com um mul- qual seja o sistema, a forma de “sentir” e de
tímetro ou osciloscópio. “agir” das unidades de controle é pratica-
mente a mesma. Até a próxima!

LEGENDA
Fig.9: Circuito primitivo dos sinais de saída de uma
unidade de controle para sinais de saída Pull-up (levantar) - Resistência alimentada
com positivo dentro da unidade de controle
Acionamento de Relé Pull-down (baixar) - Resistência alimentada
As unidades de controle excitam os relés, na com negativo dentro da unidade de controle
maioria dos casos, pelo seu lado negativo. No NTC (Negative Temperature Coefficient) -
estado “não excitado” a tensão de alimenta- Coeficiente de temperatura negativo
ção encontra-se aplicada através da bobina Fig.11: Sinais de saída de uma unidade de controle PTC (Positive Temperature Coefficient) -
do relé até a saída da unidade de controle para acionamento de um relé. Dependendo do teste Coeficiente de temperatura positivo
realizado, pode-se destruir a unidade de controle
(Fig.10). Esta particularidade pode ser apro- DSO (Digitalspeicher-Oszilloskop) - Osciloscó-
veitada pela unidade de controle para fins de Acionamento de Eletroválvula pio com memória digital
diagnóstico (semelhante às “Eletroválvulas”). Quando a eletroválvula não está excitada, a PWM (Pulse Width Modulation) - Modulação
A resistência da bobina de um relé é, se- tensão de alimentação se encontra aplicada de largura de impulsos

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peça certa palhetas

evolução e oportunidade de
serviço

F az parte da rotina dos reparadores uma


avaliação “geral” do veículo antes de rea-
lizar o serviço principal. Assim, identificar a
Como identificar desgastes
• Borracha da palheta ressecada ou que-
bradiça;
• Eficiência em qualquer velocidade, com-
provada em testes realizados em túneis de
vento em velocidades de até 210 km/h;
necessidade de troca das palhetas ajuda seu • Excesso de trepidação ao acionar o limpa- • Alto desempenho durante toda sua vida
cliente a evitar uma situação difícil no trânsito dor do para-brisas; útil.
ou ter prejuízo com um para-brisa riscado. • Durante o funcionamento das palhetas, • Limpa até nas chuvas mais intensas e em
Como em toda a indústria automotiva, as rastros de limpeza irregular ficam aparentes; diversas condições de temperatura, com alta
palhetas também evoluíram e hoje empregam • Visibilidade comprometida em condições eficiência;
componentes e construção muito específicos de chuva. • A Volkswagen desenvolve uma palheta
que garantem qualidade, eficiência e durabi- específica para cada família de veículos e tipo
lidade e neste sentido somente as peças origi- Você sabia? de para-brisas, diferente da maioria das peças
nais Volkswagen podem assegurar o melhor • Com o passar do tempo a borracha das encontradas no mercado.
desempenho. palhetas sofre com radiação solar, ozônio,
sujeira e outros agentes, causando endureci- Limpa Parabrisas Volkswagen
Custo e Benefício – Seu cliente agradece mento, porosidades e rachaduras que prejudi- Um serviço complementar e que pode agre-
Se pensarmos no custo de um par de palhetas, cam o bom funcionamento; gar ainda mais valor na troca das palhetas é a
e na segurança que elas oferecem ao motoris- • A palheta do limpador traseiro se desgas- aplicação do “Limpa Para-brisas Volkswagen”
ta fica evidente que este é um item que mere- ta igual às dianteiras. Por isso, todas devem ser ideal para remover a sujeira dos para-brisas e
ce uma permanente avaliação preventiva, ou substituídas ao mesmo tempo; melhorar a visibilidade em condições de chu-
seja, vale muito mais a pena trocar as palhetas • As palhetas percorrem, em média, cerca va. Este produto ainda ajuda a eliminar o em-
antes de descobrir que elas estão ressecadas, de 800 km ao longo da superfície do para-bri- baçamento externo e prolonga a vida útil das
ao enfrentarmos uma chuva forte numa rodo- sas em apenas seis meses; palhetas sem agredir os componentes de bor-
via. • Apesar de as palhetas do limpador serem racha ou a pintura do seu veículo. Basta despe-
Para entender melhor o que estamos fundamentais para a segurança no tráfego, jar o produto diretamente no compartimento
dizendo basta imaginar o seguinte: você são um dos componentes que menos recebem de água do limpador no carro do seu cliente.
– como reparador de confiança – sugeriu atenção na hora da manutenção.
ao seu cliente, a troca preventiva das pa-
lhetas na última revisão. Pois bem, seu Benefícios de utilizar Peças Originais
cliente vai viajar com o carro e enfrenta Volkswagen
uma forte chuva na rodovia, ao observar • A Volkswagen realiza testes em todos seus
o trabalho eficiente das palhetas novas veículos, acima das exigências do mercado,
vai lembrar muito positivamente de você para garantir mais segurança e alta perfor-
e agradecer pela segurança, o que não mance em suas Peças Originais;
tem preço. Porém também pode aconte- • Assegura uma pressão de contato igual-
cer o contrário, o carro de seu cliente fi- mente distribuída graças aos trilhos flexíveis
cou três dias na sua oficina para um ser- de alta precisão que aderem perfeitamente ao Só produtos Volkswagen garantem
viço mecânico, você entrega o carro, e o para-brisas; alta performance com garantia
cliente satisfeito vai viajar e pega a mes-
ma chuva forte na mesma rodovia, porém
com as palhetas ressecadas.
Não é difícil imaginar que o seu cliente fi-
cará frustrado e por outro lado você perderá
uma oportunidade de reforçar sua relação de
confiança com seu cliente.
Neste cenário a troca preventiva das palhe-
tas é um serviço de baixo custo, porém de alto
valor agregado na percepção do cliente. Palheta Original Volkswagen em ótimas condições de uso Palheta ressecada não garante visibilidade

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Mais vantagem para o cliente,
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Gol G4 2006-2012, Parati G4 2006-2012 e Saveiro G4 2006-2012 JZW-698-151-AD R$ 94,72
Kombi 2007-2012 JZW-698-151-AE R$ 101,89
Pastilhas de Freio Gol G5 2009-2012; Voyage G5 2009-2012; Saveiro G5 2010-2012 JZW-698-151-AG R$ 128,35
Fox 2004-2012; Spacefox 2006-2012; Polo 2007-2012; Golf 2000-2012 JZW-698-151-AF R$ 164,27
Jetta 2005-2012; Golf 2000-2012; Polo 2003-2010 JZW-698-151 R$ 256,94
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www.vw.com.br. Preço válido até 15/10/2015. Jogo de pastilhas de freio com 2 unidades (Sistema TRW), cód. JZW-698-151-AC, à vista
R$ 93,66, para aplicação nos veículos Gol G4 (2006 a 2012), Parati G4 (2006 a 2012) e Saveiro G4 (2006 a 2012). Jogo de pastilhas de
freio com 2 unidades (Sistema Continental), cód. JZW-698-151-AD, à vista R$ 94,72, para aplicação nos veículos Gol G4 (2006 a 2012), Parati
G4 (2006 a 2012) e Saveiro G4 (2006 a 2012). Jogo de pastilhas de freio com 2 unidades, cód. JZW-698-151-AE, à vista R$ 101,89, para
aplicação no veículo Kombi (2007 a 2012). Jogo de pastilhas de freio com 2 unidades (Sistema Bosch), cód. JZW-698-151-AG, à vista R$ 128,35,
para aplicação nos veículos Gol G5 (2009-2012), Voyage G5 (2009-2012), Saveiro G5 (2010-2012). Jogo de pastilhas de freio com 2
unidades, cód. JZW-698-151-AF, à vista R$ 164,27 para aplicação nos veículos Fox (2004-2012), Spacefox (2006-2012), Polo (2007-2012),
Golf (2000-2012). Jogo de pastilhas de freio com 2 unidades, cód. JZW-698-151, à vista R$ 256,94 para aplicação nos veículos Jetta
(2005-2012), Golf (2000-2012), Polo (2003-2010). Jogo de pastilhas de freio com 2 unidades, cód. JZW-698-151-S, à vista R$ 409,72 para
aplicação no veículo Tiguan (2009-2012). Garantia de 3 meses para jogo de pastilhas de freio, sem limite de quilometragem. Para mais
informações com relação às especificações e aplicações da peça, consulte um Concessionário Autorizado Volkswagen. Os preços de mão de obra
e demais serviços relativos a venda de peças não estão incluídos no preço divulgado. Formas de pagamento, preços de mão de obra e demais
serviços relativos a venda de peças, conforme condições estabelecidas pelo Concessionário Autorizado Volkswagen. Central de Relacionamento
com Clientes: 0800 019 5775.

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