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Material de Apoio de Filosofia - OAB 1ª Fase
Prof. Douglas Azevedo
Lembrete: o material abaixo é um resumo das aulas sintetizado, portanto, é imprescindível acompanhar
simultaneamente ou após assistir o vídeo completo!
Os Socráticos
Este conjunto de autores leva este nome em razão do alinhamento de sua filosofia
com a de Sócrates, responsável por uma completa mudança nos temas debatidos
até então. Antes de Sócrates a principal questão era cosmológica e metafísica –
como surgiu o mundo, as leis da natureza etc., após, passa a se debater o homem e
suas relações sociais (justiça, política, ética, etc).
SÓCRATES:
PLATÃO
Material de Apoio de Filosofia - OAB 1ª Fase
Prof. Douglas Azevedo
Platão, em sua obra A República, trabalha a ideia de justiça e política na Pólis grega.
O faz traçando uma comparação entre a alma (cujas partes precisam estar
“funcionando” conforme as virtudes) e uma cidade ideal, na qual cada indivíduo
exerce suas atividades conforme sua aptidão.
Para tanto, propõe o método de educação chamado Paideia (7-30 anos) no qual
verifica-se as aptidões das pessoas. Algumas serão 1) produtores; 2) guerreiros 3)
filósofos. Por estes últimos desenvolverem mais as suas habilidades racionais,
deveriam, portanto, governar a Pólis, cunhando a expressão Filósofo-Rei.
A justiça na alma humana deve se originar do mesmo modo que se origina na cidade
– ou seja, por meio do pleno funcionamento de todas as suas partes ordenada pela
racionalidade.
ARISTÓTELES
Em sua obra Ética a Nicômaco, Aristóteles complementa sua teoria política (na qual
política é a arte de bem governar a Pólis) com sua teoria ética, a qual apresenta um
caminho para o pleno desenvolvimento e a boa vida em sociedade.
ser moderado com minhas paixões = ser virtuoso E ser moderado nas minhas ações
com o outro = justiça
Exemplos: ser corajoso para se defender = virtude para si; ser corajoso para
defender outro = a ação é além de virtuosa, JUSTA
Justiça:
Justiça LATO SENSU: principio geral que possibilita a convivência social. É a ideia
de seguir a lei.
Justiça Strito Sensu: refere-se apenas a determinadas ações que estão previstas
pela lei. Esta divide-se em duas:
Justiça politica = melhor forma de organizar uma cidade / fazer ela funcionar bem ->
todos serem felizes.
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IDADE MÉDIA
SANTO AGOSTINHO:
Ótica cristã das ideias de Aristóteles: há uma justiça universal estabelecida por Deus
(em Aristóteles era a justiça natural).
Lei Divina
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Prof. Douglas Azevedo
MAQUIAVEL
É um livro que “rompe” com o modelo teocrático até então vigente, pois separa a
política da moral. Trata-se, portanto, do primeiro ensaio sobre REALISMO
POLÍTICO, isto é, é um livro baseado em dados empíricos coletados pelo autor, não
em questões metafísicas (como a República de Platão).
“Guia” sobre como um governante deve agir para se manter no poder. “Os fins
justificam os meios”
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OS CONTRATUALISTAS
HOBBES
Estado de Natureza -> todos os homens são maus -> guerra de todos contra todos -
>insegurança e medo;
CONTRATO SOCIAL -> Estado -> cria mecanismos para proteger o direito à vida =
TRANSFERENCIA DE DIREITOS –
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Prof. Douglas Azevedo
ESTADO ABSOLUTISTA -> poder centralizado; Estado FORTE para não voltar ao
Estado de Natureza;
LOCKE
ROUSSEOU
Estado Natural ->homem é BOM -> homem era solitário (grupo familiar, no máximo)
e a vida no Estado de Natureza era boa.
CONTRATO SOCIAL -> para se sair do Estado de Sociedade para um novo modelo
-> 1) romper alienação 2) democracia direta, LIBERDADE COMO PARTICIPAÇÃO
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Prof. Douglas Azevedo
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MONTESQUIEU
KANT
Kant era Iluminista, ou seja, buscava romper com a moralidade anterior que tolhe a
liberdade dos indivíduos. Para tanto, Kant vai tentar elaborar uma teoria da
moralidade fundada na razão – caráter universal (vale para todo o mundo).
Obras do autor:
prévia. Ex: você realiza uma ação para então verificar o resultado e então passa a
conhecer).
Homens seguem princípios em suas ações: a razão pratica que determina quais
princípios existem; o homem os escolhe conforme sua vontade –homem ser volitivo
(inclinações). A vontade pode ser má ou boa.
Dar um exemplo: por que não roubar? Segundo o Imperativo hipotético, seria para
ser feliz, evitar dor etc. Pelo Imperativo Categórico eu não vou roubar pois não é o
correto, é inviável para uma ordem social. Logo, o caráter universal / JÁ SE TEM
UMA NOÇÃO A PRIORI QUE É ERRADO, NÃO É PRECISO A EXPERIENCIA
“Age de modo que a tua ação possa se tornar uma lei universal”
-> cuidado com a pegadinha da FGV -> a ação tem que se conciliar com a liberdade
de todos, NÃO A TUA VONTADE.
Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na
pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca como
meio. – AS COISAS TEM PREÇO, MAS AS PESSOAS TEM DIGNIDADE.
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UTILITARISTAS
JEREMY BENTHAM
Ações são boas quando promovem a felicidade (ação moralmente correta) e más
quando geram infelicidade (moralmente incorreta);
STUART MILL
Em outras palavras, entende que alguns prazeres têm mais valor que os outros,
como os prazeres do pensamento, sentimento e imaginação, que resultam da
experiência de apreciar a beleza, a verdade, o amor, a liberdade, o conhecimento, a
criação artística.
Defende também a liberdade do individuo: pode fazer o que quiser, desde que não
prejudique o outro.
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POSITIVISMO
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Luta pelo direito / força viva (sofre modificações) -> paz é o fim, a luta é o meio. Luta
dos povos, Estado, classes, indivíduos. Assim, os direitos não surgem
espontaneamente na cabeça dos legisladores, mas precisam sempre ser
reivindicados pela população.
KELSEN
Direito como ciência – se existem leis que explicam a natureza, direito também
deveria ter validade objetiva; ideia de base universal. Não trabalha o conteúdo
pois este é relativo (cada pais tem leis diferentes) -> universal é a ESTRUTURA
do direito; sua manifestação normativa; relação de imputação.
Estuda o direito como ele É (ser), e não como deveria ser (dever ser).
Norma fundamental:
Fictícia; pressuposta (pelo intelecto, não pela vontade) – sem ela o retorno infinito só
seria explicado por questões alheias ao direito.
A Constituição, por sua vez, dá objetividade e validade às normas gerais, que por
sua vez darão objetividade e validade normas individuais.
Moldura
objetiva da moldura colocada pela norma superior, por meio de um ato cognoscitivo,
e 2) escolha subjetiva, por meio de um ato de vontade, de um das possíveis opções
apresentadas pela norma superior para transformação em Direito positivo
HART
Normas secundárias -> surgem para corrigir defeitos das normas primárias
Para o primeiro caso, Hart utiliza como exemplo uma norma que proíbe o ingresso
de veículos automotores em determinado local, mas, conforme novas tecnologias se
desenvolvem, exsurge a questão acerca de se novos inventos de locomoção
enquadram-se na categoria de veículos automotores.
Essa noção de sentido é um núcleo de sentido fixo, o que segundo Hart, afasta a
ideia de que os juízes dizem.
NORBERT BOBBIO
É nesse último ponto que a FGV tem insistido na prova: nas lacunas e nas
antinomias.
REALE
DWORKIN
Direito como integridade: legitimar uma decisão judicial que considere todos os
aspectos fáticos, normativos e morais relevantes para a solução do caso. Com isso,
cria as condições para impedir a discricionariedade do intérprete, pois a magnitude
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Prof. Douglas Azevedo
da tarefa não deixa margem a escolhas arbitrárias. -> IDEIA DE UMA ÚNICA E
MELHOR DECISÃO POSSÍVEL.
Regras:
3)é possível numerar todas as exceções de uma regra (que já vem previstas na
própria regra – ex: legitima defesa)
Princípios: