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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE

Título: A importância do lúdico na prática da Ginástica Geral e os benefícios para os


alunos na fase de pré-adolescência e adolescência

Autor Luzia Aparecida Ferro


Disciplina/Área Educação Física
Escola de Implementação
CE Professor Paulo Freire EFM
do Projeto e sua localização
Município da Escola Pinhais

Núcleo Regional de
AM Norte
Educação
Professor Orientador Carlos Eduardo da Costa Schneider
Instituição de Ensino
UTFPR
Superior
Relação Interdisciplinar
Este estudo se reporta a prática da ginástica e a cultura
Resumo:
corporal como meio de aprimorar as habilidades corporais e
legitimar os objetivos da Educação Física, em especial, o
desenvolvimento das habilidades sociais articulados com os
conhecimentos escolares. Para tal, na escola, a Educação
Física é uma das disciplinas que tem a característica de
proporcionar as diferentes possibilidades de movimento
corporal e, assim, constitui a área de conhecimento que tem
como objeto de estudo o movimento humano. Dessa maneira,
cabe à ginástica, como conteúdo da cultura corporal e a
Educação Física, como disciplina curricular, uma área de
formação, contribuir para o desenvolvimento do pensamento
científico a partir da prática social e apontar possibilidades de
transformação tanto na cultura pedagógica da escola quanto
na sociedade em geral. Para tanto, pretende-se que o
conteúdo: ginástica, seja desenvolvido de maneira lúdica,
reflexiva e contextualizado, onde o saber produzido venha a
interferir no processo educativo de modo que garanta ao aluno
uma aprendizagem transformadora.
Palavras-chave Ginástica; Ginástica Geral; Cultura Corporal; Lúdico.
Formato do Material
Unidade Didática
Didático
Público Alvo Alunos do 6º ano
Secretaria de Estado da Educação – SEED
Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE 2012

Unidade didática
A importância do lúdico na prática da
Ginástica Geral e os benefícios para os alunos na
fase de pré-adolescência e adolescência
Luzia Aparecida Ferro

2012
Caro Amigo leitor
Caro Amigo Leitor:

Este material didático pedagógico “Caderno Pedagógico – Ginástica Geral”


como fator motivador para a prática da ginástica nas aulas de Educação Física foi
desenvolvido como parte integrante do PDE - Programa de Desenvolvimento
Educacional / 2012.
Tem a intenção de desenvolver a ginástica, como conteúdo estruturante, e
trabalhar em seus diferentes estilos de forma lúdica e sistematizada nas aulas de
Educação Física, possibilitando aos alunos a apropriação do conhecimento para
que venham a ter uma aprendizagem transformadora.
Serão desenvolvidos exercícios de coordenação motora, lateralidade,
organização espaço temporal e equilíbrio, pois são fundamentais para a prática
da ginástica, os alunos contemplarão os subsídios teórico-práticos necessários à
compreensão da temática.
O Caderno Pedagógico é composto por seis unidades assim distribuídas:
1- Breve histórico e evolução da ginástica;
2- Vivências e exploração da ginástica geral de maneira lúdica, individual
e em grupo;
3- Compreender a relação da ginástica com a saúde física e mental;
4- Reflexões sobre as formas básicas de movimentos: andar, saltar,
correr, equilibrar e como estão relacionadas na vida diária;
5- Trabalhar formas básicas de movimentos e acrobacias de solo;
6- Realização de um festival para apresentação da ginástica;
Este material será utilizado como suporte didático para aplicação do projeto
de intervenção com o título: “A importância do lúdico na prática da ginástica geral
e os benefícios para os alunos na fase de pré- adolescência e adolescência”; o
qual será aplicado no Colégio Estadual Professor Paulo Freire no município de
Pinhais / PR, no ano letivo de 2013.

Luzia Aparecida Ferro


Professor PDE 2012
GINÁSTICA GERAL
lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/ginastica/ginastica-geral.php

Você sabe o quê estas


pessoas estão fazendo?

Quais são os tipos de


ginástica que você conhece?

De onde vêm as
ginásticas que conhecemos?

Estas e outras questões serão desenvolvidas no decorrer deste estudo:


GINÁSTnESTCA GERAL
APRESENTAÇÃO

Como Coordenadora técnica pedagógica da disciplina de Educação Física, do


Núcleo Regional da Educação da Área Metropolitana Norte e do Núcleo Regional da
Educação de Curitiba, a autora constatou por observação empírica que as aulas de
Educação Física são na maioria das vezes desprovidas de contextualização, com
base excessiva em uma prática pedagógica com ênfase nos esportes coletivos, neste
contexto a prática da ginástica se secundariza.
Na escola, a Educação Física é uma das disciplinas que proporciona as
diferentes possibilidades de movimento, é a área de conhecimento que tem como
objeto de estudo o movimento humano.
Considerando que o conhecimento de que trata a Educação Física é o
conhecimento da cultura corporal, o estudo deve apreender a gênese, o
desenvolvimento e as necessidades estabelecidas historicamente, ampliando as
possibilidades de compreensão, explicação e intervenção dos sujeitos na realidade
contraditória e complexa. Portanto, a ginástica é reconhecida, junto com os jogos, as
brincadeiras, os esportes, as lutas, as danças e outras manifestações culturais como
elementos construtivos da cultura corporal, os mesmos aparecem como conteúdos
estruturantes das Diretrizes Curriculares Estaduais – DCE / PR, da disciplina de
Educação Física, este documento nos diz que “... a ginástica deve dar condições ao
aluno de reconhecer as possibilidades de seu corpo sem que esteja atrelado a uma
prática meramente competitiva, com movimentos obrigatórios presos a uma técnica
dos exercícios repetitivos.” (DCE, 2008, p. 67).
Dessa maneira, cabe à ginástica, como conteúdo da cultura corporal e a
Educação Física, como disciplina curricular, uma área de formação, contribuir para o
desenvolvimento do pensamento científico a partir da prática social e apontar
possibilidades de transformação tanto na cultura pedagógica da escola quanto na
sociedade em geral.
Para tanto, pretende-se que o conteúdo de ginástica seja desenvolvido de
maneira lúdica, reflexiva e contextualizado, onde o saber produzido venha a interferir
no processo educativo de modo que garanta ao aluno uma aprendizagem
transformadora.
GINÁSTICA: um pouco de história

Ao iniciar um estudo sobre a Ginástica Geral, se faz necessário percorrer


sua trajetória, para que seja possível entendê-la como um fenômeno inserido num
determinado contexto histórico. A Ginástica Geral é um resgate da Ginástica do
passado, quando as pessoas a praticavam por prazer, por alegria, sem se
preocuparem com recordes ou desempenho perfeito.
Ilustração II Segundo Carmen Lúcia
Soares (2001), a ginástica desde
suas origens tem sido entendida
como a arte de exercitar o corpo
nu, englobando atividades como
corridas, saltos, lançamentos e
lutas, tem evoluído para formas
esportivas claramente
influenciadas pelas diferentes
Fonte: everaldoeventos.spaceblog.com.br
culturas.
As raízes da Ginástica Geral encontram-se na Europa, mais precisamente
no século XIX, com o Movimento Ginástico Europeu, principalmente na
Alemanha, Suécia, Dinamarca e França, que juntamente com o esporte na
Inglaterra, formaram as bases da Educação Física que ainda vigoram no mundo.
A partir dos séculos XVIII e XIX com o surgimento do movimento ginástico
europeu, a ginástica começou a ser sistematizada e houve uma troca de valores e
sentido no que dizia respeito a seu significado e sentido ao longo do tempo. Isso
ocorreu porque começou a se pensar numa “ginástica científica” no sentido de
educar o corpo, adestrá-lo, onde com o avanço das ciências principalmente
físicas e biológicas, “intensificaram-se e permitiram vislumbrar as possibilidades
da ginástica para uma ‘educação do movimento’, para uma ‘educação do corpo’”.
(AYOUB, 2004, p.32). Os gestos e manifestações livres da ginástica e dos artistas
circenses perderam espaço para a formação de um corpo civilizado, educado.
Soares (2001), diz que os métodos ginásticos chegaram ao Brasil no final
do século XIX e início do XX. Os princípios destes métodos foram aceitos no país
que na época necessitava de saúde, fortalecimento da raça e unificação pátria,
por meio do fortalecimento dos corpos brasileiros. Inicialmente foram aplicados no
exército. Posteriormente, ganharam força, passando a adentrar o espaço escolar
que passou a ensinar ginásticas nas escolas.
A prática da ginástica é necessária na medida em que a tradição
histórica do mundo ginástico é uma oferta de ações com significado
cultural para os praticantes, onde as novas formas de exercitação em
confronto com as tradicionais possibilitam uma prática corporal que
permite aos alunos darem sentido às suas exercitações ginásticas
(COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 77).

No exercício da ginástica encontra-se um potencial de transformação e


crítica que possibilita novos olhares, com o alargamento de horizontes mediante
diferentes linhas de pensamento. Assim sendo, a ginástica vem ganhando espaço
sendo entendida como uma manifestação corporal, como uma forma particular de
exercitação onde, por meio de aparelhos ou não é possível trabalhar atividades
diferenciadas e lúdicas que promovem experiências corporais bastante
enriquecedoras da cultura corporal dos adolescentes e do homem em geral. A
ginástica consiste em uma atividade corporal completa, contribuindo para o
desenvolvimento humano em sua dimensão motora, cognitiva, social e afetiva.

A Ginástica Geral na escola


O conceito estabelecido pela Federação Internacional de Ginástica define
a Ginástica Geral como a parte da ginástica que está orientada para o lazer, que
oferece um programa de exercícios com características especiais, adequadas
para todas as idades. Desses exercícios, as pessoas participam principalmente
pelo prazer que sua prática proporciona, a qual: desenvolve a saúde, a condição
física e a interação social, contribuindo também para o bem estar físico e
psicológico; possui caráter social e cultural; e proporciona experiências de
movimentos expressivos com caráter estético para participantes e espectadores,
respeitando as características, interesses e tradições de cada povo, expressados
por meio da variedade e beleza do movimento corporal.
A partir dessa definição , verifica-se o vasto campo de atividades que a
Ginástica Geral compreende, são elas: ginástica, dança, exercícios com e sem
aparelhos e jogos, com fins recreativos e participativos.
A Ginástica Geral também desenvolve a saúde, a condição física e a
integração social. Além disso, contribui para o bem-estar físico e psíquico, sendo
um fator cultural e social.

Imagem III

Fonte: adripead.pbworks.com

Pode-se dizer que a Ginástica Geral é uma atividade corporal completa,


pois contribui para o desenvolvimento humano nos aspectos motor, cognitivo,
social e afetivo. E suas capacidades requisitadas, que são: flexibilidade, equilíbrio,
força e agilidade, servem de base para a prática de outros esportes e atividades.
A Ginástica Geral deve ser entendida como uma manifestação da cultura
corporal que reúne as diferentes interpretações da ginástica, integrando-as às
demais formas de expressão corporal, de maneira livre e criativa. É uma atividade
esportiva não competitiva, que oportuniza a prática da ginástica para qualquer
pessoa, independente da idade, sexo, condição física ou técnica, necessita do
princípio da ludicidade, priorizando a recriação da ginástica enquanto exercitação
do fazer corporal e de sua expressão enquanto atividade gímnica.
As Diretrizes Curriculares Estaduais – DCE / PR, (2008) elenca que a
ginástica e suas modernas variações sejam desmitificadas, no sentido de atender
às demandas da realidade escolar. Nessa concepção de ensino e aprendizagem
em Educação Física escolar, o professor da área pode organizar a aula de forma
que os alunos se movimentem, descubram e reconheçam as possibilidades e
limites do próprio corpo. Trata-se, portanto, de um processo pedagógico capaz de
propiciar a interação, o conhecimento, a partilha de experiências e a reflexão,
numa visão crítica que implique diversas possibilidades de significação e
representação. Dessa maneira, ao desenvolver as práticas corporais da ginástica,
podem levantar questões importantes:

Dentre elas, a crítica à lógica do sacrifício e do sofrimento – não somente


físico -; o excesso de exercícios que aumentam o risco de lesões graves
e a possível degradação do corpo; o uso de meios artificiais, como
anabolizantes, os quais aceleram a almejada performance corporal,
devendo-se discutir com os alunos os danos que o uso dessas
substâncias causa no organismo. (PARANÁ, 2008, p. 56).

Na escola podem ser inseridas atividades, onde os alunos aprendem a


respeitar os seus limites e dos colegas, trabalhar em equipe, cooperar, usando a
criatividade, através da ludicidade, ou seja, do prazer, onde o mais importante é
participar sem se preocupar em ganhar ou perder. A Ginástica Geral tem essa
finalidade: todos podem e a devem praticar.

O lúdico e a Ginástica Geral

Uma das características mais importantes da vida e do movimento


humano, em particular, é o aspecto lúdico, Johan Huizinga (2000) identifica o
lúdico em diferentes esferas da vida social, considerando-o, fundamentalmente,
como jogo, uma atividade livre, não séria, mas absorvente para o jogador,
desligada de interesses materiais e praticada de acordo com regras de ordem,
tempo e espaço e cuja essência repousa no divertimento. Segundo o autor
referenciado acima, o lúdico transcende as necessidades imediatas da vida
social, possuindo um significado em si mesmo, na medida em que constitui uma
realidade autônoma; tem como essência o ousar, correr riscos, suportar a tensão
e a incerteza.
O lúdico, portanto, é parte integrante da vida em geral, é associado a
diferentes manifestações como jogos, brincadeiras, cujas particularidades como
espontaneidade, criatividade, imaginação, prazer, alegria e divertimento, bem
como à dimensão do corpo, do movimento e das atividades corporais é de
fundamental importância para a Educação Física escolar.
O lúdico envolve o corpo e seus movimentos, é uma atividade
particularmente poderosa para estimular a vida social e construtiva dos
indivíduos. O brincar possibilita uma amplitude dos movimentos que fazem o
aluno ter uma maior atenção no momento de executá-los, para Adriane Ferreira
da Costa o:
Brincar faz parte do ser humano, o riso e a diversão podem melhorar o
emocional do individuo. É com a brincadeira, que o individuo de qualquer
idade deixa fluir seus sentimentos e liberta sua ansiedade. Na medida
em que envelhecemos perdemos a espontaneidade. Então não se pode
perder a criatividade enquanto se passa da infância para a pré-
adolescência, pois se precisa dessa condição para vida inteira. Brincar é
universal, qualquer individuo pode usufruir desse momento. (COSTA,
2010, p.1)

Imagem IV

Fonte: profanandaschultz.blogspot.com

O lúdico é uma das atividades mais eficazes de envolver o aluno em suas


atividades, permite um desenvolvimento global do educando e uma visão de
mundo mais real, é uma forma de trabalhar, refletir e descobrir o mundo que o
cerca, é muito importante aprender com alegria, com vontade, a educação lúdica
contribui para a melhoria do ensino, na formação do educando, seja para redefinir
valores ou para melhorar o relacionamento das pessoas na sociedade. Por meio
das descobertas e da criatividade, o educando pode se expressar, analisar,
criticar e transformar a realidade.
Raquel Conte Poletto destaca que “o lúdico é um instrumento que permite
a inserção da criança na cultura e através do qual se pode permear suas
vivências internas com a realidade externa. É um facilitador para a interação com
o meio, embora seja muito pouco explorado.” (POLETTO, 2005).
Dentre as formas de abordagem no processo de aprendizagem da
Educação Física têm os jogos, esportes, lutas, ginástica e dança. Então esses
conteúdos devem ser trabalhados de forma lúdica no ensino-aprendizagem.
Dessa maneira, a Ginástica como conteúdo da Educação Física escolar,
tem na Ginástica Geral a contribuição para uma cultura de movimento próprio da
área, amplia os referenciais estéticos e artísticos por meio de uma linguagem
corporal específica, através da vivência e exploração das inúmeras possibilidades
de movimentos, não tem finalidade competitiva e sim demonstrativa, não têm
regras rígidas preestabelecidas, tem grande amplitude e diversidade de
movimentos, não determina limites, possibilitando dessa maneira o
desenvolvimento da prática da Ginástica com prazer e criatividade, pois “a
ludicidade, a liberdade de expressão e a criatividade são pontos marcantes na
Ginástica Geral”. (PAOLIELLO, 2008, p.47)
A Ginástica Geral tem o intuito de promover o lazer, a alegria, interação
entre as pessoas, movimentar-se tendo prazer ao mesmo tempo, proporcionando
bem estar físico e mental.
Atividades

ATIVIDADE 01 – Conceituando a ginástica

CONTEÚDO:
Ginástica: Ginástica Geral

OBJETIVOS:
 Reconhecer os diferentes tipos de ginástica
 Ampliar o conceito de ginástica
 Reconhecer a presença da ginástica na vida dos alunos;

RECURSOS:
Espaço – quadra poliesportiva, laboratório de informática, sala de
aula;
Materiais - colchonetes, computador, jornais e/ou revistas.

TEMPO PREVISTO:
02 aulas/encontros;

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:
Trabalho em equipe de 03 a 04 alunos;
Imagem V

TAREFA 01

Fonte: blogdosvelhinhos.com.br

Perguntar à turma: O que vocês entendem por "Ginástica"?


Posteriormente às respostas, o professor deverá explanar um conceito
amplo de ginástica (exercícios físicos), utilizando como base o texto abaixo (que
pode ser lido integralmente ou adaptado oralmente para a turma, pelo professor,
sendo que, para tal, este deverá analisar o texto previamente).
Texto base (extraído de http://pt.wikipedia.org/wiki/Ginástica) (acesso em
12/10/2012)

“A ginástica é um conceito que engloba modalidades competitivas e não competitivas e envolve a


prática de uma série de movimentos exigentes de força, flexibilidade e coordenação motora para
fins únicos de aperfeiçoamento físico e mental. Desenvolveu-se, efetivamente, a partir dos
exercícios físicos realizados pelos soldados da Grécia antiga, incluindo habilidades para montar e
desmontar um cavalo e habilidades semelhantes às executadas em um circo, como fazem os
chamados acrobatas. Naquela época, os ginastas praticavam os exercícios nus (gymnos – do
grego, nu) nos chamados gymnasios, patronados pelo deus Apolo. A prática só voltou a ser
retomada - com ênfase desportiva e militar - no final do século XVIII, na Europa, a partir de Jean
Jacques Rousseau, do nascimento da escola alemã de Friedrich Ludwig Jahn - de movimentos
lentos, ritmados, de flexibilidade e de força - e da escola suíça de Pehr Henrik Ling, que introduziu
a melhoria dos aparelhos na prática do esporte. Tais avanços geraram a chamada ginástica
moderna, agora subdividida. Anos mais tarde a Federação Internacional de Ginástica foi fundada
para regulamentar, sistematizar e organizar todas as suas ramificações. Já as práticas não
competitivas popularizaram-se e difundiram-se pelo mundo de diferentes formas e com diversas
finalidades e praticantes”
Imagem VI

TAREFA 02

Fonte: portaldoprofessor.mec.gov.br

Questionar os alunos: A ginástica está presente na vida de vocês? De que


forma? Listar coletivamente as atividades relacionadas pela turma na resposta da
pergunta anterior e realizar algumas delas, que deverão ser direcionadas por
cada aluno que deu sua sugestão.

Imagem VII

TAREFA 03

Fonte: englishexercises.org

Levar os alunos no laboratório de informática (caso a escola não


disponibilize, utilizar jornais, revistas e/ou conteúdo retirado da internet) para que
pesquisem quais os tipos de ginástica mais praticados na sociedade brasileira (os
que aparecem nos citados meios de comunicação).
Propor a turma que monte um painel, para ser exposto na escola, com
textos e fotos a respeito da ginástica, em que o tema central seja o conceito de
ginástica: Ginástica é... Destacar também as formas mais praticadas pela
sociedade brasileira.
Sugestões de sites de apoio:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gin%C3%A1stica
http://www.copacabanarunners.net/ginastica-2.html
http://www.ginasticas.com/

ATIVIDADE 02 – Explorando a ginástica geral –


Ginástica para todos

CONTEÚDO:
Ginástica: Ginástica Geral

OBJETIVOS:
 Vivenciar a prática da ginástica a partir dos princípios da
ginástica artística, ginástica rítmica, ginástica circence,
ginástica acrobática;
 Identificar os elementos gímnicos; saltar, equilibrar, balançar,
girar, rolar;
 Explorar os mais variados materiais tradicionais ou não
tradicionais (bastão, cordas, jornais).

RECURSOS:
 Espaço – quadra poliesportiva, sala de aula;
 Materiais - colchonetes, jornais e/ou revistas, bastões, cordas.

TEMPO PREVISTO:
07 aulas / encontro;
Propor aos alunos a experimentação de algumas atividades que solicite as
habilidades motoras que já possuem e proporcionar novas práticas corporais,
importantes para os praticantes de ginástica.

Imagem VIII

TAREFA 01

Fonte: agitozone.blogspot.com
Atividades com bastão

a) Os alunos devem estar espalhados pela quadra dispondo de um bastão, e


explorar movimentos com os mesmos, como:
 Girar o bastão nas mãos, ao redor do corpo;
 Equilibrar em uma das mãos, na outra, em diferentes partes do
corpo;
 Lançar para o alto e segurar, lançar com uma das mãos e pegar com
a outra;
 Equilibrar o bastão no chão, fazer um giro e segurar o bastão;
b) Os alunos devem fazer um grande círculo e equilibrar o bastão à frente, ao
comando trocar de lugar com o colega do lado direito, sucessivamente,
inverter o lado (para a esquerda);
c) Os alunos devem fazer duas fileiras, dispostas uma de cada lado da
quadra na posição sentada, cada um recebe uma numeração em sentido
inverso para cada fileira. Colocar uma bola murcha e dois bastões no
centro da quadra, ao comando, os pares devem levantar pegar um bastão
e empurrar a bola até a linha final da quadra, marcando o ponto para sua
equipe (fileira).
Imagem IX

TAREFA 02

Fonte: ideiasdavovomaria.blogspot.com
Atividades com cordas

Os alunos devem estar espalhados pela quadra e explorar movimentos


com a mesma, como:
a) Cordas individuais:
 Girar a corda na lateral do corpo, acima do corpo;
 Pular corda, girando de diferentes maneiras (para frente, trás,
individual, em duplas);
 Lançar para o alto e segurar, lançar com uma das mãos e pegar com
a outra;
Pular corda em duplas;
b) Cordas longas:
 O Professor mexe a corda em ondas e os alunos devem pular sem
encostar-se à mesma;
 Relógio: o professor gira a corda e os alunos dispostos em circulo
devem pular quando a mesma passar por ele;
 Passa zero: dois alunos batem a corda e os demais passam por ela
sem pular;
 Na sequencia, pular uma vez, duas vezes e assim sucessivamente;
 Pular corda com as canções regionais;
b) Cordas longas e bolas:
 Os alunos formam grupos de quatro ou cinco alunos, dois alunos
devem bater a corda, outro aluno pula e lança a bola para o alto e
pega a bola ao mesmo tempo;
 Pular a corda e lançar a bola para os alunos que estão fora da
corda;
 Pular várias cordas que são batidas simultaneamente.

Imagem X

TAREFA 03

Atividades no solo Fonte: essb.pt

a) Aviões (movimentos de equilíbrio em uma perna):


De frente, apoiando em um dos pés, elevar a outra perna estendida para trás
abaixando o tronco simultaneamente até os ombros e a perna elevada chegarem,
gradativamente, à horizontal. Os braços deverão estar estendidos em situação
ligeiramente obliqua para cima em relação ao tronco.

b) Vela: Em decúbito dorsal elevar as pernas e o quadril, mantendo o corpo numa


posição de equilíbrio invertido a princípio com os joelhos próximos ao peito e
depois com o corpo ereto, apoiado apenas na nuca e nos braços, com as mãos
no solo ou ajudando a manter o quadril elevado.

c) Rolamento: para frente e rolamento para trás.


Imagem XI
Fonte: lucia-desporto.blogspot.com

d) Ponte: na parede, com ajuda do colega (por cima do braço, em trios).

e) Parada de mãos de três apoios:


Posição ajoelhada, pedir para os alunos apoiarem as mãos no solo e o terço
anterior da cabeça no colchão formando o desenho aproximado de um triângulo
equilátero. Tentar equilibrar-se apoiando os joelhos nos cotovelos (elefantinho).
Com ajuda de um companheiro, procurar estender as pernas e ficar em três
apoios. Finalmente, após muitos movimentos com a ajuda dos colegas, sugira
que as ajudas diminuam até que cada aluno consiga fazer o movimento sozinho.
Outra sugestão que facilita a execução é o apoio das pernas na parede, sem a
necessidade de ajuda para manter o equilíbrio do corpo. Finalmente, peça para
que os alunos tentem executar a parada de três apoios sem auxílio.

f) Parada de dois apoios:


Pedir que os alunos apoiem as mãos no chão e façam um movimento de tesoura
apoiá-las na parede. Com auxílio dos colegas tentar fazer a parada em dois
apoios e finalmente sem a ajuda dos colegas tentar realizá-la sozinhos.

g) Roda (Estrela)
Imagem XII

Fonte: correrparaummortalfazer.blogspot.com
Imagem XIII

TAREFA 04

Atividades com balangandã

Fonte: flickr.com

Como fazer um balangandã:

1- Dobre uma folha dupla de jornal ao meio no sentido do comprimento, dobre


novamente, e novamente (03 vezes).
2- Cole com fita crepe 04 tiras compridas de papel crepom, uma de cada cor,
de preferência.
3- Dobre mais uma vez, formando uma tira de jornal. (prendendo as tiras de
crepom).
4- Enrole a tira, como um rocambole.
5- Amarre com barbante o rolinho que se formou, dê dois nós firmes. Corte o
excesso de um lado e deixe o barbante sobrando de outro, para que o aluno
possa segurar.

Adaptado: http://mariaterezamarcal.blogspot.com.br/2011/03/como-fazer-um-
balanganda.html acessado em: 01 de dez.de 2012.

Depois de feito o balangandã:


Explorar junto com os alunos diferentes movimentos possíveis com o balangandã.
ATIVIDADE 03 – Múltiplas possibilidades de pular
corda: entre a rua, o circo e o esporte

CONTEÚDO:
Ginástica: Ginástica Geral

OBJETIVOS:
 Vivenciar as diferentes utilizações da, na ginástica rítmica, no
circo e nas brincadeiras.
 Explorar a habilidade de saltar em diferentes contextos.
 Criar uma sequencia de movimentos com as cordas.
 Criar um número de circo utilizando o elemento corda.

RECURSOS:
 Espaço – quadra poliesportiva, sala de aula;
 Materiais - cordas.

TEMPO PREVISTO:
05 aulas / encontro;
Imagem XIV

TAREFA 01

Fonte:centopeiacultural.blogspot.com

O professor deverá iniciar uma conversa com seus alunos a respeito das
múltiplas possibilidades do pular corda. O professor deverá esclarecer que irão
conhecer e vivenciar a corda em três contextos muito distintos: na rua (Jogos e
brincadeiras), no esporte (Ginástica Rítmica) e no Circo. Feito isso, ele passa
para seus alunos os vídeos abaixo:

Crianças pulando corda:


http://www.youtube.com/watch?v=N_W2CGgzetE&feature=related Acesso em: 01
de dez. de 2012.

Grupo Pé de Mola / Rope Skipping 26/11/2011


http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=QlFhK0yriuI Acesso
em: 01 de dez. de 2012.

Apresentação de Ginástica Rítmica com aparelho corda:


http://www.youtube.com/watch?v=4xxLFYsTv-Y Acesso em: 03 de dez. de 2012.

Cena com corda do espetáculo do Cirque Du Soleil:

Sugestões de sites
Skipping Ropes, Quidam, Cirque DU Soleil
http://www.youtube.com/watch?v=tsKNF_Cmmds Acesso em 03 de dez. de 2012.
Michigan Special Event Cirque Du Soleil
http://www.youtube.com/watch?v=gKfYy-6c3_M&feature=fvwrel Acesso em 03 de
dez. de 2012.

Skiping Rope mpg


http://www.youtube.com/watch?v=jYUck8tJJ74 Acesso em 03 de dez. de 2012.

O professor deverá perguntar se os alunos conseguem identificar os


ambientes em que a corda esta sendo utilizada? Qual parece ser mais divertido?
Onde os movimentos parecem ser mais difíceis de serem executados? Existe
alguma diferença entre o número de participantes em cada lugar? Qual é mais
bonito de se ver? As cordas utilizadas são diferentes?

Imagem XV

TAREFA 02

Fonte: florqdiz.com.br

Nos próximos encontros o professor organizará junto com seus alunos um


festival de ginástica, com os movimentos realizados no decorrer das aulas
anteriores, para ser apresentado para os demais membros do colégio.
Referências Bibliográficas

AYOUB, Eliana. Ginástica geral e educação física escolar. Campinas: Ed.


Unicamp, 2004.

BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura corporal da ginástica. São Paulo:


Ícone, 2002.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São


Paulo: Cortez, 1994.

COSTA, Adriane Ferreira da. Intervenção da educação física utilizando o


lúdico no processo de formação escolar de 5ª série: uma reflexão no processo
educacional. Revista Eletrônica de Educação Física. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141373722005000100009&lng=pt
&nrm=iso. Acesso em: 20 de abr. de 2012.
HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 4ª ed. São
Paulo: Perspectiva, 2000.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais


para os anos os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio
da disciplina de Educação Física. Curitiba: SEED/PR, 2008.
PAOLIELLO, Elizabeth. Ginástica geral: experiências e reflexões. São Paulo:
Phorte, 2008.

POLETTO, Raquel Conte. A ludicidade da criança e sua relação com o


contexto familiar. Psicologia em Estudo. Universidade Estadual de Maringá.
V.10, n.1 Maringá jan./abr. 2005. Disponível em:
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