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IMUNOLOGIA

IMUNIDADE ADAPTATIVA
Anelise Oliveira de Morais

A imunidade adquirida ou adaptativa é estimulada pela exposição a agentes infecciosos e


aumentam em magnitude e capacidade defensiva em cada exposição subsequente a um microrganismo
particular, ou seja, ela aumenta sua intensidade de resposta frente à infecções secundárias. O sistema
imune adaptativo reconhece e reage a um grande número de substâncias microbianas e não microbianas.
As características que definem a imunidade adaptativa são a habilidade de distinguir entre diferentes
substâncias, chamada especificidade, e a habilidade de responder mais vigorosamente a exposições
repetidas ao mesmo microrganismo, conhecida como memória.

A definição moderna de antígenos inclui substâncias que se ligam a receptores específicos em linfócitos,
quer estimulem ou não respostas imunes. Substâncias que estimulam as respostas imunes são
denominadas imunógenos, mas o termo antígeno frequentemente é usado de forma similar ao de
imunógeno.

 LINFÓCITOS

São as principais células do sistema imune adaptativo e as únicas células que têm receptores
específicos para antígenos. Se dividem em linfócitos T e em linfócito B. O linfócito T se divide em linfócito
T CD4, também chamado de linfócito T auxiliar ou T helper, sendo responsáveis pela imunidade celular; e
linfócito T CD8, também chamado de linfócito citotóxico. O linfócito B, por sua vez, se diferenciam em
plasmócitos secretores de anticorpos, funcionando, assim, como mediadores da imunidade humoral. Esses
receptores específicos para antígenos são morfologicamente semelhantes, porém eles terão linhagens e
funções diferentes justamente por existir distintos subtipos de linfócitos.

Além disso, os linfócitos vão ter um fenótipo diferenciado. A expressão de várias proteínas na
membrana é usada para distinguir populações distintas de linfócitos. Estas e muitas outras proteínas de
superfície frequentemente são chamadas de marcadores, porque elas identificam e discriminam entre
diferentes populações celulares.

LINFÓCITO B – ANTICORPO; LINFÓCITO T CD4 – A PROTEÍNA CD4; LINFÓCITO T CD8 – A PROTEÍNA CD8.

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O anticorpo é encontrado sob duas maneiras no organismo: como uma proteína transmembrana e
na forma secretada.

O linfócito B com seu receptor específico de antígeno (BCR) é capaz de reconhecer diretamente o
antígeno, ele reconhece tanto antígenos solúveis quanto antígenos na superfície de microorganismos e
outras células, ou seja, ele consegue reconhecer esse antígeno na sua forma nativa.

Já no linfócito T a gente vai ter o TCR (receptor de célula T). No TCR vai ser diferente porque ele não
reconhece o antígeno solúvel, ele vai reconhecer fragmentos de peptídeos de antígenos associados a
uma molécula chamada MHC, expressas nas superfícies de outras células. Como resultado, essas células T
reconhecem e respondem aos antígenos associados à superfície celular, mas não aos antígenos solúveis.

MACETE: LINFÓCITO T DE “TÍMIDO”  PRECISA DE APRESENTAÇÃO!

 LINFÓCITO T CD4

Sua principal função é secretar citocinas, então o linfócito T CD4 vai estar, na verdade, mandando nas
outras células o que elas vão fazer. O LTCD4 vai precisar da célula apresentadora de antígeno com MHC +
peptídeo na sua superfície pra fazer a apresentação do antígeno, quando esse linfócito reconhece esse
complexo, ele se torna ativo. O que ele começa a fazer? Secretar citocinas e essas citocinas vão atuar nas
minhas outras células tais como: vão ativar fagócitos para que eles tenham uma atividade microbicida
mais efetiva; ela vai ativar uma resposta inflamatória através da produção de citocinas pró-inflamatórias;
e, também, atua no linfócito B, auxiliando na coordenação da produção de anticorpo pelos plasmócitos.

 LINFÓCITO T CD8

Lisa diretamente célula infectada por vírus e outros microorganismos intracelulares. Possuem
grânulos citoplasmáticos cheios de enzimas (perforinas e granzimas) que, quando liberadas, matam as
células infectadas.

 LINFÓCITOS T REGULATÓRIOS

Funcionam, principalmente, para inibir as respostas imunes, fazendo com que os linfócitos que estão
proliferando não se proliferem demais e acabem gerando uma patologia.

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 IMUNIDADE HUMORAL

A imunidade humoral é mediada por moléculas no sangue e secreções mucosas, denominadas


anticorpos, que são produzidos pelos plasmócitos (células diferenciadas dos linfócitos B), consistindo no
principal mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares e suas toxinas.

Há 5 isotipos de anticorpo: IgG, IgM, IgE, IgA e IgD. A produção destas classes de anticorpos com
diferentes funções é denominada troca de classe. O processo necessita da ação justamente das citocinas
secretadas pelo linfócito TCD4. Além disso, os LTCD4 também estimulam a produção de anticorpos com
afinidade aumentada para o antígeno. Este processo, chamado de maturação de afinidade, melhora a
qualidade da resposta imune humoral.

Qualquer superfície de uma molécula que possa ser reconhecida por um anticorpo constitui um
determinante antigênico ou epítopo, ou seja, está associado ao antígeno. Já quando o anticorpo se liga,
essa região de ligação que ele tem é chamada de parátopo.

MACETE: epÍtopo  antÍgeno

 FUNÇÕES EFETORAS DOS ANTICORPOS


 Neutralização
 Opsonização
 Citotoxidade celular dependente de anticorpo.
 Ativação do sistema de complemento  geração de mediadores inflamatórios; promoção da
opsonização, favorecendo a fagocitose; e lise de microorganismo na formação de um complexo de ataque
à membrana (MAC).
 Alguns anticorpos atendem a papeis especiais em locais anatômicos em particular. A IgA é
secretada pelo epitélio da mucosa e neutraliza microrganismos nos lumens dos tecidos mucosos, tais como
os tratos respiratório e gastrintestinal, para fornecer defesa contra microorganismos ingeridos e inalados.
Já a IgG materna é ativamente transportada através da placenta e protege o feto até que o seu sistema
imune e do futuro recém nascido se torne maduro.

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SELEÇÃO CLONAL

ATIVAÇÃO DO LINFÓCITO

PROLIFERAÇÃO / EXPANSÃO CLONAL

DIFERENCIAÇÃO (CÉLULA DE MEMÓRIA E CÉLULA EFETORA)

 IMUNIDADE CELULAR

A imunidade mediada por célula é mediada pelos linfócitos T, no qual a gente vai ter a ação do
Linfócito T Helper (CD4), através da secreção de citocinas, e o Linfócito Citotóxico (CD8), através da morte
direta da célula alvo. É feita a defesa contra infecções por microorganismo intracelulares.

A imunidade humoral pode ser transferida de um animal para o outro através do soro (anticorpos),
já na imunidade celular é necessário transferir a célula, ou o linfócito TCD4 ou o TCD8.

IMUNIDADE ATIVA  forma de imunidade que é induzida pela exposição a um antígeno estranho,
tem esse nome porque o indivíduo imunizado tem papel ativo na resposta ao antígeno.

IMUNIDADE PASSIVA  conferida a um indivíduo pela transferência de soro ou linfócitos de um


indivíduo especificamente imunizado. O recebedor de tal transferência se torna imune a um antígeno
particular sem nunca ter sido exposto ou ter respondido àquele antígeno. A imunidade passiva é um
método útil para conferir rapidamente resistência, sem ter que esperar pelo desenvolvimento de uma
resposta imune. Exemplo: transferência de anticorpos maternos através da placenta para o feto.

Após as células efetoras agirem de forma a eliminar o antígeno, elas sofrem apoptose, sobrando
apenas células de memórias, a fim de manter a homeostasia do meu organismo  PROPRIEDADE DE
AUTOLIMITAÇÃO!

Uma das propriedades mais marcantes do sistema imune de todos os indivíduos normais é sua
habilidade em reconhecer, responder e eliminar muitos antígenos estranhos (não próprios) enquanto não
reagem negativamente às suas próprias substâncias antigênicas. A tolerância aos próprios antígenos, ou
autotolerância, é mantida por vários mecanismos. Ela é vital para a prevenção de reações prejudiciais
contra as próprias células e tecidos, o que pode resultar em distúrbios denominados doenças autoimunes
 PROPRIEDADE DA NÃO REATIVIDADE AO PRÓPRIO.
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