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MANUAL

DE
INSTALAÇÃO DE LOJAS
Índice

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 4

2. CONTRATO DE UTILIZAÇÃO
2.1 OBRAS A CARGO DO CENTRO GAIASHOPPING 5
2.2 OBRAS A CARGO DO LOJISTA 5

3. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
3.1 DEFINIÇÕES 6
3.2 OBRAS EM LOJAS 6
3.3 TRABALHOS DE MANUTENÇÃO 7

4. PROJECTOS – INSTALAÇÕES TÉCNICAS


4.1 APRESENTAÇÃO DE PROJECTOS 9
4.2 REQUISITOS GERAIS DE PROJECTO 11
4.3 ARQUITECTURA 12
4.4 ESTRUTURAS 16
4.5 INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS 16
4.6 INSTALAÇÕES TELECOMUNICAÇÕES 19
4.7 INSTALAÇÕES AVAC 20
4.8 INSTALAÇÕES DE SEGURANÇA 24
4.9 INSTALAÇÕES DE ÁGUAS E ESGOTOS 28
4.10 INSTALAÇÕES DE GÁS 29
4.11 COMPORTAMENTO ACÚSTICO 31
4.12 REQUISITOS ESPECÍFICOS DA RESTAURAÇÃO 31
4.13 INSTALAÇÕES DE SEGURANÇA CONTRA INTRUSÃO 32

5. EXECUÇÃO DE OBRAS E MANUTENÇÃO NAS LOJAS


5.1 RESPONSABILIDADES 34
5.2 INÍCIO DE OBRAS 34
5.3 HORÁRIO DE EXECUÇÃO 35
5.4 ACESSOS À LOJA EM PERÍODO DE OBRA 35
5.5 COMPORTAMENTO DOS TRABALHADORES DA OBRA 36
5.6 ESTALEIRO DE OBRA 36
5.7 FISCALIZAÇÃO DA OBRA 37
5.8 REABERTURA DA LOJA 37

6. NORMAS DE SEGURANÇA NOS TRABALHOS EM LOJAS


6.1 GENERALIDADES 38
6.2 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL 39
6.3 EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL 39
6.4 PREVENÇÃO DE QUEDAS EM ALTURA 39

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Índice

6.5 TRABALHOS DE SOLDADURA E CORTE 40


6.6 TRABALHOS DE ELECTRICIDADE 42
6.7 APARELHOS DE AR COMPRIMIDO 42
6.8 DISPOSITIVOS DE PROTECÇÃO 42
6.9 MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS 42
6.10 PINTURAS 43

7. GESTÃO AMBIENTAL
7.1 REQUISITOS GERAIS DOS PROJECTOS 44
7.2 ARQUITECTURA 44
7.3 MATERIAIS PROIBIDOS 44
7.4 INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS 46
7.5 INSTALAÇÕES DE AVAC 46
7.6 MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E DESENFUMAGEM 46
7.7 INSTALAÇÕES DE ÁGUA E ESGOTOS 46
7.8 INSTALAÇÕES DE GÁS 47
7.9 COMPORTAMENTO ACÚSTICO 47
7.10 REQUISITOS ESPECIAIS DA RESTUARAÇÃO 47
7.11 INSTALAÇÃO DE DEPÓSITOS DE COMBUSTÍVEIS 47
7.12 EXECUÇÃO DE OBRAS E MANUTENÇÃO DE LOJAS 47
7.13 NORMAS DE SEGURANÇA PARA A RELAIZAÇÃO DE TRABALHOS 48

8. AUDITORIAS TÉCNICAS 49

9. REGULAMENTAÇÃO APLICÁVEL 50

10. ANEXOS
ANEXO A – INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS
A.1 - Folha de Cálculo de Potência a Contratar 51
A.2 – Distribuição de Circuitos por Interruptor Diferencial 52
A.3 – Protecção e Secção de Condutores 53
ANEXO B – INSTALAÇÕES AVAC
B.1 – Coeficientes de Cálculo de Potência de Refrigeração 54
B.2 – Folha de Cálculo de Potência de Refrigeração 55
ANEXO C -SISTEMA DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS
C.1 – Diâmetro da Tubagem da Rede de Sprinkler’s 58
ANEXO D – TAPUMES E CORTINAS 59
ANEXO E – CONTACTOS IMPORTANTES 59

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1 - INTRODUÇÃO

O presente “Manual de Instalação de Lojas” foi elaborado pelo GaiaShopping de acordo com as orientações
e critérios do Proprietário.
Este Manual tem por objectivo estabelecer as condições de realização por um Lojista do GaiaShopping, de
obras de instalação, montagem e decoração de uma loja, ou outro espaço integrante do GaiaShopping, e/ou
de trabalhos de manutenção a efectuar numa Loja, ou espaço, de modo a serem cumpridos todos os
critérios definidos pelo Proprietário.
A observância das normas estabelecidas neste Manual, não dispensa o cumprimento das obrigações
estabelecidas no contrato pelo qual haja sido facultado ao lojista o direito de utilização da Loja, ou do
espaço, das estabelecidas no Regulamento de Funcionamento e Utilização do Centro Comercial, nem
dispensa o cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis.
O Lojista é o único responsável pela construção, manutenção e reparação de todas as instalações
pertencentes exclusivamente à sua Loja, de acordo com este Manual e toda Regulamentação e Legislação
aplicável, em vigor em Portugal.
Este Manual deve ser entregue aos diversos intervenientes nas instalações da Loja, de entre os quais
destacamos o (s) Arquitecto (s), o (s) Projectista (s) e o (s) Empreiteiro (s), sendo da responsabilidade do
Lojista efectuar a distribuição.
As Normas estabelecidas no presente “Manual de Instalação de Lojas” estão sujeitas a alteração, a critério
do Proprietário e/ou do GaiaShopping.
O GaiaShopping poderá emitir instruções diferentes das que resultam do presente Manual, ou
complementar às nele previstas, para fazer face a situações particulares.

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2 – CONTRATO DE UTILIZAÇÃO

As disposições do "Manual de Instalação de Lojas" fazem parte integrante do Contrato de Utilização de


Loja, pelo que todas as condições técnicas e normas administrativas incluídas têm obrigatoriamente de ser
cumpridas.
É da responsabilidade do Lojista projectar, construir, explorar e manter as instalações de acordo com o
estipulado no Contrato de Utilização da Loja e seus Anexos. Nenhuma disposição deste Manual poderá
diminuir as responsabilidades do Lojista, contidas no Contrato de Utilização de Loja.
O Lojista deverá executar todas as obras e trabalhos de manutenção dentro dos prazos e horários
estipulados no Contrato de Utilização de Loja e Anexos.
Se solicitada atempadamente, o GaiaShopping facultará toda a documentação em seu poder relativa às
características técnicas da Loja, sem que tal implique qualquer assumpção de que sejam fiéis todas as
informações dela constantes ou que as mesmas representem correctamente, com suficiência ou na sua
completude as instalações efectivamente existentes.
É da responsabilidade do Lojista verificar todas as instalações existentes no espaço da sua Loja, de modo a
evitar erros de Projecto e/ou na execução da obra, ou dos trabalhos de manutenção.
Embora as Instalações Comuns do GaiaShopping tenham sido projectadas e executadas com o intuito de
se limitar na medida do possível a ocupação de espaço das Lojas, em alguns casos existem interferências.
Não será em regra, possível atender pedidos de desvio, alteração ou remoção das Instalações Comuns
eventualmente existentes.

2.1 – OBRAS E TRABALHOS A CARGO DO GAIASHOPPING

O GaiaShopping é responsável pela manutenção e reparação das infra-estruturas comuns que servem as
Lojas, não sendo responsável por qualquer trabalho de manutenção ou reparação das instalações
pertencentes à própria Loja.
O GaiaShopping poderá determinar que alguns trabalhos a executar nas Lojas, especialmente os que
podem afectar instalações comuns do Centro, sejam realizadas por Empreiteiro por si designado, embora a
expensas do Lojista.

2.2 – OBRAS E TRABALHOS A CARGO DO LOJISTA

As Lojas, ou outras áreas, que não tenham sido objecto de utilização por um Lojista anteriormente, serão
entregues em tosco; as que tenham já sido utilizadas por outros Lojistas, serão entregues com os
acabamentos e instalações existentes à data da reassumpção da sua detenção pelo GaiaShopping.
O Lojista é responsável pela construção da totalidade das instalações no interior da sua Loja de acordo com
o presente “Manual de Instalação de Lojas”.
No caso de a Loja já ter sido utilizada anteriormente, é da responsabilidade do novo Lojista a demolição dos
acabamentos existentes ou o seu aproveitamento total ou parcial.
É da responsabilidade do Lojista efectuar todos os trabalhos de manutenção, reparações e obras
necessárias nas instalações pertencentes à Loja, de modo a manter sempre a Loja em boas condições de
funcionamento, segurança e apresentação.
O Lojista tem a obrigação de efectuar todos os trabalhos de manutenção, reparações e obras solicitadas
pelo GaiaShopping, no espaço da sua Loja.
Caso o Lojista venha a alugar uma arrecadação fora da área da loja, é da responsabilidade do lojista todos
os trabalhos de manutenção inerentes ao espaço. As arrecadações apenas dispõem de um ponto de luz, e
das condições necessárias de segurança contra incêndios, não estando autorizadas quaisquer alterações
às instalações existentes sem a aprovação prévia da Administração do GaiaShopping.

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3 - PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
Neste capítulo descrevem-se os diversos procedimentos, obrigações, deveres e autorizações necessárias
que o Lojista tem de observar/cumprir/obter perante a Administração do Centro GaiaShopping, de forma a
poder executar as obras ou trabalhos de manutenção em Lojas ou espaços.

3.1 – DEFINIÇÕES

Obras em Lojas – Entende-se como todos e quaisquer trabalhos a efectuar numa Loja que impliquem o
seu fecho, ou alterem quaisquer características estéticas ou técnicas existentes na Loja. Cabe ao
GaiaShopping estabelecer se os trabalhos a efectuar implicam o fecho da Loja e/ou a definição da duração
do eventual tempo de fecho.

Trabalhos de Manutenção – Entende-se como todos e quaisquer trabalhos a efectuar numa Loja que
tenham como objectivo a manutenção ou reparação das instalações existentes, que não impliquem o seu
fecho, ou não alterem quaisquer características estéticas ou técnicas existentes na Loja.

3.2 – OBRAS EM LOJAS

a) Pedido de Autorização

1- A realização de quaisquer obras numa Loja carece de autorização prévia do GaiaShopping.


2- O pedido para execução de obras deve ser efectuado por escrito pelo Lojista, com uma antecedência
mínima de 1 mês.
3- O pedido de execução de obras a efectuar deve mencionar a natureza e motivo das mesmas, e o
período pretendido para a sua realização.
4- A autorização de execução de obras só será concedida pelo GaiaShopping após estarem satisfeitas
todas as condições processuais, e estarem aprovados todos os Projectos que o GaiaShopping considere
necessários.
5- No caso de Obras iniciais de montagem e decoração de Lojas ou espaços, cuja realização esteja já
prevista no respectivo contrato de utilização, os pontos 2 e 3 não são aplicáveis.
6- A realização de obras não autorizadas confere ao GaiaShopping o direito de proceder à sua destruição e
à reposição da Loja no estado anterior, a expensas do Lojista infractor, e sem prejuízo do recurso às vias
judiciais que se mostrem adequadas à condenação deste no pagamento de indemnização pelos danos e
prejuízos a que der causa.

b) Condições Processuais

1- O Lojista tem de ter o contrato da Loja e respectiva documentação anexa totalmente regularizada.
2- O Lojista deve estar em dia com as suas obrigações para com o GaiaShopping.
3- O período de fecho deve estar de acordo com as obras a executar na Loja.
4- Tendo em vista que os danos causados ao empreendimento e demais Lojistas, originados por trabalhos
executados nas lojas, não estão cobertos pelo seguro de responsabilidade civil do condomínio, não
haverá lugar ao início das obras sem a apresentação de fotocópia da apólice de seguro do ramo "obras e
montagens" que cubra, nomeadamente, a responsabilidade pelos riscos emergentes das obras que
pretenda realizar e a responsabilidade civil extracontratual e cruzada inerente a essas obras, apólice
essa em que o Lojista deverá obrigatoriamente figurar como primeiro titular e em que se obriga a incluir
como co-titulares o Proprietário do Centro Comercial e bem assim todos os intervenientes na execução
da obra, designadamente os empreiteiros e subempreiteiros que contrate para a execução da obra, por
um capital mínimo de € 250.000 (duzentos e cinquenta mil euros).

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c) Condições Gerais

1- Cabe ao GaiaShopping, definir todos os Projectos e Documentos que o Lojista tem de apresentar para
apreciação, de modo a efectuar as Obras pretendidas na Loja.
2- Apenas após a apreciação positiva de todos os Projectos e Documentos solicitados pelo GaiaShopping,
é que eventualmente poderá ser concedida a autorização para a realização das obras.
3- Não é permitido o início de quaisquer obras sem a existência de uma LPT – Licença para Trabalho,
emitida pelo GaiaShopping.
4- Em todas as Obras que impliquem que a Loja esteja fechada mais de dois dias ou que tenham
trabalhos na fachada, é obrigatória a colocação pelo Lojista de um tapume na fachada da Loja. O
tapume a colocar tem de ser previamente aprovado pelo GaiaShopping, estando as características
técnicas do mesmo, descritas no Anexo D.
5- Para a construção e colocação de tapumes nas fachadas das Lojas, o GaiaShopping sugere a empresa
Instruel, cujos contactos estão mencionados no Anexo D.
6- Nas situações em que não seja obrigatória nos termos do n.º 4 anterior a colocação de tapumes, é
obrigatória a colocação, pelo interior da Loja, de cortinas de cor branca (ou papel da mesma cor), que
cubram a totalidade da fachada, e que não permitam a visualização a partir do exterior dos trabalhos em
curso na Loja.
7- O GaiaShopping pode suspender e/ou cancelar a autorização dada para execução das Obras em caso
de não observância das regras a cujo cumprimento o Lojista está obrigado, situação que manterá até
considerar que estão repostas as condições para a continuação das mesmas, tudo sem prejuízo da
eventual aplicação das penalidades previstas no Regulamento do GaiaShopping.
8- Nenhuma Loja pode reabrir ao público sem autorização prévia do GaiaShopping. De modo a obter a
autorização do Centro, o Lojista deve solicitar uma vistoria final à Obra por escrito, com o mínimo de 48
horas de antecedência, devendo ser efectuada num dia útil, entre as 9h e as 18h.
9- A vistoria final à Obra só deve ser efectuada quando a Loja reunir todas as condições técnicas e
funcionais para (re) abrir ao público.
10- O GaiaShopping pode conceder uma autorização provisória de abertura ao público de uma Loja após a
execução de Obras, no caso de considerar que não existem quaisquer riscos de segurança para a Loja
e para o GaiaShopping, bem como se existirem e/ou estiverem reunidas as condições mínimas para a
abertura e funcionamento da Loja e a abertura da Loja não prejudicar a finalização da obra.
11- A autorização provisória de abertura, nunca terá um prazo superior a 15 dias, no fim dos quais todos os
trabalhos até então pendentes de finalização têm que estar terminados. No caso de incumprimento
deste prazo, o GaiaShopping tem toda a legitimidade para aplicar as penalidades com o valor previsto
no Regulamento de Funcionamento e Utilização do GaiaShopping, ou, inclusivamente, encerrar a Loja
ao público.

3.3 – TRABALHOS DE MANUTENÇÃO

a) Pedido de Autorização

1- A realização de quaisquer trabalhos de manutenção numa Loja carece de autorização prévia do


GaiaShopping.
2- O pedido de autorização para a realização de trabalhos de manutenção deve ser efectuado pelo Lojista
por escrito ao GaiaShopping, com uma antecedência mínima de 2 dias úteis.
3- O pedido de autorização de trabalhos de manutenção a efectuar, deve mencionar a natureza e motivo
dos mesmos, o período pretendido para a sua execução, identificando os trabalhadores que as vão
executar e os respectivos meios e material que pretendem utilizar.

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b) Condições Gerais

1- Na execução dos trabalhos de manutenção têm de ser cumpridas todas as disposições e normas
incluídas no Regulamento de Funcionamento e Utilização do GaiaShopping e no presente Manual de
Instalação de Lojas.
2- No caso de incumprimento destas disposições e normas mencionadas no ponto anterior, o
GaiaShopping tem toda a legitimidade para retirar a autorização de execução dos trabalhos de
manutenção, situação esta que se prolongará até que seja considerado que estão repostas as
necessárias condições para a continuação das mesmas, bem como poderá aplicar as penalidades
previstas no Regulamento de Funcionamento e Utilização do GaiaShopping.

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4 – PROJECTOS – INSTALAÇÕES TÉCNICAS DE LOJAS

4.1 – APRESENTAÇÃO DE PROJECTOS

Todos os projectos deverão ser entregues ao GaiaShopping para apreciação, devendo a sua apresentação
estar de acordo com os seguintes requisitos gerais:
1- Os projectos deverão ser entregues em duas cópias dobradas no formato A4 (210 x 297 mm),
organizados em pastas separadas por especialidades. Não serão aceites projectos com informações de
diferentes especialidades sobrepostas. Deverão igualmente ser entregues dois (2) CD´S com todos os
projectos incluindo desenhos em formato PDF.
2- O canto inferior direito de todos os desenhos deverá conter a legenda do Projectista. É indispensável
que na legenda apareça com destaque o número da Loja a que se referem, e que os desenhos tenham
uma numeração sequencial.
3- A escala de apresentação dos projectos é de 1:50. Cada projecto será apresentado no grafismo técnico
que lhe é peculiar, e executado com o máximo de clareza e informação. Não serão aceites desenhos
sem as cotas indispensáveis à sua fácil e compreensível leitura.
4- Todas as peças desenhadas que tenham sido alteradas, terão obrigatoriamente a indicação da
respectiva revisão.
5- Todos os projectos devem ser elaborados em Português.

Cumprindo com os requisitos gerais atrás expostos e com as Normas das diversas instalações
especificadas neste Manual, o projecto de cada especialidade deve ser constituído pelos seguintes
desenhos e documentos:

Projecto de Arquitectura:
- Apresentação de uma perspectiva 3D a cores, ou fotomontagem do projecto que se pretende implementar
na loja.
- Planta da Loja - ”lay-out”, devidamente cotada, incluindo mobiliário.
- Localização das paredes internas.
- Planta de Tectos, com a indicação das diversas alturas, distribuição da iluminação, cores e materiais a
utilizar, e outros pormenores pertinentes.
- Planta de pavimentos, indicando o tipo de materiais e respectiva estereotomia.
- Cortes transversais e longitudinais devidamente cotados, relevando os locais que melhor elucidem o
Projecto (deve sempre existir um corte transversal à fachada).
- Alçado (s) detalhado (s), devendo o desenho ser a cores com indicação dos materiais (incluindo eventuais
reclames).
- Planta com distribuição do mobiliário nos arrumos.
- Desenho do painel autocolante a colocar na placa sinalizadora no exterior da Loja.
- Todos os desenhos devem estar devidamente cotados, indicando os materiais e os acabamentos nas
plantas, cortes e alçados, respectivas especificações e amostras de cor.
- Amostras de materiais e/ou fotografias de outras Lojas que apresentem o mesmo conceito arquitectónico.
- No caso de se tratar de uma remodelação de uma Loja existente, têm que ser apresentadas fotografias da
Loja actual, indicando as alterações pretendidas.
- Desenhos de todos os pormenores necessários à obra, inclusive do mobiliário; se o mobiliário for “
standard “ é necessário apresentar a informação necessária sobre este (fotografias inclusive).
- É necessário uma indicação descritiva dos materiais, isto é, não é suficiente, por exemplo, indicar
pavimento “ Apolo cor 8 “, mas sim, “ mosaico porcelânico Apolo polido, ref. 8 (cinza claro)”.

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Proj. Estruturas: (Mezanino)
- Peças desenhadas da Estrutura.
- Memória Descritiva com Cálculos Justificativos da Estrutura.
- Termo de Responsabilidade do Projectista.
- Planta com distribuição de mobiliário no eventual piso de mezanino, desde que aplicável, se este estiver
devidamente licenciado (responsabilidade do Lojista).

Proj. Electricidade:
- Peças desenhadas dos Circuitos de Iluminação (incluindo Iluminação de Emergência).
- Peças desenhadas dos Circuitos de Tomadas.
- Peças desenhadas dos Circuitos de Alimentação de Equipamentos (de ar condicionado, ventiladores,
desenfumagem – quando aplicável, etc.) e de Quadros Parciais.
- Esquema do Quadro Eléctrico, com identificação dos circuitos e respectiva potência e fases de ligação.
- Memória Descritiva.
- Cálculos Justificativos da Potência Contratada Pretendida. (preencher Anexo A.1)
- Termo de Responsabilidade do Projectista
- Ficha Electrotécnica
- Pedido de Fiscalização à Certiel e posterior Certificado.

Proj. Telecomunicações:
- Peças desenhadas da Instalação.
- Memória Descritiva.
- Termo de Responsabilidade do Projectista.

Proj. AVAC
- Memória Descritiva da totalidade da Instalação.
- Peças desenhadas da Instalação de Condutas (entre outras, a rede de insuflação e retorno de ar
condicionado, exaustão mecânica de fumos, quando aplicável, etc.), localização de grelhas e máquinas
- Peças desenhadas da Rede hidráulica com descrição dos equipamentos a instalar e diâmetro da tubagem.
- Cálculos Justificativos da Potência de Refrigeração Pretendida (preencher Anexo B.2).
- Peças desenhadas da Instalação exaustão mecânica de “hottes” e sanitários (se aplicável).
- Cálculos Justificativos do Sistema de Exaustão mecânica (se aplicável).
- A alimentação de energia ao equipamento condicionador de ar e respectiva protecção eléctrica
- Sistema de controlo dos equipamentos condicionadores de ar
- Termo de Responsabilidade do Projectista

Proj. Segurança
- Memória Descritiva
- Peças desenhadas da Rede de Extinção de Incêndios com descrição do tipo de sprinklers e diâmetro da
tubagem.
- Peças desenhadas da Instalação de Detecção de Incêndios, com a localização dos Detectores e traçado
dos cabos.
- Planta de Localização dos Extintores com descrição dos mesmos.
- Planta de Localização da Iluminação de Emergência e Sinalização.
- Memória Descritiva.
2
- Lojas com área igual ou superior a 300m , têm de entregar o Projecto de Segurança no Reg. de
Sapadores de Bombeiros, para obter o Certificado de Conformidade.
- Termo de Responsabilidade do Projectista

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Proj. Águas e Esgotos
- Peças desenhadas da Rede de Distribuição de Águas e Esgotos com descrição dos equipamentos a
instalar e diâmetro da tubagem.
- Pormenores das ligações dos ramais das águas residuais domésticas das lojas aos tubos de queda ou
colectores do Shopping
- Memória Descritiva.
- Termo de Responsabilidade do Projectista

Proj. de Gás
- Peças desenhadas da Rede de Distribuição de Gás com descrição dos equipamentos a instalar e diâmetro
da tubagem.
- Memória Descritiva.
- Termo de Responsabilidade.
- Cópia do Certificado de Inspecção da instalação efectuada por uma Entidade licenciada para o efeito,
antes da abertura da loja.

Proj. de Resíduos:
- As lojas de restauração deverão prever a existência de um local que possibilite a separação selectiva dos
resíduos produzidos, de acordo com a legislação em vigor e o Procedimento de Gestão de Resíduos da
Sonae Sierra e seu armazenamento temporário (1 dia).

No caso de durante a obra serem acordadas alterações entre o Lojista e o GaiaShopping, nos projectos
inicialmente aprovados, é da responsabilidade e obrigação do Lojista apresentar as telas finais de execução
da obra, de modo a constarem no arquivo do GaiaShopping.

4.2 – REQUISITOS GERAIS DOS PROJECTOS

Na execução dos diversos projectos, os seguintes requisitos e condicionalismos têm de ser cumpridos, de
modo a que os respectivos projectos possam vir a ser aprovados.

1- O limite do espaço da Loja é definido pelas paredes em blocos de cimento, as lajes estruturais
superiores e inferiores do Edifício e os perfis metálicos existentes na frente de Loja.
2- As paredes de demarcação entre as Lojas ou entre Lojas e áreas comuns são executadas em blocos de
cimento de 20 x 20 x 40 cm, e a sua função é exclusivamente de compartimentação, não podendo ser
utilizadas para suporte de quaisquer elementos das instalações da Loja.
3- Não é permitida a abertura de quaisquer roços nas paredes existentes, devendo os materiais de
acabamento ser fixados apenas com recurso ao uso de buchas.
4- Quaisquer penetrações nas lajes estruturais e nos pilares do Edifício só podem ser executadas por
perfuração com berbequim, não sendo permitida a abertura de roços. As perfurações não podem
exceder a profundidade de 60 mm nem o diâmetro de 15 mm.
5- Os Lojistas cujas actividades envolvam o uso de água ou outros líquidos, tais como revelação de
fotografias, lavandarias, cabeleireiros, restaurantes ou venda de animais de estimação, deverão vedar
todo o perímetro da sua área com bases e soleiras estanques. Terão também de assegurar adequada
estanquecidade do pavimento, por baixo da superfície de acabamento.
6- Os tectos devem ser construídos com materiais incombustíveis e não são permitidos materiais
combustíveis acima dos mesmos.
7- Os tectos falsos têm de ser equipados com painéis de acesso, e devem ser construídas plataformas
técnicas de modo a que exista um acesso fácil e seguro a todos os equipamentos técnicos para
eventual manutenção, remoção e operação. Os acessos têm de ser construídos não só para as

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instalações da própria Loja como também para as instalações comuns do GaiaShopping. O
GaiaShopping poderá especificar os locais de colocação de tais acessos bem como as características
dos acessos.
8- As fachadas nunca deverão ser suportadas pelos elementos de demarcação colocados pelo
Proprietário.
9- Todas as instalações comuns do GaiaShopping que atravessem o espaço da Loja, não pertencem ao
Lojista e não podem ser alteradas ou danificadas.
10- Todas alterações nas infra-estruturas de uma Loja carecem de autorização e aprovação do
GaiaShopping. As alterações a efectuar são executadas por um empreiteiro a indicar pelo
GaiaShopping, sendo os custos suportados pelo Lojista que solicitou as alterações.
11- O Lojista é responsável por assegurar que os seus materiais de acabamentos ou qualquer outro tipo de
elementos ligados à estrutura do GaiaShopping respeitem as juntas de dilatação do empreendimento,
de modo a permitir as deformações estruturais e garantir que as juntas sejam tratadas de modo a terem
a mesma capacidade corta-fogo das paredes e lajes em que se inserem, assim como garantir uma
perfeita impermeabilização.
12- Todas as Lojas cujos limites sejam as paredes exteriores do Centro e/ou tenham janelas para exterior,
não podem efectuar alterações nas referidas paredes ou janelas, bem como efectuar alterações no
interior da Loja que afectem a imagem exterior do GaiaShopping.
13- Na construção da Loja não deve ser utilizado como suporte para colocação de quaisquer instalações da
Loja as infra-estruturas do Centro que ocupem o espaço da Loja (condutas, tubagens, etc).

4.3 – ARQUITECTURA

a) Fachadas
1- Os Lojistas são aconselhados a criar fachadas variadas e inovadoras, quer em planta quer em corte,
recomendando-se cuidado especial em quaisquer saliências ou avanços.
2- Todas as fachadas devem ser constituídas maioritariamente por zonas em vidro transparente, e modo a
permitir a visualização da Loja ou montras. Não é permitida a construção de grandes zonas de fachada
opacas, não devendo o comprimento de cada troço ser superior a 1m, e não ocupar mais de 15% da
totalidade da fachada.
3- Todos os elementos das fachadas deverão ser projectados, construídos e instalados pelo Lojista e a
suas expensas, salvo disposição em contrário.
4- A fachada a construir estender-se-á da laje do pavimento até à faixa neutra superior, sendo delimitada
pelos perfis metálicos existentes, não devendo a fachada ultrapassar a linha de demarcação frontal.
5- Nas zonas recuadas das fachadas, caberá ao Lojista providenciar o acabamento das paredes, pilares,
tectos e chão desse local, sujeita à prévia aprovação do GaiaShopping.
6- O revestimento do pavimento em zonas recuadas da fachada, entre a linha de demarcação frontal e a
linha de fecho, será colocado pelo Lojista e de forma a ajustar-se perfeitamente ao pavimento adjacente.
7- É obrigatório incluir rodapés de protecção dos vidros das fachadas. Esta protecção destina-se a evitar
acidentes e danos materiais.
8- Todos os acabamentos das fachadas deverão ser em materiais duráveis.
9- Poderá ser requerido aos Lojistas a alteração do projecto de fachadas e/ou da gama de materiais, em
caso de similitude com as Lojas vizinhas.
10- Os meios de exposição colocados nas fachadas deverão ser de desenho apropriado e adaptado aos
restantes acabamentos, não sendo permitidas montras apenas para colocação de logotipo da Loja.
11- Os comutadores de chave para portas engradadas de correr deverão ser de tipo embutido e colocados,
no máximo, 300mm acima do pavimento pronto. Ficarão na face lateral da fachada (não é aceitável a
colocação na face exterior). As tampas serão em latão, aço, alumínio anodizado ou qualquer outro
material que se ajuste aos acabamentos da fachada.
12- Os sistemas de segurança da fachada deverão ser dissimulados no pavimento/tecto/fachada/
revestimento de pilares ou qualquer elemento decorativo, conforme mais adequado. Não serão aceites

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sistemas à vista.
13- Os painéis de acesso a transformadores de iluminação da fachada e/ou de portas engradadas de
correr, deverão ser dissimulados e de tipo embebido.
14- Serão aceites portas de segurança opacas, ou grades articuladas, desde que fiquem completamente
dissimulados durante as horas de funcionamento da Loja.
15- Na área de entrada, todos os balcões, mobiliário, expositores, etc., quer fixos quer móveis, deverão
estar colocados, no mínimo, 600 mm para o interior da linha de demarcação frontal.
16- As Lojas que estejam delimitadas por fachadas envidraçadas deverão evitar localizar zonas de cozinhas
e arrecadações junto as mesmas.
17- No caso de estar prevista a colocação de um letreiro com a denominação da Loja no seu exterior, junto
à fachada, o ponto mais afastado do letreiro não pode exceder os 100mm de distância dos limites da
Loja.
18- Os letreiros, iluminados ou não, deverão conter apenas o nome fantasia da Loja, não sendo permitidos
reclames exteriores em néon. Não é permitida qualquer outra denominação diferente daquela que
consta do contrato sem existir um prévio consentimento do GaiaShopping.
19- Não é permitida a colocação de logotipos ou marcas de qualquer outro produto de terceiros na fachada
e nos letreiros.
b) Entradas nas Fachadas

1- As entradas em fachadas com menos de 4 metros de largura terão no máximo, metade da largura da
Loja, medida na linha de demarcação frontal, com excepção dos casos em que a loja é totalmente
aberta.
2- As entradas em fachadas com largura superior a 15 metros terão uma largura máxima de 5 metros,
excepto se outra for aceite pelo Promotor.
3- As fachadas de Lojas situadas na confluência de duas zonas de passagem deverão ter duas entradas. O
mesmo se aplica a fachadas que excedam 12 metros de largura.
4- Lojas em que existam duas fachadas separadas, sendo estas colocadas em zonas de passagem do
Centro que não são directamente confluentes, esquinas, têm obrigatoriamente de ter no mínimo uma
porta de entrada em cada fachada.
5- As portas recuadas de abertura para o exterior, incluindo portas em chapa de vidro sem caixilhos,
montadas em pontos, não deverão ultrapassar a linha de demarcação frontal, quando completamente
abertas.
6- Os sensores de vigilância electrónica, adjacentes às entradas, deverão ser dissimulados nos elementos
arquitectónicos do interior da Loja.
7- As portas de enrolamento vertical, as portas basculantes e as grades de correr vertical ou
horizontalmente, não devem ultrapassar a linha de demarcação frontal. Todos os elementos metálicos de
aros ou guias que fiquem visíveis quando o engradado estiver aberto, terão um acabamento aprovado
pelo GaiaShopping. Os recessos para engradados de corrimento horizontal deverão ter fechamento
adequado, com acabamento interior e exterior. Não serão aceites cadeados à vista.

c) Pavimentos
1- Todos os acabamentos de pavimentos deverão ser de tipo que não represente um risco no que diz
respeito à propagação de fogo ou libertação de fumos e gases tóxicos, devendo respeitar o previsto na
legislação em vigor.
2- Os acabamentos aprovados para as áreas de venda incluem alcatifas, mosaicos cerâmicos, lajes de
pedra, mármores, madeiras rijas e outros materiais de reconhecida durabilidade e apresentação.
Mosaicos vinílicos e revestimentos semelhantes só são aceites em espaços de armazenagem e
lavatórios.
3- A betonilha usada nos pisos deverá ter um traço de 1:4, utilizando cimento e areia grossa.
4- Os acabamentos dos pavimentos ficarão nivelados com os adjacentes, sem criar risco de tropeçamento.
Não serão aceites declives superiores a 1:30.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 13


5- Não serão aceites caminhos de cabos à vista. Os cabos eléctricos e telefónicos não poderão ficar
expostos sobre o piso acabado.
6- Os pavimentos das áreas das Lojas não acessíveis ao público terão acabamento adequado, não sendo
aceite que a laje de betão estrutural fique à vista.
7- Não são permitidas alcatifas estendendo-se do interior para o exterior, através de portas.
8- Os Lojistas cujas actividades envolvam o uso de água ou líquidos, tais como revelação de fotografias,
lavandarias, cabeleireiros, restaurantes ou venda de animais de estimação, deverão vedar todo o
perímetro da sua área com bases e soleiras estanques. Terão também de assegurar que adequada
impermeabilização do pavimento, por baixo da superfície de acabamento em toda a superfície da loja.

Nota: Deverão ainda ser cumpridas as cláusulas estabelecidas no Capítulo 7- Gestão Ambiental

d) Tectos e Mezaninos

1- O GaiaShopping pode recusar, por seu exclusivo critério, a aprovação de projectos que contemplem a
construção de um piso mezanino. A criação de um eventual piso mezanino é da exclusiva
responsabilidade do Lojista no que respeita ao requerimento e obtenção de licenciamentos que sejam
necessários, bem como ao tratamento de outras formalidades legais e/ou administrativas, incluindo o
pagamento de todas as taxas e/ou custos que possam vir a ser impostos pela respectiva Câmara
Municipal ou pelas demais entidades competentes.
2- Atendendo e cumprindo com o exposto no ponto 1 anterior, os pés-direitos dos tectos falsos e dos
eventuais mezaninos devem estar de acordo com a legislação em vigor, sendo o Lojista o único
responsável pelo cumprimento da legislação.
3- Atendendo e cumprindo com o exposto no ponto 1 anterior, os eventuais pisos mezaninos não poderão
ter uma área superior a 65% da área total da Loja. Na área do eventual mezanino, está incluída a área
ocupada pela escada de acesso.
4- Apenas é permitida a construção de Mezaninos em algumas lojas (dependendo do pé direito), e a sua
utilização exclusiva para arrumos/arrecadação, sendo expressamente proibido o acesso do público às
mesmas.
5- O projecto dos mezaninos deve ser sujeito à aprovação da Gestora, e consta da apresentação de
desenhos de implantação da estrutura, pormenores de ligação, cálculos estruturais e cargas
consideradas e, OBRIGATORIAMENTE, um termo de responsabilidade de um técnico devidamente
habilitado (Eng.º Civil). A estrutura de suporte dos mezaninos deve ser independente das paredes e
pilares da estrutura existente.
6- A área de influência de cada pilar do mezanino não pode ser inferior a 10 m2. O pilar não deve transmitir
à laje outras cargas que não sejam a carga vertical. As sapatas devem ter no mínimo 30*30*2 cm.
7- Os tectos da Loja têm de ser projectados, de forma a garantir uma passagem de ar livre do piso do r/c
para a zona do tecto real para a passagem de fumos em caso de incêndios. A área mínima dessa
passagem de ar é de 35% da área total da Loja.(Consultar Instalações de Segurança – Desenfumagem
– 4.7-d))
8- Todas as escadas a construir devem ter corrimão e devem ser colocadas fitas anti-derrapantes nos
degraus.
9- Atendendo e cumprindo com o exposto no ponto 1 anterior, os eventuais mezaninos devem ser
colocados batentes e corrimões de modo a evitar a queda de quaisquer objectos.
10- Os tectos falsos ficarão, no mínimo, 3 metros acima do revestimento do pavimento, sendo respeitadas
as condições estipuladas pela legislação em vigor. Quando houver instalação de equipamentos técnicos
acima dos tectos falsos é indispensável que o Lojista preveja acesso fácil e seguro para manutenção e
eventual remoção (plataforma técnica).

NOTA: Terá o Lojista que garantir acesso franco a todas as infra-estruturas do Centro Comercial que
estejam instaladas por cima dos tectos falsos na sua loja, assim como terá o mesmo que garantir

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 14


acessibilidade para manutenção dos equipamentos instalados pelo Promotor (AVAC, RSI, Detecção de
Incêndios, etc.)

e) Mobiliário e Arrumos

1- O Projecto de Arquitectura deve prever a localização do mobiliário nas zonas de público e nas zonas de
armazém/arrumos.
2- Todo o Mobiliário cuja altura implique que o espaço livre para o tecto seja inferior a 40cm será
considerado como parede para efeitos de elaboração do Projecto de Segurança.

f) Placas Sinalizadoras Exteriores – “Bandeirolas”

1- Salvo algumas excepções, na generalidade, todas as Lojas têm placas sinalizadoras exteriores, cuja
localização, dimensão e cor são estabelecidas pelo GaiaShopping.
2- As placas sinalizadoras estão colocadas perpendicularmente à fachada, têm iluminação e design
definido pelo GaiaShopping. O Lojista é responsável pelo painel que será inserido na placa sinalizadora.
3- O painel a colocar nas placas sinalizadoras deve ter inscrições relacionadas com o “lettering” da Loja.
4- O painel apenas deve ser colocado após a aprovação do mesmo pelo GaiaShopping.

g) Materiais de Acabamento
O GaiaShopping exige materiais de alta qualidade e uma execução cuidada de todos os pormenores das
Lojas.
O uso de certos materiais torna-se necessário para se conseguir um efeito específico. Outros materiais e/ou
a maneira como são empregues poderão revelar-se não adequados ao conceito de projecto e não serão
nesse caso aceites.
Deste modo, poderá vir a ser indicado aos Lojistas o emprego de materiais e de processos de construção
diferentes dos normalmente utilizados em Lojas mais convencionais.
O GaiaShopping recomenda a utilização dos seguintes materiais:
Pedra - Pedra aparelhada, incluindo mármore, granito e ardósia.
Madeiras Nobres - Carvalho, nogueira, cerejeira, mogno e outras madeiras exóticas.
Toda a madeira a aplicar na construção de fachadas e revestimentos de paredes e/ou tectos deve ser seca
em forno e ter tratamento retardador de fogo. Deverá ter acabamento natural, velatura transparente ou
pintura de qualidade. Deverá ser utilizada, preferencialmente, madeira proveniente de explorações
sustentáveis e certificadas.
Vidros - Os vidros das montras serão obrigatoriamente temperados ou laminados, com espessura
o
adequada aos vãos a que se destinam. Terá de ser usado vidro que resista à temperatura de 145 C durante
1 hora. Deve-se ter em atenção que a limpeza do “mall” é feita por processo mecânico, pelo que a montra
deve ter a resistência necessária para evitar acidentes e danos. Nos casos em que a dimensão dos vãos o
justifique, serão aplicados reforços, de vidro colado, colocados em cutelo.
Metais - Latão, bronze, cobre, aço inoxidável ou metais cromados, com acabamento polido, escovado ou
texturado. Os caixilhos de alumínios, que fiquem à vista nas fachadas, serão anodizados ou lacados electro-
estaticamente em cor adequada à fachada. Ficarão sujeitos à aprovação do GaiaShopping, tal como os
componentes de portas engradadas que fiquem expostos, quando estas estiverem fechadas.
Tintas - Tintas de qualidade, aplicadas com as técnicas adequadas. As tintas usadas deverão ser de tipo
que não liberte gases e fumos tóxicos, em caso de fogo, de acordo com documento emitido por entidade
especializada e oficial.

Nota: Deverão ainda ser cumpridas as cláusulas estabelecidas no Capítulo 7- Gestão Ambiental

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 15


i) Materiais Proibidos (Perigosos)

Consultar Capítulo 7 – Gestão Ambiental

4.4 – ESTRUTURAS

Atendendo e cumprindo com o exposto no ponto 1 do Sub-capítulo 4.3, alínea d) “Tectos e Mezaninos”
1- A estrutura do eventual mezanino deve ser a mais aligeirada possível.
2- A estrutura do eventual mezanino deve ser totalmente construída em metal.
2
3- O peso total máximo admissível é de 500kg/m , incluindo este valor o peso da estrutura, os
revestimentos e todas as sobrecargas que o eventual mezanino poderá vir a suportar.
2
4- As cargas concentradas transmitidas às lajes não podem ultrapassar os 5kN/m .
5- Não é permitido o suporte da estrutura do eventual mezanino em qualquer local das paredes divisórias.
6- A estrutura deve ser suportada por pilares metálicos à laje inferior. Pontualmente e parcialmente é
permitida a utilização de pendentes a partir da laje superior, e a colocação de “cachorros” nos pilares
estruturais do GaiaShopping.
7- Quaisquer penetrações nas lajes estruturais e nos pilares do Edifício só podem ser executadas por
perfuração com berbequim, não sendo permitida a abertura de roços. As perfurações não podem
exceder a profundidade de 60 mm nem o diâmetro de 15 mm.
8- A criação de um eventual piso mezanino na loja á da responsabilidade do Lojista/Projectista no que diz
respeito a eventuais licenciamentos ou taxas que possam vir a ser solicitadas pela Câmara Municipal ou
demais entidades competentes.
9- O projecto dos eventuais mezaninos consta da apresentação de desenhos de implantação da estrutura,
pormenores de ligação, cálculos estruturais e cargas consideradas e OBRIGATORIAMENTE, um termo
de responsabilidade de um técnico devidamente habilitado.

4.5 – INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

No Projecto e na posterior execução das Instalações Eléctricas além de serem cumpridas as regras e
condições existentes no presente manual, devem ser cumpridos todos os regulamentos europeus, nacionais
e regionais em vigor, e seguindo os procedimentos da CERTIEL e Fornecedor/Distribuidor da Energia
Eléctrica. O Lojista será um cliente directo do Fornecedor/Distribuidor da Energia Eléctrica.

Todas as Instalações Eléctricas novas ou alteradas devem ser certificadas pela CERTIEL, devendo uma
cópia do respectivo certificado ser entregue na Administração do GaiaShopping. No caso da potência da
Loja ser superior a 50kVA, o respectivo projecto de instalações eléctricas também tem de ser aprovado pela
CERTIEL e entregue no Fornecedor/Distribuidor da Energia Eléctrica.
É da responsabilidade do Lojista efectuar todos os contactos necessários com o Fornecedor/Distribuidor de
Energia Eléctrica, de forma a garantir a celebração do contrato de fornecimento de energia eléctrica
suficiente para o bom funcionamento da sua Loja, bem como assumir todos os custos inerentes.
2
Todas as Lojas com uma área igual ou superior a 300m devem dispor de um Sistema de Alimentação de
Energia Eléctrica de Emergência próprio da Loja, que deve funcionar em caso de falta de Energia por parte
do Distribuidor. Este Sistema tem de ser instalado e mantido em boas condições pelo Lojista e é destinado a
alimentar as instalações de desenfumagem, iluminação ambiente de socorro, letreiros de saída e outros
com relevância na segurança. Esta instalação também terá que ser licenciada, sendo da responsabilidade
exclusiva do Lojista.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 16


a) Alimentação de Energia Eléctrica
1- Deverá ser apresentado um cálculo detalhado justificativo da potência eléctrica que pretendem
contratar, de acordo com o Anexo A.1.
2- O valor da potência a estabelecer no contrato de fornecimento de energia eléctrica com o
Fornecedor/Distribuidor, necessita da aprovação prévia do GaiaShopping.
3- As lojas âncoras, nos quadros gerais de energia normal e socorrida, deverão possuir interruptores
dotados de bobine tipo MX de modo a permitir o corte de energia eléctrica de todos os circuitos não
prioritários da loja, através de botoneira e/ou sistema automático de detecção de incêndios.
4- Todas as Lojas com potência contratada inferior a 41,4 kVA devem possuir local próprio, junto à
entrada, para montagem pelo Fornecedor/ Distribuidor de disjuntor diferencial de limitação de potência
(A.C.E.). Para as Lojas com potência contratada superior a 41,4 KVA, o cabo de fornecimento de
energia será ligado directamente ao Quadro de Distribuição existente no GaiaShopping.
5- O Lojista deve providenciar uma caixa de protecção para o Disjuntor Diferencial de limitação de
potência do Fornecedor/Distribuidor.
6- Nenhuma Loja pode ter mais do que um ponto de fornecimento de energia eléctrica.
7- No caso de uma Loja, que não efectuou uma Obra, necessitar de um aumento de potência, esta deve
efectuar o pedido por escrito ao GaiaShopping, mencionando os motivos e acompanhado dos cálculos
descritos no ponto 1 e do respectivo certificado da CERTIEL para a potência pretendida.
8- O parecer sobre o valor da potência contratada que a Loja pretende, é dado com base no Projecto de
Electricidade entregue, levando em consideração o valor de potência atribuído à Loja no Projecto do
GaiaShopping, bem como todas as infra-estruturas disponíveis para o fornecimento.
9- No caso de ser necessário e possível efectuar alterações nas infra-estruturas do Centro disponíveis
para a Loja, de modo a satisfazer o valor de potência solicitado pelo Lojista, estas são efectuadas por
intermédio da Administração do Centro, mas a totalidade do custo respectivo será sempre da
responsabilidade do Lojista. As alterações a efectuar são estabelecidas e determinadas pelo
GaiaShopping.
10- O Sistema de Alimentação de Energia Eléctrica de Emergência a instalar no caso da Loja ter uma área
2
igual ou superior a 300m , tem de garantir o fornecimento de Energia Eléctrica à Loja no caso de falha
por parte do Fornecedor/Distribuidor.
11- O Sistema mencionado no ponto anterior tem de garantir a alimentação de energia eléctrica de todos os
sistemas de segurança contra incêndios da Loja, de toda a iluminação de emergência e no mínimo um
terço da iluminação total da Loja, devendo esta estar equitativamente distribuída.

b) Canalizações e Instalação de Equipamentos


1- Não é permitida a abertura de roços em paredes existentes. Deverão ser utilizadas buchas e
abraçadeiras.
2- Todos cabos e fios de circuitos embebidos em paredes e tectos devem ser entubados em tubo VD de
diâmetro regulamentar.
3- Os circuitos embebidos no pavimento devem ser executados com cabo VV entubado em tubo “isogris”
de diâmetro regulamentar.
4- Todos os circuitos não embebidos, têm ser executados utilizando cabos devidamente canalizados em
esteiras, em tubo VD ou em calha com dimensões regulamentares. Não é permitida a utilização de fios.
5- Todos os circuitos que atravessem Locais Húmidos ou Temporariamente Húmidos devem ser
embebidos e devidamente entubados em tubo VD, ou utilizar equipamento e cablagem estanque. Não é
permitida a utilização de calhas.
6- Todas as estruturas metálicas que suportem equipamento eléctrico devem ser ligadas à terra, e os
2
caminhos de cabos, quando existirem, deverão ter um condutor de terra (6mm ) acompanhando
longitudinalmente à respectiva esteira com ligação à massa de 5 em 5 metros. Nas estruturas metálicas
incluem-se os eventuais mezaninos.
7- Todos os pontos com alimentação eléctrica, incluindo os aparelhos de iluminação, devem possuir
terminal de terra ligado ao condutor de protecção do próprio circuito.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 17


8- Não é permitida a instalação de transformadores de alimentação de projectores, arrancadores,
balastros, etc, directamente sobre tectos falsos em pladur ou madeira, e em mobiliário. Estes
equipamentos devem estar devidamente isolados e protegidos.
9- Nas tomadas de pavimento não é permitido a existência de aros, tampas ou quaisquer peças metálicas
à vista, e deverão ter IP= 65.
10- As tomadas a instalar nas zonas com acesso do público devem todas ter alvéolos protegidos.
11- As tomadas a instalar em Locais Húmidos ou Temporariamente Húmidos devem ser estanques.
12- Os motores eléctricos a instalar deverão ter um factor de potência elevado (Cos ϕ ≥ 0,8) e produzir um
mínimo de ruído e vibrações, estando sujeitos, caso a caso, a aprovação do GaiaShopping.

c) Quadros Eléctricos
1- As caixas dos Quadros Eléctricos têm de estar equipados com uma tampa de protecção.
2- No caso das caixas dos Quadro Eléctricos serem metálicas, a sua estrutura tem de estar devidamente
ligada à terra de protecção.
3- O Interruptor de Corte Geral do Quadro Eléctrico tem de ter o calibre superior à protecção
imediatamente a montante do respectivo Quadro.
4- Independentemente da Potência contratada para a Loja e do número de circuitos, tem de existir a
separação dos circuitos de tomadas/usos gerais dos circuitos de iluminação, pelo que no mínimo tem de
ser instalado um Interruptor Diferencial para cada tipo de circuitos.
5- Na construção do Quadro Eléctrico, a distribuição dos diversos circuitos por Interruptor Diferencial deve
obedecer aos calibres e quantidades mencionados no Anexo A.2.
6- Na construção do Quadro Eléctrico, o calibre dos disjuntores de protecção contra sobre intensidades
deve estar de acordo com o Anexo A.3.
7- Todos os equipamentos existentes no Quadro Eléctrico têm de ter um poder de corte mínimo de 5kA.
8- Os circuitos de alimentação de equipamentos AVAC devem ter Protecção Diferencial e contra sobre-
intensidades independente.
9- Os circuitos de alimentação de equipamentos de emergência devem ter Protecção Diferencial e contra
sobre- intensidades independente.
10- Nenhum circuito pode ter uma Protecção Diferencial com um valor de sensibilidade superior a 300mA.
11- Nos circuitos de alimentação de tomadas situados com zonas de acesso ao público, a Protecção
Diferencial não pode ter um valor de sensibilidade superior a 30mA.
12- Nos circuitos que atravessem Locais Húmidos ou Temporariamente Húmidos, nos quais se incluem
cozinhas, WC’s e balcões com pontos de água, a Protecção Diferencial não pode ter um valor de
sensibilidade superior a 30mA.
13- Nos circuitos de alimentação de equipamentos que manuseiem líquidos (termoacumuladores), a
Protecção Diferencial não pode ter um valor de sensibilidade superior a 30mA.
14- Em Lojas com alimentação trifásica a distribuição dos diversos circuitos por fases deve garantir que não
exista uma diferença de consumo por fase superior a 10% do valor da fase com maior consumo.
15- Todos os Quadros Eléctricos devem ter um indicador de presença de tensão.
16- Os Quadros Eléctricos de Lojas com uma Potência Contratada superior a 50kVA, devem ter instalados
amperímetros para medição das correntes nas fases.

d) Iluminação
1- A iluminação deverá ser projectada segundo um esquema imaginativo e de efeitos visuais atractivos,
mas que se enquadre na iluminação geral do Centro.
2- Na zona pública da loja (montra e área de vendas) a temperatura de cor da luz deverá ser
preferencialmente de 3.000 graus Kelvin, não podendo nunca exceder este valor.
3- A iluminação das lojas deverá ter em consideração as zonas de realce e as zonas de iluminação geral.
Estas zonas deverão ter 1.500 e 500 Lux, respectivamente.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 18


4- Na opção do tipo de iluminação, deverá ser tida em consideração a energia eléctrica consumida e a
carga térmica por ela produzida, de modo optimizar os recursos disponíveis para a alimentação de
energia eléctrica e de água refrigerada para ar condicionado, reduzindo os custos de operação da Loja,
pelo que deverão ser utilizadas lâmpadas de baixo consumo nos espaços das lojas de acesso ao público
(sempre que seja possível, cumprir com as outras exigências de iluminação apresentadas neste manual)
e em todas as zonas de armazéns.
5- Todas as armaduras a colocar em zonas de armazém e arrumos devem ter protecção mecânica para as
respectivas lâmpadas: IP205-IK05.
6- Todas as armaduras a colocar em Locais Húmidos ou Temporariamente Húmidos, nos quais se incluem
cozinhas, WC’s e balcões com pontos de água, devem ter protecção mecânica e contra líquidos para as
respectivas lâmpadas: IP35-IK05.

Nota: Deverão ainda ser cumpridas as cláusulas estabelecidas no Capítulo 7 – Gestão Ambiental

e) Iluminação Emergência
1- Todas as Lojas têm de instalar armaduras de emergência com a respectiva sinalização das saídas de
emergência. Esta iluminação deverá ser alimentada por circuito próprio.
2- Devido ao maior risco de incêndio existente na zona das cozinhas a sinalética e iluminação de
emergência nestas zonas deve ser reforçada.
3- Em caso de falta de alimentação de energia eléctrica as armaduras de emergência devem ter uma
autonomia mínima de 3 horas.
4- Em caso de falta de alimentação de energia eléctrica, a distribuição das armaduras de emergência na
Loja deve garantir um nível de luminosidade mínimo de 20 Lux em todos os pontos da Loja, incluindo os
eventuais pisos mezaninos.
5- Deve ser colocada uma armadura de emergência com a respectiva sinalização, junto a todas as portas
de saída de emergência da Loja.
6- No caso de existir um piso mezanino, deve ser colocada uma armadura de emergência com a respectiva
sinalização, junto às escadas de acesso.
7- As armaduras de emergência a instalar devem ter duas lâmpadas, devendo uma estar acesa em
permanência.
8- No caso das armaduras de emergência não garantirem a sinalização suficiente das saídas de
emergência, é permitida a utilização de kits de emergência a instalar noutro tipo de armaduras de modo
a garantir os 20 Lux em todos os pontos da Loja.
9- Os blocos autónomos deverão ser ensaiados semestralmente para garantia do seu funcionamento e
verificação do estado da bateria. Caso a bateria esteja danificada, deverá ser substituída.

f) Restaurantes - Fritadeiras
1- As fritadeiras devem dispor de circuito eléctrico específico/dedicado, com comando/programação por
relógio.
2- As fritadeiras devem ser do tipo industrial, próprio para confecção profissional, possuindo sempre
redundância ao nível do termóstato de temperatura do óleo com sinalização em caso de avaria.
Nb: a boa especificação e adequação deste tipo de equipamentos deve constar das memórias descritivas e
peças de projecto da loja a submeter à aprovação da Administração do Centro.

4.6 – INSTALAÇÕES DE TELECOMUNICAÇÕES

No Projecto e na posterior execução das Instalações de Telecomunicações adicionalmente ao cumprimento


das regras e condições existentes no presente manual, devem ser cumpridos todos os regulamentos
europeus, nacionais e regionais em vigor, e seguindo os procedimentos da ANACOM.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 19


Como instalações de telecomunicações entendem-se todas as instalações de telefones, TV e informática.
É da responsabilidade do Lojista efectuar todos os contactos necessários com as empresas de
telecomunicações, de forma a garantir a ligação aos respectivos serviços (telefones, SIBS, TVCabo).

a) Canalizações e Instalação de Equipamentos


1- Todos os cabos e fios de circuitos embebidos em paredes e tectos devem ser entubados em tubo VD de
diâmetro regulamentar.
2- Os circuitos embebidos no pavimento devem ser executados em tubo “isogris” de diâmetro regulamentar.
3- Todos os circuitos não embebidos, têm ser executados utilizando cabos devidamente canalizados em
esteiras, em tubo VD ou em calha com dimensões regulamentares. Não é permitida a utilização de fios.
4- Todos os circuitos que atravessem Locais Húmidos ou Temporariamente Húmidos devem ser embebidos
e devidamente entubados em tubo VD, ou utilizar equipamento e cablagem estanque. Não é permitida a
utilização de calhas.
5- As caixas de pavimento não devem ter aros, tampas ou quaisquer peças metálicas à vista, e deverão ter
IP= 65.
6- As tomadas a instalar em Locais Húmidos ou Temporariamente Húmidos devem ser estanques.

4.7 – INSTALAÇÕES AVAC

No GaiaShopping, o dimensionamento e a execução das infra-estruturas de ar condicionado das Lojas


obedecem aos requisitos previstos para a finalidade a que se destinam, tendo em conta as condições
climatéricas locais. Não sendo possível definir antecipadamente e com absoluta certeza a vocação e
densidade de ocupação dos vários espaços comerciais, as infra-estruturas existentes foram projectadas e
executadas com base na área e localização de cada Loja no Centro.
Dada a importância desta instalação para o correcto funcionamento da Loja, no seu projecto e execução
deve existir especial atenção para a localização dos diversos equipamentos, de modo a que estes sejam
facilmente acessíveis.
O fornecimento de água refrigerada às Lojas, apenas é efectuado durante as horas de abertura ao público
do GaiaShopping. Quaisquer lojas com requisitos de condicionamento particulares 24/24 horas terão que
prever equipamento próprio para o efeito, cuja caracterização e implantação são também susceptíveis de
aprovação prévia pela entidade exploradora do C. Comercial.
O Lojista apresentará obrigatoriamente ao promotor para prévia apreciação e ratificação o projecto da
respectiva instalação de AVAC contendo todas as redes de tubagens, condutas e elementos
complementares da sua instalação. Nas fracções da restauração particular detalhe deverá ser dado a todos
os componentes da instalação de exaustão de fumos e gases de combustão e respectiva compensação.
O projecto deverá ser necessariamente elaborado de acordo com a regulamentação aplicável e subscrito
por profissional da área devidamente habilitado e reconhecido.
Em todas as Lojas que não tenham necessidade de condicionamento 24/24 h, o único condicionamento de
ar autorizado é efectuado utilizando aparelhos do tipo ventiloconvector.

a) Infra-estruturas do Centro disponíveis para a Loja (Excepto Lojas da Fase I)


1- Estão instaladas (excepto lojas de restauração) duas condutas, sendo uma de ar novo pré tratado e
arrefecido e a outra de extracção mecânica de ar ambiente. Ambas as condutas têm instalado os
respectivos registos corta-fogo.
2- Está instalada a tubagem de ida e retorno de água refrigerada para o (s) ventiloconvertor (es). Nesta
tubagem estão instaladas válvulas de seccionamento.
3- Está instalada uma tubagem específica para ligação dos esgotos de condensados.
4- O Lojista deve adquirir todo o equipamento de AVAC a utilizar na Loja, inclusivamente o

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 20


ventiloconvector, podendo em alternativa reutilizar o equipamento existente na Loja, embora em ambos
os casos necessite de obter a aprovação prévia do GaiaShopping.
5- No caso de ser necessário e possível efectuar alterações nas infra-estruturas do Centro para satisfazer o
valor de potência de refrigeração solicitado pelo Lojista, estas são efectuadas por um Empreiteiro
indicado pelo GaiaShopping, mas o custo será sempre do Lojista. As alterações a efectuar são
estabelecidas e determinadas pelo GaiaShopping.

b) Ventiloconvectores
1- A água refrigerada fornecida pelo Centro tem um diferencial de temperatura de aproximadamente 5 ºC,
sendo o fornecimento efectuado a cerca de 7ºC.
2- O ventiloconvector a instalar na Loja deve funcionar dentro dos parâmetros mencionados no ponto
anterior, devendo ser assegurado o retorno com 5 ºC de diferença face à temperatura de fornecimento.
3- No caso da Loja necessitar de uma potência elevada de refrigeração, o GaiaShopping sugere a
utilização de um ventiloconvector de grande potência em vez de vários de pequena potência, de modo a
maximizar a eficiência da instalação, logo os recursos disponíveis de água refrigerada.

c) Potência de Arrefecimento - Caudal de Água Refrigerada


1- O caudal de água refrigerada fornecido pelo GaiaShopping terá um valor de acordo com os cálculos
justificativos apresentados e os recursos disponíveis.
2- As infra-estruturas existentes em cada Loja foram dimensionadas em função da área da Loja e de
acordo com os coeficientes existentes no Anexo B.1.
3- Os cálculos justificativos da potência de arrefecimento pretendida devem ser efectuados preenchendo o
Anexo B.2.
4- Os cálculos justificativos têm estar de acordo com a potência de iluminação prevista no projecto de
electricidade e têm de utilizar os coeficientes respectivos existentes no Anexo B.1.
5- No Projecto a entregar, deve ser mencionado o ventiloconvector a utilizar, e a totalidade das respectivas
características técnicas.
6- Caso sejam efectuadas alterações na Loja posteriormente à instalação do sistema de ar condicionado,
que afectem a carga térmica da Loja face aos projectos aprovados pela Administração do
GaiaShopping, como por exemplo a alteração da potência de iluminação, tem que ser apresentado um
novo cálculo justificativo de acordo com os pontos 3 e 4.
7- No caso do Lojista não cumprir com o estabelecido nos pontos anteriores, o GaiaShopping efectuará
uma regulação do caudal de água refrigerada de acordo com os cálculos por si efectuados, não se
responsabilizando por qualquer insuficiência de potência de refrigeração.

d) Sistema Hidráulico
1- A totalidade da tubagem de água refrigerada deve ser executada em ferro preto DIN2440, termicamente
isolada com materiais incombustíveis (M0 ou M1).
2- O diâmetro da tubagem de água refrigerada deve ser o apropriado tendo em conta o caudal pretendido.
3- No projecto e execução da tubagem de água refrigerada devem existir o mínimo de curvas, de modo a
maximizar o rendimento da instalação.
4- Tem que ser instalada uma válvula de controlo de água refrigerada de três vias motorizada.
5- Tem que ser instalada uma válvula estática de regulação e medição do caudal de água refrigerada, da
marca “CRANE”, “T.A.” ou “OVENTROP”. Deve haver especial atenção na sua instalação, de modo a
não ser colocada junto a curvas e acessórios, permitindo assim uma medição mais exacta do caudal de
água refrigerada. Esta válvula tem apenas a função de leitura.
6- Têm que ser instaladas duas válvulas de seccionamento do tipo macho esférico, uma na tubagem de
ida e outra na de retorno de água refrigerada.
7- Tem que ser instalado um manómetro de glicerina para medição da pressão.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 21


8- Tem que ser instalado um termómetro de mercúrio ou bimetálico.
9- Tem que ser instalado um purgador automático de ar com a válvula de seccionamento.
10- As ligações da tubagem de água refrigerada ao ventiloconvector têm de ser efectuadas utilizando uma
junta anti-vibrátil classe PN 10 ou superior.
11- Na ligação dos esgotos de condensados do(s) ventiloconvector(es) à tubagem do Centro, tem de existir
um sifão.
12- O esgoto de condensados da máquina deve ser ligado à tubagem do Centro por gravidade, devendo ter
para o efeito um pendente mínimo de 3%.
13- No caso de não existir cota, para que a ligação do esgoto de condensados do(s) ventiloconvector(es) à
tubagem do Centro possa ser efectuada por gravidade, tem que ser instalada uma caixa com uma
bomba de esgoto.

e) Sistema de Condutas
1- A rede de condutas de ligação aos ventiloconvectores de ar será executada em chapa de ferro
galvanizado, com espessuras correspondentes aos respectivos formatos e dimensões transversais, de
acordo com as normas SMACNA.
2- As condutas de insuflação serão de material incombustível (M0) devendo ser dotadas de isolamento de
lã de rocha revestido a folha de alumínio pelo exterior.
3- Os isolamentos térmicos, filtros acústicos ou filtros de ar interiores da conduta, e os próprios
revestimentos decorativos das condutas, deverão ser executados ou construídos com materiais, no
mínimo, não inflamáveis a título permanente (M1).

f) Exaustão de “Hottes” e Sanitários


1- A exaustão das “hottes” e sanitários será efectuada para o exterior utilizando sistemas independentes
por Loja.
2- A instalação das hottes e condutas de exaustão carece de análise e aprovação preliminar pelo Centro
dos seguintes elementos:
- Desenhos e materiais aplicados no fabrico e instalação das hottes;
- Desenvolvimento e encaminhamento das condutas de exaustão.
No sentido de aumentar a eficiência global do sistema, na retenção de gorduras e fumos, é obrigatório o
uso de filtros electroestáticos e a instalação de um sistema de filtragem de odores composto no mínimo
por um sistema pulverizador de um produto desodorizante e/ou por um conjunto de filtros de carvão
activado. É necessário dimensionar a perda de carga dos ventiladores para a solução mais desfavorável
de instalação. Os filtros electroestáticos deverão estar o mais próximo da fonte de calor, tomando
sempre em consideração a temperatura do ar admitido da hotte (máx. 65º C).
O sistema de filtragem é necessário em cada loja de restauração para eliminar emissões poluentes para
o exterior.
3- O sistema de exaustão de ar tem de garantir 80 renovações horárias do volume da cozinha, garantindo
uma velocidade mínima de passagem de ar à face da “hotte”, de 0,5 m/s.
4- O caudal de compensação da “hotte” deve ser entre 65% a 85% do caudal de exaustão.
5- A admissão do ar de compensação tem ser filtrado (EU5), sendo necessário a instalação de um
pressostato diferencial no ventilador para o fecho do registo corta-fogo de compensação pela CDI.
6- No dimensionamento do sistema de exaustão deve ser considerada a potência térmica dissipada pelos
diversos equipamentos existentes na cozinha, e as dimensões da “hotte”.
7- Os ventiladores devem ser seleccionados para assegurar a exaustão de projecto e uma pressão
estática que considere todas as resistências impostas pelos componentes do sistema. Devem ser do
tipo centrífugo, de pás para trás ou radiais, com condutas de aspiração e descarga, ligadas a
ventiladores.
8- Recomenda-se a velocidade de descarga máxima de 14 m/s e mínima de 10 m/s.
9- O grupo moto-ventilador deverá ser encerrado numa caixa isolada, reduzindo o ruído a 45 dB (A),

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 22


medidos a 1 metro da mesma, sendo obrigatório que o motor fique fora de contacto com o ar extraído.
10- No projecto a entregar devem estar mencionados todos os ventiladores a utilizar e a totalidade das
respectivas especificações técnicas (potência, dimensão e curvas características).
11- As condutas de exaustão das "hottes" deverão ser executadas em chapa de aço inoxidável, no mínimo
com 2 mm de espessura, serem totalmente estanques, montadas através de juntas soldadas, e devem
dispor de portas de inspecção/escotilhas, devidamente dimensionadas, capazes de permitir a limpeza
interior e de um ponto de drenagem na parte inferior das condutas verticais. As hottes deverão
contemplar toda a área dos equipamentos de confecção de alimentos que provocam fumos e/ou gases
de combustão.
12- Sempre que possível, deverá ser utilizada a seguinte sequência de equipamentos: Hotte, Filtro de
gorduras da hotte, Conduta, Pré filtro, Filtro electrostático, Filtros de saco, Neutralizadores de odores,
troço vazio para futura montagem de filtro de carvão activado, Exaustor e Grelha de saída. No caso de
lojas, em que há possibilidades de emissão de vapores contendo solventes (caso das lavandarias) e
apanha-fumos (dos grelhadores dos frangos e fornos), será evidentemente melhor que este ar não
recircule devendo ser verificado se a renovação do ar é suficiente. As saídas para o exterior, neste caso,
deverão estar afastadas das entradas de ar novo, para obviar a sua contaminação pelas rejeições.
13- Nos restaurantes que utilizem fogões a carvão ou grelhadores eléctricos ou a gás de confecção têm de
ser instalados, na Hotte da grelha, filtros do tipo "ciclone", bem como terão de instalar, na Hotte e ao
longo da conduta de exaustão, um sistema de detecção, alarme e extinção automática de incêndios
obedecendo às seguintes especificações:

i. o seu accionamento, para além de automático, também deve ser possível por recurso à
acção sobre uma ou duas botoneiras, localizadas em zonas distantes da(s) hotte(s) (em
função da dimensão da cozinha);

ii. deverá haver sinalização à Central de Segurança do Centro Comercial, viabilizando assim
o seu conhecimento relativamente à actuação do sistema, providenciando a rápida
intervenção das equipas de apoio do Centro e, se necessário, dos bombeiros;

iii. imediatamente, a jusante do sistema, na entrada da conduta, deverá haver lugar à


montagem de um registo corta-fogo do tipo térmico;
iv. o Lojista tem de celebrar um Contrato de Manutenção para o sistema de detecção, alarme
e extinção automática de incêndio da Hotte que garanta, sem margem para dúvidas, a
permanente disponibilidade operacional deste sistema. O Lojista tem de enviar à atenção
da Administração do Centro uma cópia legível do Contrato de Manutenção celebrado
referente a este sistema.
14- A iluminação da “hotte”, quando existir, deverá ser feita por meio de armaduras estanques e resistentes
ao fogo, com envolventes com uma reacção ao fogo comprovada de classe M0.
15- O Lojista deve instalar ventilação apropriada, com detecção de fumos + montagem de rede de
sprinklers, ambas para o grau de risco máximo.
16- Nas cozinhas e lojas o lojista deve ter disponíveis meios adicionais de extinção portáteis, em número e
com capacidade reforçadas, providenciando e garantindo também a instalação, operacionalidade e
adequada proximidade de extintores, mantas, luvas próprias para intervenção em caso de incêndio. Nb:
o tipo e quantidades destes equipamentos devem constar das memórias descritivas e peças de projecto
da loja a submeter à aprovação da Administração do Centro.
17- No caso de lojas especiais (restauração, lavandarias, fotografia, etc.) deve ser verificado se a
renovação de ar é suficiente.

f. 1) Requisitos de manutenção das Hottes


1- Para os restaurantes que utilizem fogões a carvão ou grelhadores eléctricos ou a gás, de grandes
dimensões, de confecção de pastas e produtos gordurosos, deverá ser celebrado pelo Lojista um contrato
de manutenção/limpeza de Hotte, com frequência incrementada de manutenção.
2- A Administração do Centro pode a qualquer momento solicitar a apresentação de comprovativo da
efectiva manutenção/limpeza da Hotte.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 23


3- Filtros da Hotte - devem ser adquiridos filtros de reserva de forma a permitir a mudança com elevada
frequência (de 2 em 2 dias no caso de produção de gorduras).

g) Fixação de Equipamentos
1- Deve haver especial atenção na fixação dos diversos equipamentos, de entre as quais destacamos os
ventiloconvectores, ventiladores e motores, devido à suas dimensões, peso e vibração.
2- É da responsabilidade do Lojista garantir uma plataforma de suporte e uma fixação segura.
3- Não é permitido o seu suporte nas paredes divisórias de Lojas.
4- Para equipamentos com um peso superior a 100kg não é permitida a sua fixação à laje superior através
de pendentes em aço.
5- Apenas podem ser utilizados pendentes de aço para fixar os equipamentos à laje superior quando a sua
distância não for superior a 500mm.
6- No caso das condições dos pontos 4 e 5 não serem possíveis, deve ser projectada uma estrutura
metálica de suporte, fixada à laje superior e/ou inferior, de modo a serem instalados os equipamentos.
7- Na fixação dos equipamentos devem ser colocados apoios anti-vibráteis.
8- Implantação de Equipamentos na Cobertura (Loja (s) Ancora o Equiparadas exclusivamente):
- O Lojista deverá implantar o respectivo equipamento na área técnica respectiva reservada na
cobertura
- Na disposição proposta deverá assegurar o seu enquadramento com as condições
determinadas pela Arquitectura (altimétricas nomeadamente) e técnicas nomeadamente
relativas às admissões/rejeições gerais – desenfumagens tendo em conta o conjunto de
instalações em que se insere e acústicas, particularmente face ao (s) edifícios vizinhos,
conforme caracterizado pela Acústica.
- No caso de instalarem equipamentos na cobertura, estes não deverão em circunstância alguma
ultrapassar a platibanda do edifício.

9- Deverão ser criadas plataforma (s) técnica (s) em redor da (s) unidade (s) que permitam um fácil acesso
para os trabalhos de manutenção. No caso de existir um tecto falso abaixo da (s) unidade (s) o mesmo
deverá ter um alçapão com abertura mínima de 0,70m x 0,70m, com acesso por escadas fixas ou não.

Nota: Deverão ainda ser cumpridas as cláusulas estabelecidas no Capítulo 7- Gestão Ambiental

4.8 – INSTALAÇÕES DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS

No GaiaShopping existem quatro Sistemas que constituem as instalações de segurança contra incêndios,
além dos meios de primeira intervenção constituídos por extintores, carreteis e mantas contra-fogo
(restauração). Os 4 sistemas existentes são o de Detecção de Incêndios, o de Extinção Automática de
Incêndios (Sprinkler’s), o de Desenfumagem e a Iluminação/Sinalização de Emergência.
Quanto ao Sistema de Iluminação de Emergência, não é efectuada qualquer referência uma vez que deve
ser cumprido o que está determinado nas condições do Projecto de Electricidade.
O funcionamento do GaiaShopping está dependente da emissão, pelo Serviço Nacional de Bombeiros e
Protecção Civil, de um Certificado de Conformidade que comprove que no empreendimento estão
contempladas as medidas de segurança contra incêndio estipuladas na legislação em vigor (Decreto-Lei n.º
368/99, de 18 de Setembro, e Anexo – Medidas de segurança contra riscos de incêndio a aplicar em
estabelecimentos comerciais).
É essencial, portanto, que os Lojistas observem, nos seus projectos e na execução das respectivas obras, o
estipulado na legislação específica a cada ocupação efectiva e as recomendações do SNB, PC e o definido
na Portaria n.º 1299/2001.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 24


a) Materiais de Revestimento
- Os revestimentos devem ter características tais que não constituam risco particular de propagação de fogo
ou de emissão de fumos e gases tóxicos. Os revestimentos e elementos decorativos deverão ter uma
qualidade do comportamento ao fogo nunca inferior aos mínimos a seguir estipulados:
- M1 (não inflamável) – revestimentos de tectos e tectos falsos.
- M2 (dificilmente inflamável) – revestimentos de paredes.
- M3 (moderadamente inflamável) – revestimentos de pavimentos e elementos decorativos.

b) Sistema de Detecção de Incêndios

1- Para cada Loja do GaiaShopping existe um módulo de interface, instalado no CT, do Sistema de
Detecção de Incêndios Global do Centro
2- É da responsabilidade do Lojista executar, reparar e manter o Sistema de Detecção de Incêndios da sua
Loja.
3- Todo o equipamento, respectiva ligação e teste têm de ser obrigatoriamente provenientes e efectuados
pelo instalador do GaiaShopping. Deste modo será garantido o bom funcionamento do sistema, no seu
todo, e existirá uma única entidade responsável pela correcta execução e funcionamento do sistema. O
instalador do GaiaShopping é a empresa SIEMENS.
4- O Sistema de Detecção de Incêndios tem de cobrir a totalidade do volume da Loja, pelo que têm de ser
colocados detectores junto à laje superior da Loja (tecto real), abaixo dos tectos falsos e/ou de eventuais
mezaninos, e em pisos intermédios.
5- Apenas é dispensada a colocação de Detectores de Incêndio na laje superior da Loja, no caso do tecto
falso a colocar se encontrar a uma distância máxima de 50cm da laje, devendo neste caso os Detectores
serem colocados abaixo do tecto falso.
6- Os Detectores de Incêndio a colocar na laje superior da Loja, têm de ser colocados no ponto mais alto da
Loja.
7- Cada Detector de Incêndios cobre uma área de acordo com pé-direito do local onde se encontra, pelo
que devem cumpridas as seguintes relações na sua distribuição.
2
Pé-direito inferior a 2m – 1 Detector por cada 20m
2
Pé-direito entre 2 e 4m – 1 Detector por cada 35m
2
Pé-direito superior a 4m – 1 Detector por cada 50m
8- Em zonas de armazém, em que pela operação da própria Loja seja previsível a ocupação de quase toda
a área e altura para arrumação de produto, independentemente do pé-direito do armazém deve ser
2
colocado 1 Detector de Incêndios em cada 15m .
9- Todos os compartimentos existentes numa Loja têm no mínimo de ter um Detector de Incêndios.
10- Sobre a porta de acesso a cada compartimento deve ser colocado um sinalizador de incêndio.
11- No caso de existirem Detectores na laje superior da Loja, acima de um tecto falso existente, deve ser
colocado um sinalizador de incêndio sob o tecto falso, de modo a identificar com facilidade o alarme de
incêndio nesses locais.
2
12- Em Lojas com uma área superior a 150m , deve ser instalada uma botoneira de alarme de incêndios
junto ao balcão principal de atendimento.
13- Não é permitida a instalação de uma sirene de alarme contra incêndios.
14- Todos os equipamentos do Sistema de Detecção de Incêndios de uma Loja têm de ser ligados em loop.
15- O Cabo a utilizar para interligar os diversos equipamentos de Detecção de Incêndios tem de ser do tipo
2
LIYCY – 2x0,5mm .
16- O Cabo de interligação entre os diversos equipamentos do Sistema de Detecção de Incêndios da Loja
deve ser canalizado em tubo VD com o diâmetro regulamentar. Este cabo deve ser instalado em
canalizações independentes dos circuitos de telecomunicações ou energia eléctrica.
17- No caso de ser necessário efectuar alterações nas infra-estruturas do Sistema de Detecção de

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 25


Incêndios do Centro de modo a ser possível instalar todo o equipamento necessário para a Loja, estas
serão efectuadas pela SIEMENS, mas o custo será sempre do Lojista. As alterações a efectuar são
estabelecidas e determinadas pelo GaiaShopping.
18- Nas lojas de restauração, com consumo de gás e com sistema de detecção automático próprio, em
caso de detecção de incêndio, a electroválvula de corte de gás (localizada na caixa de corte geral e
contagem) deverá ser fechada pela central de detecção de incêndio.
19- Nas lojas âncora, o lojista deverá instalar um sistema de detecção automática de incêndios,
completamente independente do sistema do Centro, mas que transmitirá através do protocolo de
comunicação todos os alarmes, para o centro comercial.

c) Sistema de Extinção Automática de Incêndios – Sprinklers


1- Em cada Loja está colocada uma tubagem de ligação ao Sistema Global de Extinção Automática de
Incêndios do GaiaShopping, de modo a efectuar o respectivo sistema da Loja.
2- Usualmente, existe um ramal permanentemente em carga e sem válvula de seccionamento, instalado
imediatamente abaixo do tecto real, que não poderá ser alterado pelo Lojista, excepto por
consentimento escrito dado pela Administração do GaiaShopping.
3- O Diâmetro da tubagem está dimensionado de acordo com a área da Loja.
4- Para realização trabalhos de instalação, manutenção e eventual reparação deste sistema, terão de
contactar a Administração do GaiaShopping para fecho da respectiva válvula de seccionamento.
5- Excepto nos casos mencionados no ponto anterior, o Sistema de Extinção de Incêndios da Loja tem de
estar sempre em carga, pelo que o Lojista é o único responsável por manter sempre a válvula de
seccionamento aberta e selada.
6- O Sistema de Extinção Automática de Incêndios da Loja é construído a partir da válvula de
seccionamento.
7- É da responsabilidade do Lojista executar, reparar e manter o Sistema de Extinção Automática de
Incêndios da sua Loja.
8- O Sistema de Extinção Automática de Incêndios tem de cobrir a totalidade do volume da Loja, pelo que
têm de ser colocados “Sprinklers” junto à laje superior da Loja (tecto real - Rede do Shopping), abaixo
dos tectos falsos e/ou de eventuais mezaninos, e em pisos intermédios.
9- Apenas é dispensada a colocação de “Sprinklers” junto à laje superior da Loja, no caso do tecto falso a
colocar se encontrar a uma distância máxima de 50cm da laje, devendo neste caso os “Sprinklers” ser
colocado abaixo do tecto falso.
2
10- Cada “Sprinkler” cobre uma área circular máxima de 12m . Para efeitos de Projecto pode ser
considerada uma área rectangular com 3m de largura e 4m de comprimento, isto é, uma distância
máxima entre “Sprinkler’s ” de 3m, e no sentido perpendicular 4m.
11- A distância máxima de cada “Sprinkler” a uma parede deve ser de 1,5m.
12- Em zonas de armazém, em que pela operação da própria Loja seja previsível a ocupação de quase
toda a área e altura para arrumação de produto, deve ser considerado que 1 “Sprinkler” cobre uma área
2
circular máxima de 6m .
13- Todos os compartimentos existentes numa Loja têm no mínimo de ter um “Sprinkler”.
14- Os “Sprinklers” a colocar junto à laje superior da Loja, têm de ser colocados junto ao ponto mais alto da
Loja, devendo a distância máxima ser de 15cm. O “Sprinkler” deve ser do tipo “upright”.
15- Todos os “Sprinklers” que não sejam instalados nas condições do ponto anterior, devem ser do tipo
pendente e embutidos no tecto.
16- Todos os “Sprinklers” a instalar na Loja devem ter uma ampola fusível que quebre a partir dos 68ºC.
17- A totalidade da Tubagem tem ser executada com tubo de ferro galvanizado ou ferro preto.
18- O Diâmetro da Tubagem tem cumprir com as condições do Anexo C.1.
19- Não é permitida a utilização de Tubagem com um Diâmetro inferior a 1”.
20- A totalidade da Tubagem tem de ser pintada de vermelho.
21- Na tubagem do Sistema de Extinção Automática de Incêndios tem ser instalada uma válvula de purga

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 26


de ar, a colocar num dos pontos mais altos e mais facilmente acessíveis do respectivo sistema.
22- Na tubagem do Sistema de Extinção Automática de Incêndios deve ser instalada uma válvula de
descarga do sistema, a colocar num dos pontos mais baixos e mais facilmente acessíveis do respectivo
sistema.
23- Em casos especiais ou em que a Arquitectura interior da loja introduza elementos condicionantes nas
áreas de influência dos “sprinkler’s”, deverá ser ajustada a rede de forma a satisfazer a “Regra Técnica
nº 1 do Instituto de Seguros de Portugal – ISP – Sistema Automático de Extinção de Incêndio a Água –
“sprinkler’s” – para grau de risco ordinário do 2º Grupo – RO2.

d) Sistema de Desenfumagem (Não aplicável às lojas da fase I)


1- Em caso de detecção de incêndio numa Loja, o sistema do Centro comandará os registos corta-fogo e
os de desenfumagem de modo a garantir o necessário caudal de exaustão dos fumos produzidos pelo
incêndio existente na Loja, evitando a sua propagação para o Mall do Centro.
2- Para garantir o correcto funcionamento deste sistema, a Loja tem ser projectada de modo a prever o seu
próprio reservatório de fumo, que será constituído por um volume, sob a laje do tecto e acima de uma
determinada cota. A cota acima da qual se considera o reservatório depende da área da Loja, conforme
a tabela que se segue:

Área <50 Entre Entre Entre Entre Entre Entre >


2
da Loja (m ) 50 e 70 e 90 e 110 e 130 e 150 e 170
70 90 110 130 150 170
Altura do Toda
Reservatório de a 3,80 2,71 2,11 1,73 1,56 1,27 1,22
fumo, desde a laje altura
do tecto (m) da
Loja

3- O tecto falso da Loja tem garantir que uma área mínima de 35% da área total da Loja fique livre para a
passagem de fumo, caso contrário a cota atrás referida será contada a partir do tecto falso e não da laje
do tecto.
4- A zona entre o Registo de Desenfumagem e o reservatório de fumos tem de estar completamente
desimpedida de obstáculos, e tem de ter uma área mínima livre de passagem de fumos de 20% da área
da total Loja.
5- Quando são utilizadas grelhas para obter as passagens de ar livre para a desenfumagem, na
contabilização da área deve ser considerada a taxa de perfuração da grelha. As características destas
grelhas devem ser mencionadas no projecto a apresentar.
6- No caso de Lojas Âncora, o respectivo sistema de desenfumagem é totalmente independente do sistema
geral do GaiaShopping, devendo ser entregue um projecto específico para o mesmo. As exigências
técnicas do respectivo sistema, estão inseridas no Anexo Técnico específico de cada Loja Âncora.

e) Extintores e Carreteis
1- Todas as Lojas têm de ter extintores devidamente fixados num local visível e acessível, devidamente
sinalizados com sinalética fotoluminescente apropriada.
2- Todos os extintores têm de ser vermelhos e ter as informações em português.
3- Os extintores devem ser fixados para que o respectivo tubo não fique abaixo dos 20cm de altura a partir
do pavimento, nem acima de 1,5m.
4- Em Lojas com mais de um piso, deve existir no mínimo um extintor de 6kg por piso.
2
5- Para lojas com área inferior a 300m devem existir no mínimo 2 extintores de 6kg (1 por cada piso). No
2
caso de lojas com áreas superiores a 300m deve ser considerada a instalação de um extintor

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 27


2
suplementar por cada 200m , não podendo a distância entre dois extintores ser superior a 30 metros.
6- A distribuição de extintores de 6kg por cada piso da Loja deve cumprir com as seguintes condições:
2
Área inferior a 100 m – 2 Extintores
2 2
Área entre os 100m a 300m – 3 Extintores
7- Os Extintores a instalar nas Lojas devem ser da classe ABC e CO2 junto dos Quadros Eléctricos.
2
8- Em Lojas com uma área superior a 300m deve ser considerada a instalação de carreteis. O
fornecimento e montagem é da responsabilidade do Lojista.
9- A ligação dos carreteis será efectuada ao Sistema de Extinção Automática de Incêndios.
10- Nas cozinhas e lojas de restauração o lojista deve ter disponíveis meios adicionais de extinção
portáteis, em número e com capacidade reforçadas, providenciando e garantindo também a instalação,
operacionalidade e adequada proximidade de extintores, mantas, luvas próprias para intervenção em
caso de incêndio.

Nb: o tipo e quantidades destes equipamentos devem constar das memórias descritivas e peças de projecto
da loja a submeter à aprovação da Administração do Centro.

4.9 – INSTALAÇÕES DE ÁGUAS E ESGOTOS

Apenas as Lojas destinadas à restauração e outras actividades com essas necessidades específicas terão
assegurado o abastecimento de água potável e a existência de infra-estruturas de esgotos.
É da responsabilidade do Lojista projectar, executar, manter e reparar todas as instalações de águas e
esgotos dentro do limite da Loja, e efectuar todos os trabalhos de impermeabilização necessários para
evitar infiltrações com origem na sua Loja.
Em eventuais casos de lojas cuja ligação à rede de esgotos do Shopping seja feita com recurso a
bombagem, o lojista será responsável pela execução da rede até à ligação ao colector, assim como pela
instalação e manutenção do equipamento de bombagem.

a) Infra-estruturas disponíveis para a Loja


1- O fornecimento de água às Lojas é efectuado através de um ramal de diâmetro compatível com a sua
área e ocupação, munido de válvulas de seccionamento e contador para controlo de consumo. A válvula
de seccionamento devidamente tamponada será montada no corredor técnico, acessível à manutenção
do Centro, permitindo a realização de trabalhos de instalação, manutenção e eventual reparação da
rede.
2- O ramal referido no ponto anterior será instalado até ao limite da Loja.
3- O contador de água está instalado no corredor técnico mais próximo da Loja, ou em alguns casos
excepcionais, dentro da Loja.
4- A alimentação de água às redes que servem as Lojas será assegurada a partir de reservatório próprio, e
será pressurizada. O reservatório será abastecido pela rede pública.
5- Para as Lojas com abastecimento de água potável está disponível uma ligação ao esgoto para águas
residuais domésticas. Nos restaurantes, existe uma segunda ligação, para o uso exclusivo da rede de
esgotos gordurosos.

Nota: Deverão ainda ser cumpridas as cláusulas estabelecidas no Capítulo 7- Gestão Ambiental

b) Condições Técnicas das Instalações


1- Toda a tubagem de distribuição de água de consumo dentro da Loja deve executada em aço inox AISI
304.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 28


2- A tubagem da rede de esgotos tem de ser em PVC, classe 4 kg/m2, sendo as ligações executadas por
juntas autoblocantes, com anilha de estanquecidade.
3- As ligações às caixas de alvenaria têm de ser efectuadas com argamassa de cimento e areia, ao traço
1:3, com prévia lixagem da superfície dos tubos.
4- Para esgoto de águas quentes, a espessura mínima das paredes dos tubos é de 3,2 mm.
5- Têm que ser instaladas caixas de visita à rede de esgotos, para execução de eventuais desobstruções.
6- Deve ser previsto a instalação, em todos os aparelhos, de caixas sifonadas para eventuais
desobstruções e evitar o retorno de cheiros.
7- As ligações das Instalações de Águas e Esgotos aos pontos de ligação das infra-estruturas do Centro
disponíveis para a Loja, são da responsabilidade exclusiva do Lojista. No caso da ligação dos esgotos
aos referidos colectores mediante bombagem, será necessário prever uma ligação à forquilha com
pescoço de forma a impor uma descompressão no escoamento.
8- No caso de ser necessário, o Lojista deve prever um sistema de bombagem dos esgotos de modo a
assegurar o bom funcionamento desta instalação.
9- É obrigatória a impermeabilização total da laje de pavimento da Loja. O sistema a utilizar tem de ser
constituído por duas telas asfálticas, aplicadas ortogonalmente e directamente sobre a laje. Não é
permitido a utilização de soluções de impermeabilização executadas sobre a betonilha ou sobre o
revestimento final do chão da Loja. Terá o Lojista que garantir a estanqueidade do pavimento ou
furações existentes para passagem de infra-estruturas.
10- Nas lojas de restauração será ainda obrigatória a inclusão de uma caixa de retenção de gorduras e uma
caixa de retenção de sólidos para as águas residuais produzidas. É proibida a introdução de trituradores
nos sistemas de drenagem de águas residuais.
11- Em todos os aspectos do projecto, deverá atender-se às Normas e Legislação portuguesas e às
exigências dos Serviços Municipais de Água e Saneamento.

4.10 – INSTALAÇÕES DE GÁS

As Lojas que se destinem à restauração serão providas de abastecimento de Gás Propano canalizado.
É da responsabilidade do Lojista projectar, executar, manter e reparar todas as instalações de gás dentro do
limite da Loja e de acordo com a legislação em vigor (nomeadamente o Dec. Lei 521/99, Portaria 362/2000
e 625/2000).
De acordo com a legislação em vigor, artigo 3º, ponto 2 da Portaria 362/2000, o Lojista tem a
obrigatoriedade de solicitar, com a periodicidade de dois em dois anos, uma inspecção à instalação de gás.
Esta inspecção terá que ser realizada por uma Entidade Inspectora de Redes e Ramais de Distribuição de
Gás, devidamente credenciada pela DGE. Quando concluída, o Lojista deverá enviar à Administração do
GaiaShopping uma cópia do Certificado de Conformidade.

a) Infra-estruturas Disponíveis para a Loja


1- O fornecimento de Gás Propano às Lojas é efectuado através da infra-estrutura de rede instalada no
Centro GaiaShopping, construída em tubo de aço sem costura (segundo a NP 1641).
2- Antes do ponto de ligação para cada Loja está instalada uma válvula de corte, sendo a execução da
instalação a partir deste ponto da responsabilidade do Lojista.
Ficará inserida na caixa de corte geral e contagem para a Loja montada no seu exterior na circulação de
serviço que a serve, ou remotamente, nas Lojas que não têm acesso de serviço.
3- Da caixa de corte geral e contagem, a rede de gás do lojista dará directamente entrada na fracção com
CGC montada na parede divisória zona comum/loja - ou, sendo esta (CGC) remota relativamente à
fracção, ligará à tubagem de interligação da alimentação considerada nas infra-estruturas estabelecidas
para o Centro Comercial.
A entrada da rede de gás no interior da fracção estabelecer-se-á sempre de forma visível abaixo do

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 29


respectivo tecto falso.

b) Condições Técnicas da Instalação


1- A rede de distribuição de Gás interior da Loja tem ser executada em tubo de aço sem costura, segundo a
NP 1641, ou em tubo de cobre, segundo a NP 1638, entre o ponto de abastecimento e ponto de queima.
2- No ponto de ligação definido para cada fracção será instalada pelo lojista, nos moldes estabelecidos
pelos Serviços do Centro Comercial, a respectiva Caixa de Corte e Contagem da loja (CGC).
3- Consoante o projecto específico do Lojista, a submeter à análise e aceitação prévia da entidade
inspectora (responsabilidade exclusiva do Lojista), este poderá optar pela redução à entrada para
distribuição interna à pressão de queima ou pelas reduções terminais nas saídas de colector de
distribuição que crie a nível da respectiva cozinha.
Na caixa de corte geral e contagem será integrada pelo lojista a respectiva redução de pressão para a
pressão de consumo, caso o projecto específico da fracção considere uma redução de pressão de
entrada para respectiva rede interna.
4- Na caixa de corte geral e contagem será integrada a válvula de solenóide de corte automático da
alimentação de gás da fracção actuada remotamente pela detecção de fugas de gás a obrigatoriamente
ser instalada pelo Lojista na respectiva fracção. Será do tipo N/A de rearme manual após actuação.
5- Os compartimentos onde se localizam os aparelhos de queima devem ser construídos com materiais
incombustíveis.
6- Os queimadores devem possuir dispositivos automáticos de segurança, que interrompam o fluxo de gás
se, por qualquer razão, ocorrer a extinção acidental da chama.
7- A montante da utilização de gás deverá ser instalada uma segunda válvula electromagnética de corte
automática, do tipo N/F. Esta válvula actuará sempre que haja falta de energia eléctrica. O sector
eléctrico a que esta válvula ficar ligada deverá ser desligado sempre que não haja consumo de gás.
A abertura e fecho da válvula electromagnética de corte automático de gás deverá ser efectuada através
de encravamento eléctrico com o ventilador de extracção da hotte, ou seja, sempre que a válvula esteja
aberta o ventilador da hotte tem que estar a funcionar.
8- A detecção de fugas de gás a instalar pelo Lojista deve ser estendida seja ao (s) local (ais) de consumo
seja ao trajecto interno da tubagem entre o ponto de entrada na fracção e esses locais.
No caso das lojas com sistema de detecção automático próprio, em caso de detecção de incêndio, a
electroválvula de corte de gás (localizada na caixa de corte geral e contagem) deverá ser fechada pela
central de detecção de incêndio.
Nas restantes lojas, sem detecção de incêndio própria, o corte de abastecimento de gás será feito por
actuação do sistema de detecção automática de incêndio geral do Centro Comercial, na electroválvula
de abastecimento geral do Edifício.
9- Deverá ser prevista a possibilidade de ligação/comunicação de fuga de gás à Central de Segurança do
GaiaShopping.
10- As condições de ventilação e de evacuação dos produtos de combustão deverão obedecer ao disposto
nas exigências legais (NP 1037).
11- O Lojista tem a obrigação de executar a instalação de gás por um instalador devidamente reconhecido
e credenciado para o efeito, que deverá apresentar termo de responsabilidade de acordo com a
legislação em vigor e aplicável.
12- Para se autorizar a abertura da loja é obrigatória a apresentação pelo Lojista de um certificado de
conformidade da instalação de gás, emitido por uma entidade certificadora devidamente credenciada
para o efeito.
13- Não pode ser utilizado equipamento portátil alimentado a gás (fogões, camping-gaz, etc.) dentro do
centro comercial sem autorização escrita do director do centro comercial.

Nota: Deverão ainda ser cumpridas as cláusulas estabelecidas no Capítulo 7- Gestão Ambiental

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 30


4.11 – COMPORTAMENTO ACÚSTICO

No GaiaShopping, as especificações técnicas relativas ao comportamento acústico pretendem estabelecer


Ambientes acústicos padrão para as diferentes zonas do centro comercial e limitar para as lojas inseridas
nessas zonas o valor máximo de emissão.
Não se especificam pois características de isolamento da envolvente ou limites máximos de emissão de
equipamentos. Limita-se apenas a percepção no exterior de ruído proveniente de lojas.
O projecto a entregar pelo lojista deverá comprovar o respeito pelo especificado na legislação em vigor
referente ao ambiente acústico da área da loja e envolvente e qualquer outro local com equipamento ou
instalações associado à mesma.
Qualquer equipamento só poderá ser instalado na cobertura mediante a aprovação do Centro. Não
obstante, deverá cumprir o estipulado na legislação em vigor.

Face à proximidade de habitações, este estudo e a comprovação do seu acordo com a legislação é de
extrema importância.

Características de Emissão para o Exterior das Lojas


Entende-se exterior de lojas todo o espaço envolvente da loja propriamente dito e o local onde
eventualmente tenha equipamento ou instalações que lhe seja adstritas.

Emissão para: Critério


Loja contígua A diferença entre o nível sonoro contínuo equivalente
corrigido (LeqT A), do ruído proveniente da loja, e o valor do
nível sonoro do ruído de fundo que é excedido num período
de referência em 95% da duração deste (L95), deve ser menor
ou igual a 10 dB(A)

LeqT A - L95 ≤ 10 dB(A)

Exterior Não ultrapassar o “Ambiente Acústico Padrão” de cada local.


As medições deverão ser feitas no exterior, em frente à loja
(porta) a 1,5m do limite.

As Lojas cuja actividade produza níveis de som moderados ou elevados, terão de aplicar isolamento
acústico em todo o perímetro das divisórias de demarcação. O coeficiente de redução sonora não deverá
ser inferior a 0,51.
Tendo em conta a localização do Centro Comercial, e a proximidade de habitações, todos os equipamentos
das lojas que provoquem ruído acima do permitido pela legislação no horário nocturno têm de estar
desligados durante o respectivo período, ou seja, ventiladores, aparelhos de música ambiente, etc, têm
estar desligados entre as 00h e as 08h.
Caso exista o incumprimento da legislação por parte de alguma loja, e a mesma não proceda com a
brevidade necessária às correcções exigidas, a Administração do Centro Comercial reserva-se ao direito de
efectuar os ditos trabalhos sem prévia aprovação do lojista, sendo no entanto da responsabilidade do lojista
todos os custos associados à dita obra.

4.12 – REQUISITOS ESPECIAIS DA RESTAURAÇÃO

Todas as Lojas de restauração devem ter as seguintes instalações:


1- Instalações de acordo com as condições de higiene exigidas por lei.
2- Vestiários e “cacifos” nas zonas de serviço no interior dos restaurantes, conforme a legislação em vigor,
para servir os trabalhadores daqueles. Estes devem estar completamente isolados das restantes zonas.
3- O tecto das cozinhas deve ser protegido de modo a não permitir a entrada de poeiras;

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 31


4- O chão das cozinhas deve ser em material anti-derrapante.
5- Todas as cozinhas devem ser equipadas com pelo menos um lavatório de comando não manual para
higiene das mãos do pessoal manipulador de alimentos.
6- As instalações destinadas à lavagem de alimentos devem ser separadas das que se destinam à
lavagem das mãos;
7- As paredes devem possuir lambrim de material resistente, liso e lavável e a sua ligação com o
pavimento ou com outras paredes deve ter a forma arredondada.
8- Cozinhas, copas e zonas de fabrico devem dispor de aparelhos que permitam a contínua renovação do
ar e a extracção de fumos e cheiros;
9- Os orifícios de ventilação devem estar munidos de uma grelha ou de um dispositivo de protecção ou
material resistente à corrosão, devendo ser amovíveis a fim de facilitar a sua limpeza;
10- Os armários e bancadas devem ter portas de forma a proteger de poeiras os produtos e utensílios.
11- Os balcões, mesas, bancadas e prateleiras das cozinhas devem ser de material liso, lavável e
impermeável.
12- Deve ser sempre utilizado o inox como material de móveis a utilizar nas cozinhas. A utilização da
madeira não deve ser considerada como alternativa.
13- As instalações de esgoto devem ser adequadas ao fim a que se destinam, projectadas e construídas de
modo a evitar o risco de contaminações dos géneros alimentícios e da água potável.
14- Devem ser criadas zonas individualizadas para arrumo de produtos de limpeza.
2
15- Em restaurantes com mais de 200m devem ser previstas instalações sanitárias no interior dos
mesmos, para uso exclusivo dos trabalhadores do restaurante.
2
16- Em restaurantes com mais de 200 m devem ser previstas instalações sanitárias para uso do público no
interior dos mesmos. No mínimo deve estar previsto a instalação de um lavatório com torneira de
comando não manual.
17- São responsáveis por efectuar a adesão ao sistema VERDORECA através de uma das associações do
sector. De acordo com este contrato, deverão assegurar a separação dos resíduos das embalagens
abrangidas pelo contrato e colocá-los nos recipientes adequados, disponibilizados pelo centro.
18- Sempre que estejam instaladas caixas de separação de gorduras, dentro das suas instalações, são
responsáveis por efectuar a sua limpeza.
19- É obrigatório pelo lojista a realização na frente da loja de um local próprio, devidamente resguardado,
para deposição pelos Clientes e pelo Serviço de Limpeza do Centro, dos tabuleiros com loiça suja
(Clientes que utilizam o food-court). Este local tem como finalidade impedir e evitar o cruzamento entre o
produto confeccionado e a loiça suja.

Nota: Deverão ainda ser cumpridas as cláusulas estabelecidas no Capítulo 7 – Gestão Ambiental

4.13 – INSTALAÇÕES DE SEGURANÇA CONTRA INTRUSÃO

As Lojas destinadas a ourivesarias, joalharias e afins, tal como Lojas com espaços infantis, têm que instalar
um sistema de intrusão com as seguintes especificações:
1- Ligação directa a uma empresa de segurança externa ao Centro e/ou polícia.
2- Ligação do Sistema de Intrusão à Central de Segurança do Centro.
3- Colocação de “sistemas de contactos” e ou “sensores” em todos os acessos técnicos da Loja.
4- “Sensores” de protecção a montra (s) e porta (s) de entrada de clientes (público).
5- Sistema de CCTV interno com o mínimo de 1 câmara, 1 gravador de 24 horas, e respectiva
alimentação do sistema.
6- Não são permitidas sirenes de alarme contra roubo ou intrusão.
7- Especificação técnica dos alarmes a aprovar pela Gestora.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 32


8- O tecto real da loja deverá ser em betão (laje). Caso não seja, este deverá ser protegido com
gradeamento, colocado no interior da loja.
9- Todas as condutas de ar condicionado, na ligação com a periferia da loja, deverão estar protegidas
com gradeamento.

A execução do ponto 2 no que respeita às instalações comuns do GaiaShopping serão efectuadas por um
Empreiteiro a indicar pelo Centro, sendo o respectivo custo uma responsabilidade do Lojista.
Todas as ourivesarias, Lojas de Telemóveis ou Electrodomésticos e outras de Produtos de Preço Relevante
devem ter instaladas nas fachadas grades reforçadas de protecção total contra intrusão.
Todas as Lojas com portas ou montras para o exterior devem instalar um sistema de intrusão com as
seguintes especificações:
- Roller Shutters
- alarme de intrusão com ligação à Central de Segurança,
- câmaras de CCTV de alta definição no interior da Loja, bastante visíveis do exterior, cobrindo a totalidade
do espaço da loja, incluindo os acessos e montra.
As Lojas destinadas a espaços infantis, tal como a Loja Bichinhos Carpinteiros, devem ter o cuidado de
instalar sistemas que lhes permita minimizar o risco de fuga e intrusão a pessoas estranhas à actividade.
Entre estes sistemas aconselhamos:
1 Sistema de abertura das portas não acessível às crianças através, por exemplo, de trinco
eléctrico.
2 Sistema de detecção de abertura das portas, com alimentação socorrida e com aviso para que
seja detectado pela educadora.
3 Colocação de “sistemas de contactos” e ou “sensores” em todos os acessos técnicos da Loja.
4 Sistema de CCTV interno, com gravação 24 horas e alimentação socorrida.
5 Instalação de botão de pânico, ligado à Central de Segurança do Centro.
No projecto e execução das Instalações de Segurança Contra Intrusão, devem ser cumpridas todas as
condições técnicas exigidas às Instalações Eléctricas e às de Telecomunicações.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 33


5 – EXECUÇÃO DE OBRAS E MANUTENÇÃO NAS LOJAS

De modo a serem executados quaisquer Obras ou Trabalhos de Manutenção em Lojas, têm de ser
cumpridas todas as exigências e condições administrativas descritas no Capítulo 3 deste Manual de
Instalação de Lojas, denominado “Processos Administrativos”.
Além do exposto no parágrafo anterior, devem ser cumpridas as seguintes normas que se destinam a
estabelecer e regular os procedimentos a seguir durante o período de execução das obras, após a
autorização do GaiaShopping.
Embora em todo este capítulo seja apenas mencionado a execução de obras, todas as normas e condições
são aplicáveis aos Trabalhos de Manutenção excepto no que se refere ao “Início de Obras” e “Reabertura
de Loja”.
Durante a execução de Obras em Lojas ou Trabalhos de Manutenção, todas as indicações dadas pelo
GaiaShopping e/ou pela Equipa de Vigilância existente no Centro devem ser acatadas.

O não cumprimento de quaisquer das normas e condições descritas neste capítulo confere ao
GaiaShopping a legitimidade de aplicar as penalidades de acordo com os valores existentes no
Regulamento de Funcionamento e Utilização do GaiaShopping.

5.1 – RESPONSABILIDADES

1- Na execução das obras deverão ser seguidos fielmente os projectos aprovados pelo GaiaShopping e
obedecidos os prazos fixados no processo de autorização de obra.
2- As autorizações eventualmente necessárias de entidades oficiais para a execução das obras deverão
ser requeridas e obtidas pelo Lojista, junto das Autoridades competentes.
3- Tendo a loja sido recebida pelo lojista, toda e qualquer obra necessária à sua instalação comercial será
da exclusiva responsabilidade do Lojista.
4- O Lojista é o único responsável por quaisquer danos ou prejuízos causados ao empreendimento ou a
terceiros por qualquer dos seus Representantes e Empreiteiros, devendo dedicar especiais cuidados na
prevenção de infiltrações, curto-circuitos e sujidade. Esta responsabilidade inclui danos causados às
paredes de vedação da loja, piso do "mall", às instalações técnicas comuns que atravessem o interior
das lojas e no Ambiente.
5- Devem existir cuidados especiais, com as instalações técnicas comuns que atravessem o interior da
Loja, todos os equipamentos comuns do Centro, e com o piso e tecto dos espaços comuns nos quais se
inserem os corredores técnicos, de modo a não infligir quaisquer danos nos mesmos.
6- O Lojista é o único responsável pela limpeza de toda a área circundante à Loja durante a obra, que
pertença aos espaços comuns, tal como todos os caminhos de acesso utilizados o número de vezes
necessária de modo a que os referidos espaços se mantenham sempre limpos.
7- No caso de o Lojista não cumprir com o estabelecido nos pontos 4, 5 e 6 atrás expostos, o
GaiaShopping poderá substituir-se ao Lojista e debitar-lhe os correspondentes custos e encargos.
8- Todas as regulamentações, instruções, circulares, avisos e demais disposições enviadas pelo
GaiaShopping ou seus representantes ao Lojista deverão ser pronta e amplamente divulgadas por este,
de maneira a nortear o comportamento de seus representantes, empreiteiros, instaladores e operários.

5.2 – INICIO DE OBRAS

O Inicio de Obras só é permitido se forem cumpridas as seguintes condições pelo Lojista:


1- A realização de quaisquer obras numa Loja carece de autorização prévia do GaiaShopping, conforme a
alínea a) do artigo 2 do Capítulo 3: “Processos Administrativos”.
2- Estarem os projectos de arquitectura e das várias especialidades, elaborados de acordo com as

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 34


disposições legais aplicáveis.
3- O Lojista tem de ter o contrato da Loja e respectiva documentação anexa totalmente regularizada, tal
como estar em dia com todas as suas obrigações perante o GaiaShopping bem como não se encontrar
inadimplente em relação a quaisquer das disposições contidas nos diversos instrumentos e anexos
firmados entre ele e o GaiaShopping.
4- Obtenção da autorização por escrito do GaiaShopping para a execução das obras pretendidas. Pode ser
facultada uma autorização para efectuar apenas a demolição das instalações existentes.
5- Existir a garantia pelo Lojista da colocação do tapume com aplicação de informação para os clientes, tipo
“Abre Brevemente”, “Loja em Remodelação”, de acordo com as especificações do GaiaShopping. O
tapume (ver características no Anexo D), será montado a partir das 01h do dia acordado para o fecho da
Loja.
6- O envio com mínimo de 2 dias úteis de antecedência da identificação de todos os trabalhadores que vão
efectuar as obras na Loja (nome e número do BI), mencionando o encarregado responsável e os
respectivos contactos. Caso haja lugar a transporte motorizado do pessoal de obra, este deve também
ser identificado (marca da viatura, bem como modelo e matricula.
7- A colocação de extintores na Loja durante todo o período de obra, em número suficiente tendo em conta
as frentes de obra existentes e a área da Loja.
8- Ter executado o seguro de responsabilidade civil previsto em contrato, e entregue cópia do mesmo ao
GaiaShopping, conforme a alínea b) do artigo 4 do Capítulo 3.2 “Processos Administrativos”.
9- Ter assinado o auto de recepção da loja. Caso existam restrições, serão anotadas no próprio auto de
recepção, com indicação, pelo GaiaShopping, do prazo previsto para as devidas correcções.
10- Comprovação, através do preenchimento de uma Licença Para Trabalhos (LPT), do conhecimento das
condições excepcionais em que poderá ser realizado a desactivação de Detecção de Incêndios e o fecho
de todas as válvulas do Sistema de Extinção Automática de Incêndios, do Sistema Hidráulico da
Instalação AVAC e da Instalação de água potável. A LPT terá de ser assinada, na Administração do
GaiaShopping, pelo Lojista ou um seu representante.
O corte das instalações referidas somente é realizado, após e caso seja autorizado, com a presença dos
Serviços de Manutenção do centro.

5.3 – HORÁRIO DE EXECUÇÃO

De modo a que a execução das obras não afecte o normal funcionamento do GaiaShopping, só é permitida
a execução de obras durante o período em que o Centro se encontre encerrado ao público, sendo o
respectivo horário entre as 00:00h e as 08:00h.
No caso de a Loja se encontrar nas proximidades dos Cinemas, o horário de execução de obras será
encurtado, pelo que o seu início só será autorizado 15 minutos após o encerramento ao público daquelas
Lojas.
Permitiremos excepcionalmente a realização de trabalhos durante o horário de abertura ao público, desde
que esses trabalhos não provoquem cheiros, pó e/ou ruídos.

5.4 – ACESSOS À LOJA EM PERÍODO DE OBRA

1- O acesso à Loja deve ser efectuado através do cais de descarga e pela porta de serviço da Loja. No
caso de não existir porta de serviço na Loja o acesso a esta apenas pode ser efectuado durante o
horário de execução de obras, isto é, entre as 00:00h e as 08:00h.
2- Por motivos de segurança, e devido aos trabalhos de limpeza e manutenção das áreas comuns do
Centro GaiaShopping que decorrem durante o período de encerramento ao público do Centro, o acesso
e mobilidade dentro das zonas comuns pelos trabalhadores das obras na Loja pode ser condicionado
pelos funcionários do GaiaShopping e pela Equipa de Vigilância existente no Centro.
3- Os veículos de transporte dos materiais necessários à obra, só poderão permanecer no local de carga
ou descarga durante o tempo estritamente necessário à realização dessas operações. Não é permitido o
estacionamento nos Cais de descarga.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 35


4- O transporte de materiais necessários à obra e a remoção de entulho só podem ser realizados durante o
horário de execução de obras, isto é, entre as 00:00h e as 08:00h.
5- Os materiais abrasivos têm de ser transportados em sacos ou contentores hermeticamente fechados.
6- Os materiais ou equipamentos que não possam ser transportados manualmente, no interior do Centro,
têm ser movimentados com recurso a veículos apropriados, equipados com rodas de borracha.
7- No caso da dimensão dos materiais necessários à obra, não permitirem que o acesso seja efectuado
pelo cais de descarga e porta de serviço da Loja, deve ser solicitado ao GaiaShopping um percurso
alternativo para efectuar a descarga. Este pedido deve ser efectuado com o mínimo de 2 dias úteis de
antecedência.

5.5 – COMPORTAMENTO DOS TRABALHADORES DA OBRA

1- É da responsabilidade do Lojista bem como dos Empreiteiros por ele contratados, o cumprimento de
todas as normas de segurança no trabalho. No Capítulo 6 estão resumidas as normas de segurança no
trabalho existentes na legislação actual.
2- A cada um dos trabalhadores identificados da obra será entregue um cartão de identificação, que
deverá ser exibido para permitir o acesso às instalações do GaiaShopping e que deverá estar sempre
na posse do respectivo titular, que deverá colocá-lo em ponto visível da sua indumentária enquanto se
encontrar a trabalhar dentro do Centro.
3- O GaiaShopping poderá solicitar a revista de qualquer pessoa que deseje entrar ou sair do Centro, fora
do horário de funcionamento do mesmo, podendo, a seu critério, solicitar a abertura de malas, pastas,
embrulhos, caixas, etc. O mesmo tipo de revista poderá ser feito a todas as viaturas, quer à entrada
quer à saída da zona envolvente da obra.
4- Não é permitido o consumo de quaisquer bebidas alcoólicas ou drogas a trabalhadores das obras em
curso nas Lojas. A qualquer trabalhador em que seja detectado o respectivo consumo, ou que provoque
distúrbios no GaiaShopping será retirada a autorização de acesso à Loja em obra, provisória ou
definitivamente
5- Será expulso da obra e impedida a sua entrada a todo aquele que, a critério do GaiaShopping ou seus
representantes, agir de modo inconveniente ou prejudicar, por qualquer forma ou a qualquer pretexto, o
bom desenvolvimento dos serviços.
6- É proibido o aliciamento de quaisquer trabalhadores que já se encontrem a executar trabalhos no
GaiaShopping, quer sejam funcionários da Centro quer de terceiros.
7- A guarda de ferramentas, máquinas, materiais e equipamentos é da exclusiva responsabilidade do
Lojista, dos seus representantes ou dos seus Empreiteiros.
8- É absolutamente proibida a criação de alojamentos para qualquer pessoal na Loja em Obras ou em
qualquer outro local do GaiaShopping.
9- Não é permitido fazer fogueiras ou utilizar fogareiros no interior das Lojas.
10- Não é permitido fumar na Loja em Obras ou nas proximidades de locais em obra no GaiaShopping.
11- Serão fiscalizadas com rigor, a observância às regras de comportamento no interior do estaleiro de
obras, principalmente no que diz respeito às medidas de segurança, higiene no trabalho e protecção do
ambiente.

5.6 – ESTALEIRO DE OBRA

1- O estaleiro da obra é o espaço físico da Loja, delimitado pelo tapume, sendo absolutamente vedada a
utilização de áreas comuns para execução de trabalhos relacionados com a obra, ou armazenamento de
quaisquer materiais.
2- Todas e quaisquer portas e janelas existentes no estaleiro de obra, têm de estar permanentemente
fechadas, excepto para aceder pontualmente à Loja.
3- No estaleiro de obra, o Lojista tem de assegurar todas as medidas necessárias para calafetar todos os
orifícios e frestas existentes entre o estaleiro de obra e todas as áreas comuns e Lojas adjacentes.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 36


Nota: Deverão ainda ser cumpridas as cláusulas estabelecidas no Capítulo 7 – Gestão Ambiental

5.7 – FISCALIZAÇÃO DA OBRA

1- Durante o período de Obras, o GaiaShopping e os seus representantes têm livre acesso à Loja, não
podendo em circunstância alguma ser-lhes vedado o acesso.
2- O GaiaShopping e os seus representantes devidamente identificados, podem exigir a qualquer altura a
reparação de qualquer falha de natureza técnica relacionada com características dos materiais
utilizados, bem como determinar a correcção de qualquer trabalho executado em desacordo com os
projectos aprovados.
3- O não atendimento das solicitações da fiscalização por parte do Lojista, seus representantes,
empreiteiros ou qualquer dos seus contratados poderá implicar a interdição da Obra, e ainda a aplicação
das sanções previstas contratualmente do GaiaShopping.

5.8 – AUTORIZAÇÃO DE REABERTURA DA LOJA

O Lojista e/ou os seus representantes são responsáveis pelo cumprimento de todos Procedimentos
Administrativos mencionados no Capítulo 3 deste Manual, nomeadamente no que se refere à reabertura da
Loja ao público.
O Lojista tem solicitar ao GaiaShopping uma vistoria final à Loja em Obras, tendo esta de ser efectuada por
escrito, com o mínimo de 48 horas de antecedência do dia pretendido para a vistoria.
A vistoria final a efectuar pelo GaiaShopping à Loja em Obras, tem de ser efectuada num dia útil, entre as
9h e as 18h.
Na vistoria final a efectuar pelo GaiaShopping à Loja em Obras, têm de ser verificadas as seguintes
condições:
1- Presença do Lojista e do encarregado de obra, ou seus respectivos representantes.
2- Comprovativo de Ligação do Sistema de Detecção de Incêndios da Loja pela Siemens.
3- Comprovativo de pedido de Certificação da Instalação Eléctrica à CERTIEL.
4- A Loja tem de reunir todas as condições técnicas e operacionais / funcionais para reabrir ao público,
o que significa cumprir todas as determinações e definições constantes no presente Manual de
Instalação de Lojas, no Regulamento de Funcionamento e Utilização do GaiaShopping e no
enquadramento legislativo e normativo regulador e aplicável ao tipo de instalações e infra-estruturas
em causa.

É obrigatório que sejam verificadas a totalidade das condições atrás expostas, de modo a que o
GaiaShopping possa autorizar a reabertura da Loja, ou abertura de uma nova Loja.
No caso do GaiaShopping considerar que não existem quaisquer riscos de segurança para a Loja e para o
Centro, estando reunidas as condições técnicas e funcionais mínimas para a sua abertura ao público,
poderá ser concedida uma Autorização Provisória de Abertura.
A Autorização Provisória de Abertura, nunca terá um prazo superior a 15 dias, no fim dos quais todos os
trabalhos pendentes das Obras efectuadas têm que estar terminados. No caso de incumprimento deste
prazo, o GaiaShopping tem toda a legitimidade para aplicar as penalidades com o valor previsto no
Regulamento de Funcionamento e Utilização do GaiaShopping, ou, inclusivamente, impedir a abertura da
Loja ao público.
Qualquer incumprimento, de qualquer tipo, será sempre da exclusiva responsabilidade do Lojista, perante a
Administração do Centro e/ou perante quaisquer entidades e/ou organismos oficiais / municipais.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 37


6 – NORMAS DE SEGURANÇA NOS TRABALHOS EM LOJAS

6.1 – GENERALIDADES

1- É da responsabilidade do Lojista e dos seus representantes fazer cumprir todas as Normas, Leis,
Portarias e Regulamentos relativos à segurança e higiene do trabalho, independentemente do
preceituado nas presentes normas, incluindo o fornecimento dos equipamentos de segurança e
protecção individual, recomendados para as actividades exercidas para execução da sua obra.
2- Constitui condição para o início da obra, a prévia colocação, pelo Lojista, de extintor (es) de incêndio no
interior da Loja, os quais deverão permanecer no local durante todo o período das obras, e poderão ser
os destinados a instalação permanente, após a abertura da Loja.

3- A documentação obrigatória para autorização de entrada em obra é a seguinte:


Dados da Empresa
• Alvará (certificado do IMOPPI)
• Mapa da Segurança Social (último mês)
• Declarações de não existência de dívidas ao Estado
• Cartão de Contribuinte
• Apólice de Seguro de Acidentes de Trabalho e Responsabilidade Civil,
• Último recibo de pagamento dos Seguros
• Horário de trabalho

Dados dos Trabalhadores:

• Bilhete de Identidade
Em caso de cidadão estrangeiro – Passaporte e Visto actualizado
- Contrato de Trabalho – carimbado pela
Inspecção do Trabalho
• Cartão de Contribuinte
• Cartão de Segurança Social
• Ficha de Aptidão Médica
• Registo de EPI´S

4- Os sinistros por incêndio, em obras desta natureza, são causados principalmente por curto-circuitos na
instalação eléctrica, contacto de lâmpadas sobreaquecidas com materiais combustíveis, pontas de
cigarro acesas e ignição de vapores voláteis das colas de contacto usadas na aplicação de tapetes e
laminados. Assim, deverá ser mantido um rigoroso controlo das situações potencialmente perigosas, no
cumprimento das normas de segurança, sendo o Lojista responsável pelos eventuais danos e prejuízos.
5- É obrigação do Lojista comunicar imediatamente ao GaiaShopping a ocorrência de qualquer acidente ou
sinistro na sua Loja, ou qualquer outra dependência da obra, envolvendo pessoas da sua equipa ou
terceiros e os seus bens ou os de outrem, sem que tal comunicação implique a partilha de quaisquer
responsabilidades ou em eximir-se delas.
6- Serão fiscalizadas com rigor, a observância das regras de comportamento no interior do estaleiro de
obras, principalmente no que respeita aos procedimentos de segurança, higiene no trabalho e ambiente.
7- O Lojista é o exclusivo responsável por qualquer acidente e/ou sinistro que possa vir a ocorrer na sua
Loja, ou em qualquer outra dependência da obra, envolvendo pessoas da sua equipa ou terceiros, bem
como os seus bens ou os de outrem.
8- É vedada a locomoção no interior do estaleiro de obras a quem não usar Equipamento de Protecção
Individual adequado (capacete, colete reflector, botas de protecção e outros necessários para tarefas
específicas).

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 38


6.2 – LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Toda a legislação em vigor respeitante à segurança, saúde e higiene nos trabalhos e ambiente, com
especial saliência para a seguinte legislação:

a) Regulamento de Segurança no Trabalho da Construção Civil Dec-Lei nº 41820 e 41821.


b) Lei quadro sobre segurança higiene e saúde no trabalho - Dec-Lei nº441/91 de 14 Nov.
c) Regulamentação das condições de segurança e saúde no trabalho em estaleiros temporários ou móveis
–Dec-Lei nº273/2003 de 29 de Outubro
d) Regime de organização e funcionamento das actividades de segurança e saúde no trabalho - Dec-Lei nº
26/94 de 01 Fev.
e) Regulamento geral sobre o ruído - Dec-Lei nº 292/2000 de 14 Nov, com alterações introduzidas pelo
Decreto-Lei n.º259/2002 de 23 de Novembro, Dec-Lei. n.º 192/2002 de 11 de Maio.
f) Exigência essencial de segurança a observar pelos equipamentos de protecção individual Dec-Lei nº
128/93 de 22 Abr: Portaria nº 1131/93 de 4 Nov.
g) Prevenção dos riscos de acidentes graves. Dec-Lei nº 204/93 de 3 Jan.
h) Prescrições mínimas de segurança higiene e saúde na movimentação manual das cargas - Dec-Lei nº
330/93 de 25 Set.
i) Prescrições mínimas de segurança higiene e saúde dos trabalhadores na utilização de equipamentos de
trabalho - Dec-Lei nº 331/93 de 25 Set.
j) Prescrições mínimas de segurança e saúde nos locais de trabalho - Dec-Lei nº 347/93 de 01 Out:
Portaria nº 987/93 de 6 Out.
k) Prescrições mínimas de segurança e saúde dos trabalhadores na utilização de equipamentos de
protecção individual - Dec-Lei nº 348/93 de 01 Out: Portaria nº 988/93 de 06 Out.
l) Prescrições mínimas para a sinalização de segurança e saúde no trabalho - Dec-Lei nº 141/95 de 14
Jun: Portaria nº 145/A/95 de 11 Dez.
m) Prescrições mínimas de segurança e saúde respeitantes ao trabalho com equipamentos dotados
de visor - Dec-Lei nº 349/93 de 01 Out.

Nota: Deverão ainda ser cumpridas as cláusulas estabelecidas no Capítulo 7 – Gestão Ambiental

6.3 – EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL

1- Capacetes, coletes e botas com protecções (biqueira, sola e tornozelo de aço) - utilização permanente.
2- Cintos e arneses acoplados a aparelho anti queda – utilização sempre que não existir protecção
colectiva.
3- Luvas, máscaras, óculos, aventais, tampões auriculares – utilização obrigatória nos correspondentes
trabalhos específicos.

6.4 – PREVENÇÃO DE QUEDAS EM ALTURA

1- ANDAIMES:
• São obrigatórios sempre que os trabalhadores tenham de trabalhar em altura.
• São apenas permitidos andaimes homologados.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 39


• Devem estar devidamente montados com guarda-corpos, rodapés, travamentos adequados e
plataformas estáveis
• O acesso ao andaime deve ser realizado por escadas interiores com alçapão.
• Deverão ser observados os seguintes cuidados na utilização de andaimes com pés móveis:
• utilização sobre pavimento nivelado;
• as rodas devem estar travadas;
• deverão ser utilizados estabilizadores e escoramentos;
• deverão ser evitados deslocamentos inopinados;
• é proibido o seu deslocamento com pessoal ou materiais sobre o andaime.

2- EQUIPAMENTO ANTI-QUEDA:
• Sempre que não seja possível a utilização de andaimes e haja necessidade de trabalhar a grande
altura, é obrigatório o uso do arnês por parte do trabalhador.
• O arnês tem de estar ancorado a um ponto sólido da estrutura ou a uma linha de vida.
• Este equipamento deverá estar sujeito a manutenção rigorosa e completamente operacional,
conforme legislação em vigor.

3- PLATAFORMAS ELEVATÓRIAS
• Devem ser manobradas apenas por trabalhadores habilitados
• Não exceder o limite de carga/lotação da máquina
• Não alterar os dispositivos de protecção da máquina.
• É obrigatório o registo da última revisão da máquina, certificado de conformidade, seguro e
manual de instruções em Português.

6.5 – TRABALHOS DE SOLDADURA E CORTE

1- MEDIDAS DE CARÁCTER GERAL:


• Estão proibidos quaisquer trabalhos a fogo, soldaduras, rebarbagens e trabalhos similares sem a
expressa autorização da Administração do Centro.
• Evitar proximidade com substâncias inflamáveis;
• Protecção individual do operador e ajudantes com: capacete, luvas, óculos de vidro duplo, avental
ou casaco resistente ao fogo, e botas;
• Ventilação do local;
• Evacuação de gases queimados (utilização de maçarico com sistema de aspiração integrada).
• Durante a execução de trabalhos que originem a projecção de chispas/ faíscas, deverá estar de
prevenção, no local, um operário da obra equipado com um extintor de pó químico seco de tipo
ABC, com 6kg de capacidade. São proibidos estes tipos de trabalhos sempre que estejam a ser
executadas pinturas ou aplicação de vernizes, colas ou diluentes, ou se forem executadas junto de
materiais inflamáveis.
• Deve ser prevenida a projecção de fagulhas e/ou faíscas por interposição de chapa metálica e/ou
antepara em material incombustível.
• Durante a realização de soldaduras e rebarbagens o operador deve ser acompanhado por
ajudante que observa, em permanência no local, as condições de segurança da instalação/ local.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 40


2- SOLDADURA OXI-ACETILÉNICA:
Devem ser tomadas as seguintes medidas durante a execução dos trabalhos:
• Não lubrificar os acessórios da aparelhagem de soldar;
• Verificar com frequência o estado dos tubos;
• Verificar o estado das válvulas anti-retorno;
• Os postos de trabalho das soldaduras e de todos os trabalhos que projectem limalhas
incandescentes devem estar suficientemente afastados doutras zonas de trabalhos, devendo ser
prevenidas as projecções de fagulhas e/ou faíscas por interposição de chapa metálica e/ou
antepara em material incombustível.
• As bancadas de trabalho devem estar afastadas das garrafas de uma distância mínima de pelo
menos 3,0 metros;

Devem ser cumpridas as seguintes normas para a utilização das garrafas:


• Usá-las sempre inclinadas utilizando o carrinho próprio;
• Evitar que rolem pelo chão ou sofram choques (amarrá-las às paredes);
• Não as abandonar ao ar livre ou no meio da oficina;
• Conservar as válvulas fechadas, mesmo com as garrafas vazias;
• No caso de um posto móvel, fixar bem as garrafas;

Os tubos de borracha devem servir sempre para o mesmo gás, sendo exigível que tenham cores diferentes;

Normas para a utilização dos maçaricos:


• Não deixar aquecer excessivamente o bico ou que sofra entupimentos;
• Controlar a pressão dos gases;
• As torneiras do maçarico devem estar bem abertas e serem fechadas pela devida ordem;
• Nunca deixar o maçarico aceso sem que esteja na mão do operador.

3- SOLDADURA A ARCO ELÉCTRICO:


• O material de soldadura deve estar isolado;
• O posto de soldadura deve estar ligado à rede por um órgão de corte e segurança;
• O posto de soldadura deve ser ligado à terra antes de ser colocado sobre tensão;
• O porta-eléctrodos não deve ser abandonado no chão ou na bancada, devendo ser sempre
colocado um suporte isolado;
• O soldador deve trabalhar sobre um tapete isolante e usará um fato de trabalho com luvas de
couro, punhos nas duas mãos, colete, calça de tela espessa, sapatos ou botas com sola isolante e
capacete;
• O soldador deve estar protegido contra as radiações ultra-violetas e infra-vermelhas emitidas pelo
arco, usando óculos ou viseira de vidro verde-escuro/ regulamentar.
• Os trabalhadores que actuem na vizinhança de um posto de soldadura devem estar protegidos por
um biombo.
• Os eléctrodos devem estar armazenados em condições adequadas de forma a prevenir o
desenvolvimento de humidades e de defeitos de soldadura, pelo que devem estar armazenados
em estufa portátil, em adequadas condições de humidade e temperatura.
• Deve evitar-se a execução de soldaduras em zonas desprotegidas e/ou sujeitas a correntes de ar.
Em caso de não ser possível, devem ser tomadas as devidas precauções para evitar interferência
nas soldaduras.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 41


6.6 – TRABALHOS DE ELECTRICIDADE

Na execução de trabalhos de electricidade deverão ser tomadas as seguintes medidas:


• Proteger os trabalhadores contra contactos directos e indirectos das instalações, ligando as
massas destas à terra e utilizando aparelhos equipados com protecções diferenciais, com uma
sensibilidade que garanta não poder ser atingida uma tensão de contacto de 25V;
• Não é permitida a utilização de extensões domésticas ou cabos danificados;
• Respeito pelas Normas e Regulamentos de Segurança em vigor;

6.7 – APARELHOS DE AR COMPRIMIDO

Na utilização de aparelhos de ar comprimido deverão ser tomadas as seguintes medidas:


• Efectuar a manutenção do regulador de velocidade;
• Utilizar óculos com resguardos laterais;
• Proteger os postos de trabalho vizinhos com écrans a fim de conter a projecção de chispas e
partículas abrasivas;
• Usar protectores nos ouvidos;

Na aplicação de jactos de ar:


• Reduzir, dentro do possível, a pressão a menos de 1 atmosfera;
• Munir o bico de ar comprimido de um disco de protecção, que impeça a projecção de corpos
estranhos;
• Usar óculos fechados;
• Proteger as válvulas dos aparelhos de ar comprimido.
• É rigorosamente proibido utilizar o ar comprimido para soprar os fardamentos e o corpo de poeiras
e/ou outros objectos estranhos.

6.8 – DISPOSITIVOS DE PROTECÇÃO

No seguinte equipamento, deve ser assegurada a presença de dispositivos de protecção:


• Ferramentas manuais;
• Ferramentas eléctricas;
• Ferramentas pneumáticas;
• Máquinas para trabalhar madeiras;
• Instalações e aparelhos sob pressão.

6.9 – MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS

Na movimentação manual de cargas deverão ser tomadas as seguintes medidas:


• Tomar precauções especiais na movimentação de cargas longas (sempre dois operários a
efectuar o transporte);
• Sinalizar as zonas perigosas;
• Adaptar o trabalho ao operário, conforme a sua capacidade muscular;

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 42


• Efectuar formação relativa à movimentação de cargas, de modo a serem executadas de forma
adaptada ao homem;
• Usar equipamentos de protecção individual adequados;
• Utilizar os equipamentos que facilitem o manuseamento da carga.

6.10 – PINTURAS

Na execução dos trabalhos que envolvem a aplicação de tintas, vernizes, impermeabilizantes, diluentes,
colas, solventes e pigmentos, deverão ser tomadas as seguintes medidas:
• Deverão ser utilizadas as seguintes protecções individuais além das obrigatórias (capacete e
botas): luvas e máscara, de acordo com as características dos produtos a aplicar;
• Evitar a co-actividade com trabalhos de soldadura, corte ou qualquer chama viva, quer na fase de
armazenagem, quer na fase de aplicação. Utilizar um extintor de pó químico seco do tipo ABC
com 6kg de capacidade;
• As operações de trasfega de substâncias inflamáveis deverão ser realizadas afastadas das fontes
de calor e tendo em apoio extintores de pó químico seco para utilizar em caso de incêndio;
• Deverá ser assegurada a equalização de potencial e a descarga de electricidade estática através
da ligação de pinças de descarga electrostática a pontos de terra;
• Todos os produtos deverão ser mantidos nas suas embalagens originais;
• Sempre que seja tecnicamente possível, a Direcção de Obra deverá tentar utilizar produtos com
solventes à base de água;
• Transportar para as frentes de trabalho quantidades reduzidas de produtos de forma a fazer face
aos gastos de um dia de trabalho;
• Os locais da aplicação de pinturas e outros produtos afins, deverão estar bem ventilados, por
arejamento natural;
• É proibido fumar, foguear e/ou efectuar trabalhos que possam produzir faíscas na zona de
aplicação e de secagem de tintas, vernizes e restantes produtos indicados.
• É proibido comer na zona de aplicação e de secagem de tintas, vernizes e restantes produtos
indicados.
• Os materiais utilizados na limpeza dos utensílios da pintura, bem como os restos de tinta e
embalagens deverão ser colocados em recipientes metálicos e removidos, por uma empresa
autorizada, o mais rapidamente possível da zona de trabalho e para um destino adequado, de
acordo com a legislação ambiental em vigor.

Nota: Deverão ainda ser cumpridas as cláusulas estabelecidas no Capítulo 7 – Gestão Ambiental

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 43


7 – GESTÃO AMBIENTAL

7.1 REQUISITOS GERAIS DOS PROJECTOS


Pavimentos

- As alcatifas utilizadas devem ser anti – alérgicas e com garantia de que não têm produtos tóxicos na
sua composição.

- Carpetes em módulos devem ser preferidas, com o intuito de reduzir a substituição de módulos em mau
estado de conservação.

7.2 ARQUITECTURA

Materiais de Acabamento

MADEIRAS NOBRES

Deverá ser utilizada, preferencialmente, madeira proveniente de explorações sustentáveis e certificadas.


Não deverá ser aplicada madeira ou derivados tratados com compostos de mercúrio, pentaclorofenol ou
arsénio.

TINTAS

Deverão ser utilizadas tintas sem solventes para pinturas exteriores sobre madeira e metais e pinturas de
base aquosa para paramentos de paredes. A baixa frequência de manutenção deverá ser um importante
critério na escolha dos sistemas de pintura. Nos interiores deverão ser utilizadas tintas de base aquosa,
solúveis em água, sem solventes ou sem chumbo, a menos que tintas mais resistentes (mas
ambientalmente seguras) devam ser aplicadas em utilizações específicas.

7.3 MATERIAIS PROIBIDOS


Não deverão ser previstos no projecto materiais cuja composição integre:

 Amianto ou produtos que incorporem amianto;

 HCFCs e CFCs;

 Chumbo;

 Alcatrão;

 Crocidolite.

Deverão ainda ser proibidos os seguintes materiais:

 Cimento com teores elevados de alumina em elementos estruturais;

 Lã de vidro;

 Materiais fibrosos contendo fibras minerais cuja espessura seja menor que 3 microns,
diâmetro menor que 8 microns ou um comprimento menor que 200 microns (excepção
feita aos materiais cujos constituintes estejam convenientemente fixos ou estabilizados
prevenindo a migração das fibras;

 Lã de rocha;

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 44


 Espuma de formaldeído de ureia ou manterias que possam libertar formaldeído em
quantidades consideradas perigosas, tendo em consideração os limites definidos
periodicamente pela Health & Safety Executive;

 Tijolos ou telhas compostos por silicato do cálcio;

 Revestimentos com Vermiculite;

 Cimento ou betão com agregados que contenham sílica;

 Cimento hidratado contendo mais que 0,0002% de crómio VI solúvel do peso seco total
do cimento;

 Materiais de enchimento contaminados ou não testados (acima dos critérios de saúde


estabelecidos);

 Alcatrão e substâncias tais como creosoto e óleo antracénico;

 Halons para uso em sistemas de combate a incêndio;

 Produtos contendo rádon;

 Produtos contendo cádmio em excesso relativamente aos níveis especificados na UK


Environmental Protection (Controls on Injurious Substances) (N.2) Regulations 1993;

 Compostos de mercúrio;

 Pentaclorofenol e seus sais e esteres (em concentrações iguais ou superiores a 0,1%


por massa em substâncias ou preparações).

Os materiais utilizados (materiais de construção, tintas e outras materiais de revestimento, etc.) que
contenham ou utilizem, durante a fase de produção, compostos cancerígenos pertencentes ao grupo 1 da
1
IARC não deverão ser usados se:

o Os dados de emissão de poluentes não estão disponíveis;

o A emissão associada aos compostos do grupo 1 é de 0,005 mg/m²h.

A selecção dos materiais utilizados deve ter em conta os seguintes critérios de qualidade do ar interior:
2
Categoria dos materiais Critérios IAQ

M1 Altamente recomendado

M2 Recomendado

M3 Não recomendado

1 1
IARC: International Agency for Research of Cancer (WHO), Monograms on evaluation of Carcinogenic risks to humans, 1987

2
De acordo com o Anexo G do Relatório CEN CR 1752 (“Ventilation for buildings – Design Criteria for de Indoor Environment”, August,
1998)

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 45


7.4 INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Iluminação

Deverão ser utilizadas lâmpadas de baixo consumo nos espaços das lojas de acesso ao público (sempre
que seja possível cumprir com as outras exigências de iluminação apresentados neste manual) e em todas
as zonas de armazéns.

7.5 INSTALAÇÔE DE AVAC

É proibido instalar aparelhos de ar condicionado cujo funcionamento utilize clorofluorcarbonos (CFC) e


Hidroclorofluorcarbonos (HCFC), de acordo com a legislação em vigor.

No caso de lojas específicas (restaurantes, lavandarias, lojas de fotografia, etc.) a instalação deve garantir
que a extracção é suficiente para garantir a qualidade do ar no interior da loja.
Qualquer equipamento só poderá ser instalado na cobertura mediante aprovação do Centro. Não obstante,
deverá cumprir com o estipulado na legislação e regulamentos em vigor.

O sistema de filtragem é necessário em cada Loja de restauração para eliminar emissões poluentes para o
exterior.

7.6 MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E DESENFUMAGEM

Sistemas de Detecção de incêndios

A utilização de detectores de fumo com fonte radioactiva deve ser evitado.

7.7 INSTALAÇÕES DE ÁGUAS E ESGOTOS

Infra-estruturas disponíveis para a Loja

Nas lojas destinadas a restauração, prevê-se a drenagem de esgoto de “gorduras” ou assimiláveis em PVC,
não sendo permitido o lançamento nestes pontos de esgoto proveniente de sanitas, urinóis ou águas com
elevada concentrações de produtos químicos.

Nas restantes lojas, só se prevê a drenagem de esgoto de águas de “sabão” ou assimiláveis, não sendo
permitido o lançamento nestes pontos de esgoto de águas com elevada concentração de gorduras,
produtos químicos nem provenientes de sanitas.

Será obrigatório nas lojas de restauração a inclusão de uma caixa de retenção de gorduras para as águas
residuais produzidas. A aplicação ou utilização de trituradores não é permitida na rede de drenagem de
águas residuais do centro.

No caso das estações de serviço, a descarga de águas residuais da actividade deverá ser encaminhada
para um separador de hidrocarbonetos previamente à descarga no colector municipal de águas residuais
domésticas.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 46


7.8 INSTALAÇÔES DE GÁS

Não pode ser utilizado equipamento portátil alimentado a gás (fogões, camping-gaz, etc.) dentro do centro
comercial sem autorização escrita do director do centro comercial.

Independente do tipo de gás previsto para o abastecimento à data de abertura do centro comercial, a rede
de gás da loja deverá ser dimensionada para gás natural.

O consumo de gás de cada loja deverá ser medido individualmente com um contador de gás.

7.9 COMPORTAMENTO ACÚSTICO

Limita-se apenas à percepção no exterior de ruído proveniente de lojas.

Deverá o lojista da loja promover estudo que evidencie o respeito pelos critérios de ruído ambiente,
independentemente de observar o especificado na legislação em vigor para espaços comerciais e
trabalhadores.

O projecto a entregar pelo lojista deverá comprovar o respeito pelas especificações da legislação em vigor
em matéria de ruído ambiente, referente ao ambiente acústico da área da loja e a sua envolvente e ainda
qualquer outro local com equipamento ou instalações associado à mesma.

Qualquer equipamento só poderá ser instalado na cobertura mediante aprovação do Centro. Não obstante,
deverá cumprir com o estipulado na legislação em vigor.

7.10 REQUISITOS ESPECIAIS DA RESTAURAÇÃO

Existência de um local que possibilite a separação selectiva dos resíduos produzidos, de acordo com a
legislação em vigor.

7.11 INSTALAÇÃO DE DEPÓSITOS DE COMBUSTÍVEL

Os depósitos de armazenamento de combustível deverão ter bacia de retenção.

Os tanques de armazenamento de combustível de parede dupla deverão ter sistema de alarme para
detecção de fugas.

7.12 EXECUÇÃO DE OBRAS E MANUTENÇÃO DE LOJAS

RESPONSABILIDADES

O Lojista é o único responsável pelos danos causados ao empreendimento e a terceiros, por qualquer
dos seus representantes e empreiteiros. Esta responsabilidade inclui danos causados às paredes de
vedação da loja, piso do "mall", às instalações técnicas comuns que atravessem o interior das lojas e
ao Ambiente.

ESTALEIRO DE OBRA

Todo o entulho ou lixo produzidos no estaleiro da obra deverão ser transportados para os contentores

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 47


colocados pelo Lojista nos cais de descarga, sendo o seu número e localização definidos pela
Segurança do GaiaShopping. Estes resíduos deverão estar devidamente separados e acondicionados,
de acordo com a lei em vigor.

Não pode ser efectuado o lançamento em local não autorizado de qualquer efluente resultante das
obras realizadas dentro da loja, nomeadamente tintas, solventes e entulhos.

Deverão ser cumpridos os limites legais estabelecidos para o ruído produzido em obra, especialmente
em obras de remodelação.

Deverão ainda ser cumpridos quaisquer outras regras ambientais impostas pela
fiscalização/empreiteiro do centro ou director do centro.

COMPORTAMENTO NO ESTALEIRO DE OBRAS

Serão fiscalizadas com rigor, a observância às regras de comportamento no interior do estaleiro de


obras, principalmente no que diz respeito às medidas de segurança, higiene no trabalho e protecção do
ambiente.

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

É da responsabilidade integral do lojista e seus representantes fazer cumprir toda a legislação em vigor
relativa à protecção do ambiente.

7.13 NORMAS DE SEGURANÇA PARA A REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS DOS LOJISTAS

REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS

PINTURAS

• Os materiais utilizados na limpeza dos utensílios da pintura deverão ser colocados em


recipientes metálicos e removidos, por uma empresa autorizada, o mais rapidamente possível
da zona de trabalho e para um destino adequado.

LIMPEZAS

O local dos trabalhos deve estar permanentemente limpo. Os resíduos e materiais sem
aproveitamento devem ser evacuados o mais rapidamente possível da obra e para um destino
adequado.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 48


8 – AUDITORIAS TÉCNICAS

1- O Centro GaiaShopping tem toda a legitimidade para efectuar todas as Auditorias Técnicas e Higio-
Sanitárias que entender necessárias a uma Loja.
2- As Auditorias Técnicas podem ser efectuadas a qualquer hora, inclusivamente fora do período de
funcionamento da Loja, devendo o Lojista facilitar e efectuar todos os procedimentos que entender
necessários para que a Auditoria Técnica seja efectuada de acordo com o pretendido pelo
GaiaShopping.
3- Uma Auditoria Técnica e Higio – Sanitária pode ser efectuada pelo GaiaShopping em qualquer momento
do período de funcionamento da Loja, não sendo necessário aviso prévio. Sempre que o GaiaShopping
pretender efectuar Auditorias Técnicas e Higio – Sanitária fora do horário de funcionamento da Loja,
deve avisar o Lojista com o mínimo de 1 semana de antecedência, para o dia em que pretende efectuar
a Auditoria, devendo o Lojista ou um seu representante estar obrigatoriamente disponível nessa data.
4- Como resultado das Auditorias Técnicas e Higio – Sanitárias, será elaborado um relatório no qual
constará as falhas detectadas na Loja, bem como o prazo estabelecido para a sua correcção.
5- A correcção de todas as falhas detectadas na Auditorias Técnicas e Higio – Sanitárias, são da
responsabilidade do Lojista que ocupa a Loja, devendo este tomar todas as medidas necessárias para
as efectuar no mínimo período de tempo possível.
6- Na execução das correcções a efectuar, serão totalmente válidos todos os procedimentos, normas e
condições existentes no presente “Manual Instalação de Lojas”, “Regulamento de Funcionamento e
Utilização do GaiaShopping”, toda a legislação em vigor na data da auditoria e todas as novas normas
emitidas entretanto pelo GaiaShopping.
7- Quando os prazos estabelecidos pelo GaiaShopping para efectuar as correcções necessárias na Loja,
não forem cumpridos pelo Lojista, o GaiaShopping tem toda a legitimidade para aplicar as penalidades
com os valores previstos no “Regulamento de Funcionamento e Utilização do GaiaShopping”, ou
inclusivamente encerrar a Loja.

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 49


9 – REGULAMENTAÇÃO APLICÁVEL

O Lojista, os seus Projectistas e os seus Empreiteiros, são os exclusivos responsáveis pelo cumprimento de
todos os Códigos, Posturas, Leis e Regulamentos das Autoridades competentes e aplicáveis. A
regulamentação aplicável no momento da produção deste Manual, inclui, entre outras, as seguintes
disposições legais:
• Regulamento Geral dos Edifícios.
• Licenciamento Municipal de Obras Particulares.
• Regulamento Geral de Canalizações de Água e Esgotos.
• Portaria n.º 364/94, de 11 de Junho, sobre Instalações de Gás.
• Regulamentos de Instalações Eléctricas e Telefones.
• Decreto de Lei nº: 368/99 de 18 de Setembro, sobre Normas de Segurança contra Incêndios a aplicar
em Estabelecimentos Comerciais.
• Medidas de Segurança contra Riscos de Incêndio.
• Regulamento de Instalações Mecânicas.
• Licenças específicas:
⇒ Restauração
⇒ Cinemas
⇒ Cabeleireiros
⇒ Lavandarias
⇒ Farmácias
⇒ Lojas de venda de animais

10 - ANEXOS

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 50


ANEXO A – INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

A.1 – Folha de Cálculo da Potência a Contratar

Lâmpadas / Tomadas/Equipamentos
Potência
Tipo Número Potência Circuito
Circuito Circuito Descrição Quantidade Unitária Cos (ϕ
ϕ) (kVA)
(kW)
1

4
Iluminação
5

(1) Total de Potência de Iluminação (kVA)


9
10
11
Tomadas
12
13
14
(2) Total de Potência de Tomadas (kVA)
15
AVAC 16
17
(3) Total de Potência de Equipamentos AVAC (kVA)
18
19
20
Equipamentos 21
22
23
24
(4) Total de Potência de Equipamentos (kVA)

(5) Potência TOTAL (kVA) (1)+(2)+(3)+(4)


(6) Coeficiente de Simultaneidade
Potência Mínima a Contratar (5) x (6)

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 51


A.2 – Distribuição de Circuitos por Interruptor Diferencial

Interruptor Diferencial Disjuntores


Tipo e Calibre Número Tipo e Calibre
2 Monofásico de 10A
Bipolar 25A
1 Monofásico de 16/20A
4 Monofásico de 10A
Bipolar 40A
2 Monofásico de 16/20A
6 = 2 por fase Monofásico de 10A
2 Trifásico de 10A
Tetrapolar 25A
3 = 1 por fase Monofásico de 16/20A
1 Trifásico de 16/20A
12 = 4 por fase Monofásico de 10A
4 Trifásico de 10A
6 = 2 por fase Monofásico de 16/20A
2 Trifásico de 16/20A
Tetrapolar 40A
1 Trifásico de 25/32/40A
1 Trifásico de 16/20A
+
3 = 1 por fase Monofásico de 16/20A
18 = 6 por fase Monofásico de 10A
6 Trifásico de 10A
12 = 4 por fase Monofásico de 16A
4 Trifásico de 16A
9 = 3 por fase Monofásico de 20A
3 Trifásico de 20A
6 = 2 por fase Monofásico de 20A
2 Trifásico de 25/32A
Tetrapolar 63A 1 Trifásico de 25/32A
+
6 = 2 por fase Monofásico de 16A
1 Trifásico de 32A
+
3 = 1 por fase Monofásico de 20A
1 Trifásico de 40A
+
3 = 1 por fase Monofásico de 16/20A

GaiaShopping – Manual de Instalação de Lojas – Março 2008 52


A.3 – Protecção e Secção de Condutores

Alimentação de Circuitos

Calibre dos
Secção Mínima dos
Disjuntores de
Condutores (mm2)
Protecção (A)
10 1,5
16/20 2,5
25 4
32 6
40 10

Ligações no Quadro Eléctrico:

Secção Mínima dos


Calibre dos
Condutores de Ligação
Equipamentos (A)
(mm2)
2,5 10
4 16/20
6 25
10 32
16 40

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ANEXO B – INSTALAÇÕES AVAC

B.1 – Coeficientes de Cálculo da Potência de Refrigeração

“MALL” LOJAS ÂNCORAS RESTAUR. “FOOD-


FECHADOS COURT”

TEMPERATURA VERÃO 27 25 25 25 27
“SET-POINT” ºC INVERNO 20 20 20 20 20
DENSIDADE DA
POTÊNCIA DE W/m2 20 60 30 40 40
ILUMINAÇÃO
DENSIDADE DE
OCUPAÇÃO m2/PESSOA 4,0 3 2,0 2,0 2,0
CAUDAL DE AR
NOVO l/s/PESSOA 5,5 7,5 10 10 10
OCUPAÇÃO CALOR SENSÍVEL 62 45 45 55 55
(W) CALOR LATENTE 58 40 40 50 50
DENSIDADE DE
DISSIPAÇÃO DA W/m2 5 15 8 15 15
APAR. ELÉCTRICA

TEMPERATURAS AR TRATADO 12/14 24 12/14 12/14 12/14


(ºC) DE: PRÉ-ARREFECIDO

COEFICIENTES PAREDES INTER. 1,4 1,4 1,4 1,4 1,4


GERAIS DE PAREDES EXTER. 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2
TRANSFERÊNCIA PAVIMENTOS S/ O
DE CALOR - k - ESTACIONAMENTO 1,0 1,0 -- -- --
(W/m2 ºC)
COBERTURA 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5

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B.2 – Cálculo da Potência de Refrigeração

Características do Local

Área da Loja = m2

Nº de Ocupantes = Pessoas

Ventilação = m3/pessoa.h x Pessoas = m3/h

Temperatura Exterior = ºC
Humidade Relativa Ext. = % Humidade Absoluta Ext. = g/kg
Temperatura Interior = ºC
Humidade Relativa Int. = % Humidade Absoluta Int. = g/kg

Diferença Temperatura = ºC Diferença Húmidade = g/kg

Mês de Calculo Hora Solar de Calculo

Variação Térmica Diária = ºC

Iluminação Incandescente = kW Iluminação Fluorescente = kW

Radiação e Transmissão de Calor

Radiação Unitária
Radiação Solar Área (m2) Factor de Atenuação
(kcal/h.m2)
Vidros x x
Vidros x x
Vidros x x
Vidros x x
Clarabóias x x

Coeficiente de
Radiação e
Área (m2) Transferência de Calor DTE (ºC)
Transmissão
(kcal/h.m2.ºC)
Paredes Exteriores x x
Paredes Exteriores x x
Paredes Exteriores x x
Paredes Exteriores x x
Tectos Exteriores x x
Tectos Exteriores x x

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Transmissão Coeficiente de
Diferença de
Área (m2) Transferência de Calor
Temperatura (ºC)
(kcal/h.m2.ºC)
Vidros x x
Paredes com Exterior x x
Paredes com Interior x x
Tecto x x
Pavimento x x

Infiltrações

Diferença de Temperatura
Ar de Infiltração Caudal (m3/h) Coeficiente
(ºC)
= x x 0,29

Ventilação

Diferença de
Ar de Ventilação Caudal (m3/h) Factor de By-Pass Coeficiente
Temperatura (ºC)
= x x x 0,29

Calor Sensível Interior

Potência (kW) Coeficientes


Ilumin. Incandescente x 860
Ilumin. Flurescente x 860 x 1,25
Equipamentos x x

Número Calor Sensível por pessoa (kcal/h)


Pessoas x
Outros

CALOR SENSÍVEL EFECTIVO PARCIAL

Factor de Segurança 10%

(a) CALOR SENSÍVEL EFECTIV0 TOTAL

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Calor Latente

Ar de Infiltração Caudal (m3/h) δW(g/kg) Coeficiente


= x x 0,72

Ar de Ventilação Caudal (m3/h) δW(g/kg) Factor de By-Pass Coeficiente


= x x x 0,72

Número Calor Latente por pessoa (kcal/h)


Pessoas x
Outros

CALOR LATENTE EFECTIVO PARCIAL

Factor de Segurança 10%

(b) CALOR LATENTE EFECTIVO TOTAL

(a+b) CALOR EFECTIVO TOTAL

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ANEXO C – SISTEMA DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS

C.1 – Diâmetro da Tubagem da Rede de Sprinklers

Número Máximo de Sprinkler’s a


Diâmetro do Colector Máximo de Ramais Secundários
Instalar

1” 0 2
0 3
1”1/4
2 x 1” 4
0 4
1”1/2 2 x 1”1/4 6 ou 8
4 x 1” 8
0 16
4 x 1”1/2 16 ou 32
2”
8 x 1”1/4 24 ou 32
16 x 1” 32
0 32
2 x 2” 32, 48 ou 64
2”1/2 8 x 1”1/2 32, 48 ou 64
16 x 1”1/4 48 ou 64
32 x 1” 64
0 64
2 x 2”1/2 64, 96 ou 128
4 x 2” 64, 96 ou 128
3”
16 x 1”1/2 64, 96 ou 128
32 x 1”1/4 96 ou 128
64 x 1” 128

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ANEXO D – TAPUMES E CORTINAS

Especificações de Tapumes:

O Tapume a colocar na (s) fachada (s) da Loja em obras necessitam de ser previamente e atempadamente
aprovados pelo GaiaShopping, pelo que tem de ser entregue um Projecto do mesmo para apreciação com o
mínimo de antecedência de 15 dias. antes do dia da colocação. O Projecto deve não só contemplar a
decoração do Tapume como também os pormenores construtivos do mesmo.
O Tapume a colocar tem de cobrir a totalidade da (s) Fachada (s), e calafetar devidamente a mesmas, não
permitindo a saída de qualquer pó, lixo e barulho.
A fixação do Tapume tem de ser segura, de modo a aguentar diversos esforços mecânicos provenientes da
obra e do público do Centro, sem existir qualquer risco do mesmo se partir ou cair.
A distância máxima que um tapume pode estar da fachada é de 50cm. No caso de existir alcatifa no mall, o
tapume tem que ficar por fora da mesma.
O tapume tem de ser construído com uma estrutura resistente de modo a suportar, sem empenar, o peso
das placas de revestimento. Estas deverão ser em Melamina Branca de 19 mm e as juntas terão de ser
tapadas com fita adesiva igualmente branca.
A única empresa, cujos tapumes têm a aprovação prévia do GaiaShopping, é a “Instruel”: Tel.: 22 996 16
46.
Qualquer Tapume a colocar deve ter um Projecto artístico para decoração do mesmo, cuja colocação
depende da apreciação positiva do GaiaShopping.

ANEXO E – CONTACTOS IMPORTANTES

Sierra Management Portugal - Gestão de Centros Comerciais, SA – Administração do


GaiaShopping:

Endereço: Av. dos Descobrimentos, 549 4440-503 – Vila Nova de Gaia - Portugal
Tel.: 22 010 59 61; Fax: 22 010 59 60

Chefe de Operações - Eng. João Pedro Mota


Directora Adjunta – Dra. Sónia Rocha

Siemens – Sistemas de Segurança – Detecção de Incêndios:

Tel.: 22 999 20 00, Fax: 22 999 20 42

Tapumes – Instruel:

Tel: 22 984 02 17, Fax: 22 994 24 18

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