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DOBRAS CUTÂNEAS

A localização e a medição correta da dobra cutânea pode ser dificultosa e

por isso alguns cuidados específicos devem ser tomados. De uma forma geral,

não existe a preocupação, entre os avaliadores, em determinar e executar as

técnicas das medidas de dobras cutâneas como se deve e consequentemente a

fidedignidade das medidas se torna difícil de se obtida. Os avaliadores que

queiram executar a técnica com perfeição devem seguir uma metodologia de

acordo com um protocolo padrão.

TÉCNICA PADRÃO PARA LOCALIZAÇÃO E EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DE

DOBRAS CUTÂNEAS

● Antes de se executar as medidas em indivíduos, o avaliador deve desenvolver

uma técnica precisa. Isto foi demonstrado em vários estudos, que reduz o nível

de erros em medições repetitivas envolvendo muitos avaliadores diferentes.

Deve-se realizar medições repetitivas em pelos menos 20 avaliados para

garantir a fidedignidade e ajudar a estabelecer um padrão de precisão. A

comparação dos resultados pode demostrar a eficiência ou não da técnica.

● Os aparelhos ( espessímetros ou compasso de dobras cutâneas ) devem estar


aferidos tecnicamente para garantir a precisão do aparelho na hora da medida.

● Antes de utilizar qualquer aparelho, certifique-se que a agulha do mostrador se

encontra na posição zero.

● A dobra cutânea deve ser devidamente localizada, através dos pontos de

referência cineantropométricos. A localização errada e inadequada tem sido

um dos maiores erros na medida entre avaliadores e pesquisadores

● Deve-se sempre utilizar o lado direito do corpo para realizar as medidas,

independente do lado dominante do avaliado, exceto quando o lado a ser

medido estiver impossibilitado por lesão, ou estar em processo de

recuperação. Em qualquer caso, o avaliador deverá anotar na ficha de coleta

de dados a troca de lado para cada medida e a sua respectiva justificativa.

● O pinçamento da dobra cutânea deve ser realizado em cima do ponto de

referência cineantropométrico e deve forma uma camada dupla de tecido

subcutâneo, com os dedos indicador e polegar.

● Deve-se tomar cuidado para não envolver, na medida, tecido muscular. Para

isso pode-se pedir ao avaliado que faça uma contração muscular enquanto o
avaliador mantém o pinçamento da dobra, contudo, na hora de realizar a

medida, o avaliado deve relaxar a contração.

● As hastes do aparelho não devem ficar distantes mais do que 1cm inferior ao

posicionamento dos dedos, em um ângulo de 90​0.

● As medidas são realizadas em dois segundos após a liberação da pressão das

hastes no local da medida

● Se possível deve-se realizar de 2 a 3 medidas em cada ponto de referência

cineantropométrico com o valor médio sendo utilizado como medida final. Este

é um procedimento que o avaliador iniciante deve fazer para ter certeza da

fidedignidade da medida. Ao realizar este procedimento, deve-se fazer as

medidas de modo alternado para que a compressibilidade do tecido

subcutâneo não interfira no resultado.

● As medidas de dobras cutâneas não devem ser tomadas após a atividade

física, treinamento ou competição. O aumento da circulação sangüínea e do

acumulo de água extracelular na pele e no tecido subcutâneo aumentará a

espessura da dobra cutânea. A sauna pode causar uma desidratação,

aumentando a rigidez da pele.


TRÍCEPS

Definição:

É medida na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no


ponto meso umeral.

Protocolo:

O avaliado deve estar em pé, na posição ortostática. O avaliador se


posicionará por trás do avaliado e deve seguir os procedimentos da técnica
padrão de dobra cutânea.
SUBESCAPULAR

Definição:

A medida é executada obliquamente em relação ao eixo longitudinal,


seguindo a orientação dos arcos costais, sendo localizada a 2cm abaixo do ângulo
inferior da escápula, no bordo vertebral.

Protocolo:

O avaliado deve estar em pé, na posição ortostática. O avaliador se


posicionará por trás do avaliado e deve seguir os procedimentos da técnica
padrão de dobra cutânea.
BÍCEPS

Definição:

É medida no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, no


ponto meso umeral.

Protocolo:
O avaliado deve estar em pé, na posição ortostática. O avaliador se
posicionará pela frente do avaliado e deve seguir os procedimentos da técnica
padrão de dobra cutânea.
SUPRA-ILÍACA
Definição:

É obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, no ponto


imediatamente superior ao ponto íliocristal. É necessário que o avaliado realize
uma pequena abdução do braço para permitir a execução da medida.

Protocolo:

O avaliado deve estar em pé, na posição ortostática. O avaliador se


posicionará do lado direito do avaliado e deve seguir os procedimentos da técnica
padrão de dobra cutânea.
SUPRA-ESPINHAL

Definição:

É medida no ponto de interseção da linha do ponto ílio-espinhal com a linha


axilar anterior. Esta medida fica cerca de 5 a 7 cm acima do ponto ílio-espinhal,
dependendo da estatura do avaliado.
Protocolo:

O avaliado deve estar em pé, na posição ortostática. O avaliador se


posicionará de frente para o avaliado. O avaliador deve localizar o ponto axilar
anterior, desenhando uma linha a partir deste ponto até o ponto ílio-espinhal.
Outra linha deve ser desenhada a partir do ponto ílio cristal no sentido horizontal.
O ponto a ser localizado ficará na interseção destas duas linhas. A seguir o
avaliador deve executar os procedimentos da técnica padrão de dobra cutânea.

Precaução:

Esta medida foi originalmente chamada de supra-ilíaca por Heath & Carter (
1967 ), mas é conhecida agora, como supra-espinhal ( Carter & Heath, 1990 ). É a
medida usada na técnica de Heath-Carter para determinação do somatotipo.
Cuidado para não confundi-la com a atual medida de supra-ilíaca, já mencionada.

ABDOMINAL

Definição:

É medida à direita da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudinal.


Protocolo:

O avaliado deve estar em pé, na posição ortostática. O avaliador se


posicionará pela frente do avaliado e deve seguir os procedimentos da técnica
padrão de dobra cutânea.

Precaução:

Não posicione as hastes do aparelho dentro da cicatriz umbilical.

COXA
Definição:

É medida paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o músculo reto femural


na distância média entre a prega inguinal e o bordo superior da patela.

Protocolo:

Existem 4 protocolos para esta medida, que devem ser tomadas


preferencialmente nesta ordem. Só se poderá usar o protocolo seguinte, caso o
avaliador não conseguir medir no protocolo atual.

1. O avaliado em pé, com a perna apoiada em um banco, de modo que o


joelho fique flexionado em um ângulo de 90º, ou sentado com o joelho
flexionado em um ângulo de 90º ​. Em ambos os casos as medidas são
tomadas com o joelho flexionado. Caso não consiga medir, deve-se
tentar o segundo protocolo.
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2. Mesmo procedimento do protocolo anterior, sendo que o avaliado
apoiará as mãos por baixo da coxa de modo a eliminar a tensão na
pele. Caso não consiga medir, deve-se tentar o quarto e último
protocolo.

3. O avaliado sentado, com o joelho flexionado em um ângulo de 90º. Um


assistente se posicionará no lado medial da perna do avaliado e fará o
pinçamento com as duas mãos afastadas em 6 cm. A mão direita do
assistente deve estar em cima do ponto de referência
cineantropométrico. O avaliador deve posicionar as hastes do aparelho
a 1 cm da mão direita do assistente.
PANTURRILHA MÉDIA
Definição:

É medida no ponto de maior volume, na face medial da perna, estando o


joelho flexionado a 90º e pés apoiados em um banco.
Protocolo:

O avaliado em pé, com o joelho flexionado a 90º e pés apoiados em um


banco. O avaliador se posicionará de frente para a face medial da perna e deve
seguir os procedimentos da técnica padrão de dobra cutânea.
AXILAR MÉDIA

Definição:

É medida no ponto de interseção entre a linha axilar média e uma linha


imaginária transversal na altura do apêndice xifóide do esterno (ponto xifoidal).

Protocolo:
O avaliado em pé, na posição ortostática. O avaliador se posicionará ao
lado direito do avaliado e realizará a medida obliquamente ao eixo longitudinal,
com o braço do avaliado deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da
medida.
TÓRAX

É uma medida oblíqua em relação ao eixo longitudinal


no ​HOMEM​ , metade da distância entre o mamilo e a linha axilar anterior

MULHER um terço
da linha axilar anterior e o
mamilo

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